Covid-19: Já foram emitidos mais de 8,7 milhões certificados de vacinação em Portugal
Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) detalha que 8,2 milhões são certificados de vacinação, 267 mil de testagem e 255 mil de recuperação.
Mais de 8,7 milhões certificados digitais de vacinação, testagem e recuperação da Covid-19 foram emitidos em quatro meses pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), avançou à Lusa o presidente desta entidade.
Desde 16 de junho — data em que o certificado digital covid da UE começou a ser emitido em Portugal — até 19 de outubro foram emitidos 8.786.955 certificados, dos quais 8.264.017 são de vacinação, 267.235 de testagem e 255.703 de recuperação.
O certificado é cada vez menos solicitado porque mais de 85% da população já está vacinada, disse em entrevista à Lusa Luis Goes Pinheiro, presidente dos SPMS, entidade responsável pela emissão dos certificados, pela Linha SNS24 e pelos sistemas de tecnologia de informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Atualmente, o documento é necessário em Portugal para entrar num bar ou numa discoteca, para visitar idosos em lares ou pessoas internadas em hospitais, para viajar e para eventos para salas com mais de 1.000 pessoas ou 5.000 no exterior.
Comentando a importância dos certificados digitais, Luis Goes Pinheiro afirmou que “cumpriram muitas funções”, desde logo a de “dar um empurrãozinho para a vacinação”. “Em Portugal, provavelmente, não seria necessário porque de facto os portugueses deram uma prova absolutamente extraordinária de responsabilidade, mas o certificado não é só português, é um certificado europeu e acho que foi importante para dar esse empurrão para a vacinação”, salientou.
Também têm a função de tranquilizar as pessoas, além de ter dado “um contributo decisivo” para uma maior liberdade: “A vacinação foi crucial e o certificado é que atesta isso”. Luís Goes Pinheiro apelou ainda aos portugueses para estarem atentos à data de validade do certificado de vacinação, que é de 180 dias, e que procedam à sua renovação na aplicação móvel SNS24, no portal do SNS24 ou nos Espaços Cidadão.
“A ‘app’ SNS24 é um dos veículos que nós pretendemos que venham a ser preferenciais na relação com o cidadão, pela sua simplicidade, e por concentrar no mesmo ponto o que é importante para as pessoas na sua relação com o SNS”, afirmou, avançando que “nos próximos quatro trimestres haverá novidades a um ritmo muito acelerado” nesta aplicação.
Com a pandemia, salientou, o centro de contacto (808 24 24 24) ganhou uma maior notoriedade e as pessoas foram sentindo que era “uma porta sempre aberta para si”. “Tanto é que 2021 já é o ano com mais chamadas atendidas no SNS. Estamos a falar de mais de 4.350.000”, realçou, referindo também que o serviço passou cerca de 1,3 milhões de requisições de testes de diagnóstico à covid-19.
O responsável disse que quando a pandemia começou, há mais de um ano, o SNS 24 recebia “cerca de metade [das chamadas], portanto, já é muito relevante o número de pessoas que usam o SNS 24”. Devido à notoriedade que a marca alcançou, os SPMS decidiram estendê-la a todos os outros canais de acesso, digitais e presencias, para facilitar a vida aos utentes.
Foi criada a aplicação móvel SNS24, por transformação da antiga app MySNScarteira, e o portal SNS 24, que já existia, mas que passou a ser “o principal portal de prestação de serviços do SNS”. Foram também criados os balcões SNS 24, unidades que funcionam, por exemplo, nas juntas de freguesia e que se destinam a apoiar pessoas que têm “muita dificuldade” em usar sistemas de informação.
Já foram abertos 111 balcões e irão abrir mais até ao final do ano, sendo o objetivo estender estas unidades a todo o país, avançou Luís Goes Pinheiro. Atualmente, existem na área de influência das Administrações Regionais de Saúde do Norte, do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, mas o responsável adiantou que o objetivo é também chegar ao Alentejo e o Algarve e que “o país esteja cheio de pontinhos verdes com o símbolo do SNS 24”.
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