Abraão e Mourão estão em campanha para a liderança dos socialistas da UGT
José Abraão e Mário Mourão disputam em 13 de novembro a liderança da tendência sindical socialista, para decidir quem será candidato a secretário-geral da UGT, em 2022.
Os sindicalistas José Abraão e Mário Mourão disputam em 13 de novembro a liderança da tendência sindical socialista, para decidir quem será candidato a secretário-geral da UGT, em 2022, contando ambos com apoios de estruturas sindicais relevantes.
José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap) desde 2013, disse à agência Lusa que conta com os apoios formais dos socialistas do Mais Sindicato, ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, e do Sindicato dos Trabalhadores dos Escritórios e Serviços (Sitese).
Mário Mourão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), ex-Sindicato dos Bancários do Norte, desde 2005, também tem tido contactos e reuniões e disse que conta com o apoio, entre outros, do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel) e do Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco).
“Nos últimos tempos tenho tido a possibilidade de tomar conhecimento profundo do que se passa em vários sindicatos da UGT, que têm assumido o compromisso de votar em mim”, disse à agência Lusa, acrescentando que só decidiu candidatar-se porque um conjunto de sindicatos o incentivou a isso.
Como os apoios têm vindo a crescer, Mário Mourão considerou que esta fase da sua candidatura “está a ser extremamente positiva”.
José Abraão está igualmente otimista porque, segundo disse, nas reuniões que tem tido por todo o país e pelos setores tem recebido apoio de várias uniões e federações e sindicatos de várias áreas que consideram importante a sua candidatura para a UGT e para o movimento sindical.
“Tenho recebido muitos apoios de sindicatos que acreditam que sou a pessoa certa para contribuir para o reforço do papel da UGT na panorâmica laboral português”, afirmou à Lusa.
O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública anunciou dia 16 de setembro que se ia candidatar à liderança da UGT, em carta aos dirigentes das estruturas sindicais da central, apelando à unidade, em prol da qual pretende trabalhar.
Mas José Abraão já tinha manifestado a sua disponibilidade para se candidatar quando, há cerca de ano e meio, o atual secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reafirmou que não se recandidataria à liderança da central.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal anunciou em 23 de setembro a sua candidatura à liderança da UGT, salientando “o papel insubstituível” da central na luta contra os despedimentos e defesa dos direitos dos trabalhadores.
Nessa data, Mário Mourão enviou uma carta ao presidente da tendência sindical socialista da UGT (TSS/UGT), Carlos Silva, a anunciar a sua candidatura à presidência da tendência e, por inerência, a secretário-geral da central.
Esta é a primeira vez que a presidência da TSS/UGT conta com mais do que uma candidatura, ou seja, é a primeira vez em 43 anos de existência que a liderança da central é disputada.
Cabe ao congresso da tendência sindical socialista, marcado para 13 de novembro, decidir quem será o seu presidente e consequentemente o candidato a secretário-geral da UGT.
Normalmente é o presidente eleito da tendência sindical socialista que se candidata posteriormente ao cargo de secretário-geral da UGT, embora estatutariamente possam apresentar-se outros candidatos no congresso da central, desde que reúnam os apoios necessários, mas isso nunca aconteceu na história da UGT.
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