Lucro da Caixa sobe 9% para 429 milhões até setembro
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 429 milhões de euros, o que representa uma subida de 9,4% face ao mesmo período do ano passado.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 429 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 9,4% face ao mesmo período do ano passado, anunciou a instituição financeira esta quinta-feira.
“Apesar da conjuntura atual, a atividade core do grupo CGD continua a demonstrar resiliência ao conseguir compensar a diminuição da margem financeira com o aumento das comissões líquidas e da eficiência operacional, conseguida através da redução dos custos de estrutura”, destaca o banco público em comunicado enviado ao mercado.
A margem financeira (que resulta da diferença entre os juros recebidos e os juros pagos) caiu 6,5% para 724 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas subiram 11,8% para 412 milhões.
O CFO do banco, José de Brito, esclareceu na conferência de apresentação de resultados que o aumento das receitas com as comissões “foi determinado exclusivamente pelo aumento de volume de transações”. “A Caixa não mexeu no seu preçário. O crescimento vem da maior vinculação dos seus clientes com a Caixa”, frisou o responsável.
Também os resultados com operações financeiras ajudaram nos resultados, tendo atingido os 136,9 milhões de euros (mais 100 milhões em relação ao ano passado). A Caixa explica que esta variação foi influenciada por um ganho extraordinário registado com uma recuperação de ativos financeiros, no valor de 47 milhões.
Contas feitas, o produto bancário registou uma subida de quase 6% para 1,29 mil milhões de euros.
Do lado dos custos com estrutura, deu-se uma redução acentuada de 17,6% para 511 milhões de euros, com os custos com pessoal a caírem 27,9% para 276,7 milhões de euros (devido a um efeito extraordinário) e os custos administrativos a recuarem 5,2% para 159,8 milhões.
Olhando para o balanço, a atividade dos primeiros nove meses do ano mostram um crescimento de 3% da carteira de crédito, que totaliza os 44,8 mil milhões de euros em Portugal, e um aumento de 7,1% dos recursos de clientes para 84,8 mil milhões de euros. O banco explica o aumento dos recursos de clientes com “o aumento da poupança doméstica, proporcionada pela restrição do consumo em consequência da pandemia e respetivo confinamento”.
Quanto à qualidade da carteira de empréstimos, o banco dá conta de uma redução do rácio de malparado (NPL, non performing loans) para 2,8%, com a cobertura de NPL a atingir os 112,5% no final de setembro.
Por fim, a Caixa chegou a setembro com um rácio CET 1 de 18,2% e rácio total de 20,82%, com José de Brito a dizer que o banco tem uma posição confortável face às exigências regulatórias e que permite pagar um dividendo extra de 300 milhões, conforme anunciou o CEO, Paulo Macedo.
(Notícia atualizada às 17h30)
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