Um GLA elétrico? É o Mercedes EQA
Esteticamente muito semelhante ao GLA, o EQA brilha - literalmente - pela grande autonomia que oferece. São mais de 400 km num SUV.
Nem tudo o que parece, é. Neste caso, parece um GLA, mas não é. É um EQA. É visualmente muito parecido ao “irmão” a combustão, mas este é totalmente elétrico. É mais uma “cartada” da Mercedes-Benz na mobilidade elétrica, desta feita no segmento mais apetecível de todos. E com um argumento de peso junto daqueles que olham para estes automóveis não como de futuro, mas para já. Há autonomia para, como se costuma dizer, “dar e vender”.
De relance, engana. Mas um olhar atento permite perceber que estamos perante um SUV diferente do GLA. O que denuncia este EQA é, entre outros pequenos detalhes, essencialmente, o jogo de luzes que a marca da estrela desenhou para lhe dar um ar mais futurista.
Numa dianteira em que a tradicional grelha desaparece para dar lugar a um painel preto, brilham os faróis que surgem interligados por uma faixa de LED. Um efeito que ganha maior expressão na traseira, com os farolins a cruzarem de um lado ao outro o porta-bagagens. A estrela de grandes dimensões fica bem a meio, empurrando a matrícula para o para-choques.
Luzes, conforto e… Start
É de noite que se pode apreciar todo o cuidado que foi tido para criar este jogo de luzes que não se fica pelo lado de fora. Também no interior é clara a aposta neste ar mais tech, para transmitir a sensação de que estamos dentro de um automóvel elétrico. E também aqui se faz uso de um esquema de iluminação diferenciador, que vai do tablier as saídas de ar, mas chega também as soleiras das portas.
Não se consegue ficar indiferente ao efeito visual que não consegue, contudo, esconder o facto de estarmos sentados no GLA. É que praticamente tudo é igual. Há espaço, conforto e, claro, o tradicional sistema MBUX, neste caso com dois ecrãs de 10,25 polegadas — há a versão com dois ecrãs mais pequenos, de 7,0 polegadas — onde se pode, entre outros, monitorizar todos os parâmetros da condução.
Muita autonomia, pouco consumo
O EQA 250 precisa de muita bateria para alimentar tanto ecrã e tantas luzes. Mas também para aquilo que é mais importante: levar-nos de casa para o trabalho e de volta, num passeio ou mesmo numa viagem para as férias. A bateria de 66,5 kWh de capacidade permite uma autonomia expressiva, capaz de atrair muitos condutores: 426 km.
Para conseguir chegar a tal marca não se pode abusar no acelerador, mas também não é possível cometer grandes pecados. É verdade que o motor elétrico de 190 cv da uma resposta imediata, típica dos elétricos, permitindo fazer os 0 aos 100 km/h em apenas 8,9 segundos, mas não é possível superar a marca dos 160 km/h. Pode desencorajar alguns interessados num automóvel com um preço que começa nos 53.750 euros.
Os consumos são comedidos, sendo a média anunciada de 17,7 kWh/100 km. Na estrada, é possível fazer ainda menos do que isso, antecipando os acontecimentos na estrada e… as descidas. A travagem regenerativa através das patilhas no volante, com um total de quatro níveis, são um bom aliado para evitar ter de estar sempre a recarregar o EQA. Mas quando é preciso mesmo, num posto público serão necessárias 5h45.
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