“Cicatrizes pandémicas” serão menores que o inicialmente previsto, diz Fitch
A Fitch Ratings acrescenta que a recuperação económica a médio prazo dos mercados desenvolvidos será “muito mais rápida” que o registado na ressaca da crise financeira global de 2008 e 2009.
A agência de notação financeira Fitch Ratings assinalou que as “cicatrizes pandémicas” consequentes da covid-19 serão menores que o inicialmente previsto, apontando que a recuperação a médio-prazo pós-pandemia contrasta com o “apagado crescimento pós-crise económica”.
Num boletim emitido esta segunda-feira em que apresenta novas estimativas quanto aos mercados desenvolvidos, a agência de notação financeira refere também que a pandemia irá reduzir o potencial crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do lado da oferta da economia a médio prazo.
No documento, a Fitch Ratings assinala que o investimento é mais resiliente do que o esperado e que a longo prazo o desemprego ficou abaixo do previsto, depois de um apoio político sem precedentes.
A Fitch Ratings acrescenta que a recuperação económica a médio prazo dos mercados desenvolvidos será “muito mais rápida” que o registado na ressaca da crise financeira global de 2008 e 2009.
De igual forma, a agência de notação financeira sublinhou que a escala e a velocidade das respostas e dos apoios foram inéditas e permitiram o “amortecimento das folhas do setor privado” e apoiar a procura.
O aumento da procura levou também os negócios a aumentarem a capacidade de manufaturação e registou-se também uma aceleração da utilização das tecnologias de informação.
Atendendo a estes fatores, a Fitch Ratings espera que, entre os mercados desenvolvidos, a pandemia retire apenas 0,1 pontos percentuais por ano do crescimento que estes registaram no período pré-pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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