Afinal iam quatro pessoas no carro de Eduardo Cabrita e não cinco

No acidente de carro em que seguia Eduardo Cabrita e vitimizou mortalmente uma pessoa estavam quatro indivíduos e não cinco.

Na sexta-feira o motorista de Eduardo Cabrita que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 em junho foi acusado de homicídio por negligência. Três dias depois, o jornal Expresso avançou que a acusação tem um erro factual: ao invés de cinco ocupantes no BMW do ex-ministro Eduardo Cabrita estavam apenas quatro.

Segundo o processo, o segurança pessoal de Eduardo Cabrita não estava no carro que seguia na A6. De acordo com a procuradora Catarina Silva, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora seguiriam naquela viatura cinco passageiros.

Ao Expresso, dois agentes da PSP referem que a presença no carro de um operacional do corpo de segurança de um ministro “só é obrigatória quando o veículo segue em marcha de urgência, em velocidade superior àquela que é permitida por lei mas devidamente sinalizada“.

A mais recente polémica à volta do ex-ministro da Administração Interna, e que levou à sua demissão, foi o acidente que ocorreu a 18 de junho de 2021 quando o carro, em que seguia Cabrita, atropelou Nuno Santos, que fazia parte de uma equipa de trabalhadores que se encontrava junto à faixa do lado direito da estrada.

Após meses de críticas por declarações feitas e pela ausência de informação (o ministro defendia-se com a investigação em curso), conheceu-se o despacho de acusação do Ministério Público que culpa o motorista por homicídio por negligência e que revela que o carro circulava na via da esquerda a uma velocidade de 166 km/h. É esta notícia que leva à demissão de Cabrita a dois meses das eleições.

 

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