Fim dos automóveis com motores a combustão em 2030 ameaça 500 mil empregos, diz o setor
Os fornecedores europeus de automóveis avisam que o plano de Bruxelas para proibir os veículos com motores a combustão até 2035 colocará em risco meio milhão de empregos no setor.
As fabricantes europeias de automóveis alertaram que, se a Comissão Europeia acabar mesmo por proibir os carros com motores a combustão a partir de 2035, cerca de meio milhão de empregos poderão ser postos em causa no setor. A notícia é avançada pelo Financial Times (acesso pago).
No início deste ano, o executivo europeu anunciou que pretende proibir a venda de automóveis que usem combustíveis fósseis após 2035, de modo a eliminar 100% das emissões de CO2 dos automóveis novos até essa data. Um plano que está a gerar apreensão no setor.
A sondagem, que envolveu quase 100 empresas da Associação Europeia de Fornecedores Automóveis, CLEPA, revelou que, dos 501 mil postos de trabalho em perigo, mais de dois terços desapareceriam nos cinco anos anteriores a 2035, o que dificultaria a mitigação dos “impactos sociais e económicos” causados pelo desemprego em massa.
Contudo, em simultâneo, um inquérito da PwC mostrou que seriam criados 226 mil novos empregos no fabrico de peças para os automóveis elétricos, o que reduziria as perdas de postos de trabalho para cerca de 275 mil durante as próximas décadas.
Ainda que Bruxelas não tenha ordenado a substituição dos automóveis com motores de combustão por carros movidos a energia elétrica em concreto, fabricantes de automóveis como a Volkswagen, a maior da Europa, praticamente excluíram outras tecnologias, como o hidrogénio.
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