Idade da reforma vai descer para 66 anos e quatro meses em 2023

A esperança média de vida aos 65 fixou-se em 19,35 anos. Por isso, a idade de acesso à pensão de velhice será de 66 anos e quatro meses em 2023, calcula o ECO.

Pela primeira vez, a idade da reforma vai recuar e a “culpa” é da pandemia. O Instituto Nacional de Estatística revelou, esta segunda-feira, que a esperança média de vida aos 65 anos desceu para 19,35 anos, entre 2019 e 2021, o que deixa perceber que, em 2023, a idade normal de acesso à pensão vai cair para 66 anos e quatro meses, calcula o ECO.

A idade da reforma é determinada pela aplicação de uma fórmula que tem em conta a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Ora, esta segunda-feira, o INE divulgou que o valor provisório desse indicador foi estimado em 19,35 anos, o que compara com os 19,69 anos registados no triénio anterior. Em causa está uma quebra de 0,34 anos, que é explicada pela mortalidade causada pela crise pandémica.

A partir desse número conhecido esta manhã, é agora possível prever que a idade de acesso à pensão de velhice para 2023 será de 66 anos e quatro meses, isto é, vai descer três meses em relação à idade da reforma aplicada em 2022 (66 anos e sete meses), depois de ter aumentado durante dois anos consecutivos (em 2021 e em 2022). Tal evolução é inédita. Mais, desde 2018 que a idade de acesso à pensão não era tão baixa.

Os demógrafos ouvidos pelo ECO já tinham sinalizado que este recuo da esperança média de vida (e, por conseguinte, da idade da reforma) poderia acontecer, tendo em conta os óbitos causados pela pandemia de coronavírus. “Se 2021 decorrer como 2020, então é certa uma redução da esperança média de vida aos 65 anos”, antecipava Maria João Valente Rosa, sublinhando que esse seria o primeiro recuo da esperança média de vida aos 65 anos desde, pelo menos, o início do século.

É importante explicar que até 2013 a idade normal da reforma estava nos 65 anos. Em 2014, aumentou para 66 anos e, a partir daí, passou a ser atualizada em linha com os ganhos da esperança média de vida aos 65 anos. Entre 2019 e 2020, a idade de acesso à pensão estacionou nos 66 anos e cinco meses, em resultado de um aumento muito ligeiro da esperança média de vida. E em 2021 e 2022 registou aumentos.

Ainda assim, aos pensionistas que contem com mais de 40 anos de contribuições, é aplicada a “idade pessoal da reforma”: há desconto de quatro meses em relação à idade normal de acesso à pensão por cada ano de descontos que o trabalhador tiver acima dos 40. No limite, é possível passar à pensão antes dos 65 anos, sem qualquer corte.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE permite perceber também, calculou o ECO, que os cortes aplicados às pensões antecipadas em 2022 serão inferiores aos que estiveram em vigor em 2021. A penalização associada ao fator de sustentabilidade descerá de 15,5% para 14,06%.

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Wedoit instala hub tech em Portugal. Tem dez vagas, mas objetivo é aumentar “brevemente” equipa nacional

As vagas destinam-se a profissionais especializados, experientes e certificados em tecnologias dos principais fabricantes de infraestruturas. Mas há também oportunidades para profissionais de vendas.

A Wedoit vai criar um hub tecnológico em Portugal, que irá endereçar não só projetos nacionais, mas também suportar a estratégia de expansão da empresa com sede no Brasil para a Europa. Para já, está prevista a contratação de dez profissionais, mas o objetivo é aumentar a equipa portuguesa.

“A Wedoit prevê contratar para já cerca de dez profissionais, mas o nosso objetivo é aumentar este número muito brevemente. Não entrámos em Portugal com contratos grandes nas mãos. Vamos explorar o mercado nacional e europeu de uma forma sólida e gradual para criarmos raízes fortes. No Brasil temos dois anos de atividade e uma rede com mais de 150 profissionais, mas acreditamos que o mercado europeu é mais maduro nesta área da tecnologia e tem bastante mais oportunidades. O nosso objetivo é conquistar grandes projetos na Europa, mas recorrer sempre talento português, independentemente do país em questão”, adianta Felippe Siqueira, cofundador e CEO da Wedoit à Pessoas.

Admitindo que a empresa tem atualmente uma equipa de técnicos “muito experimente”, o líder da Wedoit diz que pretende, agora, reforçá-la “com a contratação de talento tecnológico português altamente qualificado, com conhecimento, certificações e experiência em infraestrutura de TI dos grandes fabricantes, quer a nível de software como de hardware”.

Em causa estão profissionais especializados, experientes e certificados em tecnologias dos principais fabricantes de infraestruturas, como CISCO, DELL/EMC, HPE, Huawei, VMware, Veeam, entre outros. Mas, além dos profissionais de TI, a empresa pretende também recrutar profissionais de vendas que tenham “experiência de infraestrutura de TI, tanto ao nível dos integradores, como dos distribuidores e fabricantes”.

A escolha de Portugal para instalar o hub justifica-se precisamente pela qualidade do talento tecnológico nacional, mas também pelo próprio ecossistema de inovação do país.

“Portugal é um polo de atração de investimento atualmente. Tem um ecossistema robusto para apoiar as startups, oferece vários benefícios às empresas de tecnologia que quiserem investir em Portugal, é uma importante porta de entrada para outros países do mercado europeu, tem um mercado maduro a nível tecnológico e um foco muito grande na inovação”, comenta Felippe Siqueira.

O nosso objetivo é conquistar grandes projetos na Europa, mas recorrer sempre talento português, independentemente do país em questão.

Felippe Siqueira

Cofundador e CEO da Wedoit

“Para além de tudo isto tem talento tecnológico altamente qualificado, o que para nós, que operamos num setor muito crítico e exigente, é uma grande mais-valia. Por isso é que na nossa estratégia europeia queremos ao nosso lado uma equipa portuguesa, especializada e de alta qualidade”, acrescenta, salientando ainda que a maioria dos profissionais portugueses é fluente em inglês ou espanhol.

A Wedoit quer replicar em Portugal o modelo de negócios que possui noutros países, como o Brasil e Canadá, e ainda criar a estrutura que irá abrir as portas do mercado europeu.

“Inicialmente vamos focar a nossa atenção em Portugal. Sabemos que é uma longa jornada, mas queremos aos poucos construir uma relação sólida e de confiança com os clientes portugueses. Depois queremos levar a Wedoit para outros mercados europeus onde a falta de mão obra qualificada em infraestruturas de TI é uma realidade”, detalha. Países como Inglaterra, Holanda, Espanha, Itália, França e Alemanha estão na lista de prioridades da empresa.

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União Europeia gastou 2,3% do PIB em investigação e desenvolvimento em 2020

Em ano de pandemia, foram gastos 311 mil milhões de euros, o equivalente a 2,3% do PIB europeu em I&D. Portugal ficou abaixo da média europeia, com uma despesa equivalente a 1,6% do PIB nacional.

No ano passado, os Estados-membros da União Europeia (UE) gastaram cerca de 311 mil milhões de euros em investigações laboratoriais e tecnológicas, o equivalente a 2,3% do PIB europeu, mostra o Eurostat. Este valor foi inferior ao gasto em 2019, mas representou uma maior percentagem do PIB, e tudo devido à pandemia. Portugal ficou abaixo da UE, com 3,2 mil milhões de euros gastos.

Em 2020, foram gastos 311 mil milhões de euros em recursos dedicados à ciência e à tecnologia em todo o mundo. Foram menos mil milhões de euros do que em 2019, ano em que se gastaram cerca de 312 mil milhões de euros (2,2% do PIB), mas o peso em relação ao PIB foi superior (2,3%). “Este pequeno aumento deve-se a uma diminuição do PIB, em resultado da pandemia”, diz o Eurostat.

Investimento feito na ciência e tecnologia nos Estados-membros da UE em 2020 (% do PIB).Eurostat

O gabinete de estatísticas europeu refere ainda que, em 2010, a despesa com estas investigações era de apenas 2% do PIB europeu. Ou seja, os recursos investidos nestes dois tópicos têm vindo a aumentar.

O setor empresarial continua a ser aquele onde a despesa é maior, representando 66% do total investido em 2020. Atrás aparece o ensino superior (22%), o setor governamental (12%) e o setor privado sem fins lucrativos (1%).

Numa análise por países, são sete aqueles onde o peso da despesa no PIB supera a média europeia. No topo está a Bélgica com 15,8 mil milhões de euros (3,52% do PIB), à frente da Suécia (16,7 mil milhões de euros, 3,51% do PIB) e Áustria (12,1 mil milhões de euros, 3,22% do PIB). Na outra ponta da tabela estão a Roménia (1,03 mil milhões de euros, 0,47% do PIB) e Malta (85,5 milhões de euros, 0,66% do PIB).

Portugal surge praticamente a meio da tabela, com uma despesa de 3,2 mil milhões de euros, equivalente a 1,58% do PIB.

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OMS diz que risco global da Ómicron é “muito alto”

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

“Pode haver novas ondas de Covid-19 com consequências graves, dependendo de muitos fatores, como os locais onde essas ondas ocorrem”, refere um documento da Organização Mundial da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira que o risco global representado pela nova variante Ómicron do coronavírus é “muito alto”, num relatório sobre esta nova variante do SARS-CoV-2.

Tendo em conta as altas mutações da Ómicron, com potencial para ser mais resistente à imunização e mais contagiosa, o risco da variante ser transmitida mundialmente é “alto”, refere o documento da OMS.

“Pode haver novas ondas de Covid-19 com consequências graves, dependendo de muitos fatores, como os locais onde essas ondas ocorrem”, acrescenta.

Perante estes riscos, a OMS pede aos Estados-membros que tomem algumas medidas prioritárias, incluindo “acelerar a vacinação contra a Covid-19 o mais rápido possível, especialmente entre a população de risco que permanece não vacinada”.

Solicita também a todos os países que aumentem as medidas de vigilância, notifiquem possíveis casos ou surtos associados à variante e que os laboratórios aumentem o trabalho de sequenciação necessário para analisar a estrutura do coronavírus.

A OMS não recomenda no relatório técnico abertamente que se proíbam voos para determinadas regiões, afirmando apenas que as autoridades nacionais “devem usar as bases científicas para ajustar em tempo útil as medidas em torno das viagens internacionais”. Contudo, a organização admite que, por enquanto, os casos da Ómicron que já foram detetados em quatro regiões (África, Europa, Oriente Médio e Leste Asiático) estão relacionados com viagens, embora “seja de se esperar que a principal origem dos casos vá mudando à medida que são obtidas mais informações”.

O primeiro caso confirmado da variante Ómicron foi detetado numa amostra colhida no passado dia 9 de novembro, na África do Sul. Dois dias depois um outro caso da mesma variante foi confirmado no vizinho Botswana.

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PT2030 ajuda a qualificar PME para aumentar exportações

Programa "Qualificação para a Internacionalização" visa apoiar a criação de micro, pequenas e médias empresas através do reforço de competências dos trabalhadores em comércio internacional.

O Governo criou um programa que, com recurso aos fundos do Portugal 2030 (PT2030), visa apoiar a criação de micro, pequenas e médias empresas através do reforço de competências profissionais dos trabalhadores em comércio internacional. De acordo com a portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República, serão dadas formações a estes profissionais, de forma a qualificá-los.

Chama-se “Programa Qualificação para a Internacionalização” e insere-se no “Programa Internacionalizar 2030”. Foi aprovado em Conselho de Ministros em março deste ano, mas só agora publicado em Diário da República e entra em vigor esta terça-feira, 30 de novembro.

Com recurso a fundos do PT2030, esta iniciativa pretende formar e qualificar recursos humanos em todo o país, relacionados com o comércio internacional, de forma a facilitar a criação de empresas que atuem nessa área (exportações). Objetivo é “qualificar ativos, empregados e desempregados, nas temáticas relacionadas com os desafios da internacionalização da economia e do comércio internacional”, lê-se na portaria.

As ideias-chave passam por “potenciar a empregabilidade” de micro, pequenas e médias empresas, “promovendo a integração de ativos desempregados nas empresas e contribuindo para prevenir o risco de desemprego (…) e aumentar o seu contributo para o sucesso do processo de internacionalização da entidade empregadora”.

Além disso, pretende-se “aumentar a oferta de recursos humanos qualificados no mercado de trabalho nos domínios da internacionalização e comércio internacional” e “adequar a formação profissional ministrada às necessidades do mercado de trabalho, algumas delas emergentes”, lê-se.

São elegíveis para este programa pessoas com 18 ou mais anos, que estejam inscritas no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) como desempregadas e que tenham, pelo menos, o nível secundário concluído ou não tenham concluído o ano terminal do ciclo formativo de nível secundário ou que estejam a realizar processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) de nível secundário.

Mas são igualmente destinatários pessoas empregadas, com 18 ou mais anos, que estejam numa das situações anteriores e que “entendam dever beneficiar desta formação” ou que, “a título individual, pretendam incrementar as suas próprias qualificações em domínios da internacionalização e comércio internacional”, refere a portaria.

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Almeida, Dias & Associados assessora Club Sport Marítimo

O sócio fundador Gonçalo Almeida liderou a equipa da Almeida, Dias & Associados que assessorou juridicamente o Club Sport Marítimo da Madeira.

A Almeida, Dias & Associados assessorou juridicamente o Club Sport Marítimo da Madeira no âmbito do litígio que opôs o Clube Desportivo Nacional à Associação de Futebol da Madeira (AFM). A equipa responsável pela operação foi composta pelo sócio fundador Gonçalo Almeida e pelos estagiários André Duarte Costa e António Vicente.

“O referido litígio, que tinha por objeto a impugnação de uma decisão do Conselho de Disciplina da AFM, culminou com a absolvição do Club Sport Marítimo da Madeira da prática de uma infração disciplinar decorrente da utilização irregular de jogadores numa partida oficial, a qual comportaria, se dada como provada, a aplicação de sanção de derrota na respetiva partida”, explicou o escritório em comunicado.

Nesse contexto, o Tribunal Arbitral do Desporto considerou-se incompetente para dirimir o litígio em apreço e absolveu a AFM e o Club Sport Marítimo, “nomeadamente em virtude de o Clube Desportivo Nacional não ter esgotado todos os meios internos de impugnação, antes de recorrer para aquele tribunal”.

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Nova máquina permite fazer passe Navegante em self-service

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

A nova máquina Ponto navegante faz a emissão de um cartão Navegante sem necessidade de "preencher formulários, sem necessidade de fotografia e sem espera".

O cartão Navegante vai poder ser feito, a partir desta segunda-feira, em modo self-service através da máquina Ponto navegante que faz a emissão do cartão personalizado no momento nos 18 municípios onde funciona, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) explica o lançamento do Ponto navegante nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, uma máquina que faz a emissão de um cartão Navegante, sem necessidade de “preencher formulários, sem necessidade de fotografia e sem espera”.

O Ponto navegante é um serviço com abrangência metropolitana, desenvolvido e oferecido pela Transportes Metropolitanos de Lisboa e pelos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

Com o Ponto navegante, o utente pode ter o seu passe na hora, ou seja, realizar o pedido de cartão Navegante urgente, obtê-lo no momento e carregá-lo de seguida, tudo no mesmo local e em regime de self-service.

Para fazer o cartão Navegante no Ponto basta ter o cartão de cidadão válido e um cartão bancário.

Os utentes dos transportes que viajem pontualmente, também podem carregar o seu cartão Navegante de uso ocasional ou o VIVA Viagem no Ponto navegante.

Em 1 de abril de 2019 entrou em funcionamento o novo passe único Navegante Metropolitano, com um custo máximo de 40 euros mensais por utente, permitindo viajar em todos os operadores de transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa, uma medida integrada no Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART).

Foram também criados 18 passes Navegante Municipal, um para cada dos 18 concelhos que integram a área metropolitana, possibilitando neste caso viajar no concelho para o qual foi adquirido, por 30 euros.

Os 18 municípios que integram a área metropolitana são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

A TML é a empresa responsável por toda a operação de serviço público de transporte rodoviário de passageiros municipal e intermunicipal através da Carris Metropolitana, marca única e integradora da operação rodoviária, sendo também responsável pela gestão do sistema de bilhética do Metropolitano.

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Indicador de confiança dos consumidores afunda com chegada do outono

O recuo resulta do contributo “significativamente negativo das expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país", aponta o INE. Empresas e clientes "alinhados" na subida dos preços.

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em outubro e novembro – e “de forma significativa no último mês”, assinala o Instituto Nacional de Estatística (INE), isto depois de ter aumentado nos dois meses anteriores, que coincidiram com o final do verão.

Num destaque divulgado esta segunda-feira, o INE explica que a evolução do último mês resultou sobretudo do contributo “significativamente negativo das expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país e, em menor grau, das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar”.

“As opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar, assim como as expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes, também contribuíram negativamente para a evolução do indicador, ainda que de forma ténue”, acrescenta a mesma nota.

Já o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, que tendo vindo a apresentar um comportamento irregular desde julho, acabou por diminuir neste mês que está a terminar.

Os indicadores de confiança baixaram nos setores da construção e obras públicas – por causa das apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego – e também do comércio, devido ao volume de vendas e às perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses.

Por outro lado, este indicador subiu nos serviços e igualmente na indústria transformadora, em que este aumento registado em novembro é justificado pelas “expectativas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados”, ainda que a opinião sobre a evolução da procura global tenha pressionado em sentido contrário.

Empresas e clientes “alinham” na subida dos preços

A evolução dos preços, que tem estado na agenda nos últimos meses devido sobretudo à subida dos preços da energia e das matérias-primas, é outro dos elementos em evidência nesta publicação do INE. A começar pelo saldo das perspetivas dos consumidores relativamente a esta subida dos preços, que atinge agora o valor máximo dos últimos dez anos.

A perspetiva dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda é semelhante. Bate o recorde nas séries relativas ao comércio e à construção e obras públicas, na indústria transformadora situa-se no valor mais elevado desde novembro de 1990 e nos serviços aproxima-se também do máximo da série, registado em novembro de 2005.

Sentimento económico também baixa na Europa

Segundo dados publicados esta segunda-feira pela Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, o indicador do sentimento económico também diminuiu (-1,1 pontos) em novembro, face a outubro, tanto na Zona Euro como na União Europeia.

Entre as maiores economias do espaço comunitário, indicam os dados citados pela Lusa, o sentimento económico melhorou em França (3 pontos), em Itália (0,9) e na Polónia (0,5) e piorou em Espanha (-2,6), nos Países Baixos (-2,1) e na Alemanha (-1,7).

Já o indicador das expectativas de emprego subiu para 115,6 pontos em ambas as regiões de análise (1,7 e 1,4 pontos na zona euro e na UE), atingindo o seu nível mais elevado desde janeiro de 2018.

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Espanha impõe restrições a viajantes de países da África Austral

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

Os viajantes devem submeter-se a uma quarentena de 10 dias após a chegada a Espanha e este período pode terminar ao sétimo dia se o viajante apresentar uma prova de diagnóstico com resultado negativo.

As autoridades espanholas impõem a partir da meia-noite 10 dias de quarentena a todos os viajantes procedentes de zonas consideradas de “alto risco” devido ao aparecimento da variante Omicron do novo coronavírus em países da África Austral.

O Ministério da Saúde espanhol publicou esta segunda-feira, no Boletim Oficial do Estado, a medida restritiva a voos com destino a Espanha, com ou sem escalas, de todos os aeroportos do Botswana, Lesoto, Moçambique, África do Sul e Zimbabué.

De acordo com a mesma medida, estão excluídos os passageiros em trânsito que sejam residentes ou titulares de vistos de longa duração dos países europeus e Estados que fazem parte do Espaço Schengen, Andorra, Mónaco, Vaticano, San Marino, e que se dirijam a estes países, assim como o pessoal de voo “necessário para levar a cabo as atividades de transporte aéreo”.

Os viajantes devem submeter-se a uma quarentena de dez dias após a chegada a Espanha e este período pode terminar ao sétimo dia se o viajante apresentar uma prova de diagnóstico com resultado negativo.

Durante a quarentena devem permanecer em casa ou no alojamento e limitar os acessos a terceiras pessoas e restringir as deslocações para a aquisição de bens alimentares, produtos farmacêuticos, assistência a centros de saúde ou por causas de “força maior”.

​​​​​​​A Covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,44 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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Nas notícias lá fora: turismo mundial, Nissan e Evergrande

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Novembro 2021

A Organização Mundial do Turismo (OMT) estima perdas no setor que atingem 1,78 biliões de euros este ano. A japonesa Nissan quer que mais de metade dos seus carros sejam elétricos até 2030.

Segundo estimativas da Organização Mundial do Turismo (OMT), o setor deverá perder 1,78 biliões de euros em 2021 devido às restrições ligadas à pandemia. A fabricante de automóveis japonesa Nissan quer que mais de 50% dos veículos que produz sejam movidos a energia elétrica até ao final da década. O Governo espanhol prepara um projeto de lei que quer implementar o atendimento pessoal ao cliente 24 horas por dia. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional desta segunda-feira.

France 24

Turismo mundial deve perder 1,78 biliões de euros em 2021

O setor do turismo mundial deverá perder dois biliões de dólares (1,78 biliões de euros) este ano devido a restrições ligadas à pandemia, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT). Esta estimativa, semelhante às perdas sofridas em 2020, surge numa altura em que têm sido introduzidas novas restrições, particularmente na Europa, para lidar com uma nova vaga de casos da Covid-19 e evitar que a variante Omicron, detetada pela primeira vez na África do Sul, se espalhe por todo o mundo. Estes últimos desenvolvimentos mostram que “a situação é totalmente imprevisível” e que o setor do turismo não está imune a perigos suscetíveis de causar “enormes danos” económicos, disse o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili. As chegadas de turistas internacionais deverão permanecer este ano “70 a 75% mais baixas” do que antes da pandemia. Leia a notícia completa na France 24 (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Bancos espanhóis terão de atender clientes pessoalmente 24 horas por dia

Os ministérios do Consumo e dos Assuntos Económicos de Espanha juntaram-se para definir uma nova regulamentação ao atendimento ao cliente em serviços essenciais, o que inclui os serviços financeiros. De acordo com o projeto de lei apresentado, os bancos do país terão de dispor de um serviço ao cliente 24 horas por dia, 365 dias por ano, sendo proibida a utilização de atendedores de chamadas ou outros meios semelhantes. A proposta declara que deve haver sempre uma pessoa do outro lado do telefone, formada e com capacidade para lidar com idosos e deficientes. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Metade dos grandes IPO este ano estão a ser negociados abaixo do preço de venda

Metade das empresas que levantaram mais de mil milhões de dólares em Ofertas Públicas Iniciais (IPO, na sigla em inglês) este ano está a negociar abaixo do preço de mercado, apesar de os mercados de ações estarem robustos em todo o mundo. Na lista de IPO falidos estão alguns nomes conhecidos, como a aplicação de entrega de comida do Reino Unido Deliveroo, o fabricante de alimentos alternativos Oatly e o gigante indiano de pagamentos Paytm. Este fraco desempenho levantou dúvidas sobre as avaliações atribuídas a empresas por grandes investidores. Os dados da Dealogic mostram que 49% dos 43 IPO que levantaram mil milhões de dólares ou mais este ano em Londres, Hong Kong, Índia e Nova Iorque estão a negociar abaixo dos preços de mercado. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Ações da Evergrande caem depois de o presidente reduzir participação

As ações do grupo imobiliário chinês Evergrande caíram 4,8% esta segunda-feira, depois de o seu presidente ter reduzido a sua participação na empresa devido ao grave problema de liquidez. Também caíram as ações da unidade de veículos elétricos do grupo, em mais de 5%, após ter dito que a imobiliária ainda estava a explorar formas de conseguir capital para a unidade com diferentes investidores. Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Nissan quer mais de 50% dos seus carros com energia elétrica até 2030

O fabricante japonês de automóveis Nissan Motor anunciou um plano para tornar mais de metade dos carros que vende em todo o mundo eletrificados até ao ano fiscal de 2030. A estratégia, que envolve um investimento de cerca de 17,61 mil milhões de euros nos próximos cinco anos, visa lançar 23 novos modelos eletrificados — incluindo 15 modelos totalmente elétricos e oito híbridos — das suas marcas Nissan e Infiniti nesse período. No ano fiscal de 2026, a empresa pretende que mais de 75% das suas vendas na Europa sejam veículos eletrificados. Até essa data, a empresa espera também que mais de 55% e 40% dos veículos que vende no Japão e na China, respetivamente, sejam eletrificados, e que 40% das vendas para os EUA também sejam de elétricos. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Tarifa social de Internet entra em vigor em janeiro e vai custar 6,15 euros

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

A tarifa social de Internet, destinada a consumidores com baixos rendimentos, entra em vigor a 1 de janeiro. Prevê-se que haja 780 mil potenciais beneficiários.

A tarifa social de Internet, destinada a consumidores com baixos rendimentos, entra em vigor em janeiro e terá um valor de 6,15 euros (IVA incluído), disse à Lusa o secretário de Estado para a Transição Digital.

“Confirma-se o valor de cinco euros mais IVA, portanto, o total para o cidadão será de 6,15 euros e mantém-se também aquilo que era nossa expectativa de critérios de elegibilidade, ou seja, de população a abranger que será igual às regras que se aplicam à tarifa social de eletricidade e da água, ou seja, uma expectativa de 780 mil beneficiários potenciais“, afirmou André de Aragão Azevedo.

“Em termos de níveis de serviço, o que está pensado é um pacote mensal de 15 GB [Gigabyte]” e em termos de velocidade de download e upload de 12 Mbps [megabit por segundo] e 2 Mbps, respetivamente, acrescentou.

A 29 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) tinha anunciado que, na sua decisão, aprovada em 27 de setembro, tinha efetuado uma “reponderação das medidas projetadas” no sentido provável de decisão de 12 de agosto, aumentando a velocidade mínima de download de 10 Mbps para 30 Mbps e de upload de 1 Mbps para 3 Mbps e o valor mínimo de tráfego mensal a incluir na oferta de 12 GB para 30 GB.

“Optámos por ficar a meio caminho entre aquilo que era o valor de referência, ou seja, aquilo que era o pacote da Escola Digital — que também foi lançado há cerca de um ano –, naquilo que foi a transformação que a escola teve de sofrer até para ajudar no contexto da pandemia”, justificou o governante. Ou seja, “optámos por usar como referência, em termos de valor de mercado, exatamente o pacote da Escola Digital, que previa os mesmos cinco euros, mas previa um nível de serviço abaixo daquilo que estamos agora a fixar para a tarifa social de Internet”.

André de Aragão Azevedo salientou que este “é um regime ainda experimental que vai ser avaliado“, uma vez que até agora não havia tarifa social de Internet. “Optámos, do ponto de vista de opção política, por ficar aqui no meio-termo, entre a base e a referência” que foi alvo de consulta ao mercado e “aquilo que foi a proposta da Anacom, que nos pareceu, para uma primeira fase, um bocadinho excessiva”, argumentou o secretário de Estado.

O valor da tarifa de cinco euros é fixado só para 2022. “A ideia é fazer uma avaliação anual que passará pelas duas dimensões do tema, que é o preço e os parâmetros de serviço”, disse o governante ao explicar a fixação daquele valor só para aquele ano.

“O objetivo é que, anualmente, seja feita essa revisão. É necessário fazer uma avaliação de impacto, qual é o nível de adesão, o que é que são eventualmente fatores a corrigir que nós também desconhecemos e depois, em função disso, afinar ou não os valores ou os parâmetros de serviço”.

André de Aragão Azevedo adiantou que esta avaliação será feita pela Anacom e depois remetida ao Governo num relatório, sobre o qual o Executivo “reagirá, corrigindo ou não, em função daquilo que seja a conclusão a que se chegue”.

Questionado sobre se no primeiro ano do arranque da tarifa social da Internet será possível abranger o universo dos quase 800 mil beneficiários da medida, o secretário de Estado disse não ser possível saber porque “depende de uma adesão que as pessoas vão ter que fazer”. “Não é concedido de forma automática, é pedido e, depois do pedido formulado, então sim, verificando-se os requisitos, é atribuído de forma automática“.

Para poder aceder à tarifa social, o beneficiário “basicamente tem que se dirigir a um operador, solicitar o serviço e depois, a partir desse momento, o próprio operador terá acesso a uma plataforma onde pode verificar o cumprimento ou não dos requisitos de elegibilidade“, explicou o governante. “Se for elegível, ela [tarifa social de Internet] ser-lhe-á atribuída e o operador tem 10 dias para reconhecer o direito”, entrar em vigor e aplicá-la.

“Achamos que era absolutamente essencial nós termos este tipo de resposta quando sabemos que é cada vez maior a dependência da tecnologia e do digital e, portanto, deixar pessoas de fora deste mundo por razões de ordem económica, sabendo nós que ele é hoje um serviço básico que deve ser universalizado, era inaceitável”, razão pela qual “quisemos lançar esta medida”, reforçou.

A medida entra em vigor no dia 1 de janeiro. Questionado sobre o que representa o arranque desta medida, André de Aragão Azevedo disse significar “uma enorme satisfação”.

Primeiro porque “corresponde à implementação de algo com que nos comprometemos, que estava previsto no nosso Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal”. Depois, “tinha a ver com o tema da conectividade e da acessibilidade, com alargamento de cobertura e agora também tinha a ver com aquilo que é o acesso por razões de ordem económica para a qual era essencial esta tarifa social”, defendeu.

“Fico muito satisfeito por pensar que num país que queremos que seja inclusivo, que seja de facto integrador de todas as pessoas e que não deixa ninguém para trás, a tarifa social responde a um universo que não é negligenciável, estamos a falar de quase 8% da população portuguesa“, apontou.

Sobre a questão de cobertura de Internet no território, o secretário de Estado salientou que este é um tema que está na agenda. “Não queremos deixar também territórios para trás e há população que está de facto em zonas que são tecnicamente chamadas zonas brancas, ou seja, zonas que não têm acesso à rede de cobertura móvel de Internet ou de conectividade”, pelo que o Governo está a “trabalhar no levantamento exato e muito rigoroso das zonas onde não há cobertura” e, para isso, está a “preparar um diploma que impõe um mapa interativo de cobertura”, referiu.

Este mapa vai ser um “instrumento muito rigoroso” que dará a perspetiva sobre a rede fixa e a rede móvel. “Depois, com base nisso, lançarmos, agora integrado naquilo que é o plano de investimentos quer do PRR, quer do PT2030, quer até do fundo da transição digital que decorre do leilão do 5G”, já que há uma capacidade de investimento que permite “esperar um alargamento muito grande dessa cobertura”.

O secretário de Estado garante que “é para isso” que o Governo está a trabalhar. “Essa é uma preocupação muito grande que o Governo tem e que achamos que nos próximos meses vai ter uma evolução muito favorável”, sublinhou. O mapa interativo está “neste momento em circuito legislativo”, mas porque pode ainda demorar algum tempo a estar em total funcionamento, o Governo mandatou a Anacom “para fazer já um levantamento prévio”.

“O Governo emitiu um despacho conjunto entre várias áreas governativas, desde a Economia e Transição Digital à parte das Telecomunicações e também à parte da Valorização do Interior, no sentido de termos, de facto, um acesso à informação no curto prazo que nos permita desde já desenhar e avançar com um conjunto de investimentos que acelerem o processo de alargamento de cobertura”, concluiu o governante.

Tarifa social de Internet visa consumidores com baixos rendimentos e abrange universo de 780 mil

A tarifa social fornece serviços de acesso à Internet em banda larga fixa ou móvel e destina-se a consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais, abrangendo um universo de 780 mil beneficiários. O objetivo é promover a inclusão e a literacia digital, no âmbito do programa do Governo Plano de Ação para a Transição Digital e do InCoDe.2030, que visa contribuir para redução dos riscos de exclusão e desigualdade.

Foram, assim, criadas condições necessárias para que as pessoas com baixos rendimentos e em situação de maior fragilidade possam aceder aos serviços de Internet de banda larga (fixa ou móvel). A tarifa disponibiliza um conjunto de 11 serviços mínimos, onde se inclui o email, os motores de pesquisa (que permitem procurar e consultar todos os tipos de informação), jornais e notícias na Internet e comprar ou encomendar bens e serviços.

Ferramentas de formação e educativas de base na Internet, bem como a procura de emprego e instrumentos de procura de emprego ou ligação em rede a nível profissional são outros dos serviços. Serviços bancários online, utilização de serviços da Administração Pública em linha, utilização de redes sociais e mensagens instantâneas e chamadas e videochamadas com qualidade padrão também estão incluídas.

Estima-se um universo potencial de 780 mil famílias que podem ter acesso a esta tarifa, os quais são considerados consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais. Aqui incluem-se os beneficiários do complemento solidário para idosos, os do rendimento social de inserção, os que recebem prestações de desemprego, bem como os beneficiários do abono de família.

Incluem-se também os beneficiários da pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez ou do complemento da prestação social para inclusão, os agregados familiares com rendimento anual igual ou inferior a 5.808,00 euros, acrescidos de 50% por cada elemento do agregado familiar que não disponha de qualquer rendimento, incluindo o próprio, até um limite de 10 pessoas.

Os beneficiários da pensão social de velhice e também os estudantes universitários, inseridos em agregados familiares elegíveis, e que se desloquem para outros municípios do país para estudar, podem também beneficiar da atribuição da tarifa social de Internet.

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Canadá confirma dois primeiros casos da variante Ómicron

  • Lusa e ECO
  • 29 Novembro 2021

É o primeiro país do continente americano a reportar a nova variante. Casos foram detetados em pessoas que tinham viajado recentemente para a Nigéria.

O Canadá confirmou esta segunda-feira os dois primeiros casos da variante Ómicron do coronavírus que causa a Covid-19. Os casos foram detetados em pessoas que tinham viajado recentemente para a Nigéria.

Ambas as pessoas estão em isolamento em Otava, capital do Canadá, e as autoridades sanitárias estão à procura de contactos próximos dos infetados, anunciou em comunicado o Governo da província de Ontário. O Canadá é o primeiro país do continente americano a reportar a nova variante.

A Omicron chegou à Europa na semana passada, com o primeiro caso a ser registado na Bélgica. Depois desse país já se somam outros, como a Alemanha, Reino Unido, Itália e Holanda. Portugal confirmou esta segunda-feira os primeiros 13 casos desta nova variante, entre os jogadores do Belenenses SAD.

A África do Sul, onde foi identificada inicialmente a Ómicron, comunicou à Organização Mundial de Saúde (OMS) a deteção da nova estirpe na quarta-feira. Na sexta-feira, a OMS classificou a nova variante como “de preocupação” e batizou-a como Ómicron, nome de uma letra do alfabeto grego.

Desconhece-se, ainda, com rigor, os efeitos da nova estirpe na transmissibilidade da infeção, severidade da doença ou na imunidade. Sabe-se que tem múltiplas mutações genéticas, algumas preocupantes, na proteína da espícula, “a chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas.

De acordo com a OMS, dados preliminares apontam para um “risco acrescido de reinfeção” com a Ómicron por comparação com outras variantes de preocupação, incluindo a Delta, a mais contagiosa até à data e dominante no mundo.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,4 milhões infeções desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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