Tribunal de Contas Europeu alerta para atrasos na execução dos fundos e pede controlos eficazes

O Tribunal de Contas Europeu sublinha que ainda há erros materiais a afetar as despesas da União Europeia, e defende a necessidade de controlos eficazes para a execução de fundos nos próximos anos.

Apesar de a pandemia ter dificultado vários processos, os programas de despesas da União Europeia (UE) acabaram por conseguir registar progressos durante 2020, segundo sinaliza o Tribunal de Contas Europeu (TCE). Ainda assim, os pagamentos continuam a ser afetados por demasiados erros e há risco de atrasos na execução dos fundos, pelo que se devem ter “controlos eficazes sobre a utilização dos fundos” europeus.

O nível global de irregularidades nas despesas da UE manteve-se estável nos 2,7% em 2020, ano em que “mais de metade das despesas auditadas (59%) foi considerada de risco elevado, um novo aumento em relação ao nível registado em 2019 (53%) e nos anos anteriores”, sublinha o TCE. Já os erros materiais continuam a ter impacto nas despesas de risco elevado, com uma taxa estimada de 4%.

Tendo em conta que a resposta da UE à pandemia vai ter um “impacto muito substancial nas finanças” comunitárias, o órgão alerta também para o risco de atraso no início da execução dos fundos em regime de gestão partilhada no período financeiro de 2021-2027. Isto depois de os atrasos iniciais terem também prejudicado a execução dos fundos do período financeiro de 2014-2020.

“Tendo em vista os grandes desafios que nos esperam, temos de ser ainda mais vigilantes acerca da saúde financeira da UE”, apontou Klaus-Heiner Lehne, presidente do TCE, citado em comunicado. Tendo em conta a dimensão dos gastos futuros, que traz uma “importante mudança nas finanças da UE”, existe uma “necessidade óbvia de controlos eficazes sobre a utilização dos fundos da União e a concretização dos resultados pretendidos”, acrescenta.

Além disso, existe ainda o problema da execução, com o TCE a sublinhar que a absorção dos fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI) pelos Estados-membros continuou a ser mais lenta do que o previsto. No final de 2020, apenas tinha sido pago 55% do financiamento da UE acordado para o período de 2014-2020, sinaliza, o que levou a um aumento das autorizações por liquidar, que atingiram 303,2 mil milhões de euros.

No que diz respeito à avaliação feita por áreas, na Coesão o Tribunal observou que as atividades financiadas pelo Fundo Social Europeu “continuam a enfrentar dificuldades para chegar a pessoas que estão desligadas do mercado de trabalho, como os jovens que não trabalham, não estudam nem seguem uma formação”.

Já o domínio do crescimento e emprego foi bastante afetado pela pandemia, nomeadamente pelas restrições às viagens e à aprendizagem presencial, que limitaram o programa Erasmus+.

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CAP diz que subida de preços é “incontornável” face ao aumento de custos

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

A Confederação dos Agricultores de Portugal alerta para a “incontornável” subida dos preços dos produtos agrícolas, face ao aumento dos custos dos fatores de produção, como os combustíveis e adubos.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou, em resposta à Lusa, para a “incontornável” subida dos preços dos produtos agrícolas, face ao aumento dos custos dos fatores de produção, como os combustíveis e adubos.

“O aumento do custo dos fatores de produção, associados à produção agrícola, como os combustíveis e a energia, os adubos e os transportes de uma forma geral, tornam incontornável uma subida dos preços dos produtos em toda a cadeia de produção e distribuição agroalimentar, com reflexo nos preços pagos pelo consumidor final”, afirmou o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, em resposta à Lusa.

Assim, tendo em conta que estes custos impactam todos os tipos de produção e em todas as regiões do país, a subida de preços vai sentir-se, “como parece inevitável”, de forma generalizada, embora com “naturais diferenças de intensidade”.

À subida dos custos dos fatores de produção, acresce ainda a escassez de “todo o tipo de produtos e equipamentos”, verificando-se “atrasos já muito significativos nas entregas”.

Para a CAP, esta “incerteza” faz com que se coloque em causa a possibilidade de se concretizar determinadas culturas.

Em causa, estão produtos como adubos, que tiveram uma subida na ordem dos 50%, mas também tratores, cuja disponibilidade “em tempo útil”, está cada vez mais comprometida.

Segundo Eduardo Oliveira e Sousa, perante isto, quem produz tem que abastecer-se em maiores quantidades para prevenir ruturas, o que contribui para reduzir a oferta e agravar a subida de preços, “mais uma vez com reflexo inevitável nos preços pagos pelo consumidor no futuro próximo”.

Para a CAP, deveria verificar-se uma redução da carga fiscal associada aos combustíveis e à eletricidade para reduzir os impactos nos custos de produção e o efeito da escalada de preços.

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Transição digital dá novas oportunidades ao setor do retalho

  • BRANDS' ECO
  • 15 Novembro 2021

Os hábitos de consumo não são os mesmos depois de mais de um ano de confinamento. Mesmo com várias lojas físicas novamente abertas, o relatório da Xpand IT aponta o "modelo híbrido" como o futuro.

“Hybrid Retail: A New Era” é o nome do relatório realizado pela Xpand IT, uma empresa tecnológica portuguesa que, durante meses, estudou a indústria do retalho e apresenta, agora, os impactos que a pandemia provocou neste setor, bem como as novas oportunidades que daí surgiram através de um maior uso da tecnologia.

A verdade é que o setor do retalho foi um dos setores mais afetados pelos confinamentos. Todas as lojas físicas de bens não essenciais tiveram de fechar portas e isso resultou numa nova forma de comprar que, apesar de já existir antes, foi muito potenciada pela pandemia, nomeadamente o comércio online.

Apesar deste impacto negativo, que levou mesmo à falência de muitas empresas por não se conseguirem adaptar ao novo normal, Sérgio Viana, Partner Xperience & User Experience Lead na Xpand IT, referiu, mencionando o relatório lançado pela empresa, a importância da tecnologia para a recuperação do sector.

A oportunidade tecnológica trazida pela crise

“A tecnologia tem sido fundamental para nos ajudar a lidar com as consequências dos diferentes surtos pandémicos. Não podemos prever o futuro, mas podemos utilizar as diferentes ferramentas à nossa disposição para preparar as empresas para mudanças de comportamento e alterações no mercado a médio/longo-prazo”, afirmou.

De acordo com a pesquisa da Xpand IT, mesmo antes da pandemia muitas lojas físicas já tinham dificuldades em manter o interesse dos clientes e, por vezes, faliam precisamente por não encontrarem soluções para esse problema. Os confinamentos vieram agravar esta situação, mas, para muitas lojas, este foi um momento de oportunidade, já que mudaram para uma realidade 100% digital para sobreviverem.

Esta mudança levou a que muitos conseguissem encontrar, no meio da crise, novas formas inovadoras de fazer negócio, de reorganizar operações e de repensar modelos de negócio, aproveitando a tecnologia para seguir em frente.

Por essa razão, a Xpand IT considera que, mesmo agora, com muitas lojas novamente abertas, é muito improvável que os hábitos de consumo voltem a ser como se conheciam antes, uma vez que as pessoas conheceram formas mais cómodas e rápidas de comprar, das quais não vão querer abdicar agora.

Receitas de retalho online devem crescer para 5,4 biliões de dólares até 2022

Os números apresentados pelo Statista confirmam essa tendência ao mostrarem que as vendas mundiais do comércio eletrónico no retalho totalizaram 4,28 biliões de dólares, representando, assim, 18% de todas as vendas de retalho mundialmente.

O mesmo estudo afirma, ainda, que, até 2022, as receitas de retalho online devem crescer para 5,4 biliões de dólares e, em 2024, espera-se que o online corresponda a 24% de todas as vendas de retalho no mundo, o que demonstra uma tendência clara para a economia digital, com os consumidores a tornarem-se cada vez mais digitais.

No relatório da Xpand IT são, ainda, apontados os dois motores principais na disrupção da indústria do retalho, nomeadamente os avanços tecnológicos, suportados pela emergência de tecnologias como a Inteligência Artificial, Big Data, Realidade Aumentada, Internet das Coisas, entre outras, e a mudança de comportamento do cliente, capacitada, em parte, pela realidade digital – em particular em mobile.

Estas duas forças estão, a transformar o negócio do retalho, já que empoderam os consumidores que, ao estarem conectados 24 horas por dia, 7 dias por semana, através dos seus smartphones, têm uma enorme quantidade de informação à sua disposição, na qual confiam para tomar decisões de compra.

Futuro: Modelo híbrido para o setor do retalho

Tendo em conta estes dois fatores, os métodos tradicionais tornam-se, assim, ultrapassados, o que obriga as marcas a criarem engagement com os seus clientes através de soluções digitais, tais como a possibilidade de comprar um produto utilizando uma app e, depois, recolhê-lo em loja ou pedir que ele seja entregue em casa, a visualização de media adicional de um produto existente em loja, bem como a criação de lojas “pop-up”, entre outros.

Este uso da tecnologia facilita o ato de compra ao cliente, mas também pode ajudar os colaboradores a perceberem quais os gostos do consumidor e ir ao encontro das necessidades do mesmo de forma muito mais rápida. Assim, os lojistas conseguem estar equipados com mais conhecimento, apenas recorrendo aos dados digitais do cliente.

É com base nestes dados que o “Hybrid Retail: A New Era” fala de uma “nova era” para o setor do retalho, onde se irá ter de conjugar o digital com o físico e tirar partido da junção dos dois para proporcionar a melhor experiência ao cliente – híbrida, por definição.

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Ponto por ponto, afinal o que ficou decidido na COP26?

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

O documento quer reduzir as emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030 e contém compromissos sobre apoio financeiro a países em desenvolvimento para combate e adaptação às alterações climáticas.

O Pacto Climático de Glasgow, que saiu da 26ª Cimeira do Clima das nações Unidas, mantém a ambição de conter o aumento da temperatura em 1,5ºC (graus celsius), promete mais apoios financeiros e regula o mercado do carbono.

O documento, que sofreu alterações até ao último momento e com a questão do carvão a provocar polémica, reafirma o objetivo de limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC acima dos valores da era pré-industrial, diz ser necessário reduzir as emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030, em relação a 2010, e contém compromissos sobre apoio financeiro a países em desenvolvimento para combate e adaptação às alterações climáticas.

A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), que tinha o seu fim marcado para sexta-feira, prolongou-se por mais um dia devido às divergências sobretudo entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, que só foram ultrapassadas após várias versões preliminares dos textos finais.

Quase no último minuto, a Índia pediu ainda uma alteração ao texto para suavizar o apelo ao fim do uso de carvão. O ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.

A Índia quis substituir o fim progressivo – “phase-out” por uma redução progressiva – “phase down” -, uma proposta que foi aceite com manifestações de desagrado de várias delegações, como a Suíça, e a União Europeia, e ainda de países mais vulneráveis às alterações climáticas.

Quis ainda acrescentar ao parágrafo o “apoio aos países mais pobres e vulneráveis em linha com as suas circunstâncias nacionais”.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, interveio para dizer que “o carvão não tem futuro”, frisando que “a União Europeia queria ir ainda mais longe em relação ao carvão.

Ponto por ponto, isto foi o que ficou decidido na COP26

  • Ciência e urgência

A primeira secção reconhece a importância dos relatórios científicos, em particular do Painel Intergovernamental para a Alterações Climáticas (IPCC, na sigla original), que no relatório de agosto deste ano advertiu para o risco de se atingir o limiar de 1,5 graus celsius por volta de 2030, dez anos mais cedo do que anteriormente estimado.

Nesta parte, é expresso “alarme e extrema preocupação” pelo facto de atividades humanas serem a causa do aquecimento global e enfatizada a “urgência” de tomar medidas de mitigação, adaptação e financiamento na implementação do Acordo de Paris de 2015, sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa.

  • Adaptação

Desastres climáticos têm-se registado em todas as partes do mundo, mas os países menos desenvolvidos são os mais afetados e os menos preparados. O acordo de Paris reconhecia a necessidade de os países mais ricos contribuírem com financiamento, e este foi um dos pontos de maior discórdia.

O texto final da COP26 nota “com preocupação” que o financiamento climático para medidas de adaptação “continua a ser insuficiente”, uma referência ao facto de não terem sido cumpridos os compromissos de mobilizar 100 mil milhões de dólares em 2020.

O Pacto “incita” os países desenvolvidos a duplicar o financiamento até 2025 e apela para o envolvimento de bancos multilaterais de desenvolvimento, outras instituições financeiras e o setor privado para ajudar no esforço.

  • Mitigação

Mitigação é a expressão da ONU para cortar emissões, pelo que estes são os parágrafos principais. No documento reconhece-se explicitamente o conselho do IPCC de que cortes de emissões de 45% são necessários até 2030. Ficar expresso esse valor é uma vitória para os países que se querem concentrar num aumento de temperatura de 1,5 C, em vez do limite superior de 2ºC, ambos referidos no acordo de Paris.

Mas a cimeira afirma-se preocupada com as contribuições determinadas por cada país (NDC) para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, e enfatiza a necessidade urgente de os países aumentarem os seus esforços até ao fim de 2022. E a comunicarem essas NDC rapidamente.

  • Combustíveis fósseis

Pela primeira vez é mencionada numa declaração final de uma COP a questão dos combustíveis fósseis. Um projeto inicial apelava aos países para que acelerassem a eliminação gradual dos subsídios ao carvão e aos combustíveis fósseis, mas o texto final aprovado fica-se pela “intensificação dos esforços” para reduzir o carvão e eliminar os subsídios a combustíveis fósseis.

  • Apoio a países pobres e apoio para perdas e danos

Uma das questões polémicas na COP26 foi o facto de os países ricos não terem conseguido cumprir a sua promessa de mobilizar 100 mil milhões de dólares por ano até 2020 para ajudar as nações pobres a lidar com as alterações climáticas. O Pacto Climático de Glasgow expressa “profundo pesar” pelo fracasso do financiamento e apela para que os países ricos concretizem o financiamento o mais rapidamente possível, e até 2025.

E apela aos países mais desenvolvidos e instituições financeiras para que acelerem o alinhamento das suas atividades de financiamento com os objetivos do Acordo de Paris.

Também os apoios para catástrofes reais provocadas pelas alterações climáticas, as perdas e danos, foram discutidos. Foi reiterada a urgência de aumentarem os apoios, financeiros e de tecnologia, para minimizar e enfrentar as perdas e danos, reforçando também parcerias entre países ricos e pobres.

  • Mercado do carbono

A COP26 aprovou o chamado livro de regras do Acordo de Paris, o que não tinha sido possível em reuniões anteriores. Trata-se das regras destinadas a ajudar a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), impedindo por exemplo a dupla contagem do carbono (pelo vendedor e comprador).

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Agricultura lança no primeiro trimestre 17 avisos de 300 milhões para apoiar setor

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

Dotação de cerca de 300 milhões de euros distribuídos pelos 17 avisos lançados até final de março vai permitir “alavancar cerca de 600 milhões de euros de investimento no setor agrícola”. 

A ministra da Agricultura anunciou esta segunda-feira que aprovou um conjunto de avisos no valor de 300 milhões de euros que serão lançados até ao fim do primeiro trimestre de 2022 com o objetivo de apoiar o setor.

“O principal objetivo é dotar os nossos agricultores da previsibilidade para, até final do ano e durante o primeiro trimestre, saberem qual é a dotação que vão ter disponível para os investimentos necessários para alavancar a nossa economia”, disse à Lusa a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

A governante assinalou que decorre atualmente um “período de recuperação” e que o Executivo pretende, assim, que “o investimento na exploração agrícola possa ajudar essa mesma recuperação”.

Maria do Céu Antunes sublinhou que a dotação de cerca de 300 milhões de euros distribuídos pelos 17 avisos lançados até final de março vai permitir “alavancar cerca de 600 milhões de euros de investimento no setor agrícola”. “Estamos convictos de que farão a diferença e que darão as condições aos nossos produtores, aos nossos agricultores, para planearem os seus investimentos durante estes próximos seis meses”, reforçou.

O primeiro dos avisos, que decorrem no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), é direcionado a “Investimentos na Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas”, será lançado nesta semana e terá uma dotação de 40 milhões de euros.

Pretendendo abranger todos os setores, a ministra enfatizou a inclusão do vinho e do azeite, algo que acontece “pela primeira vez desde 2018”.

Além deste, serão emitidos também avisos para o “Investimento na Exploração Agrícola”, com a maior dotação, 65 milhões de euros, para “Melhoria da Eficiência dos Regadios Existentes”, no valor de 70 milhões de euros – divididos no âmbito da segurança de barragens e aproveitamentos hidroagrícolas (30 milhões de euros) e reabilitação e modernização de aproveitamentos hidroagrícolas (40 milhões de euros).

Serão também alocados 55 milhões de euros para a instalação de jovens agricultores, sendo 25 milhões de euros dirigidos à instalação “em territórios vulneráveis ao perigo de incêndio” e os restantes 30 milhões dedicados aos restantes territórios.

“Estamos a falar de investimentos em setores e em territórios que nos importa valorizar, assim como na criação de agrupamentos, de organização de produtores, de classes interprofissionais (…) que vão fazer toda a diferença”, apontou a ministra.

“Estamos a criar condições para aproveitar todos os recursos que temos, sejam eles ainda do PDR2020, sejam do instrumento Next Generation, que temos que comprometer em 2021 e 2022 para disponibilizar aos nossos agricultores todas as ferramentas para podermos ajudar a recuperar o nosso país e preparar os nossos agricultores para promover a competitividade, mas também a transição para práticas mais ecológicas, mais verdes”, acrescentou Maria do Céu Antunes

Após a emissão destes avisos, os agricultores poderão apresentar as suas candidaturas a estas dotações a fundo perdido.

A execução do PDR2020 permitiu pagar, em 2020, cerca de 515 milhões de euros, executando a 100% a dotação em Orçamento do Estado que estava prevista para a componente nacional do programa.

De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete da ministra da Agricultura, as cerca de 365 mil candidaturas aprovadas no PDR2020 envolvem uma despesa pública de 5,2 mil milhões de euros, tendo sido pagos 3,4 mil milhões de euros em incentivos até final de setembro.

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DBRS considera timing das eleições “infeliz” e alerta para atrasos na execução do PRR

As eleições antecipadas vão atrasar o Orçamento e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, mas não devem ter um grande impacto na economia portuguesa, defende a DBRS.

Existe ainda alguma incerteza em torno do cenário político em Portugal, mas a DBRS prevê que não deverão existir grandes mudanças nem atrasos no Orçamento do Estado, apesar de trazer limitações na execução da bazuca europeia. A agência de rating considera que o timing das eleições para a recuperação económica de Portugal é “infeliz”, já que “atrasa a execução de reformas e investimentos relacionados com o Mecanismo de Recuperação e Resiliência da UE e interrompe o estímulo proposto no orçamento do próximo ano”. No entanto, as perspetivas de recuperação mantêm-se fortes.

Há uma “alta probabilidade de que esta eleição resultará num Governo muito parecido com o atual”, sublinha a DBRS, pelo que se espera “ampla continuidade em torno da formulação de políticas macroeconómicas”.

“A economia está em plena recuperação, a dívida pública já segue em trajetória de queda”, pelo que a DBRS Morningstar “não espera o atraso do orçamento nem quaisquer mudanças de política prováveis ​​que prejudiquem as condições de financiamento público ou alterem significativamente as projeções de défice”.

Além disso, a agência admite que a eleição vai adiar o apoio fiscal à economia, mas sublinha que a convocação de eleições antecipadas “não é uma grande preocupação do ponto de vista do crédito”.

A agência de notação financeira projeta que é pouco provável que as eleições resolvam o impasse político atual, já que o PS deverá vencer de novo sem maioria absoluta. Mesmo assim, a DBRS Morningstarpouco risco de que Portugal se afaste da abordagem “pragmática e centrista” à formulação de políticas macroeconómicas.

 

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Sofre de “tecnostress”? Oito formas de evitá-lo

A sobrecarga de informação e o contacto constante com dispositivos e aplicações de tecnologia digital são responsáveis por uma resposta anormal ao stresse, com sintomas físicos, emocionais e mentais.

Chegou a hora de saída. Já nem devia estar com o computador ligado a responder a emails e a terminar tarefas que nem sequer são urgentes. Custa-lhe desligar e sente uma certa ansiedade caso não esteja “on”? Se a resposta é “sim”, pode estar a sofrer de stress tecnológico, conhecido como “tecnostress”, alerta a Adecco Portugal.

“Atualmente, a investigação científica sobre ‘tecnostress’ revela que a relação psicológica negativa com a tecnologia se apresenta principalmente de duas formas diferentes: as pessoas têm dificuldade em compreender a nova tecnologia (tecno-ansiedade), ou identificam-se excessivamente com ela (tecno-adição)”, esclarece a Adecco em comunicado, acrescentando que a sobrecarga de informação e o contacto constante com dispositivos e aplicações de tecnologia digital são responsáveis por uma resposta anormal ao stresse, com sintomas físicos, emocionais e mentais específicos.

“Trata-se de um tipo de stress, diferente do tradicional, causado por mudanças tecnológicas. A incapacidade de um indivíduo de se desligar ou de acompanhar as novas exigências tecnológicas é uma questão crescente que necessita de mais investigação”, detalha a empresa especializada em recursos humanos.

Os cientistas já alargaram, no entanto, a lista de sintomas (problemas de concentração e foco, desafios de produtividade, postura corporal e tensão muscular, insónia) para incluir também ataques de pânico, fadiga crónica e distúrbios depressivos, sintomas que “têm um enorme impacto no equilíbrio trabalho-vida e satisfação no trabalho”.

Afinal, como lidar com o “tecnostress”?

Conheça as oito sugestões da Adecco Portugal para evitar que a tecnologia seja prejudicial à sua saúde mental:

1. Defina tempo para pausas (e cumpra-o)

“Marque as pausas para a conectividade, à medida que se torna mais consciente do tempo que passa ligado”, recomenda a empresa de recursos humanos.

2. Defina o tempo despendido para as redes sociais

Se precisa de utilizar as redes sociais diariamente, certifique-se de que desativa as notificações no seu telefone. E, se quiser um efeito mais drástico, “apague as aplicações de redes sociais dos seus dispositivos móveis”.

3. Desligue o seu dispositivo pessoal

Escolha estar “off” e desligue mais vezes. No trabalho, quando faz uma pausa e quando vai dormir, opte por “desligar o seu telefone várias vezes durante o dia”.

4. Reduza as comunicações desnecessárias

Para evitar o stress é fundamental filtrar as mensagens não urgentes, ou seja, aquelas que não precisam de uma resposta com brevidade. “Isto aplica-se tanto à comunicação no trabalho como à comunicação pessoal”, alerta a Adecco Portugal.

5. Anote as tarefas no papel

“Se não se quiser envolver com mais uma aplicação ou sistema para organizar as suas tarefas e pensamentos, recorrer à forma tradicional de organização em agendas em papel pode ser muito eficaz.”

6. Concentre-se numa tarefa de cada vez

Feche as múltiplas janelas que tem abertas no computador, os separadores que tem no smartphone e concentre-se na tarefa que tem em mãos. Uma de cada vez. E, caso esteja a trabalhar em grupos de gestão de projetos online, experimente criar limites sobre quando estará contactável.

7. Forme os profissionais para a utilização de novas tecnologias

“A formação dos funcionários para compreenderem como utilizar eficazmente uma nova tecnologia evitará a ansiedade e tornará os profissionais mais confiantes nas suas capacidades.”

8. Encoraje os funcionários a desligarem

Finalmente, a Adecco sugere promover uma cultura de respeito pelo tempo livre e pessoal, fora do trabalho. Isso ajudará os profissionais a melhorarem o seu equilíbrio entre a vida profissional e familiar, o que, por sua vez, aumentará a sua produtividade, defende a recrutadora.

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Nas notícias lá fora: Japão, BBVA e Trump

  • ECO
  • 15 Novembro 2021

Economia japonesa volta a contrair 0,8% após dois trimestres de crescimento. China acusa UE de ameaçar o comércio global. Trump vende direitos do Trump International Hotel por 375 milhões.

Economia japonesa volta a contrair após dois trimestres de crescimento, enquanto a China acusa a União Europeia de ameaçar o comércio global. Na banca, BBVA quer comprar o outra metade do banco turco Garanti por 2,249 mil milhões de euros. Destaque ainda para Donal Trump que vende os direitos do Trump International Hotel por 375 milhões. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional esta segunda-feira.

The Japan Times

Japão volta a contrair após dois trimestres de crescimento

A economia nipónica após dois trimestres de crescimento voltou a descer: 0,8% entre julho e setembro em comparação com o trimestre anterior, principalmente devido a uma descida no consumo interno. No entanto, em termos homólogos, a terceira maior economia do mundo cresceu 1,4% no terceiro trimestre. A queda do PIB excedeu as previsões da maioria dos analistas e deveu-se principalmente a um novo declínio no consumo das famílias, de 1,2%, num período em que as principais regiões do país se encontravam em alerta sanitário devido à Covid-19. As exportações, outro motor da economia japonesa, caíram 2,1% no terceiro trimestre, devido ao impacto contínuo na procura global da pandemia e dos problemas da cadeia de abastecimento. No segundo trimestre, o Japão tinha crescido 0,4% em cadeia e 7,6% em termos homólogos, apoiado por uma recuperação do consumo e do investimento empresarial.

Leia a notícia completa no The Japan Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

China acusa UE de ameaçar o comércio global

A China apontou o dedo à União Europeia por criar obstáculos regulatórios e comerciais a empresas estrangeiras, alertando que tal pode trazer danos às cadeias de abastecimento mundiais. Para Pequim, práticas “discriminatórias” podem prejudicar a recuperação global da pandemia, sendo que as medidas tomadas pela UE foram vistas por algumas empresas como novas barreiras. Os passos também “podem criar ainda mais stress para a cadeia global de abastecimento e de indústria”, disse o embaixador chinês na UE, Zhang Ming, em entrevista ao Financial Times.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

Shell vai abolir sistema dual de ações

A Royal Dutch Shell vai abolir o sistema dual de ações a favor de uma única classe de ações para aumentar os pagamentos aos acionistas e simplificar a estrutura. Numa altura que a empresa quer afastar-se da produção petrolífera, vai mudar o nome “Royal Dutch” para Shell Plc. Também tenciona mudar a residência fiscal para a Grã-Bretanha, o país de incorporação, saindo dos Países Baixos. As mudanças ocorrem semanas depois de o fundo especulativo Third Point ter revelado deter uma grande participação na Shell, apelando à maior empresa de petróleo e gás para se dividir em várias empresas para aumentar o desempenho e valor de mercado. A Shell voltou atrás, com executivos de topo a dizerem que os negócios funcionavam melhor em conjunto do que separados.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês)

Cinco Días

BBVA lança oferta pública para comprar 49,85% do banco Garanti

O conselho de administração do banco espanhol BBVA concordou em lançar uma OPA voluntária sobre a totalidade do capital social da Türkiye Garanti Bankası (Garanti), na qual o banco presidido por Carlos Torres controla 49,85% do capital. De acordo com um comunicado enviado à CNMV, a BBVA oferece pelo banco turco 25,697 mil milhões de liras turcas (2,249 mil milhões de euros). A transação, no entanto, não será imediata. A aquisição pelo BBVA de mais de 50% do capital da Garanti “está sujeita à obtenção de autorizações de vários reguladores”.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

The Wall Street Journal

Trump vende direitos do Trump International Hotel por 375 milhões

Donald Trump chegou a um acordo para vender os direitos do Trump International Hotel, localizado em Washington, D.C., por 375 milhões de dólares (328 milhões de euros). Será a CGI Merchant Group, empresa de investimento sediada em Miami, que irá adquirir o arrendamento do hotel. A CGI pretende retirar o nome Trump do hotel e mudar o nome para Hilton Waldorf Astoria. A venda deve ser finalizada no início do próximo ano.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

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Após semana em alta, Lisboa volta às quedas penalizada pela EDP Renováveis

A bolsa de Lisboa começa a semana em "terreno" vermelho, acompanhando a tendência negativa sentida nas congéneres europeias.

Depois de completar uma semana sempre a subir, a bolsa de Lisboa arranca a sessão desta segunda-feira a negociar perto da “linha de água”, tal como a maioria das congéneres europeias. Enquanto a Galp Energia e a EDP puxam pelo índice de referência nacional, as quedas do BCP e da EDP Renováveis travam os ganhos.

O PSI-20 oscilava entre “terreno” verde e vermelho no início desta sessão, seguindo agora a perder 0,18% para os 5.733,86 pontos. A maioria das 19 cotadas no índice de referência regista ganhos, enquanto sete desvalorizam e uma — a Ramada — se mantém inalterada.

A liderar os ganhos na praça lisboeta encontra-se a Galp Energia. A petrolífera sobe 1,22% para os 8,928 euros, numa altura em que o preço do petróleo nos mercados internacionais está em queda. Outras cotadas do setor energético impulsionam também o PSI-20, nomeadamente a EDP, que ganha 0,36% para 4,767 euros, e a REN, que valoriza 0,40% para os 2,53 euros.

Por outro lado, a pesar no índice de referência nacional está a EDP Renováveis, que recua 0,97% para os 22,50 euros. A subsidiária anunciou esta segunda-feira ao mercado que vendeu à China Three Gorges a totalidade da participação que tinha num portfólio eólico em Espanha por 307 milhões de euros.

Ainda nas quedas do PSI-20, destaque também para a Sonae, que perde 1,31% para os 1,055 euros, para o BCP, que cai 0,31% para os 0,1589 euros, e para a Navigator, que desvaloriza 0,90% para 3,308 euros.

Pelo Velho Continente, a sessão arranca com as principais praças a negociar junto da “linha de água”. O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a recuar 0,1%, enquanto o britânico FTSE 100 perde 0,2% e o espanhol IBEX-35 cai 0,9%. Em contrapartida, o francês CAC-40 segue inalterado e o alemão DAX avança 0,1%.

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Vitória do PS traria Governo “mais curto e mais compacto”

  • ECO
  • 15 Novembro 2021

Se as eleições legislativas derem a vitória ao PS, o Executivo que será formado vai ser mais reduzido do que o atual, tendo também uma orgânica diferente.

Se o PS vencer as eleições legislativas, o Executivo que será formado vai ser “bastante diferente” do atual. Por um lado, “a orgânica do Governo vai mudar”, e por outro, “o Governo vai ser mais curto e mais compacto”, segundo avança um membro do núcleo duro da direção do PS ao Público (acesso condicionado).

Em caso de vitória socialista, aquele que é o maior Governo do período democrático terá uma diminuição no número de ministros e uma redução ainda mais expressiva no número de secretarias de Estado. Em causa estão várias das mudanças que António Costa tinha planeado para uma remodelação governamental, mas que nunca chegou a avançar até agora.

“Um próximo Governo do PS será mais operacional, mais focado na execução e menos no planeamento”, adianta a mesma fonte, nomeadamente com o foco virado para a execução do próximo quadro financeiro plurianual europeu, bem como do Programa de Recuperação e Resiliência (a apelidada bazuca europeia).

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Quase 45 mil pessoas receberam reforço da vacina este fim de semana em Portugal

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

Portugal já administrou mais de meio milhão de doses de reforço e adicionais da vacina contra a Covid-19 e mais de um milhão e cem mil vacinas contra a gripe.

Quase 45 mil pessoas com 65 ou mais anos receberam, entre sábado e domingo, a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em Portugal, elevando para mais de meio milhão as doses administradas, anunciou a Direção-Geral da Saúde.

“No sentido de acelerar o processo de vacinação, os Centros de Vacinação do país estiveram abertos no fim de semana, tendo sido registada uma maior afluência no sábado. Nos dois dias, foram administradas pelo menos 68.700 vacinas contra a gripe e 44.700 doses de reforço da vacina contra a Covid-19 (dados completos só ao final do dia) a utentes com idade a partir dos 65 anos”, refere a Direção-Geral da Saúde (DGS) num comunicado divulgado no domingo.

Ainda de acordo com a DGS, “Portugal já administrou mais de meio milhão de doses de reforço e adicionais da vacina contra a Covid- 19 e mais de um milhão e cem mil vacinas contra a gripe”.

Desde 18 de outubro que está em marcha a coadministração das vacinas contra a gripe e a terceira dose da vacina contra a Covid-19, que integra os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos e em situação de imunossupressão.

A modalidade “casa aberta” para pessoas com 80 ou mais anos, que funcionou este fim de semana para acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 e a gripe, “mantém-se durante a semana”.

A DGS aconselha os utentes a, antes de se dirigirem ao centro de vacinação da sua área de residência, consultarem o respetivo horário de funcionamento em https://covid19.min-saude.pt/casa_aberta/.

Além da modalidade “casa aberta”, “está também disponível o agendamento local para os utentes elegíveis, sendo dada prioridade às pessoas com mais idade e abrangendo, gradualmente, faixas etárias mais baixas, até chegar aos 65 anos”.

A convocatória para a toma das vacinas da gripe e contra a Covid-19, em simultâneo, ou apenas para a vacina da gripe, recorda a DGS, continua a ser feita através de SMS.

A DGS lembra ainda que está também disponível o autoagendamento das vacinas para pessoas com 70 em mais anos, e que este pode ser feito em https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento/.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.094.101 mortes em todo o mundo, entre 252.864.960 infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.257 pessoas e foram contabilizados 1.107.488 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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Atraso na entrega de carros novos faz disparar preços dos usados até 20%

  • ECO
  • 15 Novembro 2021

Com as entregas de carros novos em Portugal a chegar aos 12 meses, as viaturas em segunda mão estão 20% mais caras. Os atrasos da produção deve-se essencialmente à escassez de chips.

Devido à escassez de chips, as entregas de carros novos em Portugal podem chegar aos 12 meses. Devido ao atraso no mercado dos carros novos, as viaturas em segunda mão estão 20% mais caras, avança o Público (acesso condicionado).

“Ao contrário da oferta, a procura é elevada e está em níveis de 2019”, garante Hugo Filipe, gestor de marketing da Benecar. “Com a procura em alta e a oferta em baixa, os preços sobem. É a economia a funcionar. Comprar um Seat León hoje custa mais 20% do que custava há seis meses”, explica.

Os números oficiais mostram que a venda de usados em 2021 está a cair 11% face a 2019 e 13% face a 2020. O diretor-geral do Stand Virtual, Nuno Castel-Branco, responsabiliza a crise dos chipes pela quebra na produção mundial. “A fábrica de carros usados são as fábricas de carros novos. Quando há menos 30% de carros novos vai haver menos usados mais à frente. Há uma crise brutal”, insiste.

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