Ar Telecom vai instalar “data center” de 1.400 m2 em Lisboa

Empresa tem dez milhões de euros para investir no reforço da rede de fibra ótica e erguer um novo "data center" de 1.400 m2 em Lisboa, com capacidade para triplicar. Recruta 100 pessoas até 2025.

Recém-adquirida por um grupo espanhol, a operadora portuguesa Ar Telecom vai investir dez milhões de euros na construção de um data center com 1.400 metros quadrados em Lisboa e no reforço da sua rede de fibra ótica, um plano que prevê a criação de 200 empregos diretos e indiretos até 2025.

Numa entrevista ao ECO, o presidente executivo Tiago Oliveira Santos revelou também que a Ar Telecom tem agora um novo escritório no Norte do país, em Leça do Balio (Matosinhos). A empresa acaba ainda de mudar de identidade gráfica, adotando um novo logótipo.

As novidades foram anunciadas aos trabalhadores esta segunda-feira de manhã. Representam o reposicionamento estratégico de uma operadora há 21 anos no mercado, mas que tem adotado um perfil discreto desde que vendeu a carteira de clientes residenciais à Zon (atual Nos) em novembro de 2011.

O gestor recusou revelar a localização do novo data center, afirmando apenas ser “dentro ou muito próximo” da capital. Numa primeira fase com 1.400 metros quadrados e 150 racks de servidores, o projeto tem “capacidade de expansão para triplicar” ao nível de espaço — isto é, para 4.200. A Ar Telecom está a estudar o recurso à energia solar para alimentar o empreendimento.

“Já temos data center, mas esperamos tornarmo-nos muito mais competitivos nessa área, através do recurso às energias renováveis e a um conceito de projeto muito mais eficiente, muito mais moderno do que aquilo que era feito há 20 anos”, disse Tiago Oliveira Santos. O centro deverá estar operacional em 2023 e o modelo de negócios ainda está a ser elaborado.

Tiago Oliveira Santos, CEO da AR Telecom, em entrevista ao ECO - 10NOV21
Tiago Oliveira Santos, presidente executivo da Ar TelecomHugo Amaral/ECO

Para complementar o novo data center, a Ar Telecom tenciona desenvolver “uma rede de fibra ótica de última geração para ligar as empresas nos principais centros urbanos”. “Já temos serviços em fase piloto na zona da Grande Lisboa e que, durante 2022 e 2023, serão alargados a outros centros empresariais espalhados pelo país”, explicou o gestor. Concretamente, a construção da rede deverá ser concretizada até ao final de 2022.

A operadora e fornecedora de soluções integradas de cloud pretende ainda investir no reforço da fibra através da criação de uma rede “de elevada capacidade” para ligar Portugal a Espanha. Espera-se a conclusão da primeira fase ainda este ano e a execução total no primeiro semestre de 2022.

Quanto aos postos de trabalho, a empresa planeia recrutar uma centena de profissionais “altamente qualificados” em áreas como a cibersegurança, administração de redes e administração de sistemas. Os restantes 100 postos de trabalho “indiretos” serão criados através das empresas parceiras que prestam serviços à Ar Telecom, de acordo com o executivo. Nove em cada dez destes novos empregos serão em Lisboa ou no Porto, num plano até 2025, ano em que terá perto de 200 trabalhadores nos quadros.

Por fim, a Ar Telecom está ainda de olho no 5G, onde vê “oportunidades”, mas também entraves que impedem o acesso das empresas mais pequenas. Já sobre um possível regresso ao segmento residencial, é algo que não está na calha, pelo menos nos próximos cinco anos.

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Regresso ao teletrabalho depende da evolução da pandemia, diz ministra

  • ECO
  • 15 Novembro 2021

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse esta segunda-feira que regressar ao teletrabalho depende do agravamento das infeções por Covid-19, garantindo estar a acompanhar a evolução pandémica.

O regresso ao teletrabalho está dependente da evolução da pandemia de Covid-19, disse esta segunda-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, apontando que o risco está a ser monitorizado tanto pelo seu Ministério, como pelo da Saúde.

Segundo Ana Mendes Godinho, citada pela Rádio Renascença (acesso livre), “a situação vai sendo acompanhada, avaliada, em função do risco, e essa será uma avaliação que será feita em avaliação das circunstâncias”. Mediante essa avaliação é que serão implementadas em cada momento “as medidas que sejam necessárias”, acrescentou.

A ministra, que falava na Gulbenkian, em Lisboa, à margem de uma conferência sobre o pós-pandemia, mostrou-se ainda preocupada com o aumento do número de casos em lares de terceira idade. “Os lares refletem a evolução da pandemia que acontece a nível geral. Estamos sempre a acompanhar a evolução do número de surtos, ou de situações que exijam uma preocupação ou uma resposta rápida”, indicou.

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BCE admite inflação mais alta por mais tempo puxada por preços energéticos

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

Apesar das subidas, “globalmente, continuamos a prever que a inflação a médio prazo permaneça abaixo do nosso novo objetivo simétrico de 2%”, adiantou a líder do BCE.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) admitiu esta segunda-feira que a inflação na zona euro possa continuar “mais elevada durante mais tempo” devido aos preços energéticos, relacionados com a crise no setor, após atingir 4,1% em outubro.

“Se os preços da energia continuarem a subir ou se persistirem restrições nas cadeias de abastecimento, a inflação poderá permanecer mais elevada durante mais tempo do que atualmente prevemos. Isto poderá contribuir para salários mais elevados e, subsequentemente, preços mais elevado”, declarou Christine Lagarde.

Falando por videoconferência numa audição na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, a líder do banco central salvaguardou porém que, de momento, “não existe qualquer prova disso nos dados relativos aos salários negociados [já que] se prevê um crescimento salarial no próximo ano potencialmente superior ao deste ano, mas o risco de efeitos de segunda ordem permanece limitado”.

No que toca à inflação, Christine Lagarde assinalou que a taxa anual passou, em outubro, para os 4,1%, face aos 3,4% de setembro, puxada pelo aumento dos preços da energia. “A taxa aumentou mais do que tínhamos previsto […] e foi impulsionada por três forças primárias, a primeira delas é a dos preços da energia”, apontou a responsável, precisando que “a inflação energética foi responsável por pouco mais de metade da inflação global”.

“A segunda [razão] é que a recuperação da procura relacionada com a reabertura da economia está a ultrapassar a oferta limitada e isto está a empurrar os preços para cima e a terceira é que a inversão da redução temporária do IVA alemão no ano passado está a impulsionar mecanicamente os atuais números da inflação global”, elencou Christine Lagarde.

Apesar das subidas, “globalmente, continuamos a prever que a inflação a médio prazo permaneça abaixo do nosso novo objetivo simétrico de 2%”, adiantou a líder do BCE.

Quanto à atividade económica na zona euro, registou uma forte recuperação no terceiro trimestre, lembrou Christine Lagarde, admitindo, porém, que “a dinâmica de crescimento está a ser afetada em certa medida devido a estrangulamentos no abastecimento e ao aumento dos preços da energia”.

A escalada dos preços da luz – devido à subida no mercado do gás, à maior procura e à descida das temperaturas – ameaça exacerbar a pobreza energética na Europa e causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

A Comissão Europeia apresentou, em meados de outubro, uma “caixa de ferramentas” para orientar os países da UE na adoção de medidas ao nível nacional, propondo aos Estados-membros que avancem com ‘vouchers’, reduções temporárias ou moratórias para aliviar as contas da luz aos consumidores mais frágeis e sugerindo uma investigação a “possíveis comportamentos anticoncorrenciais”.

O executivo comunitário recomendou ainda aos países que avaliassem “potenciais benefícios” de uma aquisição conjunta voluntária de reservas de gás, iniciativa semelhante à realizada para compra de vacinas anticovid-19.

Na altura, Bruxelas indicou que irá “explorar os possíveis benefícios da aquisição conjunta de reservas de gás por entidades regulamentadas ou autoridades nacionais para permitir o agrupamento de forças e a criação de reservas estratégicas”. Em dezembro próximo, o executivo comunitário irá apresentar um pacote de iniciativas sobre o setor energético, admitindo intervir relativamente à aquisição e ao armazenamento de gás, de forma a reforçar as reservas da UE.

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Conferência anual da ASF debate o pós-covid e a transição para sustentabilidade

  • ECO Seguros
  • 15 Novembro 2021

A conferência da entidade de Supervisão desdobra-se em 2 painéis: futuro dos seguros e fundos de pensões na era pós-COVID e os desafios da transição para uma economia e sociedade sustentáveis.

Especialistas nacionais e internacionais, membros do governo, representantes do setor e dos organismos de regulação juntam-se esta semana na Conferência Anual da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Agendado para 17 de novembro no Centro Cultural de Belém (Lisboa), o evento decorre em formato híbrido e desdobra-se em dois painéis, um sobre “Futuro dos setores dos seguros e dos fundos de pensões na era pós-COVID” e outro focado nos “Desafios da transição para uma economia e sociedade sustentáveis”.

Além do ministro de Estado Pedro Siza Vieira (Economia e Transição Digital), que abre a conferência, e de João Leão, igualmente ministro de Estado (Finanças) que fará intervenção de encerramento, está prevista a participação de representantes da regulação europeia, nomeadamente a comissária dos Serviços Financeiros, Mairead McGuiness (Comissão Europeia), e a presidente da European Insurance and Occupational Pensions Authority, Petra Hielkema (EIOPA).

O primeiro painel, dedicado aos desafios da transição para uma economia e sociedade sustentáveis, será moderado por Pedro Duarte Neves, consultor do Banco de Portugal (BdP) e Gabriel Bernardino, ex-presidente da EIOPA e atual presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O painel contará ainda com António Ferreira Gomes (OCDE – Directorate for Financial and Enterprise Affairs), e de João Freire de Andrade, co-fundador e presidente da associação Portugal Fintech.

O segundo painel irá refletir sobre os desafios e as oportunidades que se colocam ao setor no mundo pós-pandemia e contará a moderação de Francisco Ribeiro Valério, consultor e gestor de empresas, além de João Pratas, presidente da APFIPP e José Galamba de Oliveira, presidente da APS.

A edição de 2021 da Conferência Anual da ASF decorrerá em formato híbrido (presencial e on-line), sendo transmitida em direto através do site da ASF. O programa e informação sobre o evento estão disponíveis aqui.

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Mariana Mortágua vai processar André Ventura por difamação

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

Em causa está um ‘post’ de uma comentadora espanhola, que esteve ligada ao partido de extrema-direita Voxx, que acusa Mortágua e um antigo ministro da Defesa espanhol de receberem dinheiro do BES.

A dirigente e deputada do BE Mariana Mortágua anunciou esta segunda-feira que vai processar o presidente do Chega, André Ventura, e uma comentadora espanhola por difamação, devido a uma publicação numa rede social.

“Ventura e Seguí vão responder em tribunal por difamação. Mesmo ridícula, uma calúnia é uma calúnia”, escreveu Mariana Mortágua no Twitter, em resposta a uma publicação de André Ventura na mesma rede social.

André Ventura republica um post da espanhola Cristina Seguí, uma comentadora em meios digitais, que esteve ligada ao partido de extrema-direita Voxx, que acusa Mortágua e um antigo ministro da Defesa espanhol, o socialista José Bono, de receberem dinheiro do BES.

A revista portuguesa Visão dedicou um artigo a Cristina Seguí em outubro no qual descreve a espanhola, uma antiga hospedeira de Valência, como “amplificadora de teses conspirativas e fake news”, que começou a visar figuras portuguesas nos seus comentários diários, designadamente num canal de YouTube.

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Portugal tem quarta maior subida de horas trabalhadas na UE

O número de horas trabalhadas durante o segundo trimestre deste ano aumentou 10,2% em Portugal, o que coloca o país na quarta posição entre as maiores subidas registadas na União Europeia.

Os europeus estão a trabalhar mais horas. Entre abril e junho, o número de horas trabalhadas no emprego principal no conjunto dos países da União Europeia (UE) subiu 3% em relação ao primeiro trimestre. Este indicador aumentou na maioria dos Estados-membros, sendo que Portugal registou a quarta maior subida.

Entre a população empregada, dos 20 aos 64 anos, o número de horas trabalhadas pelos europeus, sem contar com segundos empregos, aumentou 3% no segundo trimestre. Já a nível nacional, verificou-se um aumento das horas trabalhadas de 10,2%, para uma média de 38,4 horas semanais, revela o Eurostat.

Portugal é, deste modo, o quarto país da UE a registar a maior subida no número de horas trabalhadas no segundo trimestre, ficando apenas atrás da Grécia (+18%), da Eslováquia (+12,4%) e da Irlanda (+10,8%).

Horas trabalhadas no segundo trimestre de 2021 na UEFonte: Eurostat

Em contrapartida, as maiores quedas foram registadas na Bélgica (-3,6%), Holanda (-2,8%), França (2,2-%), Estónia (-1,7%), Bulgária (-1,3%) e Luxemburgo (-0,2%). Isto significa que a generalidade da população ativa destes seis países trabalhou menos horas no emprego principal entre abril e junho deste ano.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, estes dados poderão ser explicados à luz das “medidas tomadas pelos Estados-membros para travar a propagação da pandemia de Covid-19”, dado que algumas das quais tiveram um efeito direto ou indireto sobre o número de horas trabalhadas pelos cidadãos europeus.

Na generalidade dos países da UE, as mulheres trabalharam mais horas do que os homens, tendo este indicador registado uma subida de 3,3% face aos 2,7% registados no sexo masculino. No entanto, em alguns países há uma discrepância significativa entre géneros, como é o caso da Grécia, onde o número de horas trabalhadas pelas mulheres aumentou 23,9%, contra o aumento de 14,5% no caso dos homens.

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Banca dá 586 milhões em crédito ao consumo em setembro

Consumidores pediram 586 milhões de euros em crédito ao consumo em setembro, montante que abrange o crédito pessoal, automóvel e cartões/descoberto.

Os bancos concederam 586 milhões de euros aos portugueses em setembro, entre crédito pessoal, cartões de crédito e empréstimos para a aquisição de automóveis. De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP), este valor representa um aumento de 2,8% face a agosto. Do total de 122 mil contratos de crédito, a maioria diz respeito a cartões de crédito, linhas de crédito e contas bancárias.

Os 586 milhões de euros concedidos em crédito representam uma subida de cerca de 16 milhões de euros (+2,8%) face a agosto e um aumento de 9,5% face a setembro do ano passado.

No nono mês do ano, os portugueses pediram cerca de 270 milhões de euros em crédito pessoal (+9,1%), 222 milhões em crédito automóvel (-2,8%) e 94 milhões em cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto (+0,2%).

Evolução do crédito aos consumidores em setembro de 2021.Banco de Portugal

Numa análise ao número de créditos concedidos, foram assinados 122.140 contratos entre as instituições financeiras portuguesas e a banca, revela o BdP. Este número representa um aumento de 1,3% face a agosto e de 13,2% face a setembro do ano passado.

Do número total de contratos, a maioria (67.206, -2%) diz respeito a cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto. Seguem-se os contratos de crédito pessoal (39.403, +9,9%) e os contratos de crédito automóvel (15.531, -3,5%).

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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Passes Navegante mantêm preço em 2022, restantes sobem 0,57%

Os passes Navegante Municipal e Navegante Metropolitano na Grande Lisboa vão continuar a custar 30 e 40 euros em 2022, respetivamente. Demais títulos de transporte aumentarão 0,57%.

Passes mensais mais usados na Grande Lisboa mantêm preços em 2022Hugo Amaral/ECO

Os passes mensais dos transportes públicos na Grande Lisboa vão continuar a custar o mesmo em 2022, anunciou a Transportes Metropolitanos de Lisboa. Em causa estão os serviços Navegante Municipal e Navegante Metropolitano, que manterão o preço mensal de 30 e 40 euros, respetivamente. Já os restantes títulos de transporte vão encarecer 0,57%.

A decisão da empresa que gere o sistema de bilhética na Área Metropolitana de Lisboa (AML) “integra-se na estratégia de promoção e incentivo à utilização dos transportes coletivos”, explica a empresa num comunicado. “Não haverá aumentos sobre os passes Navegante lançados em 2019”, assegura.

Esta manutenção dos preços dos passes mensais acontece mesmo num contexto em que a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes decretou uma taxa de atualização tarifária de 0,57%, recorda a empresa. Ou seja, num cenário normal, o Navegante Municipal passaria a custar 30,17 euros, enquanto o Navegante Metropolitano aumentaria para 40,23.

“A decisão foi tomada pela AML após auscultação dos municípios com serviços próprios e em articulação com as demais autoridades de transporte da região, tendo ficado estipulado que os preços de venda ao público dos passes Navegante se mantêm iguais no ano de 2022”, avança a empresa.

O Navegante Municipal é um passe que permite, no mês do calendário a que se refere, circular em todos os transportes públicos de um determinado município de entre os 18 da AML. Já o Navegante Metropolitano permite circular em todos os transportes públicos da Grande Lisboa.

Restantes bilhetes aumentam 0,57%

Menos sorte terão os utentes que adquiram outros títulos de transporte dos operadores e serviços sob a chancela da Transportes Metropolitanos de Lisboa. A estes bilhetes, “pode ser aplicada a taxa de atualização tarifária de 0,57%”, informa a empresa.

“Este valor é aplicável, nos limites legalmente definidos, nas tarifas dos títulos de transporte ocasional (bilhetes simples, de bordo, pré-comprados e unidades intermodais de transporte pré-pagas), monomodal (tipo passe ou assinatura) e combinado”, explica.

Em 29 de outubro, a AMT anunciou que a taxa de atualização tarifária para 2022 é de 0,57%. Segundo o regulador do setor dos transportes, esta taxa “tem como valor máximo a taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor, exceto habitação, nos 12 meses que decorem entre outubro de 2020 e setembro de 2021, ou zero, quando esta taxa for negativa”. Ou seja, a atualização é feita para que os preços dos transportes acompanhe o aumento da inflação.

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Produção agrícola diminuiu 1% na UE, com Portugal a contrariar tendência

A produção agrícola na União Europeia registou no ano passado uma redução de 1,1%, quando comparada com 2019. Portugal registou um crescimento de 0,8%, de acordo com o Eurostat.

A produção agrícola na União Europeia (UE), no ano passado, registou uma redução de 1,1% em relação a 2019, ao produzir 414,1 mil milhões de euros. Apesar da diminuição de produção, Portugal contrariou a tendência ao crescer 0,8% para os 2,52 milhões euros, de acordo com dados do Eurostat publicados esta segunda-feira.

França registou a maior produção agrícola total entre os Estados-Membros ao produzir 18,4% do total da UE (76,3 mil milhões de euros) em 2020, seguida da Alemanha (57,6 mil milhões de euros ou 13,9%), e Itália (56,9 mil milhões de euros ou também 13,7%).

A fechar o top cinco está Espanha que produziu 12,6% do total da UE (52,3 mil milhões de euros) e os Países Baixos com uma quota de 6,8% (28,2 mil milhões de euros).

No ano passado, onze dos 27 Estados-Membros da UE registaram uma diminuição no valor da produção agrícola. As maiores quebras foram registadas na Roménia (-11,3%), Malta e Bulgária (ambos -4,5%), Finlândia (-3,9%), Hungria e Países Baixos (ambos -3,1%).

Em contrapartida, os maiores aumentos, em termos relativos, foram registados na Lituânia (+8,6%), Irlanda (+4,6%), Eslováquia (+3,8%), Letónia (3,1%), e Chipre (2,8%).

No que diz respeito aos custos dos fatores de produção agrícola da UE, houve uma ligeira diminuição de 1,1%, em comparação com o ano anterior, o que resultou numa taxa de declínio mais forte (1,3%) do valor acrescentado bruto gerado pela agricultura.

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Portugal entre os países onde importações de fora da UE mais cresceram

Todos os Estados-membros registaram um aumento nas importações de fora da União Europeia em setembro. Portugal teve um crescimento superior a 30%.

Portugal está entre os países que registou um maior aumento nas importações de fora da União Europeia (UE), em setembro, segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta segunda-feira. As importações de fora da UE cresceram mais de 30%, enquanto o aumento nas exportações para fora do bloco não chegou aos 20%.

No que diz respeito às importações extra-UE, todos os Estados-membros para os quais havia dados disponíveis registaram um aumento em setembro de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. Portugal registou o oitavo maior acréscimo entre os países, segundo o gabinete de estatísticas europeu.

Já nas exportações para fora da UE, todos os Estados-membros registaram um aumento em setembro, exceto a Eslováquia (-26,3%), Dinamarca (-2,2%), República Checa (-0,5%) e Chipre (-0,4%). O aumento registado em Portugal não chegou aos 20%.

Olhando para o acumulado do ano, entre janeiro e setembro, tanto as importações para fora como dentro da UE aumentaram 18% em Portugal. Já as exportações cresceram 19% dentro da UE e 22% para fora.

Quanto ao quadro da Zona Euro, as exportações de bens para o resto do mundo em setembro de 2021 foram de 209,3 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 10,0% em comparação com setembro de 2020. Por sua vez, as importações do resto do mundo fixaram-se em 202 mil milhões, um aumento de 21,6% em comparação com o período homólogo. Assim, a Zona Euro registou um excedente de 7,3 mil milhões no comércio de bens com o resto do mundo.

O comércio dentro da Zona Euro aumentou também para 191,5 mil milhões em setembro de 2021, um aumento de 16,4% em comparação com setembro de 2020.

Pela UE, registou-se um excedente de 0,5 mil milhões no comércio de bens com o resto do mundo em setembro de 2021, enquanto o comércio intra-UE aumentou para 299,1 mil milhões em setembro de 2021, um aumento de 14,0% em comparação com setembro de 2020.

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Turismo na UE recupera em agosto, mas ainda está abaixo de 2019

Durante os três meses de verão, foram passadas 856 milhões de noites em alojamento turístico na UE, uma quebra de 31% em comparação com o verão pré pandemia.

O mês de agosto mostrou sinais de recuperação, mas mesmo assim as receitas ficaram 20% abaixo das obtidas no mesmo mês de 2019, antes da pandemia, de acordo com dados do Eurostat publicados esta segunda-feira. Portugal foi o nono país com uma maior subida no número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico face ao ano anterior.

Durante os três meses de verão, de junho a agosto de 2021, foram passadas 856 milhões de noites em alojamento turístico na UE, uma quebra de 31% em comparação com o verão pré-pandemia.

O número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico diminuiu em todos os Estados-Membros entre julho e agosto de 2021, quando comparado com 2019, registando quebra entre 48% na Grécia e 5% nos Países Baixos. A quebra foi superior a 25% em dez dos 24 Estados-membros. Portugal é o quinto país com uma queda mais acentuada.

No entanto, quando comparado com 2020, o número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico entre junho e agosto de 2021 aumentou em quase todos os Estados-Membros. Apenas a Letónia registou uma quebra de 16%.

Nos três meses de verão, a quebra no número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico foi mais evidenciada para os hóspedes internacionais ao registar uma diminuição de 54% em comparação com o mesmo período em 2019.

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“Governo mantém surdez” em relação a reivindicações dos funcionários públicos, diz Frente Comum

O Governo voltou a sentar-se à mesa com os sindicatos da Função Pública, mas não mudou a proposta que já tinha apresentado. Frente Comum acusa Executivo de "surdez" e não descarta nova greve.

Nem mais uma décima. Os salários dos funcionários públicos vão mesmo subir 0,9% no próximo ano, não tendo o Governo apresentado alterações à proposta que já tinha colocado em cima da mesa na reunião de segunda-feira com os sindicatos. À saída do encontro com a ministra da Administração Pública, o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, acusou o Executivo de António Costa de “perfeita surdez” e garantiu que “os trabalhadores saberão dar resposta“, isto é, pode vir aí uma nova greve.

“O Governo mantém a postura de perfeita surdez em relação às propostas dos trabalhadores. Esta reunião foi apenas uma afirmação daquilo que temos vindo a dizer, que é o Governo convoca as estruturas sindicais para negociar e não o faz, tem condições para resolver problemas e opta por não o fazer. Surpreendidos não estamos, mas evidentemente que não estamos satisfeitos“, disse aos jornalistas Sebastião Santana.

Apesar da reprovação da proposta de Orçamento do Estado e da antecipação das eleições legislativas, o Governo decidiu manter a proposta salarial que tinha anunciado no contexto das negociações orçamentais: atualizar as remunerações de todos os funcionários públicos em linha com a inflação (0,9%) e fazer subir a base remuneratória da Administração Pública à boleia da subida do salário mínimo nacional (que deverá passar dos atuais 665 euros para 705 euros, segundo tem dito, repetidamente, o Executivo). Na reunião com os sindicatos da semana passada, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, recusou, contudo, dar por fechada esta negociação, tendo, depois, sinalizado que qualquer avanço seria ainda assim “muito limitado“.

Contudo, nenhum avanço acabou por ser colocado em cima da mesa, revelou o líder da Frente Comum, à saída do encontro desta segunda-feira. “Há um conjunto de medidas a que o Governo pode e deve dar resposta. A questão é que não quer“, disse Sebastião Santana, referindo que, querendo, o Executivo poderia responder até a outros problemas, atualizando o subsídio de refeição, por exemplo.

Perante a “postura de perfeita surdez” de Alexandra Leitão, a Frente Comum vai agora avaliar a possibilidade de solicitar negociação suplementar e as formas de luta irão ser adotadas. “Os trabalhadores nunca viraram a cara à luta“, atirou Sebastião Santana, não excluindo a hipótese de uma nova greve. Ainda esta sexta-feira, dia 12 de novembro, os trabalhadores associados à Frente Comum cumpriram uma “grande greve” na Administração Pública.

“Agora é esperar que venha outro Governo”, diz STE

Também o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) saiu insatisfeito da reunião desta segunda-feira. “É uma reunião que não tem história“, sublinhou Maria Helena Rodrigues, adiantando também que “não houve qualquer aproximação” em relação a uma outra proposta do STE: a atualização do subsídio de refeição.

Sobre os salários, a sindicalista enfatizou que “o momento para atualizar remunerações do pessoal mais qualificado é um momento que já devia ter sido“, salientando que o nível de rendimento destes quadros aproxima-se agora do salário mínimo nacional. “É um mau sinal que estamos a dar aos nossos jovens”, acrescentou a mesma.

Maria Helena Rodrigues entende, contudo, que “não se justifica uma greve”, já que há eleições legislativas marcadas para o fim do mês de janeiro. “Agora é esperar que venha outro Governo”, disse. E insistiu: “Agora é esperar o mais depressa possível por eleições“.

FESAP quer que atualização seja maior face a “trajetória ascendente” da inflação

A ministra da Administração Pública recebeu também esta segunda-feira a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP). À saída, José Abraão disse aos jornalistas que entrou com uma “mão vazia” e saiu com outra “cheia de nada“, criticando a aproximação cada vez maior do salário mínimo em relação ao salário médio.

O sindicalista explicou, além disso, que a FESAP defende que, face à “trajetória ascendente da inflação“, as atualizações salariais devem ser revistas para, pelo menos, manter o poder de compra dos funcionários públicos. “O Governo disse que não estava em condições de responder, disse que ia perguntar às Finanças”, atirou José Abraão.

O líder da FESAP acrescentou também que este é o momento de os partidos políticos colocarem como “compromisso eleitoral”, para a próxima ida às urnas, a valorização da Administração Pública.

Além destas duas reuniões, poderá ser marcada um terceiro encontro, na quarta-feira, dia 17 de novembro. Esse agendamento depende da vontade dos sindicatos: a Frente Comum e a FESAP estão a ponderar avançar com esse requerimento. Já o STE não vê utilidade.

(Notícia atualizada às 12h17)

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