Têxtil de Leiria angaria sócio brasileiro para comprar a Dielmar

A sociedade-veículo da Outfit 21 para comprar a marca e os ativos da Dielmar é participada pelo grupo Via Veneto, que tem 250 lojas de roupa no Brasil e é cliente de longa data da empresa de Alcains.

A Outfit 21, empresa de confeções de Leiria interessada em ficar com a marca e com o inventário da Dielmar, tem o grupo brasileiro Via Veneto como parceiro na sociedade-veículo que pretende criar para adquirir os ativos da falida empresa de vestuário de Alcains, mantendo o controlo da sociedade.

O proprietário da Outfit 21, Vítor Madeira Fernandes, adiantou ao ECO que o grupo empresarial fundado em 1975 e sediado em São Paulo pertence a Carlos Antunes – um empresário que também tem origens na zona de Leiria – e detém perto de 250 lojas de pronto-a-vestir espalhadas pelo Brasil, com as marcas Via Veneto, Brooksfield, Harrys e Loft. Além disso, “era um importante e antigo cliente da insolvente”.

Carlos Antunes, presidente do grupo Via Veneto.Useloft.com

“Com esta integração de um novo investidor, a nossa proposta ganha ainda maior consistência, tanto pelo reforço de capitais próprios que origina, como porque desta forma fica, desde logo, ainda mais garantida uma importante fatia de encomendas para a nova unidade fabril, pois este investidor mantém-se como um dos maiores retalhistas no Brasil de vestuário de grande qualidade e com origem na União Europeia”, sublinha o gestor, acrescentando que este sócio brasileiro “asseguraria a continuidade de trabalho em Portugal, nomeadamente na região de Castelo Branco”.

Desta forma fica, desde logo, ainda mais garantida uma importante fatia de encomendas para a nova unidade fabril.

Vítor Madeira Fernandes

Proprietário da Outfit 21

Como o ECO noticiou em primeira mão a 11 de novembro, perante o fecho de portas e a venda dos ativos decidida na assembleia de credores realizada na semana passada no Tribunal do Fundão, a empresa que há três semanas tinha retirado a proposta após falhar o empréstimo bancário por faltarem garantias do Estado, apresentou ao administrador de insolvência outra nesta nova fase do processo.

Numa carta endereçada ao administrador de insolvência, João Gonçalves, a comissão diretiva da Outfit 21 considera ilegal a votação parcial da solução da Valérius ocorrida nessa reunião – e que o Governo tinha dado como praticamente fechada –, com o argumento de que não foi dada oportunidade a outros interessados.

“Não entendemos sequer como pode o proprietário do edifício [um fundo estatal] referir um acordo de arrendamento com terceiros sem estar terminado o contrato existente com a Dielmar e sem abrir a oportunidade de contratar a outros interessados, num procedimento que de todo desconhecemos, mas que tem alertas óbvios de ilegalidade”, lê-se nesse documento.

A empresa leiriense, em conjunto com este investidor do Brasil, propõe, assim, um valor global de 295 mil euros para a aquisição dos bens propriedade da massa insolvente a liquidar, a pagar de uma só vez. E diz ainda que “contratará os ex-trabalhadores da Dielmar que entenderem integrar o novo projeto industrial ou outros disponíveis até um total máximo de 215 trabalhadores”.

Por outro lado, a proposta do grupo de Barcelos liderado por José Manuel Vilas Boas Ferreira – comendador minhoto especialista na reestruturação de empresas –, concretizada na sequência de um pedido de última hora do Governo, como apurou o ECO junto de fontes envolvidas no processo negocial, oferece 250 mil euros pela marca, pelas máquinas e pelos inventários, além de assegurar 200 postos de trabalho.

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Wall Street arranca semana em alta após susto da inflação

Depois de o susto da inflação ter condicionado a negociação na semana passada, Wall Street recupera no arranque de uma nova semana. O setor tecnológico é o que mais beneficia.

Os principais índices norte-americanos arrancaram esta semana em alta, suportados na força das cotadas tecnológicas, enquanto os investidores aguardam por mais dados económicos, nomeadamente a evolução da taxa de inflação nos EUA.

O Dow Jones sobe 0,26%, para os 36.193,4 pontos, o Nasdaq avança 0,23%, para os 15.897,16 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,19%, para 4.691,84 pontos. Os três índices estão perto de novos máximos históricos: o Dow Jones está a 1,3% desse patamar, o Nasdaq a 1,2% e o S&P 500 a 0,8%.

Wall Street negoceia no verde após uma semana de perdas provocada pelo maior aumento anual do índice de preços no consumidor em três décadas, divulgado na semana passada, uma subida maior do que o esperado. A consequência foi a primeira desvalorização semanal dos principais índices em cinco semanas.

Esta semana os investidores vão saber quanto é que os consumidores estão a gastar com a divulgação das vendas no retalho assim como a evolução do mercado imobiliário. Os próximos dias serão marcados também por várias declarações públicas de membros da Reserva Federal norte-americana.

Entre as cotadas, o destaque vai para a Tesla, cujas ações descem 2%, após Elon Musk ter trocado tweets durante o fim de semana com o senador democrata de Vermont, Bernie Sanders, acerca da cobrança de impostos aos mais ricos. A cotada já tinha perdido 15% na semana anterior, com a notícia de que Musk vendeu um total de 6,9 mil milhões de dólares em ações da empresa de carros elétricos.

Num dia em que o petróleo está em baixa, cotadas do setor da energia como a Exxon Mobil também negoceiam com perdas.

Já nos ganhos, destaca-se a Boeing, com uma valorização de quase 3%, face a notícias sobre mais encomendas dos seus aviões. Além disso, as FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Alphabet) estão a valorizar à exceção da Netflix, com destaque para o Facebook (agora Meta), que valoriza mais de 3%.

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Governo deixa CMVM usar reservas para transformação tecnológica

Anterior presidente da CMVM queixou-se de não poder usar 26 milhões de euros em reservas. Ministro das Finanças assegurou que regulador poderá utilizar essa verba em projetos de transformação digital.

O ministro das Finanças concorda que a independência dos reguladores é fundamental para a credibilidade dos mercados. Questionado sobre a autonomia financeira da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), João Leão adiantou que o regulador poderá usar as reservas próprias para executar projetos de transformação tecnológica e digital.

A questão das reservas tinha sido levantada pela então presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, há meses. Em junho, disse que tinha 26 milhões de euros na gaveta e que não tinha liberdade para os utilizar, nomeadamente para avançar com o projeto do balcão eletrónico, que já tinha cofinanciamento europeu aprovado, mas foi abandonado por não ter forma como avançar do seu lado.

Agora, o ministro João Leão adianta que essas reservas serão importantes no “projeto de transformação tecnológica e digital da CMVM”. “Terão de ser usadas essas verbas adicionais. São verbas que, sendo reservas, são reservas da própria CMVM e terá autonomia para usá-las nesse quadro de transformação”, indicou o ministro à margem da tomada de posse do novo presidente do regulador dos mercados, Gabriel Bernardino.

Bernardino já tinha frisado a questão da autonomia e flexibilidade da gestão orçamental da CMVM como sendo “fundamental” para assegurar um regular ágil e com capacidade para “responder aos desafios de supervisão, de inovação, da sustentabilidade”.

“Obviamente, conto com o Ministério das Finanças para ter essa sensibilidade e criar um quadro que permita uma independência operacional por parte das autoridades de supervisão, tal como hoje em dia são requisitos europeus”, disse com o ministro ao seu lado.

“Vamos conseguir encontrar uma fórmula que nos permita ter essa independência operacional e financeira”, assegurou o novo “polícia” da bolsa nacional.

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Rio admite acordo parlamentar com PS para pelo menos meia legislatura

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

“Admito que possa ser complicado fazer um acordo parlamentar de legislatura, mas pelo menos metade da legislatura, seria mais sensato. E depois fazer um balanço ao fim de dois anos”, disse Rui Rio.

O presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, admitiu esta segunda-feira negociar um acordo parlamentar com o PS para pelo menos meia legislatura, em caso de resultar das legislativas um governo minoritário de um dos dois partidos.

Em entrevista à Antena 1, Rui Rio afirmou que abdica de formar governo se para tal for necessário incluir o Chega no executivo, disse ser, a título pessoal, “tendencialmente” a favor de uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP e já admitiu manter-se à frente do PSD em caso de derrota nas legislativas.

Questionado sobre os vários cenários de governabilidade, Rio começou por colocar o da vitória do PSD, reiterando que a primeira opção seria dialogar com CDS-PP e IL, se tal permitir maioria no parlamento.

Se tal não for possível, defendeu que o PS, “ao contrário do que aconteceu nesta legislatura, devia estar disponível para negociar no sentido de viabilizar um governo do PSD”, que teria de ser negociado, num entendimento que Rio gostaria que passasse por “reformas de fundo para o país”.

Admito que possa ser complicado fazer um acordo parlamentar de legislatura, mas pelo menos metade da legislatura, seria mais sensato. E depois fazer um balanço ao fim de dois anos”, disse, considerando que tal seria “mais estável” do que acordos pontuais “lei a lei ou orçamento a orçamento”.

Questionado sobre o cenário contrário, de um governo minoritário liderado pelo PS, Rio foi claro: “Se eu estou a achar que o PS deve estar disponível para isso, eu tenho de estar disponível para o contrário”, disse, admitindo que este não seja o discurso “ideal” para vencer as eleições internas de 27 de novembro, que disputará com Paulo Rangel.

Na entrevista, Rio afirmou que sempre afastou a possibilidade de formar uma coligação de Governo com o Chega e, uma vez que o líder do partido, André Ventura, tem dito que só dará apoio ao PSD integrando o executivo, “o problema está resolvido, é incompatível”.

À pergunta se deixará de formar governo se precisar do Chega, Rio respondeu: “Sim, sim, se eu digo coligação não, ele diz que só assim… O problema está resolvido”.

O presidente do PSD foi ainda questionado como poderá viabilizar um executivo minoritário do PS, depois de ter dito que deixaria o cargo se perdesse as legislativas de 30 de janeiro.

“As coisas não são assim a preto e branco. Perguntaram-me das diretas e disse que, com altíssimo grau de probabilidade, acabaria a minha carreira política”, afirmou.

Questionado se não se demite caso vença as diretas, mas depois perca as legislativas, Rio respondeu que “isso vai depender de diversos fatores”.

“O PSD está a fazer uma coisa abstrusa, de estar em processo eleitoral interno com legislativas à porta. Quando chegarmos a 30 de janeiro tivemos antes diretas e congresso, quer fazer outra vez diretas em março ou abril? É isso que não faz sentido”, afirmou.

Em entrevista à TVI em 4 de novembro, Rui Rio tinha afirmado que, se for ele o candidato do PSD a eleições legislativas e perder, apenas permanecerá no cargo “um, dois meses” até o partido se ajustar, mas não ficará “mais quatro anos à espera de eleições”.

“Ou eu sou primeiro-ministro ou é a última eleição da minha vida, já tive muitas e não fugi”, afirmou então.

À Antena 1 e questionado sobre a possibilidade de uma coligação pré-eleitoral com o CDS, caso vença as diretas, Rio afirmou que, se dependesse apenas de si, “tendencialmente estaria mais para o sim que para o não”, dizendo ter “simpatia pessoal” por Francisco Rodrigues dos Santos.

No entanto, admitiu que teria de ouvir a opinião do partido e que tal poderá ser dificultado pelo calendário interno, assegurando que, se vier a acontecer, não irá “negociar com o CDS com base em sondagens”.

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Mesa do recrutador: Mafalda Garcês, site leader & people director da Dashlane<span class='tag--premium'>premium</span>

Encontramos a líder de pessoas da Dashlane na tranquilidade do escritório da empresa, que mantem os 50 colaboradores em teletrabalho.

Quinhentos e oitenta metros quadrados de luz, espaços verdes, conectados e colaborativos. Assim nos apresentou, em fevereiro de 2020, Mafalda Garcês, site leader & people directorda Dashlane, o novo escritório da startup portuguesa de software,na rua Garrett, em pleno Chiado. Na altura, o espaço acolhia 48 trabalhadores, tinha sido pensado para levar a casa para dentro do local de trabalho e, com isso, atrair talento. Cerca de dois anos depois, regressamos ao escritório no coração de Lisboa para encontrar os agora 50 trabalhadores da Dashlane todos em teletrabalho. Em tempos de pandemia, foi o escritório que acabou por entrar na casa dos colaboradores. Mas, apesar de a Covid-19 lhe ter trocado as voltas, a tecnológica tem superado os desafios e retirado aprendizagens para o futuro. “O

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Vem aí novo instrumento para financiar empresas: os empréstimos participativos

Ministro das Finanças adiantou que está a preparar diploma sobre novo instrumento de financiamento das empresas: os empréstimos participativos. Remuneração será determinada pelos lucros das empresas.

Vem aí um novo instrumento de financiamento para as empresas, os chamados empréstimos participativos, anunciou esta segunda-feira o ministro das Finanças, João Leão, que revelou que o Governo irá colocar o diploma em consulta pública brevemente.

“Tratam-se de instrumentos de capital cuja remuneração é fixada contratualmente e determinada em percentagem dos resultados da empresa”, adiantou o ministro no discurso de tomada de posse do novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o ministro, este instrumento irá “flexibilizar as possíveis formas das empresas serem capitalizadas, em complemento ao financiamento bancário”. Outros países como Espanha e França já disponibilizam este tipo de financiamentos de quase capital, de acordo com João Leão.

“É um instrumento novo chamado empréstimo participativo e permite criar condições novas — o documento irá para consulta pública — para as empresas financiarem-se com instrumentos de quase capital”, explicou João Leão já à margem da tomada de posse de Gabriel Bernardino para líder do regulador dos mercados.

O Estado, por via do banco de fomento, também poderá tirar partido deste novo instrumento, mas os diplomas em cima da mesa são para “o mercado em geral e para as empresas se financiarem”, referiu o ministro.

(Notícia atualizada às 13h23)

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Esta mala não está à venda. É de luxo e feita de bocados do interior de um Volvo

  • Capital Verde
  • 15 Novembro 2021

A marca sueca anunciou que, já a partir do novo C40 Recharge, todos os novos modelos puramente elétricos da Volvo Cars serão totalmente livres de couro.

A Volvo Cars e o designer Philip Lim criaram uma mala feita a partir dos novos materiais sustentáveis que compõem os interiores dos veículos 100% elétricos da Volvo. O objetivo é mostrar que o luxo pode ser sustentável.

A nova mala Volvo, desenhada pela 3.1 Phillip Lim, marca pioneira em moda e luxo responsáveis, é feita a partir do material interior dos novos modelos Volvo, denominado Nordico, concebido a partir de têxteis feitos de material reciclado (como garrafas PET), por materiais biológicos e por rolhas recicladas da indústria do vinho.

O desenho da mala foi inspirado no design escandinavo e deu origem a um acessório com um armazenamento discreto, de cor clara, que pode ser usado em diversas ocasiões. A mala tem um fecho, uma alça dupla e, ainda, uma alça a tiracolo e conta, também, com uma uma bolsa especial exclusiva.

No entanto, este acessório sustentável não está à venda. Foi criado para fazer parte de ações de promoção desta parceria, com oferta de malas, sendo que os fundos angariados reverterão a favor de diversas instituições. As marcas avisam, por isso, que quem estiver interessado em adquirir uma destas peças exclusivas deverá estar atento às redes sociais da Volvo Cars para mais novidades.

“A colaboração com a 3.1 Phillip Lim para criar uma mala que fosse inspirada pelos materiais do futuro, solidifica as nossas ambições de desafiar a indústria do design para reavaliar os materiais que utiliza. Tanto a criação de coleções para as passerelles como a criação de interiores para automóveis, têm uma responsabilidade partilhada para tentar encontrar alternativas de materiais sustentáveis”, disse, em comunicado, Robin Page, Head of Design da Volvo Cars.

Recentemente, a marca sueca anunciou que, já a partir do novo C40 Recharge, todos os novos modelos puramente elétricos da Volvo Cars serão totalmente livres de couro. Este compromisso reflete a procura por alternativas sustentáveis e de alta qualidade para muitos dos materiais utilizados hoje em dia pela indústria automóvel.

Estas mudanças também vão de encontro à tendência revelada pelo relatório The Rise of Conscious Design, publicado pela Volvo Cars em colaboração com a empresa The Future Laboratory, que dá conta de uma nova consciência emergente, denominada “Luxtainability”, que reflete o desejo do mundo do design por materiais sustentáveis que não comprometam a qualidade.

“A ligação à Volvo neste projeto de sustentabilidade foi um alinhamento instantâneo. Acredito fortemente que, no nosso estado de espírito coletivo atual, temos a liberdade para encontrar soluções sustentáveis com novos materiais e, ao mesmo tempo, tentar alcançar um design de alta qualidade, que é o novo conceito de luxo”, concluiu, no mesmo comunicado, Philip Lim, Co-Founder & Creative Director da 3.1 Phillip Lim.

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Funcionários públicos vão beneficiar de aumentos a partir de janeiro

Apesar das críticas, o Governo defende atualização salarial que propõe para os funcionários públicos dizendo que reflete continuidade da "política de valorização" do emprego no Estado.

A atualização salarial proposta pelo Governo para todos os funcionários públicos deverá ser sentida logo a partir de janeiro. A medida — que foi mantida apesar do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 e da antecipação das eleições legislativas — tem um custo de 255 milhões de euros.

“Já a partir de janeiro de 2022, os salários dos trabalhadores públicos serão valorizados por duas vias: todos salários terão uma atualização transversal de 0,9% e a Base Remuneratória da Administração Pública será atualizada para o valor da retribuição mínima mensal garantida“, explica o Ministério da Administração Pública em comunicado divulgado após as reuniões desta manhã com os sindicatos. Na mesma nota, o Governo garante que procedeu à negociação com as estruturas sindicais para que os trabalhadores beneficiem dos reforços em causa logo a partir do primeiro mês do próximo ano.

Esta segunda-feira, deu-se a segunda ronda negocial entre o Executivo e os representantes dos trabalhadores sobre as questões salariais da Administração Pública, não tendo sido registado qualquer avanço face à proposta inicial do Governo, ou seja, em 2022 os salários de todos os trabalhadores públicos vão mesmo beneficiar de uma atualização de 0,9%.

No caso da base remuneratória da Administração Pública, a atualização depende do salário mínimo nacional, já que subirá em linha com o aumento fixado para este. De notar que a trajetória do salário mínimo vai ser discutida esta terça-feira, dia 16 de novembro, em sede de Concertação Social. O Governo — a quem cabe a última palavra — tem sinalizado que quer subir esse valor dos atuais 665 euros para 705 euros.

“As atualizações previstas para o próximo ano representam a continuidade da política de valorização salarial dos trabalhadores da Administração Pública iniciada na anterior legislatura e prosseguida na atual”, sublinha o ministério de Alexandra Leitão, lembrando que, em 2021, os funcionários públicos com salários até aos 800 euros tiveram aumentos de, pele menos, dez euros. E acrescenta: “A atualização dos salários da Administração Pública em 0,9% a partir de 1 de janeiro de 2022 tem um custo de 225 milhões de euros“.

Além das duas reuniões já ocorridas, poderá ser marcado um terceiro encontro, na quarta-feira, dia 17 de novembro, entre Governo e sindicatos. Esse agendamento depende da vontade destes últimos: a Frente Comum e a Federação dos Sindicatos da Administração Pública estão a ponderar avançar com esse requerimento. Já o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado não vê utilidade. Todos estes sindicatos criticam a proposta do Governo, considerando-a insuficiente e insatisfatória.

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Quatro em cada dez empresas esperam resultado líquido inferior a 2019

43% das empresas inquiridas pela AIP anteveem que o resultado líquido em 2021 será inferior ao registado em 2019, antes da pandemia. Só 8% têm "muita expectativa" no PRR.

Quatro em cada dez empresas inquiridas num estudo da Associação Industrial Portuguesa (AIP) estimam um resultado líquido inferior em 2021 ao obtido em 2019. A tendência é mais vincada no setor do alojamento e restauração, onde 68% das empresas antevê um ano de 2021 com menos lucros ou mais prejuízos do que antes da pandemia.

O estudo da AIP ao contexto empresarial foi realizado entre 16 e 22 de outubro e contou com as respostas de 688 empresas de todo o país. O indicador do resultado líquido é apenas um dos vários medidos pela associação, sendo que 29% das empresas não anteveem alterações em 2021 face a 2019 e 28% apontam para um aumento do resultado líquido este ano.

Ainda assim, 58% das empresas preveem aumentar ou manter o volume de negócios em 2021, sobretudo as grandes empresas (56%), o setor industrial (45%) e as exportadoras (45%). A maioria das empresas não prevê grandes alterações na estrutura de balanço, com a exceção das que apontam para um aumento da dívida à banca (30%) e da dívida a clientes (31%).

Numa altura em que as empresas enfrentam desafios complexos por causa das ondas de choque provocadas pela pandemia, as empresas inquiridas pela AIP calculam que, em 2021, o maior aumento de custos em 2021 face a 2019 será com os combustíveis (79%), matérias-primas (68%), eletricidade e gás (66%) e pessoal (62%).

O impacto da subida dos preços dos combustíveis é mais vincado no setor da agricultura, onde todas as empresas (100%) anteveem um aumento dos encargos. Já no que toca à eletricidade e gás, a escalada dos preços deverá ter um impacto superior nas empresas industriais (78%), mas também nas médias empresas (73%).

Numa altura em que alguns especialistas admitem que Portugal está já numa fase endémica da Covid-19, o estudo aponta que 48% das empresas (sobretudo as de grande e média dimensão) consideram que estão numa fase de retoma do ciclo económico, contra 14% que estimam estar num contexto recessivo e 38% (principalmente pequenas empresas e do setor industrial) estão em fase de transição.

“A carga fiscal, os custos com combustíveis, energia e custos com pessoal são fatores considerados com mais impacto no desempenho das empresas. Todavia, no setor industrial, a rigidez do despedimento individual e o fim do banco de horas individual nas médias empresas são referidos como fatores de grande relevância, o que não ocorre noutros setores e em empresas de outra dimensão”, explica a AIP num comunicado que acompanha a apresentação das conclusões do estudo.

Só 8% têm “muita expectativa” no PRR

Outro dos temas sobre o qual se debruçou o inquérito da AIP é o do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa que orienta a aplicação dos fundos europeus da chamada “bazuca”. Sobre este aspeto, só 8% das empresas inquiridas dizem ter “muita expectativa” no plano. Em simultâneo, 22% das empresas dizem que o PRR é uma “deceção”. Já 37% não têm nenhuma expectativa e 33% têm “expectativa moderada”, de acordo com a AIP.

As pequenas empresas são as mais dececionadas com o plano apresentado pelo Governo, enquanto as microempresas são as que, em número superior, se mostram sem qualquer expectativa face ao PRR. Principalmente, são as grandes empresas que têm “muita expectativa” na aplicação do dinheiro vindo da Europa.

Já no que toca ao PT 2030, o próximo quadro comunitário, os resultados são ligeiramente mais positivos: 12% das empresas têm “muita expectativa”, 46% têm “expectativa moderada” e 42% não têm expectativa.

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Turismo rendeu 1,63 mil milhões até setembro, mais do que em todo o ano de 2020

Até setembro, turismo rendeu 355,5 milhões de euros em proveitos, um valor acima do registado durante todo o ano de 2020. Ainda assim, continua abaixo do observado em 2019.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,1 milhões de hóspedes em setembro, num total de 5,6 milhões de dormidas. São números acima dos observados no ano passado, mas ainda abaixo de 2019, naquele que foi um ano de recordes para o setor. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), até setembro o turismo rendeu 355,5 milhões de euros em receitas, um valor que já supera todos os proveitos de 2020.

Em setembro contaram-se 2,1 milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas, refletindo aumentos de 52,3% e 58,4%, respetivamente, face ao mês de agosto, mas descidas de 28,9% e 26,6%, respetivamente, face a setembro de 2019. Do total de hóspedes, 1,09 milhões (52%) foram portugueses e 968 mil (46%) foram turistas estrangeiros, ambos com um aumento face ao mês de agosto.

No que diz respeito às dormidas, entre janeiro e setembro, observou-se uma subida de 19,5% das dormidas totais, resultante dos aumentos de 28,7% nos residentes e de 9,4% nos não residentes. “Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 54% (…) e já superaram o valor registado para a totalidade do ano de 2020“, refere o INE.

Evolução das dormidas de turistas entre janeiro e setembro

Dormidas de residentes e de não residentes por mês (valores acumulados).INE

O INE destaca ainda que em setembro, 19,5% dos alojamentos turísticos nacionais estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.

No que diz respeito a localizações, o Algarve foi o destino mais procurado em setembro, concentrando 33,5% das dormidas. Atrás ficou a Área Metropolitana de Lisboa (19%), o Norte (15%) e a Madeira (12,4%).

Entre janeiro e setembro, “todas as regiões apresentaram crescimentos no número de dormidas”, com destaque para os Açores (+106,3%) e para a Madeira (+45,8%). Em termos de turistas estrangeiros, a Área Metropolitana de Lisboa foi a única que observou uma diminuição nas dormidas (-6,1%).

Relativamente aos proveitos do setor, em setembro foram arrecadados 355,5 milhões de euros totais e 268,6 milhões de euros relativamente a aposento, diz o INE. No acumulado até setembro, contam-se 1,63 mil milhões de euros, um valor superior a todo o ano de 2020 (1,22 mil milhões). Ainda assim, comparando com o mesmo período de 2019 (3,47 mil milhões), os proveitos totais recuaram 53% e os relativos a aposento diminuíram 52,7%.

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“Este é o momento para o mercado ganhar escala”, diz ministro das Finanças

Ministro das Finanças sublinhou que chegou o momento de a bolsa portuguesa "ganhar escala". João Leão disse que experiência internacional de Gabriel Bernardino é uma "mais-valia" para a CMVM.

Na tomada de posse do novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o ministro das Finanças afirmou esta segunda-feira que é o momento para a bolsa portuguesa “ganhar escala” e apoiar o financiamento das empresas após o impacto da pandemia.

Este é o momento para o mercado de capitais português poder ganhar escala, e para apoiar as empresas a adaptarem-se às mudanças estruturais da economia, na sequência da pandemia”, disse João Leão no discurso de apresentação de Gabriel Bernardino, o novo “polícia” dos mercados.

Segundo o ministro, os indicadores mais recentes “já evidenciam a resiliência do nosso mercado de capitais e uma tendência de crescimento em vários setores”. “É o caso da gestão de organismos de investimento coletivo, que tem assistido a um aumento expressivo do volume de ativos sob gestão”, destacou João Leão.

Antes, o ministro das Finanças havia enfatizado o “longo caminho” que Portugal percorreu nos últimos anos na estabilização financeira e económica e de redução da dívida pública, o que permitiu reforçar a credibilidade internacional. “Para tal foi fundamental ter-se cumprido sempre as metas orçamentais, ao contrário do que acontecia no passado. Portugal passou a ser um país que cumpre. E esse é nosso cartão de visita”, frisou.

João Leão aproveitou para anunciar um novo instrumento de capitalização das empresas, os empréstimos participativos.

Sobre o novo presidente da CMVM, o ministro destacou a experiência internacional de Gabriel Bernardino, que liderou o regulador europeu dos seguros nos últimos dez anos: “É indiscutível que o percurso profissional e a vasta experiência internacional serão uma grande mais-valia para prestigiar ainda mais a CMVM”.

(Notícia atualizada às 14h59)

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Novo presidente da CMVM quer famílias a poupar através do mercado de capitais

Gabriel Bernardino considera que o regulador pode ter um papel relevante a devolver a confiança às famílias nos mercados de capitais.

O novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriel Bernardino, quer criar condições para que as famílias possam ver o mercado de capitais como uma alternativa de aplicação das suas poupanças a longo prazo.

A última década gerou casos e episódios que minaram a confiança dos pequenos aforradores nos mercados, como a queda do BES e do Banif, que deram origem aos chamados “grupos de lesados” que perderam milhões de euros com produtos financeiros.

Esta segunda-feira, na tomada de posse como novo líder do polícia dos mercados, Gabriel Bernardino sublinhou que o mercado tem de ser visto como um instrumento de poupança a longo prazo, numa ótica da reforma, e assegurou que o regulador será um “aliado” das famílias.

“A CMVM pode e deve contribuir para a criação em Portugal de um novo paradigma de poupança de longo prazo através do mercado de capitais, apostando na transparência através da prestação de informação adequada aos investidores, na sustentabilidade e na literacia financeira”, disse.

Gabriel Bernardino destacou a importância de estimular os produtos financeiros “que incentivem a verdadeira poupança de longo prazo dos portugueses” e deu o exemplo do Produto Individual de Reforma Pan-Europeu (PEPP), cuja comercialização será iniciada em março de 2022. “É um instrumento simples, transparente e de custos reduzidos, amplamente apoiado na sua génese pelos consumidores europeus, e ao qual é imprescindível atribuir um regime fiscal favorável, adequado a essas características”, afirmou o sucessor de Gabriela Figueiredo Dias na liderança da CMVM.

Ao mesmo tempo, o mercado de capitais também deve ser uma solução alternativa para o financiamento da economia portuguesa, defendeu Gabriel Bernardino, podendo “facilitar o tão necessário reforço da capitalização do tecido empresarial nacional e do financiamento de novos e inovadores projetos”.

O novo líder do regulador defendeu ainda ser “essencial manter a aposta na simplificação regulatória”, e destacou a aprovação da proposta de revisão do Código de Valores Mobiliários pelo Parlamento na passada sexta-feira como um passo no bom sentido para dinamizar o mercado.

Também sublinhou a necessidade de os reguladores financeiros reforçarem a coordenação entre si para permitir “uma visão global dos grupos financeiros, por exemplo, em termos de cultura e governação”.

(Notícia atualizada às 13h52)

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