Há mais oito mortes e 974 novos casos de Covid-19. Rt e incidência sobem

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Novembro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma 1.108.462 casos de infeção e 18.265 mortes por Covid. Há 1.051.839 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 974 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 1.108.462 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta segunda-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais oito pessoas com a doença, para um total de 18.265 óbitos.

A incidência média no território nacional subiu para 156,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) avançou para 1,16.

O número de internamentos também continua a aumentar. Em 470 doentes internados em unidades hospitalares (mais cinco face ao balanço anterior), 76 necessitam de cuidados intensivos (mais um).

mais 427 casos ativos comparativamente a domingo, num total de 38.358. Desde o início da pandemia, 1.051.839 pessoas recuperaram da infeção por Covid-19, 539 das quais nas últimas 24 horas. Sob vigilância das autoridades de saúde mantêm-se 32.984 pessoas, mais 979 em relação ao último balanço.

Face ao agravamento da situação pandémica nas últimas semanas em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, convocou para a próxima sexta-feira uma reunião que juntará políticos e especialistas no Infarmed, em Lisboa.

Boletim epidemiológico de 15 de novembro de 2021:

Por regiões, a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 974 novos casos confirmados, 382 localizam-se nesta região, seguindo-se a região Norte (266 novas infeções), o Centro (118 novas infeções), o Algarve (106 novos casos), o Alentejo (46 novos casos), a Madeira (43 novos casos) e os Açores (13 novos casos).

A maioria dos óbitos confirmados nas últimas 24 horas registou-se na região Centro, que contabilizou quatro mortes por Covid-19. As restantes registaram-se em LVT (duas), Algarve (uma) e Madeira (uma).

Rt e incidência continuam a subir

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,16 a nível nacional e em 1,17 no continente. Trata-se, portanto, de uma ligeira subida a nível nacional face ao último balanço (estava em 1,15 quer a nível nacional, quer no continente), o que coloca Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.

A incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua em forte tendência de aumento, estando agora em 156,5 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 155,3 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 134,2 por 100 mil habitantes e 133,3 por 100 mil habitantes, respetivamente).

Notícia atualizada às 18 horas

 

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Realização da COP27 no Egito é “recompensa ao poder repressivo” de al-Sisi

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

O Egito foi designado para a realização da conferência internacional da ONU sobre alterações climáticas (COP27) em 2022. “Uma escolha incrivelmente má”, lamenta a organização Human Rights Watch.

A entrega ao Egito da responsabilidade da organização da conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP27) em 2022 é uma “recompensa ao poder repressivo” do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, criticou esta segunda-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

O Egito, que segundo várias organizações não-governamentais tem cerca de 60 mil presos de consciência, corre o risco de usar o “papel de anfitrião” da COP27 “para levar as pessoas a esquecerem o histórico pavoroso do país em termos de direitos humanos”, alertou a organização de defesa e promoção dos direitos humanos, num comunicado.

Na semana passada, na COP26, em Glasgow (Escócia), o Cairo foi designado para a realização da conferência internacional, “uma escolha incrivelmente má”, afirmou Joe Stork, vice-diretor do departamento de Médio Oriente da HRW.

Os países participantes da COP27 “devem pressionar o Egito a libertar os milhares de presos por apenas terem exercido a liberdade de expressão e o direito de reunião”, como é o caso de Ahmed Amacha, diretor da Associação Árabe para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, detido desde 2020 e citado no comunicado.

Além disso, sublinha a HRW, a COP27, que terá lugar na estância balnear de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, não poderá acolher eventos de protesto habituais durante encontros internacionais pelo clima porque estão proibidos no Egito desde 2013.

Desde que Sissi assumiu o poder, naquele ano, o regime tem reprimido toda a oposição e visado, em particular, a sociedade civil. Tal, porém, não impediu o Egito de, em 2018, acolher a sede da COP14 sobre biodiversidade, também em Sharm el-Sheikh.

No sábado, após duas semanas de intensas negociações, cerca de 200 países aprovaram um texto considerado “morno” destinado a acelerar o combate ao aumento das temperaturas, que não garante, contudo, o cumprimento da meta de conter o aquecimento a 1,5° Celsius em relação à era pré-industrial, nem responde aos pedidos de ajuda dos países mais vulneráveis.

A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) adotou formalmente, no sábado, uma declaração final com uma alteração de última hora proposta pela Índia que suaviza o apelo ao fim do uso de carvão.

A alteração foi proposta pelo ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, que no plenário de encerramento da COP26 pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.

A proposta acabou por ser aprovada pelo presidente da cimeira, Alok Sharma, que afirmou de voz embargada “lamentar profundamente a forma com este processo decorreu”.

O documento final aprovado, que ficará conhecido como Pacto Climático de Glasgow, preserva a ambição do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de conter o aumento da temperatura global em 1,5ºC (graus celsius) acima dos níveis médios da era pré-industrial.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comentou o acordo alcançado em Glasgow alertando que apesar de “passos em frente que são bem vindos, a catástrofe climática continua a bater à porta”.

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Voltar ao teletrabalho? Patrões esperam “medidas proporcionais” face ao agravamento da pandemia

O teletrabalho pode voltar a ser obrigatório, em função da trajetória da pandemia de coronavírus, admitiu o Governo. Patrões apelam a "medidas proporcionais" baseadas em "dados objetivos".

A pandemia está a agravar-se por toda a Europa e Portugal não escapa a essa tendência. Para mitigar a escalada das infeções, a Alemanha já prepara um regresso maciço ao teletrabalho e, por cá, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, também não descarta essa possibilidade. Em reação, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) diz esperar que sejam tomadas “medidas proporcionais” baseadas em “dados objetivos” e lembra que os locais de trabalho não foram focos particulares de propagação.

Em declarações aos jornalistas, no âmbito da apresentação de um inquérito sobre a evolução da economia portuguesa realizado pela CIP e pelo ISCTE, o vice-presidente do Conselho Geral dessa confederação, Óscar Gaspar, sublinhou que Portugal tem, neste momento, a vantagem de contar uma taxa mais expressiva de população vacinada contra a Covid-19 e elogiou o “excelente desempenho” que foi conseguido, no último ano e meio, nos locais de trabalho à boleia da responsabilidade dos trabalhadores e dos esforços dos empresários, quando questionado sobre a possibilidade de a adoção do teletrabalho voltar a ser obrigatória.

Possibilidade essa que não foi descartada, esta segunda-feira, pela ministra do Trabalho, que explicou que tal decisão dependerá da evolução da pandemia em Portugal. “Façam o que for necessário”, atirou Óscar Gaspar, alertando, contudo, para o impacto de tais medidas na economia.

Já o inquérito referido — que é relativo a outubro e parte das respostas de 360 empresas — indica que “houve um agravamento da opinião dos empresários relativamente aos apoios do Estado“, considerando mesmo 73% dos inquiridos que tais ajudas são burocráticas ou muito burocráticas. Outro dado relevante a este respeito é que 8% das empresas que ainda não se candidataram a estes subsídios admitem vir a candidatar-se.

Por outro lado, 43% das empresas confessam ter reduzido as suas vendas (e a queda média foi de 32%). Já quanto ao futuro, 31% das empresas preveem aumentar as vendas até ao final do ano enquanto 39% antecipam uma quebra.

No que diz respeito aos recursos humanos, 80% das empresas inquiridas consideram que vão manter as suas equipas como estão até ao final do ano, 12% projetam que aumentarão — em maior detalhe, 32% das grandes empresas pensam que podem vir a aumentar as suas equipas — e 8% antecipam uma diminuição.

Relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 40% dos empresários dizem que este envelope de fundos europeus não terá impacto algum na sua empresa e só 8% admitem que terá um efeito significativo. A propósito deste dado, Óscar Gaspar defendeu que é preciso que a bazuca seja transparente e enfatizou que não pode ser de monopólio público. “Penso que ainda estamos a tempo de arrepiar caminho em relação a essa matéria”, salientou. “Este é o momento de crescermos de forma diferente“, acrescentou ainda o mesmo responsável da CIP.

(Notícia atualizada às 17h30)

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Bruxelas vai reforçar sanções contra a Bielorrússia “nos próximos dias”

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 15 Novembro 2021

O Conselho da UE concordou alterar o seu regime de sanções à Bielorrússia, alargando os critérios a cooperantes com a instrumentalização de migrantes por Minsk nas fronteiras externas do bloco.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros do bloco comunitário concordaram com a adoção daquele que será o quinto pacote de sanções contra a Bielorrússia, disse esta segunda-feira o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell. O pacote “será finalizado nos próximos dias” e afetará “um número importante, embora ainda não preciso”, de pessoas ou entidades que cooperam com o regime de Aleksandr Lukashenko.

“Acima de tudo, é uma adoção de cariz político. Como referi, através da extensão do âmbito destas sanções, seremos capazes de atingir todos os responsáveis pela exploração dos migrantes e que facilitam a passagem ilegal das fronteiras”, afirmou o chefe da diplomacia da UE, em conferência de imprensa após reunir com os ministros da tutela de cada um dos 27.

Bruxelas apelida de “esquema deplorável” a situação atual nas fronteiras externas que alguns Estados-membros, como é o caso da Polónia, da Lituânia e da Letónia, partilham com a Bielorrússia, através das quais vários migrantes – provenientes do Médio Oriente e de África – procuram forçar a entrada no bloco comunitário. “As fronteiras da UE não estão abertas de forma ilimitada. A entrada na UE apenas é possível através de autorizações legítimas”, recordou Borrell, que atribui “100% da responsabilidade” ao regime bielorrusso.

O diálogo com a Bielorrússia, acrescentou, será restabelecido somente quando Lukashenko parar de “violar as normas” e começar “a respeitar os direitos humanos do seu próprio povo e dos que se encontram fora do seu país”.

Com a alteração do regime de sanções aprovada esta segunda-feira, a UE poderá agora “visar indivíduos e entidades que organizam ou contribuem para atividades do regime de Lukashenko que facilitam a passagem ilegal das fronteiras externas” do bloco, nomeadamente companhia aéreas.

Esta decisão segue-se às conclusões do Conselho Europeu de 21 e 22 de outubro, nas quais os líderes da UE declararam que não aceitariam qualquer tentativa de países terceiros de instrumentalizar os migrantes para fins políticos, condenaram todos os ataques híbridos nas fronteiras da UE e afirmaram que responderiam em conformidade.

As sanções à Bielorrússia têm sido ampliadas progressivamente, desde outubro de 2020, acompanhando a situação no país, depois de terem sido adotadas em resposta às eleições presidenciais de agosto do ano passado, que a UE considera terem sido fraudulentas e manipuladas, não reconhecendo a reeleição do Presidente Alexandr Lukashenko.

Um total de 166 pessoas e 15 entidade integram agora a lista de visados pelas medidas restritivas, incluindo Lukashenko e o seu filho Viktor, bem como altas figuras do regime condenado por repressão e intimidação dos seus opositores e jornalistas. As medidas incluem ainda a proibição de viajar para a UE e o congelamento de bens no espaço europeu.

Notícia atualizada às 17h24

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Lisboa no verde com CTT a subirem 2,5%

Bolsa nacional encerrou a primeira sessão da semana em terreno positivo. CTT brilharam ao valorizar mais de 2%, enquanto Sonae recuou quase 2%.

A bolsa de Lisboa encerrou a primeira sessão da semana em terreno positivo, com apenas cinco cotadas no vermelho, acompanhando a tendência positiva do resto da Europa. Por cá, o destaque foram os CTT, que avançaram mais de 2%, acompanhados pela EDP e pelo BCP. No lado oposto, a travar uma subida mais acentuada do índice, estiveram os títulos da Sonae.

O PSI-20 subiu 0,62% para 5.779,64 pontos, em linha com o índice de referência europeu, Stoxx-600, que cresceu 0,28% para 488,08 pontos. Este sentimento de ganhos alastrou-se a outras praças, como a espanhola Ibex-35 que subiu 0,21% ou a francesa CAC-40 que ganhou 0,53%.

Por Lisboa, os CTT foram a estrela desta sessão ao avançarem 2,5% para 4,31 euros. A acompanhar esta tendência esteve a EDP, que subiu 1,94% para 4,842 euros, a GreenVolt que ganhou 0,15% para 6,59 euros e a REN que cresceu 1,59% para 2,56 euros.

Ainda nas subidas, destaque para o Jerónimo Martins, que avançou 1,93% para 21,61 euros, enquanto o BCP subiu 0,56% para 0,1603 euros.

No lado oposto, a Sonae caiu 1,78% para 1,05 euros, representando a maior descida desta sessão, enquanto a Semapa recuou 1,46% para 12,14 euros. A Corticeira Amorim perdeu 0,5% para 11,88 euros, acompanhada pela Nos que desvalorizou 0,06% para 3,39 euros.

A Galp Energia manteve-se inalterada, assim como a EDP Renováveis, no dia em que a elétrica anunciou que vendeu à China Three Gorges a totalidade da participação que tinha num portfólio eólico em Espanha por 307 milhões de euros.

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NOVA School of Law e Abreu Advogados criam Cátedra em sustentabilidade

  • Capital Verde
  • 15 Novembro 2021

A NOVA School of Law e a Abreu Advogados assinaram um protocolo de cooperação na área da sustentabilidade, no qual está prevista a criação de uma nova cátedra: “Abreu Chair in ESG Impact”.

A “Abreu Chair in ESG Impact” é a nova cátedra da Nova School of Law, dedicada à área da sustentabilidade, criada pela universidade juntamente com a Abreu Advogados e o Instituto de Conhecimento da Abreu, que tem como objetivo contribuir para a formação especializada dos estudantes de Direito numa área dedicada às dimensões ambientais, sociais e de governance.

Além da cátedra e do desenvolvimento conjunto de diversos projetos em torno do desenvolvimento de investigação, da elaboração de estudos e artigos, da partilha de conhecimento e da prestação de serviços em torno das questões ESG, também vão ser preparadas várias iniciativas para sensibilizar todo o setor jurídico para a área da sustentabilidade.

“Queremos, com esta parceria, garantir que os futuros juristas e advogados se tornem profissionais com mais competências para dar resposta aos grandes desafios que se avizinham e para os quais devemos estar preparados”, afirmou, em comunicado, Mariana França Gouveia, Diretora da NOVA School of Law.

O concurso internacional para contratação de um docente na categoria de professor auxiliar na área da sustentabilidade vai arrancar ainda durante o ano de 2021 e deverá estar concluído no primeiro semestre de 2022.

No protocolo de cooperação assinado pelas três entidades e que prevê uma parceria de três anos, está, ainda, prevista a colaboração da Abreu no NOVA Green Lab, o centro de conhecimento da Faculdade dedicado ao Direito do Ambiente, Urbanismo, Energia e Alterações Climáticas.

“É natural a associação à NOVA School of Law para potenciar o desenvolvimento académico da sustentabilidade e dos temas ESG, cada vez mais centrais na atividade das empresas e das outras organizações. Formar profissionais do direito preparados para liderar as transformações necessárias para garantir um futuro sustentável do planeta é o objetivo comum da Abreu e da NOVA”, concluiu, no mesmo comunicado, Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

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Nuno Miguel Henriques confirma candidatura a presidente do PSD

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

Sob o mote “Portugal mais e melhor”, Nuno Miguel Henriques assume-se como “terceira alternativa” e voz dos militantes “que têm estado em silêncio”.

O social-democrata Nuno Miguel Henriques confirmou esta segunda-feira a entrada na corrida à liderança do PSD, mostrou-se disponível para debater com Paulo Rangel e rejeitou a ideia de que o presidente do partido tenha de ser o candidato a primeiro-ministro.

“Sou candidato a presidente da Comissão Política Nacional do PSD”, disse Nuno Miguel Henriques, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa.

O antigo candidato do PSD à Câmara de Alenquer afirmou-se disposto “a debater o partido” com o eurodeputado e também candidato Paulo Rangel.

Estou disposto a debater com o outro candidato já assumido que disse que quer ir a debates, e a debater todos os assuntos e o país, sem medo”, declarou.

A questão “de não haver debates” é “respeitável para quem disse que não os quer fazer”, referiu, aludindo ao presidente do partido, Rui Rio, que excluiu participar em debates internos para se concentrar na preparação das eleições legislativas de 30 de janeiro.

No entanto, já que Paulo Rangel se disponibilizou, Nuno Miguel Henriques disse estar disposto a debater “a qualquer hora, em qualquer sítio”.

Sob o mote “Portugal mais e melhor” e assumindo-se como “terceira alternativa” e voz dos militantes “que têm estado em silêncio”, Nuno Miguel Henriques disse estar confiante na disputa de uma segunda volta das eleições internas: “Havendo três candidatos existe muito essa probabilidade”.

“Ao dia de hoje, digo-lhe que sim, que quero uma segunda volta. Se as circunstâncias mudarem, mudamos com certeza. Só não muda quem é aquilo que nós sabemos”, respondeu aos jornalistas.

Questionado sobre quantas assinaturas já tinha recolhido, o candidato não avançou com um número, mas garantiu que terá as 1.500 assinaturas entregues até ao dia 22 de novembro.

“Estão várias pessoas pelo país a recolher as assinaturas (…). Temos bastantes, portanto, estamos otimistas de que se nós quisermos ir a votos vamos ter [assinaturas suficientes]”, elaborou.

Se for eleito como o sucessor de Rui Rio, o antigo candidato autárquico social-democrata não vai fazer depender da liderança do partido a disputa ao cargo de primeiro-ministro.

“O presidente do partido não tem de ser obrigatoriamente, ao contrário do que muita gente pensa, o primeiro-ministro. Isto já aconteceu no tempo de Francisco Sá Carneiro (…). O primeiro-ministro deve ser a pessoa que está mais bem preparada e para se dedicar em exclusivo aos assuntos do país. Depois deve haver outras pessoas para fazer o lado do partido”, completou.

Nuno Miguel Henriques já tinha manifestado publicamente, em 2012, a intenção de ser candidato à liderança do PSD, na altura contra Pedro Passos Coelho, que acabou por não concretizar.

Remetendo para essa altura, considerou que se Passos Coelho se tivesse dedicado apenas aos problemas do país, “possivelmente o partido hoje não estaria no estado a que chegou”.

O ex-candidato a Alenquer nas últimas autárquicas (obteve 14,5% dos votos contra 42,4% do PS) refere ter “três décadas de militância”, apresenta-se com o lema “Portugal, mais e melhor” e manifesta a intenção de “percorrer o país apresentando o seu programa para o partido”.

Foi adjunto da presidente da Câmara de Castanheira de Pera, deputado municipal em Torres Vedras pelo PSD e diretor do Instituto de Artes do Espetáculo de Lisboa, entre 1995 e 2001.

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Reino Unido aumenta nível de alerta sobre terrorismo

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

O grau de risco passou de “substancial” para “grave”, o segundo numa escala de cinco.

O nível de alerta para o terrorismo no Reino Unido subiu na sequência do ataque bombista registado no domingo em Liverpool, indicando que outros ataques são altamente prováveis, anunciaram as autoridades britânicas.

O grau de risco passou assim de “substancial” para “grave”, o segundo numa escala de cinco, decidiu o Centro de Análise de Terrorismo Conjunto, organismo formado por elementos da polícia, serviços de informação e governo.

A decisão teve em conta outros dois incidentes terroristas no mês passado, “refletindo a natureza diversa, complexa e volátil da ameaça terrorista no Reino Unido”, indica um comunicado.

A ministra do Interior, Priti Patel, urgiu a população para se manter alerta, “mas não alarmada”, pedindo que passem informações sobre atividades suspeitas à polícia.

O nível de alerta tinha sido reduzido em fevereiro para “substancial”.

A polícia britânica confirmou esta segunda-feira ter classificado como um incidente terrorista a explosão no domingo de um táxi causada por um engenho explosivo improvisado e que matou uma pessoa, mas o motivo ainda não é claro.

O chefe da Polícia de Contraterrorismo no noroeste de Inglaterra, Russ Jackson, indicou que a explosão junto ao hospital Liverpool Women’s Hospital foi causada pela “deflagração de um engenho explosivo” que foi trazido para dentro do veículo por um passageiro.

O passageiro morreu na explosão e no incêndio que se seguiu e o taxista ficou ferido.

Jackson disse que “as investigações agora vão continuar a procurar perceber como foi o dispositivo construído, a motivação para o incidente e se alguém mais esteve envolvido”.

Três homens na casa dos 20 anos foram detidos na cidade sob a Lei do Terrorismo no domingo e um quarto suspeito foi detido na segunda-feira, adiantou o responsável.

A explosão aconteceu pouco antes das 11:00, quando se celebrou o Remembrance Sunday, dia dedicado à memória dos soldados mortos em serviço em conflitos, incluindo nas missões mais recentes no Iraque e Afeganistão.

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Ex-autarca condenado a pena suspensa por Alzheimer. Caso poderá servir de jurisprudência?

João Lourenço, ex-presidente de Santa Comba Dão, foi condenado a pena suspensa de sete anos por sofrer de doença de Alzheimer. Acordão pode vir a servir de jurisprudência para Salgado e outros casos.

No início deste mês, João Lourenço, ex-presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, foi condenado pelo Tribunal de Viseu a uma pena suspensa de sete anos de prisão. O motivo da pena ser suspensa e não efetiva, apresentado pelo juiz Júlio Gantes, foi o facto de o arguido sofrer da doença de Alzheimer. Ainda que ligeira. Diagnóstico que foi confirmado por uma perícia pedida pelo tribunal.

O magistrado lamentou a saúde mental de João Lourenço, referindo assim que a “lei não permite aplicar uma pena efetiva”, logo “não há perigosidade” e a pena fica suspensa. Neste caso em concreto, até o Ministério Público tinha pedido a pena suspensa por causa da mesma doença.

Recentemente, a defesa de Ricardo Salgado — no processo da Operação Marquês — pediu a suspensão do julgamento (e não a pena suspensa) pela mesma causa, a doença de Alzheimer. Um diagnóstico confirmado por um médico neurologista contactado pela defesa, depois do magistrado titular do processo ter recusado a realização de uma perícia. O juiz Francisco Henriques não aceitou o pedido de suspensão do julgamento, justificando que esta doença não é razão suficiente para que “as capacidades de defesa do arguido estejam limitadas de tal forma que o impeçam de se defender de forma plena. Não parece decorrer do teor do atestado médico que o arguido esteja mental ou fisicamente ausente”.

Num requerimento enviado em outubro ao tribunal, os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce apresentaram as conclusões do relatório médico e pediram ao tribunal que seja considerado no processo o estado “irreversível” da doença do ex-líder do BES. E pediram a suspensão ou arquivamento determinados pelo tribunal, mas sem sucesso. No limite, os advogados do ex-presidente do GES defendem então que “a execução de qualquer pena de prisão que viesse, eventualmente, a ser determinada (…) teria de ser imediatamente suspensa” perante o diagnóstico de doença de Alzheimer.

O ECO/Advocatus falou com um juiz — que preferiu não ser identificado — que assumiu que este acórdão veio, “no fundo, decidir o óbvio. Basta conhecer o que é a doença de Alzheimer para se perceber que cumprir uma pena efetiva de prisão com esse diagnóstico não é humanamente viável”. Mas acrescenta: “mas também sabemos como a opinião pública consegue pressionar os meus colegas magistrados”. Ainda assim, o juiz considera que o ideal seria que houvesse uma perícia médica pedida pelo tribunal, porque “vindo da defesa, há sempre uma desconfiança associada”.

Segundo o advogado Paulo Saragoça da Matta, “inexistindo obrigatoriedade de precedente na nossa ordem jurídica, pode apenas servir de “caso paralelo”, que leve o Tribunal a proceder de modo semelhante. Isto é, não há obrigatoriedade, mas há possibilidade desse mesmo critério ser usado, desde que o Tribunal não fuja à realização da perícia, como é típico dos tribunais criminais portugueses, sempre totalmente alheios aos reflexos psicológicos e psiquiátricos nas condutas dos agentes e também no estado dos mesmos após os factos e no momento de apreciação destes em julgamento”.

E acrescenta: “há em Portugal seguramente centenas de encarcerados criminalmente condenados que nunca o deveriam ter sido, antes devendo estar sujeitos a medidas de segurança ou mesmo ser declarados totalmente irresponsáveis, não fora o atavismo jurisprudencial luso aos contributos da psicologia e da psiquiatria”.

“A verificação de anomalia psíquica posterior sem perigosidade tem efeitos, nos termos da lei, apenas quanto à execução da pena de prisão a que o arguido eventualmente tenha sido condenado. Ou seja, a verificação de tal anomalia, como, por exemplo, a doença de Alzheimer, pode determinar que a pena de prisão efetiva seja suspensa na sua execução, desde que, do mesmo relatório pericial que diagnostica a doença resulte a ausência de perigosidade da pessoa avaliada“, referiu Sérgio Figueiredo, da Comissão Penal da JALP.

O advogado acrescentou que “ainda que seja uma situação distinta, sem idêntica consagração legal, não pode deixar de se questionar o efeito da mesma, durante o curso do processo e em momento prévio à decisão, no cabal exercício do direito de defesa do arguido. Tanto mais que os direitos de defesa que assistem aos arguidos, passam, em muitos casos, por um exercício da sua própria vontade, pensando-se, desde logo, na possibilidade de prestar declarações ou remeter-se ao silêncio. Decisão que, ainda que coadjuvada pelo defensor, será sempre uma manifestação pessoal e, como tal, só fará sentido, quando o próprio está na posse de todas as suas faculdades psíquicas”.

Dantas Rodrigues, advogado, considera que “a questão em apreço não é se esta decisão do Tribunal de Viseu pode ou não servir de “jurisprudência para o caso do Ricardo Salgado, uma vez que, apesar do mediatismo desta decisão, é importante lembrar que cada caso é um caso e terá o juiz autonomia e independência na sua decisão”. Mas, diz o advogado que “o que nos vem trazer esta decisão do Tribunal de Viseu é, desde logo, um alerta – existem mecanismos legais para situações de anomalia psíquica e competirá ao juiz do processo, no caso concreto, decidir se devem ou não ser aplicados”.

Ou seja: tratando-se de anomalia psíquica, posterior à prática do crime, diagnóstico que terá que ser confirmado por perícia judicial, é aplicável ao condenado o regime dos artigos 105º e 106º, do Código Penal. “O que o tribunal, deve sempre fazer é apurar a veracidade da doença e o caminho é a perícia judicial. Não deve o juiz baseado em auto conhecimento decidir , se um arguido tem ou não sinais de Alzheimer”.

Tendo o arguido, condenado a pena de prisão, a doença de Alzheimer , nos termos do artigo 105º do Código Penal, “o tribunal ordena o internamento em estabelecimento destinado a inimputáveis pelo tempo correspondente à duração da pena, isto é, em vez do condenado cumprir a pena aplicada na prisão, a pena será cumprida em estabelecimento de psiquiatria e saúde mental. Contudo, nos termos do artigo 106º do citado diploma legal, não sendo o condenado criminalmente perigoso, a execução da pena de prisão a que tiver sido condenado suspende-se até cessar o estado (anomalia psíquica) que fundamentou a suspensão, no entanto, entende-se que poderá o Tribunal suspender o internamento em estabelecimento destinado a inimputáveis pelo tempo correspondente ao da duração da pena quando a anomalia é irreversível”, concluiu.

Quais foram os argumentos do juiz para aplicar pena suspensa ao ex-autarca e que pode servir de jurisprudência para o futuro?

  • Para o juiz, o arguido João Lourenço padece de “Perturbação Neurocognitiva Major, provável Doença de Alzheimer de início precoce inscrita na rúbrica F00.0 da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial de Saúde, tendo vindo a manifestar de forma evidente aquele quadro clínico, segundo entrevista complementar, desde 2017, mas o diagnóstico clínico, apenas foi possível a partir do acompanhamento em consulta de neurologia em dezembro de 2019″, segundo o acordão a que o ECO teve acesso.
  • Estas perturbações neorocognitivas major, “caracterizam-se por evidência de declínio cognitivo significativo em relação a um nível prévio de desempenho num ou mais domínios cognitivos, no caso do arguido ao nível da atenção complexa, funções executivas, memória, linguagem, capacidade percitivomotora ou cognição social, com agravamento progressivo e que interferem na realização independentemente das atividades da vida diária (parcial nas atividades básicas e total nas atividades instrumentais e avançadas da vida diária), sendo que a capacidade do arguido de avaliação de uma eventual condenação neste processo, encontra-se comprometida face aos défices cognitivos que apresenta (pois seria condenado por algo que não tem o alcance pleno de entender, podendo reagir de forma concreta, pelo que seria entendido como injustiça, com sentimento de revolta compreensíveis no pensamento concreto do arguido, ou indiferente face ao compromisso de cognição social)”.
  • Não resultando do relatório do IML que a doença de que padece o arguido o torna perigoso, o juiz aplicou o disposto no artigo 106º, do Código Penal (anomalia psíquica posterior sem perigosidade): “Se a anomalia psíquica sobrevinda ao agente depois da prática do crime não o tornar criminalmente perigoso, em termos que, se o agente fosse inimputável, determinariam o seu internamento efetivo, a execução da pena de prisão a que tiver sido condenado suspende-se até cessar o estado que fundamentou a suspensão”.
  • Segundo este artigo, a duração da suspensão da pena é “descontada no tempo da pena que estiver por cumprir” e o tempo de duração da pena em que o agente foi condenado “não pode em caso algum ser ultrapassado”.
  • Assim, e de acordo com esta norma, o juiz decidiu que a pena de 7 anos de prisão em que o arguido vai ser condenado, vai ser suspensa até cessar o estado que fundamentou a suspensão, não podendo exceder 7 anos, sujeita a regras de conduta, necessárias à prevenção da perigosidade, bem como o dever de se submeter a tratamentos e regimes de cura ambulatórios apropriados e de se prestar a exames e observações nos lugares que lhe forem indicados, ficando ainda colocado sob vigilância tutelar dos serviços de reinserção social.

João Lourenço foi condenado pelos crimes de prevaricação de titular de cargo público e fraude na obtenção de subsídios. Em causa, está a abertura de concursos públicos para obras que já estavam feitas e que, posteriormente, seriam objeto de candidaturas a fundos comunitários. O dinheiro recebido de Bruxelas serviu para o município pagar outros trabalhos no concelho.

Além do ex-autarca João Lourenço, o Tribunal condenou ainda a penas de prisão entre três e cinco anos, mas também suspensas na sua execução, os restantes oito arguidos do chamado processo das estradas.

Entre os condenados está António Lemos, dono da construtora Embeiral. A empresa foi condenada a pegar 157.500 euros ao Estado.

Os nove arguidos ficam ainda obrigados a pagar as custas judiciais e proibidos de aceder a subsídios e subvenções do Estado durante cinco anos.

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Costa convoca para sexta-feira nova reunião sobre situação da pandemia

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

A reunião está prevista para as 15h00, tendo a participação de Marcelo Rebelo de Sousa, Ferro Rodrigues, e de representantes dos partidos com representação parlamentar.

O primeiro-ministro, António Costa, convocou para sexta-feira uma reunião sobre a evolução da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, juntando especialistas e políticos no Infarmed, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte do executivo.

De acordo com a mesma fonte, a reunião está prevista para as 15h00, tendo a participação pela parte política do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e de representantes dos partidos com representação parlamentar.

A última reunião no Infarmed, em Lisboa, realizou-se no passado dia 16 de setembro, numa conjuntura em que Portugal registava progressos acentuados na evolução da taxa de vacinação, uma redução da incidência e do índice de transmissão (Rt) da covid-19.

A reunião desta sexta-feira realiza-se numa altura em que está em marcha o processo de vacinação dos maiores de 65 anos e de profissionais de saúde com uma terceira dose da vacina contra a covid-19.

Ao contrário da tendência de setembro, esta reunião vai acontecer numa altura em que Portugal regista um crescimento tanto da incidência da doença, como do indicador de transmissão.

No domingo, dia em que normalmente são contabilizados menos casos, de acordo com os dados oficiais, foram registados 1.483 novos casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, 15 mortes associadas à covid-19 e um aumento dos doentes internados.

Em vários países europeus, sobretudo naqueles que possuem baixas taxas de vacinação, está a verificar-se uma subida preocupante no que respeita a novos casos, a internamentos e mortes associadas à covid-19.

Em relação à situação de Portugal, Baltazar Nunes, perito do Instituto Ricardo Jorge, advertiu já que a “perda de efetividade das vacinas” pode coincidir com o “momento de maior transmissibilidade associado às festividades de Natal e Ano Novo”.

Em Penafiel, na sexta-feira passada, a ministra das Saúde, Marta Temido, apelou à toma da terceira dose da vacina para os maiores de 65 anos e admitiu que “todos os cenários” estão em aberto face a uma eventual quinta vaga da pandemia de covid-19.

“Os cenários têm de estar todos em aberto. Não o desejamos. Desejamos que não tenhamos de ter essa conversa [novos confinamentos], desejamos que numa próxima reunião de peritos possamos ter informação que evidencie que estamos a conseguir controlar a situação”, afirmou.

Sobre a nova fase da vacinação, Marta Temido admitiu que haverá “momentos de constrangimento no acesso”, sublinhando que o país vai ter “casa aberta novamente e autoatendimentos locais”.

Para a semana vamos ter muita pressão, como já tivemos no passado. É natural que se formem algumas filas, procuraremos melhorar as condições de espera para as pessoas e provavelmente não vai correr tudo bem”, reforçou.

Questionada se o país está preparado para responder à quinta vaga, respondeu: “Estamos a assistir à situação da Europa, onde países muito robustos estão debaixo de uma quinta vaga muito evidente. É o caso da Alemanha. Nós temos de fazer a nossa parte, estamos preparados para responder o melhor possível”.

“Está tudo nas nossas mãos, se não formos surpreendidos por mais uma variante. Se fizermos tudo ao nosso alcance, estaremos seguramente mais protegidos”, acrescentou.

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Rebeca Venâncio regressa à Microsoft Portugal para liderar comunicação

A profissional vai assumir a comunicação da tecnológica em Portugal, ficando responsável pela gestão da comunicação, tanto a nível interno como externo.

A Microsoft Portugal anunciou a contratação de Rebeca Venâncio como head of PR & communications, cargo que assinala o seu regresso à subsidiária portuguesa, onde já esteve entre 2016 e 2019, como communications & events manager.

“É com grande entusiasmo que regresso à Microsoft Portugal, onde consolidei a minha experiência na área da comunicação empresarial, depois de vários anos a contar histórias através do jornalismo. Regresso num contexto altamente desafiante, marcado por uma aceleração tecnológica sem precedentes, com a realidade que nos foi imposta nos últimos dois anos a ditar uma nova agenda dentro das organizações”, diz Rebeca Venâncio, citada em comunicado.

Depois de dois anos na Revolut Portugal como head of PR & communications, Rebeca Venâncio irá agora liderar a comunicação da Microsoft Portugal, ficando responsável pela gestão da comunicação, tanto a nível interno como externo, e respetivo plano de desenvolvimento, implementação e estratégia para o mercado nacional.

Licenciada em ciências da comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, Rebeca Venâncio passou também pela SIC, Diário Económico, CMTV, TVI, Notícias Magazine e Sábado, onde funções de jornalista.

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Produtores de leite consideram apoio de 5 milhões “claramente insuficiente”

  • Lusa
  • 15 Novembro 2021

"Estas ajudas agora anunciadas serão um presente envenenado, se não houver uma subida do preço do leite de cinco cêntimos, a curto prazo", alerta a Aprolep.

A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) considerou esta segunda-feira que o apoio a investimentos no setor leiteiro de cinco milhões de euros, anunciado pelo Governo, é “claramente insuficiente” e avisou que será “muito arriscado” recorrer ao crédito.

“A direção da Aprolep tomou hoje conhecimento, através da comunicação social, do anúncio de ‘300 milhões’ para apoiar investimentos na agricultura, onde se incluem cinco milhões (1,66%) especificamente para o setor leiteiro. Esse valor é claramente insuficiente para as necessidades do setor”, considerou a associação, em comunicado enviado às redações.

Em causa está o anúncio da aprovação de um conjunto de avisos no valor de 300 milhões de euros que serão lançados até ao fim do primeiro trimestre de 2022 com o objetivo de apoiar o setor agrícola.

“O principal objetivo é dotar os nossos agricultores da previsibilidade para, até final do ano e durante o primeiro trimestre, saberem qual é a dotação que vão ter disponível para os investimentos necessários para alavancar a nossa economia”, disse à Lusa a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Após a emissão destes avisos, os agricultores poderão apresentar as suas candidaturas a estas dotações a fundo perdido.

A Aprolep avisou também que “os produtores de leite não têm poupanças para pagar a parte do investimento que lhes compete” e considerou “muito arriscado recorrer ao crédito, uma vez que o preço do leite ao produtor não acompanhou o aumento dos custos de produção”.

Estas ajudas agora anunciadas serão um presente envenenado, se não houver uma subida do preço do leite de cinco cêntimos, a curto prazo, e sobre isso não ouvimos uma palavra nem observamos qualquer ação por parte da ministra da Agricultura, para além da criação de uma subcomissão sobre os laticínios no âmbito da PARCA [Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar], na qual, estranhamente, a nossa associação não foi convidada a participar”, acrescentou a associação.

Segundo a Aprolep, os produtores de leite precisam de fazer “avultados investimentos para tornar as empresas agrícolas mais eficientes”, através, por exemplo, do aumento da produção de forragens e, assim, reduzindo a utilização de rações e contribuindo para a redução da emissão de gases com efeito de estufa.

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