CaixaBank com lucros de 4.801 milhões de euros ajudado pela integração do Bankia

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

O grupo espanhol, dono do português BPI, revelou que, excluindo estas variações extraordinárias, o lucro ajustado seria de 2.022 milhões, quase três vezes mais do que no ano anterior.

O CaixaBank teve um lucro de 4.801 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, quase sete vezes mais do que no mesmo período em 2020, devido aos impactos extraordinários associados à fusão com o Bankia.

Na informação que transmitiu esta sexta-feira ao mercado, o grupo espanhol, dono do português BPI, revelou que, excluindo estas variações extraordinárias, o lucro ajustado seria de 2.022 milhões, quase três vezes mais do que no ano anterior, que foi muito influenciado pelas elevadas provisões feitas para lutar contra a pandemia de Covid-19.

Estes impactos não recorrentes, que aumentaram o lucro do banco em 2.779 milhões de euros, incluem uma contribuição contabilística de 4.300 milhões de euros do fundo negativo de comércio e o custo líquido de 1.521 milhões de euros do processo de reestruturação do emprego e outras despesas associadas à integração do Bankia.

O CaixaBank concluiu em finais de março as formalidades legais para a sua fusão com o Bankia, após registar a escritura de integração no Registo Mercantil em Espanha, uma operação que representou a criação da entidade líder do setor financeiro no país, com cerca de 20 milhões de clientes e mais de 623 mil milhões de euros em ativos.

O grupo CaixaBank informa que consolidou o seu volume de negócios em mais de 963.000 milhões de euros e os depósitos dos clientes ascendem a 607.331 milhões de euros, mais 46,2% após a incorporação do Bankia (+7,5% de mudança orgânica excluindo a integração).

O presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, congratula-se, numa declaração feita, pelo balanço “muito positivo” que a entidade bancária obteve nos primeiros nove meses do ano.

O responsável bancário atribui a boa evolução à forma como está a ser feita a integração do Bankia, de forma “rápida e em linha com o previsto” e pelo “bom comportamento” da atividade comercial num contexto ainda difícil.

Gonzalo Gortázar fez ainda uma referência ao “bom comportamento do BPI, que mantém uma trajetória de crescimento e de melhoria das quotas de mercado assim como uma sólida contribuição para os resultados do grupo”.

O CaixaBank, com um rácio de capital CET1 de base de 13% no final de setembro, tinha o saldo dos empréstimos de qualidade duvidosa e o rácio de crédito malparados no trimestre de 3,6%, o mesmo nível que tinha em junho, mas três décimas de ponto mais elevado do que em dezembro de 2020, devido à integração do Bankia.

Os créditos malparados atingiram 13,955 milhões de euros, menos 50 milhões de euros do que no final do trimestre anterior, com um rácio de cobertura de 64%.

No que diz respeito às moratórias totais sobre hipotecas e empréstimos concedidos pelo grupo aos seus clientes durante a pandemia, apenas 5.034 milhões de euros permaneceram pendentes em 30 de setembro e praticamente todos eles vencem antes do final do ano.

“As moratórias mantêm um bom comportamento de pagamento e os saldos em atraso representam apenas 0,5% da carteira de crédito”, assegurou o CaixaBank.

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Costa prepara forte mexida nas listas para deputados

  • ECO
  • 29 Outubro 2021

Os ex-ministros Jorge Lacão e Capoulas Santos são duas das saídas em vista, depois de terem pedido para deixar o Parlamento. Para o Porto preparam-se mudanças significativas.

Na altura do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o primeiro-ministro foi dizendo que esperava “uma maioria reforçada e duradoura” nas eleições antecipadas que estão para vir. Para alcançar esse objetivo, António Costa está a preparar mudanças na lista de deputados, sobretudo no Porto, onde as alterações são significativas, diz o Jornal de Notícias (acesso pago), citando uma fonte do PS.

Por enquanto, conhecem-se já duas saídas. Os ex-ministros Jorge Lacão e Capoulas Santos terão aproveitado a reunião da bancada socialista, que decorreu esta quinta-feira, para anunciarem a sua saída do Parlamento. Mas o primeiro-ministro está a preparar mais mudanças, sobretudo no Porto, onde se esperam alterações significativas, refere o JN.

Estas mudanças são feitas numa tentativa de alcançar maioria absoluta, evitando, assim, um Governo sem maioria, como aconteceu quando António Costa subiu ao poder, através de um acordo à esquerda — geringonça. Entretanto, após o chumbo do OE, os socialistas esperam que sejam convocados os órgãos nacionais para as eleições legislativas.

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Hoje nas notícias: Deputados, Efacec e Groundforce

  • ECO
  • 29 Outubro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Com o cenário de eleições antecipadas cada vez mais perto, António Costa vai mexer na lista de deputados para enfrentar o desafio que está por vir. Ainda no âmbito do OE2022, o PCP afirma que, independentemente de tudo o que foi alcançado com o PS até aqui, os comunistas “nunca tiveram ilusões relativamente ao Governo PS”. Da Efacec à Groundforce, passando pelas greves, saiba quais as notícias que estão a marcar o dia.

Costa prepara forte mexida nas listas para deputados

Quando o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi chumbado, o primeiro-ministro foi dizendo que esperava “uma maioria reforçada e duradoura” nas eleições que serão convocadas antecipadamente. E, para isso, António Costa está a preparar grandes mexidas na lista de deputados. Por enquanto, sabe-se que os ex-ministros Jorge Lacão e Capoulas Santos terão pedido para deixar o Parlamento. Mas para o Porto já se fala de mudanças significativas. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

“No PCP nunca tivemos ilusões relativamente ao Governo PS”

Vasco Cardoso é membro da comissão política e do comité central do PCP e participou nas negociações entre os comunistas e o Governo no âmbito do OE2022. “Nunca tivemos ilusões relativamente ao Governo”, diz, referindo saber “que em matérias fundamentais” há uma distância entre PCP e PS. Ainda assim, o comunista nota que isso “não impediu” o PCP “de procurar momentos e pontos de convergência”, de forma a “recuperar direitos e rendimentos” aos portugueses. “E isso foi possível”, mas nota: o PS “foi forçado a isso pela nossa luta”. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Crise política deixa greves em suspenso

Face ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 e a incerteza quanto ao futuro político do país — de momento, nas mãos do Presidente da República –, as greves que estavam marcadas para o mês de novembro ficaram em suspenso. Os sindicatos dos médicos, dos professores e a Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) remetem para a próxima semana uma decisão, enquanto a CGTP deverá manter a greve da Função Pública para 12 de novembro, bem como a manifestação nacional de dia 20 do mesmo mês. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

“O nosso investimento será fortíssimo na capitalização da Efacec”, diz presidente da DST

O presidente do grupo DST — um dos dois candidatos na corrida à reprivatização da Efacec — assume que vai fazer um “grande investimento para ficar com a Efacec”, recusando comprar apenas uma parte da empresa. Além disso, José Teixeira pretende ficar com os 2.200 funcionários da Efacec e contratar ainda mais. “Gosto de trabalhar com trabalhadores”, afirma, acrescentando que já se reuniu com as três comissões de trabalhadores. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Aviapartners com solução de compra para a Groundforce

As equipas da multinacional de handling e do Bison Bank têm em cima da mesa uma solução para a entrada da Aviapartners no capital da Groundforce, através de uma opção de compra das ações de Alfredo Casimiro, que o Montepio está livre de executar por incumprimento do serviço da dívida. Os belgas não estarão dispostos a dar muito pelas ações — cerca de dois milhões de euros –, estando ainda preparados para condicionar o pagamento ao cumprimento de vários pressupostos. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Qual o contributo de Portugal para a COP26? Governo, BCSD Portugal e Ikea respondem

  • Capital Verde
  • 29 Outubro 2021

"O meu desejo para esta COP26 é que comecemos explicar que ser suficiente não é ter menos qualidade de vida. Se não o fizermos, não iremos lá chegar", disse a secretária de Estado do Ambiente.

Qual o contributo de Portugal para a COP26? Perante esta pergunta, a marca sueca Ikea decidiu sentar à mesma mesa Inês Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, João Wengorovius Meneses, secretário-Geral da BCSD, e Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da IKEA Portugal, para tentarem encontrar uma resposta.

Numa antecipação da COP26, Inês dos Santos Silva, secretária de Estado do Ambiente, começou logo por dizer que Portugal tem estado a trabalhar na redução do peso dos combustíveis fósseis na produção de energia, bem como na retirada dos subsídios a esses combustíveis.

No entanto, a secretária de Estado referiu, ainda, outro ponto que deveria estar a ser melhor trabalhado: “Para nós cumprirmos os objetivos do acordo de Paris, nós temos de ter consciência de que precisamos de reduzir o consumo de matérias-primas e de energia. Não haverá cumprimento dos objetivos do acordo de Paris pondo a nossa fé unicamente em tecnologias ou na eficiência”.

“Quanto mais eficientes nós somos, criamos as condições para se produzir mais e mais, portanto, nós temos que estar conscientes destes efeitos indiretos associados à progressão de eficiência e da tecnologia. Por isso é que eu digo que não basta mudar o hardware, nós temos que mudar o software. E o software diz respeito a instrumentos políticos que permitem mudar o seu ADN e perceber que investir em modelos de negócio e de produção e consumo que sejam muito mais eficazes na utilização dos recursos é garantia de competitividade no longo prazo”, acrescentou.

João Wengorovius Meneses, secretário-geral da Business Council for Sustainable Development (BCSD) Portugal, um dos parceiros presentes no evento, concordou com a secretária de Estado, mas afirmou: “Mudar mentalidades leva tempos geológicos e nós não temos tempos geológicos”.

Ainda neste âmbito, e para melhor elucidar o público sobre a dificuldade de superar o problema das alterações climáticas, o responsável do BCSD deu o exemplo da pandemia, mais precisamente do período de confinamento, durante o qual foi possível reduzir as emissões a nível global em 5.8%. O problema é que até 2030 temos de reduzir 50%, disse.

E reforçou: para se conseguir atingir os objetivos do acordo de Paris, o mundo teria de conseguir uma redução de 7% ao ano, todos os anos, até 2030, a começar já a partir deste ano.

“Como é que nós, pergunto eu, sem confinarmos as nossas vidas e a economia, vamos conseguir reduzir mais as emissões do que reduzimos em 2020, quando estávamos confinados? A magnitude do desafio é enorme e a urgência não podia ser maior também”, alertou João Wengorovius Meneses.

Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da Ikea Portugal, também esteve presente na conversa, e afirmou que, apesar de a Ikea ter vindo a tomar medidas para conseguir cumprir o acordo de Paris e poupar o planeta, a verdade é que “apenas 4% a 5% dos retalhistas mundiais têm metas para cumprir esses objetivos”. Este ainda é um número baixo, tendo em conta a urgência do tema, mas a responsável da Ikea ainda advertiu para outra tendência, que tem de ser contrariada e que está relacionada com a inflação de preços em produtos/serviços sustentáveis.

“Há muitas pessoas em Portugal que não podem pagar mais pela sustentabilidade. E a verdade é que hábitos mais sustentáveis trazem poupança, não só ao planeta, mas ao orçamento, por isso eu acho que temos aqui um papel em oferecer produtos que são feitos de materiais mais sustentáveis ou que permitem poupar água em casa, por exemplo, mas esses produtos não serem mais caros. Esses produtos têm de ser acessíveis para que as pessoas possam comprá-los e dar o seu primeiro passo”, afirmou.

Ainda neste âmbito, o secretário-geral da BCSD, voltou a reforçar que é necessário acelerar este processo, já que, de acordo com o mesmo, enquanto o planeta estiver em falência, vão continuar a acontecer mais desastres e o ser humano sairá cada vez mais lesado desta situação.

“Se não respondermos às crises de perda de biodiversidade e das alterações climáticas, que são sistémicas e estruturais, vamos ter cada vez mais pandemias e cada vez mais crises socio-económicas, não tenhamos dúvidas disso”, rematou.

Inês Santos Costa concordou com o responsável da BCSD e, ainda, acrescentou que as crises são como desculpas, “devem evitar-se”: “As crises que estamos a passar agora podem e devem ser evitadas. E o evitar, muitas vezes, implica tomar decisões que, num primeiro momento, podem ser complicadas de aceitar, mas que têm um objetivo de longo prazo”.

Neste ponto, a secretária de Estado referiu a dificuldade que é fazer as empresas entenderem a necessidade de mudar o seu sistema de produção e consumo, sem a interpretarem como um ataque à sua competitividade.

“Precisamos de reduzir o consumo de matérias-primas e resíduos. E não esperar apenas pelos resultados das tecnologias. As empresas, têm de mudar o seu ADN, e perceber que têm de investir em modelos de negócio que sejam mais eficazes na utilização do seu recurso. Quando começarmos a discutir abertamente e a explicar que quando falamos em suficiência, não falamos de ter menos qualidade de vida, eu acho que aí sim, estamos a começar a falar a sério sobre ser neutros em carbono e, eventualmente, sermos carbono negativos. Por isso, o meu desejo para esta COP26 é que comecemos a ter esta discussão porque, enquanto não a tivermos, eu receio que não iremos lá chegar, pelo menos com a rapidez e com o impulso que é necessário”, concluiu.

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Estes são os portugueses que sobem ao palco da Web Summit

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Outubro 2021

Quase uma centena de portugueses subirá ao palco do maior evento de tecnologia e empreendedorismo da Europa. Vice-almirante Gouveia e Melo, Daniela Braga e Filomena Cautela são alguns exemplos.

Depois de um ano em que a pandemia forçou a Web Summit a realizar-se por videoconferência, o maior evento de tecnologia e empreendedorismo da Europa regressa ao formato presencial na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e na Altice Arena, em Lisboa, entre os dias 1 e 4 de novembro.

Apesar da realização presencial, as sessões da conferência continuarão a ser transmitidas online, tal como já acontecia antes da pandemia de Covid-19. Nelas, participarão milhares de oradores, entre os quais perto de uma centena de portugueses, com forte presença de governantes e criadores de startups.

A participação portuguesa tem início logo no primeiro dia. O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e o presidente da câmara municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sobem ao palco principal para a abertura do evento, juntamente com o seu criador, Paddy Cosgrave, e nomes como Frances Haugen, a recente whistleblower (denunciante) de más práticas do Facebook, ou a co-fundadora do movimento “Black Lives Matter”, Ayo Tometi. O primeiro-ministro, António Costa, cuja presença era “habitual” na Web Summit, não participará nesta edição.

No entanto, a participação de Pedro Siza Vieira e de Carlos Moedas na Web Summit não fica por aqui. Na terça-feira, 2 de novembro, Carlos Moedas participará num Q&A (“Perguntas e Respostas”, na tradução em português) pelas 10 horas, no pavilhão 2 da FIL, e dará uma conferência de imprensa às 11h30 do mesmo dia. Pedro Siza Vieira também falará aos jornalistas presentes no evento no mesmo dia, mas pelas 12 horas, a par com o vice-presidente do Banco Europeu do Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix (que também falará no Venture, um evento paralelo dedicado aos investidores, juntamente com a correspondente da agência Reuters em Portugal Catarina Demony).

O ministro da Economia voltará ao palco principal do evento pelas 11 horas de dia 3 de novembro para a realização da primeira assembleia geral da European Startup Nations Alliance (ESNA), que tem sede em Lisboa. Na tarde desse dia, às 15 horas, falará ao público sobre a reconstrução da economia após a pandemia de Covid-19 no palco “Future Societies”, na FIL.

Mas há mais políticos portugueses a marcar presença na Web Summit deste ano. O secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo, fará um pitch pelo meio dia de 2 de novembro e estará na CIS (Corporate Innovation Summit) no mesmo dia. A secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, falará sobre a divisão digital como a nova face da desigualdade social no Future Societies, no dia 3 de novembro. No palco dedicado à tecnologia de saúde, HealthConf, estará a ministra da Saúde, Marta Temido, e o CEO da CUF, Rui Diniz, para uma sessão intitulada “Bem-vindos ao país mais vacinado do mundo”.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, são os últimos governantes nacionais a participarem no evento, subindo ao palco já no final do evento. Ana Mendes Godinho falará, por videoconferência, sobre o impacto social do teletrabalho. Também por videoconferência, Rita Marques falará sobre “escritórios sem fronteiras” e como atrair talento remoto. Por fim, Manuel Heitor subirá ao palco Deeptech para o painel “Acelerar as novas tecnologias”.

O encerramento da Web Summit ficará a cargo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que subirá ao palco principal pelas 16h35 de 4 de novembro. No mesmo dia, destaca-se ainda a presença de Sofia Alves, representante da Comissão Europeia em Portugal, na masterclass 5, “Oportunidades de financiamento para as Pequenas e Médias Empresas no âmbito da política de coesão da União Europeia”.

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, que ficou conhecido por coordenar a task force da vacinação contra a Covid-19 em Portugal, responderá às questões colocadas num Q&A no dia 2 de novembro, pelas 15 horas. Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e Fernando Martinho, fundador e CEO da Unicorn, falarão no PandaConf, no dia 3 de novembro, sobre o uso dos Non-Fungible Tockens (NFT) na prática da filantropia.

Presença forte (e assídua) no evento será também Daniela Braga. A CEO e cofundadora da DefinedCrowd (startup na área do Reconhecimento de voz, texto e imagem), considerada uma das “100 empresas mais promissoras na área de inteligência artificial do mundo”, estará presente nos três últimos dias. No dia 2, fará um pitch; na quarta-feira, sobe ao palco da Altice Arena para uma sessão sozinha e para um pitch, estando também previsto que dê uma conferência de imprensa; e, no dia 4 de novembro, subirá ao palco do binate.io para falar sobre a legislação existente para a inteligência artificial e falará por videoconferência sobre o ABC da área, juntamente com o cofundador e CEO da Unbabel, Vasco Pedro (que, no mesmo dia, estará na Growth Summit, dedicada a unicórnios).

Web Summit 2019, dia 1 - 04NOV19
Daniela Braga na edição de 2019 da Web SummitHugo Amaral/ECO

 

Ao palco dedicado ao mundo do desporto, Sports Trade, subirão vários dirigentes, atletas e empreendedores nacionais. Logo na manhã de 2 de novembro, os dois atletas paralímpicos portugueses medalhados em Tóquio 2020, Miguel Monteiro e Norberto Mourão, estarão à conversa com a jornalista Alexandra Oliveira, da agência Lusa, para falar sobre o que é preciso para ser um paralímpico. Seguem-se o treinador (atualmente sem clube) Paulo Fonseca e o fundador e CEO da agência Empower Sports, Pedro Pinto, que falarão sobre a fábrica de talentos portuguesa dentro e fora de campo. De tarde, será a vez do treinador André Villas-Boas e de três dos quatro atletas olímpicos medalhados nos Jogos de Tóquio 2020: Patrícia Mamona, prata no triplo salto, Fernando Pimenta, bronze em K1 1.000 metros, e Jorge Fonseca, bronze na categoria de –100kg no judo. Ainda no mesmo dia, sobe ao palco o ex-jogador de futebol e atual diretor para as Relações Internacionais do SL Benfica, Simão Sabrosa.

A área do entretenimento e da representação estará representada por nomes como as apresentadoras Catarina Furtado, Filomena Cautela e Cristina Ferreira, o radialista Rodrigo Gomes, da RFM, e a atriz Daniela Melchior. As duas apresentadoras da RTP sobem ao palco principal no dia 3 de novembro, enquanto a atual diretora de entretenimento da TVI, Rodrigo Gomes e Daniela Melchior sobem ao palco contentmakers no último dia do evento. Álvaro Covões, diretor da Everything is New, criadora do festival de música NOS Alive, e dirigente da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos, falará no Music Notes também a 4 de novembro.

Entre outros empreendedores nacionais que estarão presentes na Web Summit, destacam-se também Norberto Guimarães, antigo gestor de Produto na Google e co-fundador e CEO da Talka.ai, que sobe ao palco principal no dia 2 de novembro, juntamente com o fundador e CEO da Replai, João Costa. A 3 de novembro, Luís Menezes, da Unilabs, sobe ao palco da HealthConf para falar sobre a segurança dos dados na saúde, e no dia 4 de novembro, a diretora no MIT Portugal, Zita Martins, sobe ao palco planet:tech, enquanto a diretora executiva da Fundação World Wide Web, Sonia Jorge, falará por videoconferência sobre o teletrabalho. Ainda no último dia da conferência, o CEO da Startup Portugal, António Dias Martins, vai marcar presença na Startup University.

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão publicados vários dados económicos importantes, nomeadamente sobre a evolução do PIB em Portugal e na UE. O Presidente da República vai receber os parceiros sociais, depois do chumbo do OE.

Esta semana, marcada em força pelo Orçamento do Estado, que acabou por ser chumbado, vai terminar com a divulgação de vários dados estatísticos importantes, nomeadamente sobre a evolução da inflação e do PIB em Portugal e na União Europeia. Para além disso, o Presidente da República vai receber os parceiros sociais, num encontro que já estava marcado antes mas que irá agora tocar na situação vivida atualmente com o chumbo do OE. No plano internacional, os presidentes dos EUA e França vão reunir-se presencialmente, depois de se ter levantado uma polémica devido a um negócio de venda de submarinos.

Marcelo recebe parceiros sociais

O Presidente da República vai receber os parceiros sociais, tanto patronais como sindicais. A audiência foi inicialmente marcada depois de os patrões terem abandonado a concertação social, depois de o Governo ter avançado com medidas de revisão das leis laborais sem consulta prévia, mas com o chumbo do Orçamento do Estado, servirá também para ouvir as preocupações dos parceiros.

Como evoluiu a inflação e o PIB em Portugal? E na Zona Euro?

O INE e o Eurostat vão divulgar a estimativa rápida da inflação em Portugal e na Zona Euro, referente ao mês de outubro. Para além disso, os gabinetes de estatísticas nacional e europeu vão também dar conta dos dados preliminares relativos ao produto interno bruto (PIB) durante o terceiro trimestre deste ano.

INE publica dados do turismo

O INE vai ainda lançar outras estatísticas esta sexta-feira, nomeadamente referentes à atividade turística durante setembro, no dia em que o Banco de Portugal publica o indicador preliminar das viagens e turismo da balança de pagamentos para o mesmo mês. Serão ainda conhecidos dados sobre os Índices de Produção Industrial, bem como o Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho no nono mês do ano.

Eurostat divulga estatísticas sobre impostos

O gabinete de estatísticas europeu tem uma agenda preenchida esta sexta-feira, contando também divulgar dados sobre a tributação ao longo do ano de 2020. Para além disso, vai também publicar as contas anuais não financeiras das famílias e empresas não financeiras, também referentes ao ano passado.

Biden e Macron encontram-se depois de polémica

Os Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron vão reunir-se, numa altura de tensão entre os dois países depois da polémica em torno do acordo com a Austrália e com o Reino Unido, que prejudicou um negócio da venda de submarinos franceses aos australianos. O encontro é o primeiro a realizar-se presencialmente entre os dois chefes de Estado desde o início desta crise diplomática.

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Marcelo recebe patrões e sindicatos após chumbo do OE

Marcelo Rebelo de Sousa recebe os parceiros sociais, numa altura em que os patrões suspenderam a sua participação na Concertação Social e em que o OE2022 foi chumbado.

Uma semana depois de os patrões terem anunciado a suspensão da sua participação na Concertação Social e dois dias após o chumbo inédito do Orçamento do Estado para 2022, o Presidente da República recebe os parceiros sociais. E enquanto as confederações empresariais atiram para depois desse encontro as suas reações ao resultado das votações do OE, a CGTP já adianta que entende que “não é necessário haver eleições” e a UGT instou os grupos parlamentares a “desenvolverem todos os esforços” para que algumas das medidas anunciadas — como o aumento do salário mínimo — tenha mesmo “efetividade prática“.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 apresentada pelo Governo na Assembleia da República foi a votos esta quarta-feira e, num resultado inédito na democracia portuguesa, foi chumbada, com os votos desfavoráveis das bancadas do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV, bem como de toda a direita.

Esta sexta-feira, dois dias depois dessa votação, o Presidente da República recebe os parceiros sociais. Da parte do patronato, só a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) reagiu até ao momento ao chumbo do OE2022, dizendo que esse resultado reflete a saturação do modelo de governação atual. Eduardo Oliveira e Sousa assinalou que a proposta do Governo era, de resto, “muito desequilibrada”, porque foi “construída numa tentativa de satisfazer os parceiros do Governo” que lhe davam suporte na Assembleia da República.

Contactadas pelo ECO, tanto a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), como a Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) remeteram as suas reações ao chumbo orçamental para depois do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitando também fazer comentários prévios sobre essa reunião.

Há uma semana, as quatro confederações patronais com assento da Comissão Permanente da Concertação Social (CIP, CCP, CTP e CAP) anunciaram a suspensão da sua participação nesse órgão, em protesto contra a aprovação de medidas laborais da parte do Governo, sem que tivesse havido negociação em torno delas com os parceiros sociais. Os patrões pediram, na mesma ocasião, uma audiência ao Chefe de Estado, encontro após o qual prometerem reavaliar a sua posição na Concertação Social. Esse deverá ser, por isso, um dos temas que levarão para a reunião desta sexta-feira, em Belém.

Outro das matérias que os parceiros sociais (tanto patrões, como sindicatos) deverão abordar é o futuro do Governo. Perante o chumbo do OE2022, Marcelo Rebelo de Sousa já sinalizou que irá dissolver a Assembleia da República e antecipar as eleições legislativas, mas há já quem discorde dessa posição.

É o caso da CGTP. “O Presidente da República anunciou a sua intenção. O que iremos transmitir é que não é necessário haver eleições. O Governo pode apresentar um novo Orçamento ou governar em duodécimos“, adiantou a secretária-geral dessa central sindical, Isabel Camarinha, em declarações ao ECO.

Para a sindicalista, o PS e o Governo tinham “todas as condições” para garantir as respostas aos problemas do país e dos trabalhadores, mas não o fez. “Não tem havido uma resposta, tem havido respostazinhas, nomeadamente na Agenda do Trabalho Digno e na proposta de Orçamento do Estado”, sublinha Camarinha.

Por sua vez, a UGT, na resolução do secretariado nacional aprovada esta quinta-feira, diz lamentar “profundamente” o chumbo do OE2022 e “as consequências que esse facto representa para todos os trabalhadores“.

Por isso, a central sindical liderada por Carlos Silva insta os partidos políticos com representação parlamentar “a desenvolverem todos os esforços, com menos calculismo partidário e mais preocupações sociais” com os portugueses, “garantindo as condições para que algumas das medidas previstas no Orçamento do Estado, como o aumento do salário mínimo e das pensões, possam, não obstante o chumbo, ter efetividade prática“.

Embora o OE2022 tenha sido chumbado, o Governo ainda pode avançar com ambas as medidas referidas, já que podem ser postas em prática sem passarem pelos deputados. O Executivo já fez saber que concretizará as medidas colocadas em cima da mesa nas negociações orçamentais, consoante as condições de que dispuser, não se comprometendo, para já, com nenhuma.

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Pensões podem subir em janeiro mesmo com chumbo do Orçamento

A proposta de Orçamento do Estado chumbou, mas mesmo que o país seja governado em duodécimos as pensões poderão beneficiar de aumentos em 2022, desde que haja verba para isso.

O próximo ano poderá trazer aumentos de todas as pensões, ainda que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 tenha sido chumbada pelas bancadas da direita com “ajuda” do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV. De acordo com os advogados ouvidos pelo ECO, mesmo que o país passe a ser governado em duodécimos, será possível ao Executivo de António Costa, querendo, avançar nesse sentido.

Regra geral, há duas vias através das quais as pensões podem ser atualizadas. Pela via regular, com base no crescimento económico e na evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC). E pela via extraordinária, através da inclusão de uma norma nesse sentido no Orçamento do Estado, que é, mais tarde, regulamentada pelo Governo.

Assim, em 2020, por exemplo, as pensões até 877,6 euros tiveram um aumento regular de 0,7% e as pensões entre 877,6 euros e 2.632,8 euros uma subida de 0,2%. Além disso, ficou previsto no Orçamento para esse ano que as pensões até 658,2 euros teriam um reforço extraordinário, perfazendo uma atualização total de dez euros.

Para 2022, eram esperados, novamente, aumentos por essas duas vias. Por um lado, e de acordo com as projeções do Governo, em termos normais, as pensões até 877,62 euros deveriam subir 0,9%, as pensões entre 877,62 euros e 2.632,86 euros deveriam crescer 0,4% e as pensões acima de 2.632,86 euros deveriam aumentar 0,15%.

Por outro lado, fruto da negociação com os partidos mais à esquerda, o Executivo tinha firmado o compromisso de incluir no Orçamento do Estado para o próximo ano um aumento extraordinário de dez euros de todas as pensões até 1.097 euros, a partir de janeiro.

A proposta orçamental apresentada pelo ministro das Finanças, João Leão, no Parlamento a 11 de outubro acabou, contudo, por ser chumbada esta quarta-feira, com os votos desfavoráveis de toda a direita, bem como do Bloco de Esquerda, do PCP, e do PEV, o que deixa agora em aberto o futuro das pensões.

Quanto aos referidos aumentos regulares, diz a legislação que devem ser aplicados com efeitos a 1 de janeiro de cada ano, mediante a publicação de uma portaria conjunta “dos membros do Governo responsáveis pela área das Finanças e do Trabalho e da Solidariedade Social“. Ou seja, estas atualizações não dependem do Orçamento do Estado, nem têm de passar pelo crivo dos deputados. São (praticamente) automáticas — dependem somente da referida portaria — e podem, por isso, ser postas no terreno, em 2022, apesar do resultado da votação referido. “Se a atualização regular depender da subida da inflação e admitindo que haverá subida, esta atualização até é possível que possa acontecer“, admite Raquel Caniço, advogada da Caniço Advogados.

Já no que diz respeito às subidas extraordinárias das pensões, a regra tem sido, pelo menos nos últimos anos, incluir uma norma nesse sentido no Orçamento do Estado, que depois é regulamentada pelo Governo num decreto próprio, como aconteceu, por exemplo, em 2021. Há, contudo, outra opção para concretizar essa atualização.

De acordo com Tiago Duarte, partner da PLMJ, o Governo, querendo, pode “aprovar através de decreto-lei esse aumento extraordinário“, podendo realizar essa despesa extra face ao ano anterior, mesmo com o Orçamento a ser gerido em duodécimos. Isto uma vez que a Lei de Enquadramento Orçamental diz que “durante o período transitório em que se mantiver a prorrogação de vigência da lei do Orçamento do Estado respeitante ao ano anterior, a execução mensal dos programas em curso não pode exceder o duodécimo da despesa total da missão de base orgânica, com exceção das despesas referentes a prestações sociais devidas a beneficiários do sistema de Segurança Social e das despesas com aplicações financeiras”. Ou seja, indica o advogado: “Mesmo com o Orçamento em duodécimos é possível gastar com pagamento de pensões um valor superior ao que se gastou no mesmo mês do ano anterior”.

Também José Luís Moreira da Silva, partner da SRS Legal, explica que o “Governo mantém todos os seus normais poderes constitucionais, apenas com o limite de já não contar com a Assembleia da República, designadamente para pedir autorizações legislativas”. Assim, “apenas pode encontrar limites às normais medidas, se a despesa não estiver orçamentada no Orçamento de 2021 e/ou não puder ser executada nos duodécimos respetivos em 2022″, acrescenta, avisando que o Executivo poderá “transferir verbas de uma rubrica para outra” para acomodar essas limitações.

Esta não é, contudo, uma questão pacífica. Na interpretação de Raquel Caniço, a reprovação da proposta de Orçamento do Estado compromete os aumentos extraordinários das pensões. “Considero muito difícil, para não dizer impossível, existir verba para o tão propagado aumento, a menos que haja cabimentação orçamental para isso, ou haja entretanto, orçamento retificativo”, explica.

Esta quinta-feira, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, assegurou aos microfones da TSF que aquilo que o Governo colocou “em cima da mesa na negociação com os parceiros” será concretizado, em função das condições à disposição do Executivo. Tal poderá passar, por exemplo, pelo aumento de 40 euros do salário mínimo anunciado insistentemente durante o debate orçamental, mas também por um aumento extraordinário das pensões.

De todo modo, frisa o partner da PLMJ, a questão que se coloca agora é saber se o Governo deve ou não politicamente avançar nesse sentido, na medida em que o Presidente da República sinalizou que dissolverá a Assembleia da República, antecipando as eleições legislativas.

A decisão final de Marcelo Rebelo de Sousa ainda não foi, porém, anunciada. Em alternativa, o Governo poderá apresentar uma nova proposta de Orçamento do Estado ou até mesmo ficar com um Orçamento em duodécimos, o que significaria que, a partir de 1 de janeiro de 2022, seriam aplicados os tetos da despesa de 2021 (com as exceções já referidas), com um limite de 1/12 por mês.

Para António Costa, este último modelo seria a opção preferível, disse o próprio na intervenção final do debate orçamental. Ainda assim, o primeiro-ministro não hesitou em pedir uma “maioria estável” aos portugueses, já de olho na próxima corrida eleitoral.

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Bruxelas dá carta branca ao Governo para executar o PRR

Comissão Europeia diz que pagamento dos fundos do PRR se mantém, desde que "o atraso na aprovação do Orçamento não impeça o cumprimento das metas" estabelecidas.

O Presidente da República deixou desde o início um alerta à navegação: o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) implicaria convocar eleições antecipadas e perder fundos europeus durante seis meses. A ala esquerda do Parlamento fez orelhas moucas e o documento acabou mesmo por chumbar. Os próximos passos ainda estão por determinar, está tudo nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, mas a Comissão Europeia retira pressão desta equação e defende que o pagamento das diferentes tranches do Plano de Recuperação e Resiliência apenas dependem do cumprimento das metas e marcos acordados e não do Orçamento do Estado.

“Os pagamentos aos Estados-membros no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência são feitos de acordo com o desempenho”, sublinha ao ECO um porta-voz da Comissão Europeia. “Os pedidos de pagamento dos Estados-membros têm de ser acompanhados de comprovativos que demonstrem que um conjunto de marcos e metas, definidos” aquando da aprovação do PRR, “foram alcançados”, acrescenta o mesmo porta-voz.

“Desde que o atraso na aprovação do orçamento nacional não impeça o cumprimento das metas e marcos, não há uma ligação direta entre a adoção do Orçamento e o pedido ou desembolso dos fundos ao abrigo do PRR”, conclui o porta-voz da Comissão, desdramatizando os alertas lançados pelo Chefe de Estado no âmbito das suas “diligências” para garantir a viabilização, na generalidade, da proposta de Orçamento.

Desde que o atraso na aprovação do orçamento nacional não impeça o cumprimento das metas e marcos, não há uma ligação direta entre a adoção do Orçamento e o pedido ou desembolso dos fundos ao abrigo do PRR.

Porta-voz da Comissão Europeia

“Se o OE fosse chumbado, dificilmente o Governo poderia continuar a governar com o OE deste ano dividido por 12 e sem fundos europeus”, disse Marcelo Rebelo de Sousa há cerca de duas semanas, quando já se esperava que o OE fosse chumbado. Apontando um novo Orçamento só para abril, o Chefe de Estado acrescentou que “seriam seis meses de paragem na economia e em muitos fundos europeus” na reconstrução do país.

O Governo reconhece que sem Orçamento do Estado e a governar em regime de duodécimos “cria dificuldades na execução do PRR”. O ministro das Finanças admitiu-o na conferência organizada pelo ECO, mas também recordou que “há soluções que podem ser exploradas”. Soluções essas que podem passar pela aprovação de um Orçamento retificativo específico para acomodar a despesa adicional para executar o PRR — uma hipótese que não é totalmente excluída, até porque dificilmente os partidos votariam contra. Ou a votação, caso a caso, de autorizações de aumento dos tetos de despesa decorrentes do regime de duodécimos, passando a dotação disponível de um programa orçamental para outro.

A ministra de Estado e da Presidência reiterou esta quinta-feira que pode haver “algumas limitações” na execução do PRR. “O PRR tem um conjunto de investimentos e reformas” e que “é possível que possa acontecer um contexto de algumas limitações ao que está previsto, mas o entendimento do Governo é que tem condições” para avançar, salientou Mariana Vieira da Silva.

“Essa é uma das razões pelas quais o Governo não se demite, para concretizar o PRR que desenhou para responder às necessidades do país e à sua recuperação económica e social”, sublinhou a ministra. “É evidente que o contexto não será o mesmo que seria com o OE aprovado, mas julgamos que temos condições para garantir que o país não perde o acesso a esses fundos por estar nesta situação política”, rematou.

Mas se Bruxelas parece dar carta branca ao Governo em termos de execução do fundos, também é verdade que está atenta ao evoluir da situação. Valdis Dombrovskis disse esta quinta-feira que o chumbo do OE2022 vai exigir “algumas consultas” da Comissão Europeia com as autoridades portuguesas. O vice-presidente da Comissão admitiu que o chumbo “levanta questões”, que o executivo comunitário vai tentar esclarecer com o Governo português. “Teremos agora de avaliar a situação com as autoridades portuguesas relativamente ao esboço de plano orçamental para 2022 e decidir como proceder ao certo, no sentido em que precisamos de compreender com as autoridades portuguesas quais são as perspetivas, quão cedo poderá chegar o próximo Orçamento”, declarou Dombrovskis.

Sobre o PRR, Dombrovskis relativizou as implicações de eventuais eleições na execução do plano, observando que “os Planos de Recuperação e Resiliência têm de coexistir com os desenvolvimentos políticos em cada Estado-membro” e notando que “já estão a ter lugar algumas mudanças governamentais [nos Estados-membros] e outras vão seguir-se”.

Portugal foi um dos primeiros países a receber um pagamento de pré-financiamento, tendo recebido em agosto a primeira tranche de 2,2 mil milhões de euros, o equivalente a 13 % da componente subvenções e empréstimos da dotação financeira a conceder ao país. Portugal receberá 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,69 mil milhões de euros em empréstimos ao abrigo do PRR, num total de 16,6 mil milhões de euros entre 2021 e 2026.

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Número de alunos diminuiu 17% em 2020. TC alerta para necessidade de resposta das políticas públicas

Na origem desta tendência está um quadro demográfico envelhecido, caracterizado por baixas taxas de natalidade e fecundidade, bem como por um crescente envelhecimento da população residente.

Embora as qualificações da população portuguesa estejam, progressivamente, a aumentar, há cada vez menos estudantes em Portugal. Entre 2011 a 2020, o número de alunos inscritos diminuiu em todos os níveis de ensino, passando de 1,9 milhões para 1,6 milhões, em 2020, o que representa uma redução de 17,1%, e ameaça a produtividade do país. Para a resolução deste problema estão políticas públicas eficazes para aumentar qualificações e produtividade e contrariar o envelhecimento da população, alerta o Tribunal de Contas (TC). Em 2020, Portugal era o quarto país da União Europeia e o quinto do mundo com a maior percentagem de população idosa.

“Neste contexto, emerge um extraordinário desafio a exigir uma resposta holística das PP [políticas públicas] para mitigar os efeitos sociais e económicos negativos dessa dinâmica demográfica, onde releva a quebra da produtividade que acompanha o avanço da idade. É precisamente aqui que a intervenção das PP de educação se mostra crítica para aumentar as qualificações da população necessárias para incrementar a produtividade e a competitividade do país e potenciar o desenvolvimento económico e social e a criação de riqueza e, assim, contribuir para mitigar os efeitos da situação demográfica adversa”, alerta o TC no relatório “Demografia e Educação”, publicado esta sexta-feira.

A quebra de alunos inscritos acontece um pouco por todos os níveis de escolaridade. Nos últimos dez anos, os ensinos pré-escolar e básico registaram uma quebra de 25 mil crianças e de 255 mil alunos, respetivamente. Tal poderá ser explicado, pela diminuição da natalidade e pela crise económica. “Esta tendência poderá vir a ser atenuada no ensino pré-escolar quando ocorrer a plena implementação do regime de universalidade e gratuitidade para as crianças a partir dos quatro anos”, lê-se no relatório.

Já no ensino superior, o número de alunos inscritos no início de ciclo decresceu até 2016 e aumentou desde então. O maior número foi alcançado no ano letivo 2010/11, com cerca de 400 mil alunos; a partir daí, a evolução foi negativa até 2015 para aumentar, desde então, até atingir 397 mil alunos, em 2020. Ainda assim, no final da década, registavam-se menos 6,5 mil alunos relativamente a 2011, um decréscimo de 1,6%.

Analisando os vários graus académicos, foi nas licenciaturas que o número de matrículas caiu. No ano passado, menos 28,7 mil alunos matricularam-se numa licenciatura, uma queda de 11,2% quando comparado com os números de 2011. Contrariamente, no mestrado e doutoramento, os números de estudantes inscritos aumentou, 8,7% (10,1 mil) e 19% (3,5 mil), respetivamente, em parte explicado pelo processo de Bolonha.

“Embora tal evolução se relacione com a da população, em especial no que respeita ao número de alunos inscritos no início de ciclo, existem outros fatores, mais complexos, a ter em conta. Com efeito, enquanto no ensino pré-escolar, básico e secundário a redução de alunos pode ser explicada pelo decréscimo de jovens, no caso do ensino superior a evolução pode também estar associada a outros fatores, como baixas taxas de conclusão do ensino secundário, restrições de ingresso e acesso ao ensino superior (e.g. número de vagas, caráter eliminatório das provas de ingresso e notas mínimas) e dificuldades económicas das famílias.

Contexto demográfico adverso

Portugal enfrenta um problema de declínio populacional, caracterizado por baixas taxas de natalidade e fecundidade e crescente envelhecimento da população residente. Em 2020, era mesmo o quarto país da União Europeia e o quinto, entre outros, do mundo com a maior percentagem de população idosa.

As estatísticas mostram que, entre 2011 e 2020, a população total diminuiu 2,5% (menos 260 mil indivíduos), mais acentuadamente na faixa etária de 0-14 anos (-12,3%), seguida da faixa de 15-64 anos (-5,3%). Em contraciclo, a faixa etária com mais de 85 anos registou um aumento de 40,6%, seguida da faixa de 65-84 anos (+11,8%). E os recentes resultados preliminares dos Censos 2021 confirmam o decréscimo de população portuguesa que totaliza, agora, 10,3 milhões de indivíduos.

O declínio, que as projeções sinalizam estar a acentuar-se, reflete-se no decréscimo do número de alunos e na necessidade de política públicas eficazes que respondam a este desafio “extraordinário”.

O Tribunal de contas destaca algumas políticas já adotadas pelo país, nomeadamente o ensino a distância (E@D), em substituição das atividades educativas e letivas presenciais. Esta foi de resto a medida mais impactante na área da educação para mitigar os efeitos da pandemia em 2020 e 2021, das inúmeras identificadas no relatório.

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Multas aplicadas a seguradoras atingem 180 mil euros até final de setembro

  • ECO Seguros
  • 28 Outubro 2021

Só no terceiro trimestre, montante de coimas aplicadas pela Supervisão do setor segurador ascendeu a 55,7 mil euros. A Victoria Seguros e Victoria Vida foram multadas em 22 500 euros cada uma.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) instaurou, no terceiro trimestre, 6 novos processos de contraordenação, tendo concluído 9. Destes processos concluídos, 7 (sete) respeitam a infrações ao Regime de Reparação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais (Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro) e dois à violação de regras previstas no Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade Seguradora e Resseguradora (Lei n.º 147/2015, de 09 de setembro).

De acordo com Nota Circular divulgada pelo organismo supervisor, os referidos processos resultaram na condenação de 4 pessoas coletivas, designadamente de empresas de seguros, “tendo uma delas sido sujeita a seis coimas”. No trimestre analisado, as coimas aplicadas no âmbito dos referidos processos de contraordenação totalizaram 55 710,00 euros. “Foram igualmente arquivados 5 processos de averiguações, no decurso do 3.º trimestre de 2021.

Segundo dados disponíveis no sítio eletrónico da Supervisão indica que a Victoria Seguros de Vida e a Victoria Seguros foram sancionadas em 22 500 euros cada uma, restando conhecer quais outras entidades terão sido multadas ou quem foi sancionado pelo remanescente de aproximadamente 10,7 mil euros.

Informação anteriormente publicada pela ASF refere que, no 1º trimestre, as coimas aplicadas no âmbito de processos de contraordenação totalizaram 70 830,00 euros. De um total de 14 processos concluídos entre janeiro e março passados, 13 destes incidem também em infrações ao Regime de Reparação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais.

Ainda, a ASF concluiu 5 processos de contraordenação no segundo trimestre, três dos quais também respeitam a infrações ao Regime de Reparação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais. Os referidos processos resultaram na condenação de 4 pessoas coletivas, designadamente de empresas de seguros. As coimas aplicadas no âmbito dos referidos processos de contraordenação totalizaram 49 590,00 euros.

Na listagem de “Contraordenações graves, muito graves e especialmente graves”, acessível no portal da Supervisão portuguesa, entre as entidades sancionadas em 2021 incluem-se Victoria Vida e Vitória Seguros; Zurich Vida; GNB Seguros (atual Mudum) e Fernando Gustavo Duarte Antunes.

Até agora, o montante de multas aplicadas ascende a 180 mil euros.

Lista de coimas, mais datas das sanções decididas em processo comum (enquanto uns foram impugnados junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, outros não), incluindo decisão/extratos dos referidos processos podem ser consultados aqui.

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Accenture admite que impacto de ciberataque pode materializar-se nos clientes

  • ECO Seguros
  • 28 Outubro 2021

Ataque cibernético detetado pela consultora global incluiu fuga de dados, para já sem impacto materializado nos clientes. Accenture fatura mais de 3 mil milhões de dólares junto de seguradoras.

Poucos meses depois de sofrer ataque informático, a companhia de consultoria em tecnologia e estratégia empresarial assume que no incidente (“malware“) registado no último trimestre do seu exercício fiscal (2021), houve extração de dados (“extraction of proprietary information”) por terceiros, parte dos quais foram depois tornados públicos.

Num relatório em que desenvolve considerações sobre essa “atividade irregular” detetada num dos seus sistemas, a companhia explica que, face à crescente sofisticação do cibercrime, não exclui que, no futuro, isso possa voltar a acontecer colocando em risco informação sensível da empresa, clientes e parceiros.

O reporte financeiro relativo ao exercício encerrado a 31 de agosto aborda em detalhe os riscos legais, financeiros e de reputação que podem resultar de qualquer falha na proteção de dados de clientes e/ou da Accenture em decorrência de incidentes de segurança ou ciberataques. No documento, que também assinala as implicações sobre desinformação em torno desses eventos, a companhia recorda que os clientes já experimentaram, e podem no futuro, voltar a confrontar-se com “violações de sistemas e serviços baseados na nuvem habilitados por ou fornecidos por nós”.

Até à data, “esses incidentes não tiveram um impacto significativo nas operações dos nossos clientes. No entanto, não há garantias de que esses impactos não se materializarão no futuro,” lê-se na parte sobre Fatores de Risco que a Accenture lista e desenvolve no reporte anual enviado à Securities Exchange Commission (Form K-10).

Sem que o relatório identifique responsáveis pelo incidente cibernético nem outros detalhes do malware, a tentativa de violação referenciada ao último trimestre da companhia terá sido concretizada pelo grupo LockBit, que exigiu resgate de 50 milhões de dólares para devolver acesso a 6 Terabits de dados roubados, refere o site Insurance Business. Na altura, a companhia britânica negou impacto do incidente e os presumíveis autores do ciberataque publicaram o nome da Accenture numa página eletrónica, ameaçando divulgar dados que alegadamente teria roubado da empresa, complementa a publicação.

A Accenture emprega mais de 620 mil pessoas em todo o mundo, fornece serviços a cerca de 6 mil clientes de setores e instituições diversificados. Números do seu relatório 2020-2021, revelam que de um total de 9,9 mil milhões de dólares de receita consolidada junto do setor financeiro no exercício fiscal encerrado no final de agosto, 31% do volume de negócio, ou mais de 3 mil milhões de dólares, foi gerado no setor segurador, entre companhias de seguros e resseguro, corretagem e planos benefícios de empresa, sendo que as receitas obtidas junto de seguradoras do ramo Saúde são contabilizadas noutro segmento de negócio (Health & Public Services).

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