Prova dos 9: Costa nunca aumentou os impostos sobre os combustíveis?<span class='tag--premium'>premium</span>

O primeiro-ministro foi taxativo no debate preparatório do Conselho Europeu no Parlamento: nos seus governos não houve aumento de impostos sobre os combustíveis. Será mesmo?

A subida do preço dos combustíveis ameaça incendiar o país, com vários setores, dos transportes à pesca, a dizerem que os valores são insustentáveis. Os primeiros protestos já vieram para a rua, ainda em número reduzido, mas as fileiras podem engrossar se o custo, em particular do gasóleo, não descer. O tema rivalizou com as negociações do Orçamento do Estado no topo da atualidade, motivando a intervenção do Presidente da República, que alertou para o impacto negativo na retoma da economia e pediu novas medidas. Consciente dos danos políticos que a matéria pode ter, o Governo reuniu já com as associações de transportes para lhes aliviar a fatura. Sem surpresa, o assunto marcou também o debate preparatório do Conselho Europeu. Os combustíveis foram usados como arma de arremesso por todas

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Marcelo vai “esperar até ao último minuto” pelas negociações para o OE

O Presidente da República reitera que vai esperar "até ao último minuto" pela aprovação do Orçamento. Se documento chumbar, vai ponderar cenários possíveis.

O Presidente da República diz que vai “esperar, até ao último minuto” pela chegada de um consenso entre o Governo e os partidos que permita a viabilização do Orçamento do Estado. Até lá, não estão no seu “espírito” os cenários após um chumbo do OE, quer seja o Governo continuar quer a dissolução da Assembleia.

Confrontado com as declarações do primeiro-ministro, que admitiu continuar a governar em caso de chumbo do OE, Marcelo Rebelo de Sousa reitera que “uma coisa é o Governo continuar em funções, outra coisa é a Assembleia da República ser dissolvida. Para já, nenhuma delas está no meu espírito até passar este período final de conversações entre partidos”, em declarações transmitidas pelas televisões.

“Até agora devo esperar, até ao último minuto”, apontou. Se não correr tudo como deseja e espera, isto é, a viabilização do OE, o Presidente passa a pensar nestes cenários. “Até agora não tenho pensado”, assegura, voltando a sublinhar que trabalha na “base do cenário que é o OE passar”. “A democracia é assim, também é feita de espera”, salienta.

O primeiro-ministro disse, esta sexta-feira, estar preparado para continuar a governar, mas adiantou que respeitará se o Presidente da República tiver um entendimento diverso e convocar eleições antecipadas. “Se [os partidos] disserem que não, então eu estou preparado para cumprir os meus deveres para com o país, que é manter o país na trajetória de governação que tem vindo a ser prosseguida”, reiterou Costa. “Se o senhor Presidente da República entender de uma forma diversa, eu respeitarei a decisão, e estou preparado para tudo”, acrescentou.

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📹 Quantas propostas dos partidos foram viabilizadas no Orçamento de 2021?

Num momento em que o Governo PS e os seus parceiros parlamentares negoceiam o Orçamento do Estado para 2022, vale a pena recordar como decorreu este processo no passado.

Desde 2016 que os orçamentos têm sido negociados, um a um, antes da sua entrega em outubro e depois durante a fase de especialidade, até à votação final global no final de novembro. Em 2020, o Governo teve de negociar dois Orçamentos: o Orçamento Suplementar e o Orçamento de Estado para 2021. Veja aqui o vídeo:

http://videos.sapo.pt/37mi3YnnISe8C8DC0IoI

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Benfica abre inquérito por alegado envolvimento de colaboradores em negócio de ações da SAD

  • Lusa
  • 23 Outubro 2021

Em causa está o possível envolvimento de dois colaboradores num eventual negócio de transação de ações da SAD, com o objetivo de venda ao empresário norte-americano John Textor.

O Benfica abriu um inquérito interno para averiguar o possível envolvimento de dois colaboradores num eventual negócio de transação de ações da SAD ‘encarnada’, informou este sábado o clube, em comunicado.

“Tendo em conta as recentes notícias vindas a público, o Sport Lisboa e Benfica informa que vai iniciar, de imediato, um processo de averiguação interno quanto ao possível envolvimento de dois colaboradores seus num alegado negócio respeitante à transação de participações qualificadas da sua SAD”, refere o clube lisboeta, no sítio oficial na internet.

De acordo com uma notícia publicada este sábado pelo jornal Nascer do Sol, o antigo presidente Luís Filipe Vieira terá contado com a ajuda de dois colaboradores do clube, a quem terá prometido elevadas comissões no negócio, para reunir secretamente 25% do capital da SAD, com o objetivo de venda ao empresário norte-americano John Textor.

O norte-americano encontrou-se, entretanto, na quinta-feira, com a nova direção do Benfica, presidida por ex-futebolista Rui Costa, e reiterou a vontade de participar na vida do clube, que gostaria de ver cotado na bolsa de Nova Iorque.

“O encontro decorreu de forma cordial e o sr. John Textor ficou de enviar informação adicional sobre as intenções que tem para o Benfica, para posteriormente serem objeto de avaliação e análise por parte da direção. Não está prevista, por agora, qualquer nova reunião com o sr. John Textor”, informou o Benfica.

O empresário celebrou um acordo com o português José António dos Santos, maior acionista individual da SAD ‘encarnada’, para aquisição de 25% do seu capital social, facto comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), já depois de Luís Filipe Vieira ter sido detido em julho.

No processo designado Cartão Vermelho, o antigo presidente do Benfica, que teve de prestar uma caução de três milhões de euros, está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco.

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“Criptomoeda” da Seleção Nacional cai 35% num mês, mas passa a bola aos adeptos

Quem comprou o "fan token" no início está a perder dinheiro: desvalorizou 35% em apenas um mês no mercado. Mas a "criptomoeda" também tem outro tipo valor: permite à Seleção passar a bola aos fãs.

A “criptomoeda” da Seleção Nacional negoceia livremente no mercado há exatamente um mês, marco assinalado na mesma semana em que o preço da bitcoin atingiu um novo recorde. Mas o seu desempenho não tem acompanhado o da generalidade dos criptoativos por estes dias. Um adepto que tenha adquirido “moedas” na oferta inicial e que ainda não as tenha vendido acumula perdas na ordem dos 35%, embora a maioria tenha investido valores relativamente residuais.

No dia 14 de junho deste ano, por volta do meio-dia, um milhão de unidades da “criptomoeda” da Seleção Nacional foram colocadas à venda por dois euros cada uma. Pouco passava das duas da tarde quando a Federação anunciou que a oferta tinha “esgotado”. A operação permitiu um encaixe de dois milhões de euros “em poucas horas”, mas não foi possível apurar como é que a receita foi partilhada entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e os outros parceiros desta iniciativa.

A oferta pública inicial tornaria a Seleção Nacional na primeira “em toda a Europa” a promover um ativo deste tipo, designado de fan token, disse a FPF na altura. O fan token “$POR”, como é chamado, “vai proporcionar aos fãs espalhados pelos quatro cantos do globo experiências únicas relacionadas com a formação capitaneada por Cristiano Ronaldo”, prometeu a federação.

Os fan tokens partilham algumas das características de criptomoedas como a bitcoin. Não só recorrem a tecnologias do mesmo tipo (a blockchain, que é uma espécie de livro de registos), como o seu valor oscila consoante a oferta e a procura no mercado. A grande diferença é que são feitos a pensar em outras utilidades, e não necessariamente em serem meios de pagamento.

No caso da “criptomoeda” da Seleção, um fã que detenha unidades da mesma, além de ganhar exposição às subidas e descidas do valor do token no mercado, ganha o direito a participar em jogos promovidos pela FPF e até em algumas votações. A última disponível permitiu a quem tinha “$POR” votar na música que “deve ser tocada no aquecimento” quando a Seleção entrar em campo. As candidatas eram A Minha Casinha (Xutos e Pontapés), Vamos Com Tudo (David Carreira), This One’s For You (David Guetta e Zara Larsson) e In My Blood (Shawn Mendes). Venceu a terceira.

No entanto, há um preço a pagar para aceder a este universo. E se alguém investiu cedo na expectativa de obter algum tipo de rendimento, poderá estar agora frustrado com a perda de 35% do valor do token em apenas um mês de negociações: apesar de a venda inicial ter ocorrido em junho, a “criptomoeda” só chegou efetivamente ao mercado no dia 22 de setembro.

Em junho, a FPF promoveu a venda inicial declarando que era “a última oportunidade” para os tokens “serem adquiridos por um preço definido” de dois euros. Não estava errada. Mas na sexta-feira, um mês depois do início da livre negociação no mercado, cada unidade podia ser comprada com um desconto expressivo face ao preço de venda inicial: 1,30 euros por cada “moeda”.

O ECO contactou a FPF para obter mais informação sobre o projeto do fan token da Seleção e instou-a a comentar a desvalorização do mesmo no mercado. Fonte oficial respondeu: “O valor dos fan tokens pode apresentar flutuação que está simplesmente relacionada com a oferta e procura em determinado momento. Faz parte do mercado e são algumas as variáveis que influenciam este processo. Nomeadamente, quando o calendário de jogos ou experiências é mais intenso, a procura aumenta também.”

A mesma fonte lembrou ainda que “é fundamental salientar que, quando um fã compra um token, está a adquirir algo realmente valioso”. “Existe um serviço, existe um benefício. Pode ser acesso a descontos em merchandising oficial, a bilhetes, a experiências. Portanto, há um compromisso de fornecer valor, não como valor financeiro, mas como valor unitário”, acrescentou a federação.

O valor dos fan tokens pode apresentar flutuação que está simplesmente relacionada com a oferta e procura em determinado momento. Faz parte do mercado e são algumas as variáveis que influenciam este processo.

Fonte oficial da FPF

Ainda assim, numa altura em que muitos criptoativos têm causado surpresa em todo o mundo pelos ganhos elevados em curtos espaços de tempo, o fan token da Seleção, há um mês no mercado, destaca-se pela perda de 35% face ao valor da venda inicial. Mais fortunados foram os adeptos que investiram nas ofertas iniciais de outros clubes parceiros da Socios.com: os tokens da Juventus (“$JUV”) também foram vendidos em 2019 a dois euros cada um e valiam na sexta-feira 12,16 euros (seis vezes mais). Já os fan tokens do Paris Saint-Germain (“$PSG”) apresentavam um ganho de mais de 900% face ao preço de venda inicial.

Fan token da Seleção vale 26 milhões

Informação publicamente disponível consultada pelo ECO mostra que o fan token da Seleção funciona na rede Ethereum, uma das mais populares no universo das criptomoedas. A iniciativa foi lançada em parceria com a Chilliz e a Socios.com, sendo que a primeira entidade gere uma criptomoeda própria chamada “$CHZ”, e a segunda é a plataforma onde se pode trocar euros por “$CHZ” e “$CHZ” por “$POR” (ou vice-versa).

Apesar de só terem sido vendidas um milhão de unidades no início, a oferta máxima de “moedas” da Seleção é de 20 milhões, o que confere aos tokens um valor de mercado na ordem dos 26 milhões de euros atualmente. Mais de 24.700 “carteiras” virtuais têm “$POR” no seu interior, destacando-se uma que possui mais de 18 milhões de unidades da “criptomoeda”, ou quase 92% do total.

O ECO confirmou junto dos parceiros da Seleção que essa “carteira” mais recheada é controlada pelos promotores do projeto e contém “tokens que ainda não foram libertados e que serão gradualmente lançados ao longo da duração do contrato”, disse fonte oficial da Chilliz/Socios.com. É, de resto, uma prática comum neste tipo de operações.

A segunda “carteira” mais recheada com tokens da Seleção tem mais de um milhão de unidades, o equivalente a quase 1,5 milhões de euros. Segue destacada da terceira posição, ocupada por uma “carteira” com pouco mais de 172 mil tokens – ainda assim, um valor a rondar os 220 mil euros, considerando o preço de 1,3 euros por cada “moeda”. Mas apesar de serem valores que enchem o olho, fonte oficial da Chilliz/Socios.com assegurou que mais de 94% das “carteiras” têm entre 1 e 15 unidades da “criptomoeda”.

O ECO questionou também a FPF sobre quanta receita já foi angariada por via deste projeto. “São dados contratuais que não podem ser divulgados publicamente. No entanto, a dimensão financeira é apenas uma pequena parte, esta é uma parceria assente no serviço aos adeptos e na disponibilização de ferramentas que lhes permitam ter um papel mais ativo na vida das seleções nacionais”, respondeu fonte oficial da FPF.

Seleção passa a bola aos adeptos

Quanto aos adeptos que compraram ou receberam “$POR”, e detêm atualmente unidades da “criptomoeda” portuguesa, a FPF diz apenas que “existe um bom mix de detentores nacionais e internacionais”. Mas fonte oficial da Chilliz/Socios.com dá mais algum detalhe: os detentores são sobretudo portugueses, seguindo-se os turcos, franceses, brasileiros, italianos, polacos, britânicos, espanhóis e alemães.

No que toca a projetos para o futuro, a FPF espera que esta economia dos tokens — a que alguns chamam de tokenomics — venha a ganhar expressão como forma de relacionamento entre os clubes e os seus adeptos. “A expectativa é a de podermos envolver os adeptos detentores de $POR em experiências exclusivas e de grande impacto na vida das seleções. Acreditamos que a paixão deve ser reconhecida e que todos os adeptos têm o direito de fazer a sua voz ser ouvida, onde quer que estejam no mundo”, explicou fonte da FPF.

“Com os tokens, os fãs ganham influência nas decisões que concernem a equipa, ajudam a equipa a tomar as decisões mais acertadas participando em votações oficiais. Eles garantem ainda acesso a experiências VIP, sessões ‘Meet and Greet’, promoções exclusivas e recompensas únicas”, remata a mesma fonte oficial.

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Há mais quatro mortes e 883 casos de Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia, o país detetou 1.084.534 casos e registou 18.129 mortes por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 883 novos casos de Covid-19, perfazendo um total de 1.084.534 pessoas infetadas desde o início da pandemia. O boletim diário deste sábado revela ainda mais quatro mortes nas últimas 24 horas, num total de 18.129 óbitos desde o início da crise sanitária.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, e o número de pessoas hospitalizadas com a doença recuou. Atualmente, 274 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos dez nas últimas 24 horas), dos quais 55 em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

O boletim dá conta de um total de 1.035.450 recuperados, mais 729 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 30.955 casos ativos em Portugal, mais 150 face a sexta-feira.

Boletim epidemiológico de 23 de outubro:

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 883 novos casos confirmados, 329 localizam-se nesta região, seguindo-se a região Norte, que contabilizou 238 novas infeções, e o Centro, com 187 novos casos. No resto do território continental, o Alentejo identificou e o Algarve 41. Nas ilhas, os Açores registam 21 novos casos, enquanto a Madeira regista 16 infeções.

Há ainda 21.077 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 146 face a sexta-feira.

(Notícia atualizada às 14h30)

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VIP por um dia. É assim a vida a bordo do Classe S

É a berlina de luxo mais vendida no mundo. E quer continuar a dar cartas neste segmento, com a nova geração. Conforto não falta, mas tecnologia também não, num grande automóvel com preço a condizer.

Não são raras as vezes que passa por nós uma berlina preta, de vidros escurecidos, geralmente a um ritmo apressado. Pensamos automaticamente que lá dentro vai alguém importante… e imaginamos como será estar sentado lá dentro. Como será andar num destes automóveis de luxo, que infelizmente não está ao alcance de todos os bolsos? Resolvemos tirar as dúvidas com a mais recente geração do Classe S.

Com as chaves na mão daquela que é a berlina de luxo mais vendida no mundo, dispensámos o volante por uns instantes. VIP que é VIP, entra para o banco de trás. Sem mordomias, abrimos a porta traseira para nos atirarmos para o aconchego da pele de alta qualidade que reveste boa parte do topo de gama da Mercedes. Há aquecimento para os dias frios, mas também ar condicionado dedicado.

Mais conforto parece impossível, mas é: basta deixar cair o separador entre assentos para revelar o pequeno tablet que nos dá controlo sobre a temperatura, mas também um vasto leque de massagens. E que massagens… Chegamos a perder a noção do tempo com todas aquelas “mãos” a acertarem nos pontos certos das costas. Só apetece fechar os olhos ou, em vez disso, criar um ambiente mais privado ao fazer subir as cortinas com apenas um toque no ecrã.

Tudo em ponto grande

Não falta espaço para esticar as pernas no banco de trás, mas a Mercedes também não poupou em centímetros para quando trocamos do lugar do VIP para o do motorista. À frente, as poltronas são igualmente brilhantes. Mas aqui em vez de um tablet, temos um ecrã gigante que parece flutuar entre os dois lugares dianteiros.

Mercedes-Benz S-Klasse, 2020, Studioaufnahme, Interieur: Leder Nappa Sienabraun
Mercedes-Benz S-Class, 2020, studio shot, interior: leather siena brown

Se até agora o sistema MBUX se caracterizava por oferecer um grande ecrã que atravessava mais de metade do tablier, agora assume-se como um tablet de 12,8 polegadas, com resposta háptica, que fica “à mão de semear” tanto de quem conduz como do passageiro do lado. Tem tudo aquilo a que a Mercedes já nos habituou, mas com alguns extras dignos de nota: quando se pára num sinal vermelho, não precisa de espreitar o semáforo porque pode ver o verde através do ecrã.

Como se não bastasse este ecrã, há ainda outro, também de grandes dimensões, posicionado atrás do volante, totalmente personalizável, com a particularidade de ser 3D — faz confusão ao início, mas depois tem o seu quê de brilhante. E para evitar desviar o olhar da estrada há ainda um head-up display rico em informação útil para o condutor que, mesmo que se distraia, sabe que tem todas as ajudas de segurança da Mercedes prontas para atuar.

Não se ouve nada

Dentro do Classe S parece que estamos num mundo à parte — e estamos, tendo em conta o preço de 172.983 euros da unidade ensaiada. Não só pelo luxo, mas também pela sensação de cápsula que se tem a partir do momento em que fechamos a porta. Não se ouve nada, tal o trabalho feito na insonorização deste topo de gama. Nem mesmo quando se liga o motor. Ao ponto de se ter de dar um toque no acelerador para ver o ponteiro digital a reagir.

Não se houve não por ser elétrico, que não o é — esse será o EQS, que terá autonomia para uns estonteantes 770 km. Neste Classe S, um automóvel de mais de duas toneladas, cabe a um diesel fazer as honras. O S 400d é um três litros de seis cilindros com 330 cv que conta com a notável ajuda da transmissão de nove velocidades 9G-Tronic para deslizar pela estrada.

Mercedes-Benz S-Klasse, 2020, Outdoor, Standaufnahme, Exterieur: Hightechsilber // Mercedes-Benz S-Class, 2020, outdoor, still shot, exterior: hightech silver

O binário de 700 Nm disponível a baixas rotações permitem deslocar esta berlina de quase 5,3 metros sem qualquer esforço, atirando-o para desempenhos dignos de outros modelos mais desportivos. Bastam 5,4 segundos para chegar aos 100 km/h, sendo a velocidade máxima limitada a 250 km/h.

Seja a 100 km/h, seja a velocidades mais elevadas — acima das permitidas pelo Código da Estrada –, a sensação é de que flutuamos pela estrada, mesmo em algumas mais esburacadas. A suspensão pneumática adaptativa Airmatic, garante sempre um elevado conforto independentemente do modo de condução selecionado. Mesmo com o modo desportivo selecionado, o Dynamic.

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Bloco e Governo ainda não se entenderam. Se nada mudar, partido vota contra OE

Se nada mudar, a Comissão Política do Bloco "proporá à Mesa Nacional a orientação de voto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022".

O Bloco de Esquerda considera que o Governo não fez novas aproximações às propostas apresentadas pelo partido, pelo que a reunião realizada este sábado de manhã terminou sem avanços. O partido deverá propor o voto contra o Orçamento do Estado, se nada mudar, apesar de manter abertura para as negociações até à votação.

“Na reunião desta manhã, o governo não realizou qualquer nova aproximação às nove propostas do Bloco de Esquerda. A manter-se este quadro, a Comissão Política proporá à Mesa Nacional a orientação de voto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022″, adiantou fonte do Bloco de Esquerda, ao ECO.

Ainda assim, o Bloco de Esquerda “comunicou ao Governo que, até à votação na generalidade, estará aberto à negociação”. O partido reuniu esta manhã com o Governo, depois de António Costa ter anunciado várias medidas esta sexta-feira à noite, nomeadamente uma antecipação do aumento extra das pensões, que vai beneficiar pensões até 1.097 euros, as creches gratuitas até 2024 e, no IRS, o aumento do mínimo de existência em 200 euros.

O BE fez chegar ao Governo nove propostas, nas áreas da saúde, segurança social e legislação laboral, para as negociações do OE2022. O Executivo tem tentado fazer avanços no sentido dessas medidas, mas ainda não as concretizou plenamente, segundo considera o partido, que pediu um acordo escrito.

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Costa admite continuar a governar em caso de chumbo do OE mas respeitará decisão do Presidente

  • Lusa
  • 23 Outubro 2021

O líder socialista alegou que legislativas antecipadas “é um cenário” que nunca colocou em cima da mesa. Não é consequência "inevitável", apontou António Costa.

O primeiro-ministro afirmou-se esta sexta-feira preparado para continuar a governar, mesmo se o Orçamento para 2022 chumbar, mas adiantou que respeitará se o Presidente da República tiver um entendimento diverso e convocar eleições antecipadas.

Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que começou na sexta-feira à noite.

Questionado se está preparado para ir a eleições na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o secretário-geral do PS começou por responder: “Se [os partidos] disserem que não, então eu estou preparado para cumprir os meus deveres para com o país, que é manter o país na trajetória de governação que tem vindo a ser prosseguida”.

“Se o senhor Presidente da República entender de uma forma diversa, eu respeitarei a decisão, e estou preparado para tudo. Agora, para já, para já, estou preparado para cumprir o meu dever. E o meu dever é continuar a governar e conduzir o país nestas águas que ainda são bastante turbulentas, e onde não convém introduzir fatores de instabilidade, de incerteza que perturbem a recuperação económica e social”, completou.

Antes, interrogado se janeiro, fevereiro será a pior altura para o PS ir a eleições, o líder socialista alegou que legislativas antecipadas “é um cenário” que nunca colocou em cima da mesa.

“O senhor Presidente da República, enfim, entendeu dizer que, se o Orçamento não fosse aprovado, era a consequência que retiraria. Essa preocupação não foi nem uma consequência que nós considerássemos inevitável, nem uma consequência em que nós estejamos a trabalhar”, afirmou.

António Costa reiterou que o seu Governo trabalha para ter um Orçamento viabilizado, porque “seria uma enorme perda para o país perder a oportunidade de ter um bom Orçamento”.

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Boeira investe 2,5 milhões de euros numa casa centenária em Gaia

O grupo Boeira comprou uma casa centenária que vai ser transformada num clube com espaço para eventos e sete suítes de luxo. Adquiriu também este ano uma quinta no Douro, em Alijó.

O grupo Quinta da Boeira adquiriu uma casa localizada em Vila Nova de Gaia, projetada no século XIX pelo famoso arquiteto Teixeira Lopes, que pertenceu à família C. da Silva, nome ligado também à exportação de Vinhos do Porto. Chama-se “Boeira Port Club”, vai contar com um espaço para eventos com capacidade para 30 pessoas, sala de jogos, sete suítes de luxo e um jardim com 3.500 metros quadrados. Um investimento que rondará os 2,5 milhões de euros, revela ao ECO o sócio-gerente da Quinta da Boeira, Albino Jorge.

“A casa que está anexa à Quinta da Boeira em Gaia estava à venda e o grupo Quinta da Boeira adquiriu a propriedade. O nosso objetivo é manter a traça original, tendo em conta que é uma casa que está classificada de interesse municipal. Tem a particularidade de ter mobília desenhado pelo arquiteto Teixeira Lopes”, conta Albino Jorge.

Os membros do clube Boeira — pessoas que gostam de conhecer a história, o processo de criação e toda a envolvência do Mundo dos Vinhos –, podem usar a quinta para casamentos, batizados, reuniões familiares, entre outros. O espaço pode ser também alugado por outras pessoas para pequenos eventos, tanto de cariz empresarial como de familiar. O espaço de eventos e o jardim vai ficar concluído já no próximo mês.

A construção das suítes no piso superior deverá estar concluída em 2023 e será destinada aos sócios do clube Boeira, clientes e jornalistas internacionais.

Boeira compra quinta no Douro

A Boeira Port Club faz parte de um plano de investimento de 40 milhões de euros que o grupo tem vindo a fazer desde que adquiriu a Quinta da Boeira em Vila Nova de Gaia, em 1999. Além deste investimento, o grupo Boeira adquiriu este ano uma quinta no Douro, em Alijó, com 40 hectares e uma capacidade de produção de um milhão de litros. Um investimento de 1,5 milhões de euros.

“Nós tínhamos a quinta da Boeira em Vila Nova de Gaia. Com esta aquisição, temos também a Quinta da Boeira no Douro. É toda mecanizada, não tem patamares e tem a maior quantidade da casta touriga. Esta última vindima já foi produzida na quinta do Douro”, explica Albino Jorge.

90% da produção dos vinhos da Boeira são para exportação, sendo que Dinamarca, Luxemburgo e Polónia são os principais mercados. No entanto, o leque de clientes também conta com chineses, americanos, canadienses, ingleses, alemães e franceses. Brevemente, os vinhos da Quinta da Boeira vão igualmente chegar à Nova Zelândia.

Por ano, são vendidas cerca de meio milhão de garrafas. Para o sócio-gerente da Quinta da Boeira, os vinhos da Boeira “não se distinguem pela quantidade, mas sim pela qualidade”.

O grupo conta com a Quinta da Boeira localizada em Vila Nova de Gaia, recuperou um palacete que se encontrava em avançado estado de deterioração e transformou-o em escritórios e num restaurante de luxo com capacidade para cerca de 80 pessoas.

Construiu também a maior garrafa do mundo, com 32 metros de comprimento por 10 de diâmetro e abriu um hotel de cinco estrelas, com 119 quartos e cinco suítes, o Boeira Garden Hotel Porto Gaia, Curio Collection by Hilton, explorado pela cadeia Hilton.

“A imagem que estamos a criar ligada ao vinho do Porto permite-nos os investimentos e ir criando, lentamente, uma imagem de marca seletiva”, conclui o sócio-gerente da Quinta da Boeira, Albino Jorge.

Boeira propõe nova categoria de Vinho do Porto

A Quinta da Boeira acaba também de enviar ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) uma proposta para criar uma nova categoria de Vinho do Porto, com a designação de Full Body – Young Harvest.

Se fosse aprovada, esta nova categoria seria atribuída aos vinhos Vintage e Late Bottled Vintage (LBV) acabados de colher na vindima e que, por regra, terão de aguardar dois a quatro anos para serem comercializados. A proposta apresentada ao IVDP aponta a vindima de 2022 para início da comercialização desta nova categoria.

De acordo com a Quinta da Boeira, abrir esta nova categoria no Vinho do Porto permitiria vender em dezembro do ano de vindima, entre 2% a 3% da produção do Douro. Contas feitas, poderiam ser vendidas entre dois a três milhões de garrafas, o que representaria um encaixe financeiro de mais de 30 milhões de euros para a Região Demarcada do Douro.

“Temos vindo a verificar que uma grande maioria dos clientes, agentes e jornalistas que nos visitam no período de vindima, ao provarem os vinhos do Porto selecionados para a qualidade Vintage e LBV, propõem a compra imediata. Isto fez-nos perceber que podemos ter uma boa opção de encaixe financeiro imediato para o setor”, adianta Albino Jorge, administrador da Quinta da Boeira, Arte e Cultura.

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IRS, creches e mais pensões. Costa anuncia mais 9 medidas para tentar aprovar o Orçamento

O aumento extra das pensões vai ser antecipado para janeiro e vai beneficiar pensões até 1.097 euros. As creches vão ser gratuitas até 2024 e, no IRS, o mínimo de existência aumenta em 200 euros.

No final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, António Costa anunciou mais medidas para tentar convencer o PCP e o Bloco de Esquerda a viabilizarem o Orçamento do Estado para 2022.

As medidas foram anunciadas esta madrugada na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que se destinava a avaliar o estado das negociações entre Governo, PCP, PEV, Bloco de Esquerda e PAN para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022.

António Costa anunciou nove medidas para tentar desbloquear as negociações.

1. Salário mínimo vai chegar aos 850 euros em 2025

No papel de secretário-geral do PS, António Costa disse que quer “recuperar o peso das remunerações no PIB que desde 2008 até 2015 caiu. Queremos subir dos atuais 45% para os 48%, que é a média das remunerações no PIB no conjunto da União Europeia”.

Para que isso seja possível, “temos um calendário definido para a valorização do Salário Mínimo Nacional para os próximos anos, que aumentará sempre acima do PIB”. Assim, o Salário Mínimo vai aumentar:

  • 40 euros em 2022 para 705 euros
  • 45 euros em 2023 para 750 euros
  • 50 euros em 2024 para 800 euros
  • 50 euros em 2025 para 850 euros

Além desta intenção de aumentar o salário mínimo, intenção que vai para além da atual legislatura, António Costa também anunciou que “o Grupo parlamentar do PS vai propor ou vai apoiar na discussão do Orçamento na especialidade” as seguintes alterações:

2. Aumento extra de 10€ para mais pensionistas

Em vez de um aumento de 10 euros nas pensões a partir de 1 de agosto, o PS vai propor que este aumento extraordinário seja antecipado para janeiro de 2022.

Além disso, em vez de abranger pensionistas que recebam até 1,5 IAS (658 euros), o aumento extra vai beneficiar pensionistas com reformas até 2,5 IAS, ou seja, 1.097 euros mensais.

3. Eliminar o fator de sustentabilidade, mas pouco

O primeiro-ministro também anunciou na sede do PS que vai eliminar o fator de sustentabilidade para os pensionistas que tenham 60 anos e que tenham 80% de incapacidade durante pelo menos 15 anos.

O Bloco queria a eliminação deste fator para todas os reformados com 60 anos e 40 anos de desconto, mesmo que os 40 anos de descontos não tenham sido alcançados aos 60 anos de idade.

4. Mais 170 mil isentos de IRS

No final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, António Costa também disse que o partido “está disponível para aprovar ou propor um aumento do mínimo de existência em 200 euros”.

Esta alteração vai permitir que mais pessoas (170 mil) passem a ficar isentas de pagar IRS.

5. Mais dinheiro para os passes sociais

Nos serviços públicos, e para ir ao encontro das revindicações do PCP, Costa revelou um reforço de verbas para o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) e para “a densificação da oferta de transportes públicos”.

6. Creches gratuitas a partir de 2022 até 2024

Neste capítulo, o secretário-geral do PS também faz uma cedência ao PCP que sempre pediu uma rede de creches públicas gratuitas.

  • As creches vão ser gratuitas no primeiro ano a partir de setembro de 2022, ou seja, já no próximo ano letivo.
  • No ano seguinte, em setembro 2023, haverá gratuitidade para o primeiro e segundo ano.
  • A partir de 2024, a gratuitidade também abrangerá o terceiro ano.

“Em três anos, teremos a total gratuitidade da frequência das creches”, resume António Costa.

7. Mais dinheiro para as empresas

No mesmo dia em os patrões bateram com a porta na Concertação Social, António Costa também apresentou uma medida para as empresas.

Costa revelou um alargamento do Fundo de Tesouraria de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em 750 milhões de euros.

8. Criação da carreira de técnico auxiliar da saúde

Esta é uma medida para tentar agradar o Bloco de Esquerda e fazia parte da lista das 9 exigências apresentadas pelo partido de Catarina Martins.

“Já fora do Orçamento do Estado, o PS e o Governo procederão à criação de carreira de técnico auxiliar da saúde”, explicou o primeiro-ministro.

9. No final, uma medida para o PAN

O “alargamento do crime de maus tratos animais” foi a última medida apresentada pelo secretário-geral do PS no final da reunião da Comissão Política Nacional.

Estas medidas serão levadas à reunião que António Costa terá este sábado com o PCP (às 9h30) e com o Bloco de Esquerda, a partir das 11h00.

Isto tudo vai ter um impacto no défice? Confrontado pelos jornalistas se estas medidas terão impacto no défice, António Costa respondeu que sim. “Tem de se fazer uma contabilização final do impacto destas medidas”, que vão provocar “uma diminuição de receitas e aumento das despesas”. “Mas têm impactos que vão refletir-se no défice, apesar de haver novas previsões de crescimento e isso [também] impactar no défice”.

A proposta de Orçamento para 2022 prevê um défice público de 3,2%, abaixo dos 4,3% previstos para este ano.

E se o PCP e o Bloco chumbarem o OE? Confrontado com esta pergunta, António Costa respondeu que nesse cenário vai “manter o país na trajetória de governação que tem sido seguida”. Ou seja, sugere que o Governo não se demite. “Se o Presidente da República entender de forma diversa, também estou preparado para tudo”.

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Primeiro-ministro pede “desculpa” aos parceiros sociais por “lapso” na apresentação das medidas laborais

"Acho que houve uma falha processual na forma como o Governo apresentou o Governo das propostas e que houve um lapso", admitiu António Costa, garantindo que já pediu "desculpa" aos parceiros sociais.

O primeiro-ministro considera “lamentável” que o aumento da compensação por despedimento e a reposição do valor das horas extraordinárias acima das 120 horas anuais tenham sido aprovadas em Conselho de Ministros sem que estas medidas tivessem sido apresentadas aos parceiros sociais, apesar de o Governo ter estado reunido com os sindicatos e os patrões na véspera. “Houve um lapso involuntário”, disse António Costa. Em reação, as confederações patronais decidiram, esta sexta-feira, suspender com efeitos imediatos a sua participação na Concertação Social e solicitar uma audiência ao Presidente da República.

“É lamentável“, reconheceu o chefe do Executivo, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, à entrada da Comissão Política Nacional do PS. “Já tive oportunidade de esclarecer e apresentar desculpas. Acho que houve uma falha processual na forma como o Governo apresentou as propostas e que houve um lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes, em sede de Concertação Social”, sublinhou António Costa. “Houve um lapso involuntário”, insistiu.

De notar que foi, aliás, o primeiro-ministro que anunciou, na semana passada, que a Agenda do Trabalho Digno seria aprovada esta quinta-feira, estando em causa um pacote de medidas laborais que, na última versão apresentada aos parceiros sociais, incluía 70 medidas.

O Executivo acabou por dar “luz verde”, contudo, a algumas medidas adicionais, incluindo o alargamento da compensação para 24 dias por ano em caso de cessação de contrato a termo ou a termo incerto, a reposição dos valores de pagamento das horas extraordinárias em vigor até 2012, a partir das 120 horas anuais e o alargamento do princípio do tratamento mais favorável às situações de teletrabalho e trabalho em plataformas digitais. Isto sem que estas alterações tivessem sido discutidas com os sindicatos e com o patronato.

Em reação, as confederações patronais decidiram suspender de imediato a sua participação na Concertação Social e solicitar uma audiência ao Presidente da República, após a qual reavaliarão a sua posição.

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