Barclays lucrou 6.204 milhões de euros até setembro

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

A faturação total atingiu 16.780 milhões de libras (19.800 milhões de euros) nos primeiros nove meses deste ano, uma ligeira queda de 0,26% em relação ao mesmo período de 2020.

O lucro atribuído do banco Barclays atingiu 5.258 milhões de libras (6.204 milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 302% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, o banco indicou que, entre janeiro e setembro de 2020, tinha registado um lucro atribuído de 1.306 milhões de libras (1.543 milhões de euros).

O lucro antes de impostos do Barclays de janeiro a setembro deste ano foi de 6.940 milhões de libras (8.189 milhões de euros), um aumento de 186% em relação aos mesmos nove meses do ano passado, de acordo com a nota.

A faturação total atingiu 16.780 milhões de libras (19.800 milhões de euros) nos primeiros nove meses deste ano, uma ligeira queda de 0,26% em relação ao mesmo período de 2020.

O rácio empréstimos-depósitos foi de 69%, que compara com 70% no mesmo período do ano anterior, enquanto os empréstimos atingiram 353.000 milhões de libras (416.540 milhões de euros) e os depósitos ascenderam a 510.200 milhões de libras (602.036 milhões de euros).

Relativamente ao nível de solvência, o rácio CET1 era de 15,4%, prevendo-se que se mantenha acima dos 13% ou 14% até ao final do ano, de acordo com o banco britânico.

O diretor executivo do Barclays, James Staley, considerou esta quinta-feira que estes resultados demonstram os benefícios do seu modelo de negócios diversificado, acrescentando que o banco continua a apoiar os seus clientes no período de pandemia.

O responsável acrescentou que se observa uma recuperação do consumidor e sinais de um ambiente mais favorável.

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Ações da Evergrande afundam 13,6% no regresso à negociação

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Plano para vender a sua divisão de serviços imobiliários por 2,6 mil milhões de dólares falhou e os investidores castigaram os títulos. O preço das ações caiu mais de 80%, este ano.

O grupo imobiliário chinês Evergrande, fragilizado por uma dívida de 260 mil milhões de euros, anunciou o regresso dos seus títulos à Bolsa de Hong Kong esta quinta-feira, após uma suspensão desde 4 de outubro, depois de a imobiliária ter falhado vários pagamentos. As cotações foram retomadas esta quinta-feira e o resultado foi uma queda abrupta de 13,6%.

A empresa revelou que o plano para vender a sua divisão de serviços imobiliários por 2,6 mil milhões de dólares falhou e os investidores castigaram os títulos neste regresso aos mercados. As ações da Evergrande caíram até 13,6%, após o fim da suspensão de duas semanas, enquanto as ações da afiliada Evergrande Property Services, que também foram congeladas durante o mesmo período, caíram até 10,2%. As ações da Evergrande New Energy Vehicle, a subsidiária de veículos elétricos que negociou em Hong Kong sem interrupção nas últimas semanas, caíram até 14%.

O preço das ações da Evergrande caiu mais de 80%, este ano, representando uma perda superior a 190 mil milhões dólares (163 mil milhões de euros), em capitalização de mercado.

No anúncio que fez de regresso aos meracdos, a Evergrande alertou que pode “não estar em condições de cumprir as suas obrigações financeiras”, acrescentando que “continuará a adotar medidas para atenuar os problemas de liquidez”. O grupo luta há várias semanas para honrar o pagamento de juros e entregar apartamentos aos seus clientes. E, apesar de não ter conseguido vender 50,1% do capital de uma das suas subsidiárias a outra imobiliária chinesa, a Hopson — um negócio que podia ter rendido 2,2 mil milhões de euros à Evergrande — conseguiu uma extensão de três meses para o pagamento das obrigações Jumbo Fortune, que já estão em incumprimento, um gesto raro de boa vontade.

A Evergrande disse que o negócio foi interrompido porque “tinha motivos para acreditar” que o comprador “não cumpriu o pré-requisito” para fazer a oferta. Já a Hopson referiu em comunicado que estava “preparada para concluir a venda”, mas que não quis pagar diretamente pelas ações, até que as obrigações entre esta última e a Evergrande fossem liquidadas.

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Nova vaga alastra na Europa sobretudo em regiões com menos vacinação

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

A situação é sentida com mais impacto no centro e leste europeu, onde os níveis de vacinação seguem o cenário russo e se mantêm baixos.

Uma nova vaga de covid-19 está a ganhar terreno em toda a Europa, atingindo sobretudo os países com taxas de vacinação baixas, mas também os jovens, e obrigando os governos a reimpor restrições.

A situação é sentida com mais impacto no centro e leste europeu, onde os níveis de vacinação seguem o cenário russo e se mantêm baixos.

Naquela zona, a Ucrânia, a Letónia, a Roménia, a Bulgária, a República Checa, a Polónia, a Sérvia e a Croácia são os países onde o aumento das infeções está a pressionar mais os sistemas de saúde e a alarmar o resto da Europa.

Ucrânia

Na terça-feira, a Ucrânia, onde apenas 16% da população está vacinada, registou um recorde de 538 mortes e 15.579 novos infetados em 24 horas. Desde o início da pandemia, mais de 61.000 pessoas morreram oficialmente devido ao coronavírus na Ucrânia, pelo que o país, onde vivem 45 milhões de habitantes, é proporcionalmente um dos que mais mortes apresenta na Europa. O Governo de Kiev decidiu, face à situação, voltar a adotar restrições em eventos públicos e salas de espetáculos.

Letónia

Também a Letónia, um dos países com menor taxa de vacinação na União Europeia, decidiu voltar ao confinamento – durante cerca de um mês – e ao recolhimento obrigatório face ao agravamento do número de infeções por covid-19. Na segunda-feira, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da Letónia avançou que a taxa de incidência da doença no país é de 864 pessoas por cada 100.000 habitantes, constituindo atualmente uma das mais altas do mundo.

Roménia

A Roménia, que até agora só conseguiu vacinar um terço dos seus 19 milhões de habitantes, apresenta atualmente a segunda taxa mais alta do mundo em termos de mortes por tamanho de população, registando 18 vítimas mortais por cada milhão de pessoas.

Bulgária

A baixa taxa de vacinação também está a afetar a Bulgária que, na terça-feira, registou quase 5.000 novas infeções em 24 horas, o maior número desde março passado, enquanto 214 pessoas morreram de covid-19 num único dia. A Bulgária continua no último lugar da lista de países da União Europeia em termos de população vacinada, com apenas 23,9% das pessoas com o esquema completo. Por isso, o Governo admitiu estar a ponderar a introdução de novas restrições, como limitar o acesso a eventos desportivos, culturais e de lazer apenas a pessoas vacinadas, curadas ou com um teste de coronavírus negativo.

República Checa

A República Checa foi também atingida por um aumento acentuado do número de infetados, contabilizando, na terça-feira, 3.246 novos casos em 24 horas, o que representa mais do dobro dos casos diários na semana anterior. O valor constituiu um recorde desde 20 de abril e levou o Governo a reintroduzir medidas restritivas para controlar a pandemia, como o uso obrigatório de máscaras faciais em locais de trabalho e escolas.

Polónia

Mais drástico foi o ministro da Saúde da Polónia que, perante a duplicação do número de novos casos em 24 horas registada na quarta-feira, propôs que a polícia passe a emitir multas em vez de “simplesmente repreender os cidadãos que não cumpram as restrições”. Segundo o ministro, Adam Niedzielski, a Polónia está a viver uma “explosão pandémica”, com 5.559 novos infetados e 75 mortos entre terça e quarta-feira, o que, alertou, “vai obrigar a tomar medidas drásticas”. A campanha de vacinação na Polónia está estagnada há alguns meses e apenas 52% dos polacos têm o esquema já completo.

Sérvia

Após várias semanas a ultrapassar os vários milhares de novas infeções diárias e as cerca de 50 mortes por dia, a Sérvia decidiu, na quarta-feira, adotar os passes covid-19 para locais de entretenimento fechados, como restaurantes, bares e discotecas. A primeira-ministra sérvia, Ana Brnabic, disse que a nova medida entra em vigor no sábado e será aplicada a partir das 22:00.

A decisão foi também tomada na sequência de vários pedidos de especialistas médicos para que as autoridades imponham restrições severas face às baixas taxas de vacinação no país. A Sérvia já soma mais de 1 milhão de infetados e quase 10.000 mortes no país desde o início da pandemia, mas só cerca de metade dos adultos estão vacinados.

Croácia

As infeções pelo coronavírus SARS-Cov-2 também têm aumentado na Croácia, onde foram registados, na quarta-feira, mais de 3.000 novos casos em 24 horas, atingindo o maior número dos últimos meses. O número representa uma subida de cerca de 1.000 doentes em relação à média diária contabilizada na semana passada.

A Croácia também tem uma taxa de vacinação de cerca de 50% de sua população adulta, mas, segundo a imprensa local, as pessoas começaram, na quarta-feira, a fazer filas nos locais de vacinação da capital, Zagreb, após a divulgação do aumento mais recente do número de novos infetados.

Rússia

A nova vaga no leste da Europa parece refletir o que se passa na Rússia, onde os números associados à pandemia continuam a bater recordes diários, com o país a registar mais de mil mortes diárias causadas pela covid-19.

Até ao momento, 47,2 milhões de russos receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 em todo o país, ou seja, menos de um terço da população, tendo o organismo de saúde pública do país defendido, esta semana, a necessidade de adotar aquilo que chamou “dias não úteis”, ou seja, sem trabalho, para combater os contágios.

Em Moscovo, a cidade onde a situação é mais grave, serão, pela primeira vez, adotados confinamentos para aqueles com mais de 60 anos e ainda não vacinados.

Reino Unido

O Reino Unido registou, na terça-feira, 223 mortes por covid-19 em 24 horas, o maior número diário desde março e que confirmou o aumento sustentado das últimas semanas. O surto está concentrado nos menores de 20 anos não vacinados, mas está a espalhar-se também para os seus pais de meia-idade, aumentando gravemente as hospitalizações.

O diretor executivo da confederação do NHS (o serviço inglês de saúde pública), Matthew Taylor, pediu na quarta-feira ao Governo britânico que restabeleça restrições face ao aumento contínuo de casos e consequente pressão sobre os hospitais, sobretudo numa altura em que está a chegar o inverno. Perante os indícios de nova vaga de covid-19, o Governo britânico admitiu ter se de preparar para “um inverno difícil”, mas afastou a possibilidade de voltar a adotar as restrições já suspensas.

A Irlanda, por seu lado – que já vacinou quase 90% das pessoas com mais de 12 anos – decidiu adiar o levantamento, agendado para a próxima semana, de algumas medidas de restrição e manter a obrigação de usar máscara em espaços interiores, como discotecas, lojas e transportes públicos.

Países Baixos

Outro país da Europa ocidental que está a viver um ressurgimento da covid-19 é os Países Baixos, que registou um crescimento de 44% no número de novos infetados na semana passada. As autoridades sanitárias locais registaram 25.750 novos casos de covid-19 nos últimos sete dias, face aos 17.850 contabilizados na semana anterior, aumento que aconteceu sobretudo nas regiões de maioria calvinista, onde as taxas de vacinação são muito mais baixas. Para já, não estão a ser ponderadas novas medidas restritivas de combate ao surto.

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Bankinter com lucros de 1.250 milhões até setembro, Portugal contribui com 40 milhões

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

Resultado obtido entre janeiro e setembro é mais de cinco vezes superior ao obtido no ano passado, muito influenciado pela pandemia, e supera os níveis anteriores.

O espanhol Bankinter teve lucros de 1.250,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, incluindo uma mais-valia extraordinária de 895,7 milhões, com os balcões em Portugal a contribuírem com 40 milhões de euros. O resultado obtido entre janeiro e setembro é mais de cinco vezes superior ao obtido no ano passado, muito influenciados pela pandemia, e supera os níveis anteriores.

Em comunicado publicado esta quinta-feira pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) espanhola, o grupo bancário informa que, excluindo a mais-valia da transação não recorrente da ‘Línea Directa’, o banco obteve um benefício líquido 354,9 milhões. Este benefício pode ser comparado com o lucro de 220,1 milhões de euros no mesmo período de 2020 e 444 milhões de euros de 2019, embora este último inclua uma rubrica extraordinária de 57 milhões de euros proveniente da aquisição do EVO Banco.

A ‘Línea Directa’ era a filial de seguros do Bankinter que entrou na bolsa de valores de Madrid em 29 de abril último, com 82,6% do seu capital a ser distribuído pelos acionistas do grupo no segundo trimestre do ano.

Fazendo a análise da evolução dos principais rácios, a rendibilidade do capital próprio, ROE, excluindo a mais-valia da Línea Directa, foi de 9,4%, contra 7,1% no terceiro trimestre de 2020, período em que o Banco teve de enfrentar provisões extraordinárias mais elevadas devido à pandemia e à mudança para pior da situação macroeconómica.

No que diz respeito ao capital, o rácio CET1 ‘fully loaded’ do Bankinter é de 12,3%, em comparação com 11,97% há um ano, e muito superior aos 7,68% exigidos pelo BCE (Banco Central Europeu). O rácio de crédito malparado foi de 2,40%, 11 pontos base melhor do que um ano antes, depois do fim das moratórias hipotecárias, o que não teve qualquer impacto sobre este item. A cobertura do crédito malparado foi de 62,75%, também 110 pontos base mais elevada do que um ano antes.

A conta de resultados mostra um crescimento em todas as alíneas, tanto em comparação com o mesmo período de 2020 como mesmo em comparação com 2019. Segundo o Bankinter, isto reflete, em primeiro lugar, que o banco está a antecipar com sucesso o caminho da recuperação económica e, paralelamente, que tem a diversificação e o potencial para cumprir os seus exigentes objetivos de compensar com o negócio bancário, durante um período de aproximadamente três anos, a ausência dos lucros da Línea Directa.

O Bankinter destaca que a sua sucursal em Portugal “acelerou o seu crescimento” em todos os seus negócios e rúbricas do balanço, com o consequente bom desempenho das margens e lucros antes de impostos. O crescimento global da carteira de crédito foi de 5%, fechando o terceiro trimestre com uma carteira de 4.900 milhões de euros na banca comercial (+ 6%) e de 2.000 milhões de euros na banca de empresas (+ 5%). Os recursos dos clientes cresceram 19%, para 5.600 milhões de euros.

Este aumento da atividade comercial levou ao crescimento do rendimento líquido de juros (+4%) e, sobretudo, do rendimento bruto (+12%), graças ao bom desempenho dos rendimentos de honorários (+23%). O lucro antes das provisões foi de 51 milhões de euros, mais 21% do que no mesmo período de 2020. Depois de feitas as provisões correspondentes, o lucro antes de impostos do Bankinter Portugal ascendeu a 40 milhões de euros, um aumento de 24%.

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Nas notícias lá fora: Livro Bege, OE espanhol e Evergrande

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Do Livro Bege da Fed, passando pelas operações bancárias pós-Brexit e até à Evergrande, conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Um inquérito da Reserva Federal (Fed) indica que a economia norte-americana enfrentou vários problemas no início deste mês. Na banca, o BCE pressiona as instituições a reforçarem as operações pós-Brexit e a proposta de Orçamento do Estado espanhol aumenta em 52% os benefícios fiscais paras as empresas. A marcar esta quinta-feira, destaque ainda para a aprovação dada pelo regulador dos Estados Unidos às doses de reforço de vacinas Moderna e Janssen.

The Wall Street Journal

Livro Bege revela problemas na economia com ruturas nas cadeias de abastecimento e escassez de trabalhadores

Um inquérito da Reserva Federal (Fed) indicou que a economia dos EUA enfrentou vários problemas no início deste mês, das ruturas nas cadeias de abastecimento e escassez de trabalhadores à incerteza sobre a variante delta do novo coronavirus. Mas, no seu levantamento mais recente sobre as condições económicas no país, a Fed revela que a maioria das suas 12 regiões viu a despesa de consumo, a principal força da economia, manter-se positiva. O relatório aponta disparidades setoriais, com, por exemplo, as vendas de automóveis a baixarem, devido às dificuldades na produção com a obtenção de componentes críticos, como os semicondutores, enquanto a indústria cresceu, moderada ou robustamente, conforme as regiões da Fed. “A perspetiva para a atividade económica no médio prazo, em geral, permanece positiva, mas algumas regiões apontam mais incerteza e mais otimismo cauteloso do eu nos meses anteriores”, salientou-se o Livro Bege.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Orçamento de Espanha aumenta benefícios fiscais para as empresas em 52%

A grande novidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022 do Governo espanhol, em termos fiscais, é a criação de uma taxa mínima de 15% no imposto sobre as sociedades, que limitará a possibilidade de as empresas reduzirem a sua tributação mediante a aplicação de benefícios fiscais. Contudo, face à recuperação económica e à reativação de alguns investimentos sujeitos a incentivos, o Governo estima que, apesar desta nova limitação, as empresas espanholas irão aumentar a utilização dos benefícios fiscais em 52% face ao período homólogo, reduzindo em 5.674 milhões de euros as receitas potenciais do Estado.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

BCE pressiona bancos a impulsionarem as suas operações pós-Brexit

O Banco Central Europeu (BCE) está a pressionar os bancos a contratarem centenas de trabalhadores extra e milhares de milhões de capital extra às suas operações pós-Brexit na Europa continental. Uma das grandes surpresas do Brexit foi o facto de poucos empregos terem sido transferidos para a União Europeia, havendo apenas uma redução mínima de postos de trabalho em bancos de Londres nos últimos anos, contra as previsões que apontavam para que dezenas de milhares de empregos fossem realocados. Contudo, vários gestores de bancos, advogados e supervisores referem que o BCE está cada vez mais exigente no que toca aos credores transferirem mais recursos para a Europa.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Evergrande regressa à Bolsa de Hong Kong com queda abrupta e consegue nova extensão

O grupo imobiliário chinês Evergrande, afetado por uma dívida de 260 mil milhões de euros, anunciou o regresso dos seus títulos à Bolsa de Hong Kong, após uma suspensão desde 4 de outubro, depois de a imobiliária ter falhado vários pagamentos. As cotações foram retomadas esta quinta-feira e o resultado foi uma queda abrupta de 13,6%. A Evergrande alertou que, apesar do regresso, pode “não estar em condições de cumprir as suas obrigações financeiras”, acrescentando que “continuará a adotar medidas para atenuar os problemas de liquidez”. O grupo luta há várias semanas para honrar o pagamento de juros e entregar apartamentos aos seus clientes. O grupo conseguiu uma extensão por três meses para o pagamento das obrigações da Jumbo Fortune, que já estão em incumprimento, um gesto raro de boa vontade depois de ter fracassado a venda da unidade de serviços por 2,6 mil milhões de dólares.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Forbes

Regulador americano aprova doses de reforço de vacinas Moderna e Janssen

A agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA) deu luz verde à administração de doses de reforço das vacinas da Moderna e da Johnson & Johnson (Janssen) contra a Covid-19, assim como a opção de combinar o seu uso. A aprovação da FDA surge depois de um comité científico dos Estados Unidos ter recomendado, na semana passada, doses de reforço da Moderna para certos grupos populacionais e da Johnson & Johnson para pessoas com 18 ou mais anos. Na decisão, a FDA observa que a segunda dose da Johnson & Johnson pode ser dada dois meses após a primeira em pessoas com mais de 18 anos, recomendando o reforço da Moderna seis meses depois da vacinação completa, para determinados grupos. No caso da Moderna, a agência autoriza a dose para todas as pessoas com mais de 65 anos, bem como para os maiores de 18 anos que corram o risco de sofrer complicações de saúde graves com covid-19 ou com empregos em impliquem exposição à doença.

Leia a notícia completa na Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês)

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PSI-20 cede 0,5% com Galp Energia a cair mais de 1%

Após duas sessões consecutivas de ganhos, o PSI-20 volta às quedas esta quinta-feira com a maior parte das cotadas a cair, incluindo a Galp Energia que desvaloriza mais de 1%.

Acompanhando as quedas nas principais praças europeias, o PSI-20 está a desvalorizar 0,55% para os 5.730,6 pontos no arranque da sessão desta quinta-feira, após duas subidas consecutivas. A maior parte das cotadas em Lisboa negoceia em terreno negativo.

As bolsas europeias acompanham assim a queda das bolsas asiáticas que se seguiu ao sentimento otimista que levou Wall Street e a bitcoin a valorizar esta quarta-feira. Há neste momento novas preocupações sobre o setor imobiliário da China por causa da Evergrande (cujas ações desvalorizaram 14%), que poderá entrar em incumprimento nos próximos dias.

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX cede 0,7%, o francês CAC 50 desvaloriza 0,5%, o espanhol IBEX perde 0,8% e o britânico FTSE 100 contrai 0,5%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvaloriza 0,5% neste início de sessão.

Em Lisboa, apenas três cotadas estão a subir, uma está inalterada e as restantes registam perdas. Entre as quedas, o destaque vai para os CTT, que desvalorizam 1,17% para os 5,09 euros, a Galp Energia, que cede 1,1% para os 9,88 euros — numa sessão em que o petróleo está a desvalorizar ligeiramente –, e a Mota Engil, que perde 1% para os 1,38 euros.

De notar ainda a queda de 0,81% para os 12,18 euros da Semapa e de 0,64% para os 3,12 euros da Navigator. Também o grupo EDP, a REN, a Jerónimo Martins e a Corticeira Amorim seguem em baixa neste arranque da sessão bolsista.

A evitar uma queda maior do PSI-20 está a Ramada Investimentos, cujas ações sobem 1,03% para os 5,9 euros, a Greenvolt, cujos títulos valorizam 0,45% para os 6,7 euros, e a Ibersol, cujas ações avançam 0,35% para os 5,74 euros.

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Governo admite alguma atualização das rendas antigas

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Executivo admite alguma atualização das rendas antigas, calculada "de acordo com a taxa de esforço" dos inquilinos.

A proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) prevê um congelamento do período transitório das rendas antigas por mais um ano, totalizando, assim 11 anos. Contudo, de acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), o Executivo admite haver alguma atualização, calculada “de acordo com a taxa de esforço” dos inquilinos, ou seja, em função dos seus rendimentos.

A proposta do OE prevê que o prazo do período transitório fique suspenso durante 2022 ou até à conclusão de um relatório que o Governo vai pedir ao Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana para identificar quantas famílias estão em causa. Contudo, de acordo com a secretária de Estado da Habitação, citada por aquele jornal, “o que se pretende é clarificar que a atualização de acordo com a taxa de esforço e de acordo com este artigo pode aplicar-se durante este período de suspensão“.

Para a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), a proposta do Executivo “parece dar a entender que será possibilitada uma nova tentativa de atualização da renda, com base na averiguação da manutenção da carência económica invocada pelo inquilino há uma década” e que isso poderá ser feito através da declaração de rendimento anual bruto corrigido (RABC) passada pela Autoridade Tributária.

Esta medida afeta os contratos habitacionais celebrados antes de 1990 e contratos não habitacionais celebrados antes de 1995. No fim do período transitório, que se propõe agora passar para 11 anos, o contrato de arrendamento antigo transita para o NRAU, mas mantém-se por mais cinco anos. Nesse período, caso haja um aumento de renda, este não poderá ser superior a 1/15 do valor patrimonial tributário (VPT) do imóvel.

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Estado vai deixar de contratar empresas com precários

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Além das mexidas na legislação laboral, o Governo prepara-se também para criar o regime de dedicação plena dos médicos do SNS que não lhes permitirá ser chefes de hospitais ou clínicas privadas.

O Conselho de Ministros desta quinta-feira vai aprovar a agenda para o trabalho digno e vai incluir uma medida que excluirá dos contratos públicos empresas que tenham precários. Segundo o Jornal de Notícias (acesso pago), a medida só se aplica a contratos de prestação de serviços com duração superior a um ano, os quais vão obrigar a que todos os trabalhadores tenham contrato a termo incerto.

Se o contrato com o Estado tiver uma duração inferior a um ano, o trabalhador até pode ter um vínculo temporário mas a sua duração não pode ser inferior à duração do contrato com o Estado. A ministra do Trabalho considera que esta é uma “forma de dar o exemplo” e de “impor comportamentos”. “É uma medida muito poderosa, mas que também mostra este compromisso total de combate à precariedade também pela forma como o Estado seleciona as entidades com quem contrata“, garante Ana Mendes Godinho.

Além disso, segundo o Jornal de Negócios (acesso pago) e o Diário de Notícias (acesso pago), está em aberto a possibilidade de, perante as difíceis negociações para a esquerda viabilizar o Orçamento do Estado para 2022, ficar previsto o aumento progressivo da compensação por horas extraordinárias, mas apenas a partir de um número anual significativo (121.ª hora). Esta seria uma reversão parcial face à redução da compensação das horas extra concretizada durante a troika.

No Conselho de Ministros desta quinta-feira também será aprovado um decreto que regulamenta o estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), concretizando a Lei de Bases da Saúde negociada à esquerda. O novo estatuto vai definir no regime de dedicação plena ao SNS que os médicos só não poderão exercer cargos de chefia e direção no setor privado, avança o Público (acesso condicionado). O regime de dedicação plena será de aplicação progressiva, sendo que inicialmente apenas os médicos poderão aderir voluntariamente. A majoração salarial para quem aderir ainda será negociada com os sindicatos.

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Isenção de IMI passa a considerar o rendimento bruto em vez do coletável

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

Esta alteração vai, na prática, reduzir a abrangência da isenção do IMI uma vez que ao considerar o bruto algumas famílias deixarão de ter direito a esta isenção.

A isenção temporária de IMI para habitação própria e permanente vai passar a ter em conta o rendimento bruto da família em vez do rendimento coletável, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Esta alteração vai, na prática, reduzir a abrangência da isenção do IMI uma vez que o valor limite de rendimento em causa mantém-se nos 153.300 euros, mas ao considerar o bruto algumas famílias deixarão de ter direito a esta isenção.

Entre as várias isenções em sede de IMI inclui-se a que é atribuída, por um período de três anos, a casas destinadas a habitação própria e permanente do proprietário ou do seu agregado familiar.

Atualmente, para beneficiar desta isenção é necessário que a família em causa tenha tido um rendimento coletável, para efeitos de IRS, no ano anterior ao pedido da isenção, não superior a 153.300 euros.

Já na proposta de lei do OE2022, prevê-se que “ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis […] os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo rendimento bruto total do agregado familiar, no ano anterior, não seja superior a 153.300 euros”.

A redação proposta no OE2022 deixa, assim, de ter em conta as deduções específicas que abatem ao rendimento bruto para que seja determinado o rendimento coletável em sede de IRS. Em causa estão deduções específicas de 4.104 euros por contribuinte – ou o dobro tratando-se de casal – ou o valor das contribuições para a Segurança Social ou outro regime de proteção social, se superior.

Tendo por limite o rendimento coletável, e à luz das regras ainda em vigor, uma família cujo rendimento bruto anual ronde os 170 mil euros ainda tem direito a beneficiar da isenção de IMI por três anos, mas deixará de ser abrangida com o limite proposto no OE2022. Refira-se que para beneficiar da isenção temporária de três anos do IMI é ainda necessário que o valor patrimónios do imóvel (VPT) em causa não supere os 125 mil euros.

De acordo com a proposta do OE2022, a isenção do IMI passa a ser de atribuição automática nas situações de aquisição onerosa.

O Governo entregou no dia 11 à noite, na Assembleia da República, a proposta de OE2022, que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022. O primeiro processo de debate parlamentar do OE2022 decorre entre 22 e 27 de outubro, dia em que será feita a votação, na generalidade. A votação final global está agendada para 25 de novembro, na Assembleia da República, em Lisboa.

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Hoje nas notícias: Precários, rendas e englobamento

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A marcar esta quinta-feira está a notícia de que o Governo vai aprovar uma medida que prevê o fim de contratos públicos com empresas que tenham trabalhadores precários. Destaque ainda para a proposta do OE2022, que poderá trazer alguma atualização das rendas antigas, mas também o englobamento obrigatório para fundos de investimento. É ainda notícia que o novo estatuto do SNS vai prever que médicos do Estado com dedicação plena só não poderão ser chefes no privado.

Estado vai deixar de contratar empresas com precários

O Conselho de Ministros desta quinta-feira vai aprovar a agenda para o trabalho digno e incluir uma medida que excluirá dos contratos públicos empresas que tenham precários. A medida só se aplica a contratos de prestação de serviços com duração superior a um ano, os quais vão obrigar a que todos os trabalhadores tenham contrato a termo incerto. Se o contrato com o Estado tiver uma duração inferior a um ano, o trabalhador até pode ter um vínculo temporário, mas a sua duração não pode ser inferior à duração do contrato com o Estado.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Médicos do SNS com dedicação plena só não poderão ser chefes no privado

O novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) irá definir no regime de dedicação plena ao SNS que os médicos só não poderão exercer cargos de chefia e direção no setor privado. O decreto-lei que será aprovado em Conselho de Ministros esta quinta-feira regulamenta o estatuto do SNS, concretizando a Lei de Bases da Saúde negociada à esquerda. O regime de dedicação plena será de aplicação progressiva, sendo que inicialmente apenas os médicos poderão aderir voluntariamente. A majoração salarial para quem aderir ainda será negociada com os sindicatos.

Governo admite alguma atualização a rendas antigas

Na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o Governo propõe mais um ano de congelamento das rendas antigas. Contudo, poderá haver lugar a alguma atualização: “o que se pretende é clarificar que a atualização de acordo com a taxa de esforço e de acordo com este artigo pode aplicar-se durante este período de suspensão”, esclarece a secretária de Estado da Habitação. Fonte oficial da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) acrescenta que isso talvez seja feito através da declaração de rendimento anual bruto corrigido (RABC).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Fundos de investimento também terão englobamento obrigatório

Os fiscalistas consideram que os fundos de investimento detidos por particulares também serão alvo do englobamento obrigatório em sede de IRS, caso a proposta do Orçamento do Estado para 2022 seja viabilizada no Parlamento. “A nova regra do englobamento obrigatório das mais-valias abrange o saldo entre as mais-valias e menos-valias de todas as alienações onerosas de partes sociais e outros valores mobiliários, o que inclui os ganhos ou perdas decorrentes da alienação e resgates de unidades de participação em fundos de investimento, bem como da liquidação destes fundos”, explica Bruno Alves, tax partner da PwC.

Leia a notícia completa no Observador (acesso condicionado)

Estado alvo de 127 ataques informáticos no ano passado

Os organismos do Estado foram alvo de 127 ataques informáticos no ano passado, menos 12 que em 2019. Os números resultam de inquérito, que mostra que dos 718 organismos, 99 (13,8%) reportaram ter detetado problemas de segurança informática nos sistemas. Há também registo de destruição ou corrupção de informação, assim como divulgação de dados confidenciais devido a ataques de intrusão. Apesar de estes ataques serem recorrentes, apenas 34 organismos têm seguro contra incidentes de segurança.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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5 coisas que vão marcar o dia

O Governo vai discutir, em Conselho de Ministros, algumas das "bandeiras" dos parceiros de esquerda. No plano económico, o Banco de Portugal vai medir o pulso à economia.

Numa altura em que se acentuam os receios relativos a um eventual chumbo do Orçamento do Estado para o próximo ano, o Governo vai discutir, em Conselho de Ministros, algumas das “bandeiras” dos parceiros de esquerda. No plano económico, o Banco de Portugal vai medir o pulso à economia. A marcar o dia estará ainda o Conselho Europeu, sendo que os preços da energia estarão em foco.

Conselho de Ministros discute trabalho digno

O Governo reúne em Conselho de Ministros para tentar desatar alguns nós na proposta de Orçamento do Estado para 2022. O primeiro-ministro, António Costa, já confirmou dois dos temas que vão estar em cima da mesa na reunião: a Agenda do Trabalho Digno — incluindo a possibilidade de mexer na caducidade da contratação coletiva — e o novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

BdP mede endividamento da economia

O Banco de Portugal atualiza a informação sobre o endividamento do setor não financeiro com dados referentes a agosto. No mês anterior, a dívida encolheu 1,2 mil milhões de euros face a junho, tendo-se fixado em 761,3 mil milhões. O endividamento do setor público caiu 3,2 mil milhões (para 347,3 mil milhões), mas o endividamento do setor privado aumentou em 2 mil milhões de euros (para 414 mil milhões).

Conselho Europeu discute preços da energia

Hoje é o primeiro de dois dias de Conselho Europeu, no qual os chefes de Estado e de governo dos países da União Europeia discutirão a pandemia de Covid-19, a transformação digital, os preços elevados da energia, as migrações e as relações externas. Com os custos da energia a dispararem em toda a região, incluindo no mercado ibérico, os responsáveis deverão discutir medidas de âmbito nacional e europeu para combater os aumentos de preços, que podem travar a recuperação económica. Uma delas pode ser a compra conjunta de gás natural.

Combustíveis suscitam protestos

Os preços elevados dos combustíveis em concreto prometem continuar a marcar a agenda mediática e política. Muitos portugueses estão descontentes com o que pagam para atestar o depósito. Por isso, para esta quinta-feira, estão previstas iniciativas de protesto, incluindo um buzinão pelas 8h00 na ponte 25 de abril (Lisboa). No Facebook, um grupo com mais de meio milhão de membros apela também a um boicote às bombas. Na quarta-feira, o primeiro-ministro prometeu uma solução “transitória” para travar a escalada de preços ainda esta semana.

Como evolui a economia portuguesa?

O Banco de Portugal publica também os dados do indicador diário de atividade económica (DEI) até ao último domingo. Depois de ter acelerado em setembro, a atividade económica em Portugal abrandou no arranque de outubro, mostraram os dados mais recentes. O DEI é um indicador económico de alta frequência, desenhado pelo banco central para medir o estado da economia de semana para semana (o principal indicador, o PIB, só é atualizado a cada trimestre).

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YDigital “paga” regresso em Lisboa e fecha escritórios no estrangeiro

A agência de marketing digital assegura garagem e transportes para incentivar idas ao escritório no Parque das Nações, mas já fechou os espaços que tinha em Espanha, Colômbia, México e África do Sul.

Depois de ano e meio em trabalho remoto, a YDigital Media decidiu seguir a tendência de várias empresas de serviços um pouco por todo o mundo e adotar também o modelo híbrido na fase de pós-pandemia, mas deixando a “sugestão” aos colaboradores de se deslocarem ao escritório em Lisboa, pelo menos, dois dias por semana.

Percebendo, através de um inquérito, que “havia muita gente a querer regressar ao escritório, mas ainda muito habituada às [novas] rotinas” e presa a outras condicionantes, como o estacionamento ou o custo das deslocações diárias, a empresa de marketing digital passou a garantir um lugar de garagem para o automóvel e a pagar o passe mensal a quem prefere andar de transportes públicos.

Nuno Machado, CEO da YDigital Media, conta ao ECO que “esses deixaram de ser motivos” para manter o regime de teletrabalho. “É um incentivo para as pessoas que querem voltar a uma rotina. As pessoas estão a aderir e em outubro já toda a gente veio ao escritório”, detalha o gestor.

Porque decidiram dar este incentivo? “O espírito de equipa e a cultura de empresa são fundamentais. Como empresa digital, podemos trabalhar de qualquer lado, temos equipas em vários países e não precisamos de estar todos a trabalhar no mesmo lugar. Mas claro que ajuda ao espírito de equipa e à colaboração entre colegas se se virem, pelo menos, uma vez por semana”, responde.

Não precisamos de estar todos a trabalhar no mesmo lugar, mas claro que ajuda ao espírito de equipa e à colaboração entre colegas se se virem, pelo menos, uma vez por semana.

Nuno Machado

CEO da YDigital Media

No entanto, se na capital portuguesa a instrução é para os cerca de 30 funcionários voltarem ao escritório localizado no Parque das Nações, em quase todos os países estrangeiros em que a empresa mantém operações, deixou de ter espaços de trabalho próprios (que eram de dimensão mais reduzida) para essas duas dezenas de pessoas.

Foi o que a YDigital fez em Espanha, na Colômbia, no México e também na África do Sul, onde tinha duas localizações: Joanesburgo e Cidade do Cabo. E no caso do Brasil, mais concretamente em São Paulo, Nuno Machado diz que está “ainda a avaliar se faz sentido” manter essas instalações, até porque a pandemia parece estar mais longe do fim em algumas dessas geografias.

Nuno Machado, CEO da YDigital Media.

Apesar da crise provocada pela Covid-19 e do encerramento destes espaços no estrangeiro, o empresário destaca que a empresa conseguiu manter a equipa, tendo nos últimos meses recomeçado a contratar e estando com “processos ativos” de recrutamento, quer para Portugal quer noutros mercados, sobretudo para consultores na área digital e especialistas em marketing digital, que são “quadros muito procurados neste pós-pandemia”.

Sobre a presença internacional da agência digital, que tem a equipa lisboeta a trabalhar sobretudo em projetos fora do país e que fatura mais de 85% com clientes estrangeiros, Nuno Machado aponta que “o objetivo passa por consolidar os mercados” em que está presente, estando atento a outras oportunidades. Como a que teve há dois anos com um parceiro para abrir na Austrália e na Ásia e que “com a pandemia ficou tudo congelado”.

“Trabalha o mundo” desde o berço Timwe

Fundada em outubro de 2010 por Nuno Machado, Luís Roque e uma empresa sul-africana, que, entretanto, saiu da estrutura acionista, a YDigital Media está muito especializada em performance e em e-commerce. O foco atual está no retorno das campanhas, seja ao nível da notoriedade, seja na geração de vendas online.

Além de trabalhar com as grandes agências de meios que servem empresas em vários países, tem também clientes diretos nos setores da saúde, retalho, e-commerce, banca e automóvel, embora não esteja especializado em nenhum deles. E foi “através de oportunidades que surgiram com clientes ou porque [achou] que eram mercados interessantes” que foi criando equipas lá fora.

Quando decidiu sair da tecnológica Timwe — era responsável por vários mercados na Europa, em África e no sudeste asiático – para lançar a YDigital, percebendo que “havia uma oportunidade de mercado na área da publicidade digital”, o cofundador e sócio maioritário começou logo a “trabalhar para o mundo” e só dois anos depois é que teve os primeiros clientes em Portugal.

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