BPP: Paulo Guichard diz que a sua detenção é ilegal e pede libertação imediata

  • Lusa
  • 8 Outubro 2021

"A decisão condenatória que impôs ao requerente esta pena privativa não transitou em julgado", considera o advogado de Paulo Guichard na petição de 'Habeas Corpus'.

O ex-administrador do BPP Paulo Guichard, detido na quinta-feira no aeroporto do Porto vindo do Brasil, considera que a sua detenção é ilegal e pede libertação imediata, segundo o ‘habeas corpus‘ a que a Lusa teve acesso.

Na petição de ‘Habeas Corpus’ (pedido de libertação imediata por ilegalidade da detenção) ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, apresentada na quinta-feira, o advogado Nuno Brandão diz que o seu cliente, no decurso do caso do Banco Privado Português (BPP), “viveu no Brasil sempre com o conhecimento das autoridades judiciárias”, que foram “sempre informadas do seu paradeiro”.

Já após se conhecer a fuga de João Rendeiro (outro arguido do caso BPP), e perante a ordem da juíza titular do processo para Guichard se apresentar em tribunal hoje, refere o advogado que o antigo administrador “decidiu regressar a Portugal” e que isso mesmo anunciou na passada segunda-feira.

Esta quinta-feira de manhã Guichard chegou ao Porto vindo do Brasil e, segundo a informação que consta do pedido de ‘habeas corpus’, foi “detido por agentes da Polícia Judiciária, em cumprimento de ordem de detenção tomada pelo Juiz 22 do Juízo Central Criminal de Lisboa”.

Contudo, considera o advogado que “a decisão condenatória que impôs ao requerente esta pena privativa não transitou em julgado, motivo pelo qual a privação da liberdade a que o requerente se encontra neste momento sujeito é manifestamente ilegal”, pelo que pede a “imediata libertação” de Paulo Guichard.

Guichard, com 61 anos, de nacionalidade portuguesa, foi condenado a uma pena única de quatro anos e oito meses de prisão efetiva pela prática de seis crimes de falsidade informática e um crime de falsificação de boletins, atas ou documentos. Atualmente está detido no estabelecimento prisional de Custóias.

Paulo Guichard vivia há vários anos no Rio de Janeiro, Brasil.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, assim outro um processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancárias.

Entre os condenados em processos relacionados com o BPP estão os ex-administradores Paulo Guichard, Salvador Fezas Vital, Fernando Lima e João Rendeiro, que fugiu para o estrangeiro e está em paradeiro incerto.

Guichard, Fezas Vital e Fernando Lima expressaram publicamente repúdio pela fuga de João Rendeiro à Justiça.

Em 28 de setembro último, Rendeiro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva, num processo por crimes de burla qualificada.

Em outro processo, o ex-banqueiro foi condenado, em 14 de maio, a 10 anos de prisão por crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e branqueamento.

O fundador do BPP foi ainda condenado, em 15 de outubro de 2018, a uma pena de cinco anos de prisão por crimes de falsidade informática e falsificação de documentos no âmbito de um outro processo. Esta decisão já está transitada em julgado, após recursos falhados para o Tribunal da Relação, Supremo Tribunal e Tribunal Constitucional.

Rendeiro foi para o estrangeiro, comunicando, entretanto, que não tenciona regressar, que se sente injustiçado e que vai recorrer a instâncias internacionais.

“É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública”, escreveu num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, considerando que se tornou “bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos”.

Rendeiro considera ainda que foi vítima de “uma campanha populista de intoxicação da opinião pública e de pressão sobre a justiça” e que tem de ser “julgado pelos critérios legais que vigoravam à data”.

Diz o ex-presidente do BPP que a sua ausência do país é “um ato de legítima defesa contra uma justiça injusta” e que assume a responsabilidade no quadro dos atos bancários que praticou, mas que não se sujeitará a esta situação “sem resistência”.

(Notícia atualizada às 18h00 com mais informação)

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Rita Silvério Marques é a nova chief merchandising officer da Toys “R” US

Esta é mais uma das alterações à estrutura de liderança da empresa que anunciou a nomeação de Paloma Pérez para o cargo de presidente executiva em julho.

Rita Silvério Marques é a nova responsável máxima pela área de merchandising da Toys “R” Us para Portugal e Espanha. A profissional irá desempenhar funções a partir de Madrid, avança o Marketeer.

A contratação da nova chief merchandising officer é mais uma das alterações à estrutura de liderança da empresa que, no passado mês de julho, anunciou a nomeação de Paloma Pérez para o cargo de presidente executiva, e Paulo Sousa Marques passado a chairman, mantendo a participação no capital.

Rita Silvério Marques chega à Toys “R” Us depois de dois anos no Amorim Luxury Group, onde ocupou o cargo de retail general manager. A profissional passou também pela Iberia Sports Retail Group, onde esteve cerca de um ano como brands relations manager, e pela Sport Zone, onde esteve nove anos e desempenhou funções de business unit director.

IKEA Portugal, Reckitt Benckiser e Decathlon fazem também parte do currículo da nova chief merchandising officer da Toys “R” Us.

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Marcelo quer “regras da contratação pública flexíveis mas não laxistas”

O Presidente da República avisou também que o "insucesso na aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência seria um fracasso da nossa democracia".

Marcelo Rebelo de Sousa alertou que quer “regras da contratação pública flexíveis mas não laxistas” para controlar a execução dos fundos europeus, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Sobre este plano, o Presidente da República alertou que o seu eventual “insucesso” seria “um fracasso da nossa democracia”. “Não o vamos tolerar”, vincou.

As declarações do chefe de Estado foram proferidas esta sexta-feira de tarde na conferência do Ministério Público sobre a Prevenção da Fraude, no campus da Nova SBE em Carcavelos, e transmitidas pela RTP3. Numa intervenção focada na fiscalização da execução dos fundos europeus, cujo volume nos próximos anos será historicamente elevado, Marcelo fez questão de dizer que “mais vale prevenir do que remediar”.

E, portanto, é preciso criar os “mecanismos preventivos que permitam atualizar e revitalizar permanente a gestão” dos fundos europeus, de forma a ser ágil e eficaz o suficiente para dissuadir “eventuais infratores”. É neste âmbito que o Presidente da República nota a importância de se alcançar um “equilíbrio entre fiscalização e rapidez”, daí ser necessário regras “flexíveis mas não laxistas”.

No ano passado, o Governo, através do PS, e o PSD acordaram mexer nas regras da contratação pública, criando um regime especial e temporário para a execução do PRR, cujos prazos são mais apertados do que os do Quadro Financeiro Plurianual (QFP). Na altura, Marcelo forçou mudanças através do seu veto, as quais foram respondidas pelos partidos no início deste ano e as alterações avançaram.

No seu discurso na conferência do Ministério Público, o Presidente acrescentou que é preciso uma “exemplar coordenação” para evitar que a “boa intenção de muitos a prevenir não terminem em pouco ou nenhum sucesso”, pelo que é preciso “trabalhar em rede”, nomeadamente na fiscalização do PRR que conta com várias entidades como a Inspeção-Geral das Finanças, o Tribunal de Contas e a Agência para o Desenvolvimento e Coesão (ADC).

Marcelo fez ainda um apelo para que os resultados desse trabalho sejam claros aos olhos dos cidadãos: “É preciso haver transparência total dos fundos para que haja adesão popular“, disse, explicando que os cidadãos têm direito a exigir mecanismos de prevenção assim como que isso seja “visível, compreensível, detetável e acessível para o escrutínio” público.

Ao Ministério Público, o Presidente da República lembrou a sua “função basilar na defesa preventiva dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos” e mostrou-se empenhado em “duas tarefas urgentes” para as quais “todos somos poucos”. Por um lado, “ir mais longe nas leis que abram caminho ao reforço da ética e transparência e punam enriquecimentos não lícitos”. Por outro lado, “ir mais fundo nos meios humanos e outros na aplicação das leis, impedindo que nasça a ideia perigosa e inaceitável de que pode haver boas leis e julgadores atentos que os riscos e poderosos sempre escaparão a elas”.

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Escócia segue pisadas da Islândia, Espanha… Testa semana de quatro dias de trabalho

Enquanto a Escócia não tiver pleno controlo dos direitos laborais, independentemente dos resultados do piloto, o Governo não tem poder para fazer desta prática uma política nacional.

Depois do sucesso na Islândia e do projeto-piloto espanhol, a Escócia decidiu testar também a semana de quatro dias de trabalho. No entanto, no seu caso, os contornos são distintos. Independentemente dos resultados, o Governo escocês não tem poder para fazer desta prática uma política nacional.

A decisão surgiu na sequência dos resultados positivos que outros países têm tido, bem como dos testemunhos favoráveis das várias empresas escocesas que já adotaram este modelo. A empresa de construção Orocco de Edimburgo, é uma delas. Confessa que quando eliminou a sexta-feira do horário laboral, em abril, a produtividade começou a aumentar, bem como a saúde mental das pessoas, avança a Wired (acesso livre, conteúdo em inglês).

Também Melissa Cairney, que trabalha na empresa de embalagens UPAC de Glasgow, afirma que a empresa não teve dúvidas em relação a passar para a semana de quatro dias, depois de ter realizado um projeto-piloto de dois meses, no início no ano, que foi bem-sucedido. “Os ensaios […] não revelaram qualquer diminuição da produtividade, mas uma acentuada diminuição dos níveis de stress à medida que os colaboradores abraçaram o desejo da melhorar a gestão das suas vidas”, diz.

Mas, se estas descobertas já foram feitas, e pilotos semelhantes estão atualmente a ser realizados em Espanha e na Nova Zelândia, por exemplo, e na Irlanda cerca de duas dezenas de empresas já estão a testar este modelo — o que tem o Governo escocês a ganhar com o projeto-piloto na Escócia?

Segundo Tom Calvard, professor na Escola de Negócios da Universidade de Edimburgo, tem bastante. Mas alerta: “Se o Governo escocês quiser fazer com que o seu piloto realmente valha a pena, incluirá todos os setores da economia e todos os tipos de contratos de trabalho, algo que os pilotos anteriores ainda não abordaram completamente”. “O Governo escocês precisa de analisar os diferentes estatutos e grupos de emprego”, acrescenta.

Edimburgo, EscóciaPeggy Choucair por Pixabay

Resta saber se o piloto escocês irá incorporar estas questões. Apesar da votação e das declarações sobre a construção de uma “economia do bem-estar”, até agora, o SNP divulgou poucos detalhes sobre o que se espera que o seu piloto venha a implicar. Um porta-voz do Governo disse apenas que está ainda “nas fases iniciais de conceção”.

Independentemente dos detalhes do piloto escocês, é provável que os resultados sejam discutíveis. Isto porque a lei laboral é reservada a Westminster, o que significa que enquanto empresas como Orocco e UPAC podem alterar os padrões de trabalho pedindo a permissão dos colaboradores, o Governo escocês não tem poder para implementar a nível nacional a semana de trabalho de quatro dias.

“Nada impede um empregador [de mudar para uma semana de quatro dias] porque o horário de trabalho e os padrões de turnos são quase sempre uma característica de um contrato de trabalho”, refere David Morgan, especialista em emprego do escritório de advocacia Burness Paull. “Mas, se os empregadores deixassem de permitir que os trabalhadores trabalhassem cinco dias ou mais, isso seria bastante radical. [Se esse fosse o resultado do piloto] precisaria de legislação, mas o Governo escocês não pode alterar isso”, continua.

Para já, o SNP reconheceu que o projeto-piloto seria utilizado para “considerar uma mudança mais geral para uma semana de trabalho mais curta à medida que e quando a Escócia obtivesse o pleno controlo dos direitos laborais”.

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Espanha mantém máscaras obrigatórias em espaços fechados até à primavera de 2022

  • ECO
  • 8 Outubro 2021

Em Espanha, as máscaras vão continuar a ser obrigatórias em espaços fechados até à primavera do próximo ano. Ministra da saúde pede cautela e aconselha a "não baixar os braços".

Espanha vai manter as máscaras obrigatórias em espaços fechados até à primavera de 2022. O anúncio foi feita pela ministra da saúde, Carolina Daria, que garantiu que “ainda é necessário” este cenário, avança a ABC Sociedad (acesso livre).

A ministra de saúde de Espanha realçou que os níveis de vacinação em Espanha são “excecionais” e fazem deles “uma referência mundial”, mas aconselha “a não baixar a guarda”. Em Espanha, a incidência acumulada de novos casos de infeção baixou para 49 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Quanto à inoculação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19, disse que a medida encontra-se num “processo de revisão contínua” e que a prioridade foi reforçar a vacinação nas pessoas mais vulneráveis.

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5ª edição do Portugal Air Summit de regresso a Ponte de Sor

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  • 8 Outubro 2021

A fórmula do sucesso aeronáutico em Ponte de Sor de 13 a 17 de outubro. A maior cimeira da Península Ibérica volta a reunir as principais entidades e personalidades para discutir o futuro do setor.

O Portugal Air Summit, a maior Cimeira no setor aeronáutico, defesa e espaço da Península Ibérica, regressa a Ponte de Sor para a sua quinta edição. De 13 a 17 de outubro, o Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, localidade chave do cluster aeronáutico, volta a receber algumas das entidades e personalidades mais relevantes da indústria, infraestruturas e serviços, para debaterem e analisarem o setor da aviação – tripulada e não tripulada -, aeronáutica, espaço e defesa.

Sob o tema central “Flying for a New Start”, a quinta edição do Portugal Air Summit (PAS), que decorrerá num formato híbrido, reunirá novamente todos os atores da indústria aeroespacial em torno das últimas inovações tecnológicas e da discussão dos temas mais prementes da atualidade dos referidos setores. O evento decorrerá durante 5 dias, sendo os primeiros 3 dias maioritariamente de conferências sobre a temática e o setor, onde participarão mais de 200 oradores e serão discutidos mais de 50 temas.

Confirmadas estão já presenças, como o Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que abrirá o evento, e do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que fará a sessão de abertura de dia 13 de outubro, ou nomes como Christine Ourmières-Widener, Presidente Executiva da TAP, que falará sobre o futuro da companhia.

Segundo Nuno Molarinho, CEO da The Race, “Esta 5ª edição vem reforçar e trazer para o debate público a relevância da indústria aeronáutica no nosso país e a nível internacional. Será um momento em que os principais players deste setor poderão fazer um overview, bem como um posicionamento do que será a evolução deste mercado a médio-longo prazo. As entidades públicas aqui representadas revelam que o evento tem vindo a contribuir ao longo das suas edições para agregar o setor e assim contribuir para que os novos talentos reúnam e apresentem o melhor desta área”.

A pandemia de COVID-19 afetou gravemente a economia mundial, colocando a maior parte das indústrias numa situação de dificuldade.

O setor da aeronáutica e aviação foi um dos que mais sofreu, com uma prolongada queda do tráfego aéreo e acentuada diminuição da atividade.

A recuperação é incerta, sendo por isso primordial discutir o seu futuro, bem como debater as diferentes hipóteses de recuperação e viabilização desta atividade e das que se encontram subjacentes ou dependentes.

Também à semelhança de anos anteriores, o público poderá encontrar diversas atividades paralelas, assim como um forte programa lúdico nos dias 16 e 17, com Airshows, a passagem de 2 caças F16, espetáculo multimédia e a competição de lançamento de rockets, através do EuRoc – European Rocletry Challenge Este reúne alunos de várias universidades europeias, contando este ano com 20 equipas e cerca de 400 alunos de toda a Europa, entre as quais, pela primeira vez, uma equipa portuguesa do Instituto Superior Técnico. À semelhança das edições anteriores, a entrada é gratuita.

O Portugal Air Summit decorre de uma organização conjunta entre a Câmara Municipal de Ponte de Sor e a empresa TheRace, sendo que a quinta edição será igualmente transmitida em streaming, à semelhança de 2020, onde chegou a cerca de 60 países, posicionando o Portugal Air Summit como um dos 3 eventos com maior impacto internacional. Para visitar o evento, gratuito e aberto ao público, bastará dirigir-se ao Aeródromo de Ponte de Sor ou para assistir por streaming, terá apenas de se registar em www.portugalairsummit.pt

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Mais de 90 empresas assinam Manifesto “Rumo à COP26” do BSCD Portugal

  • Capital Verde
  • 8 Outubro 2021

Estes são os 11 temas que segundo o manifesto do BCSD Portugal não podem mesmo faltar nas negociações da COP26, em Glasgow.

A 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) aproxima-se, naquele que é um momento crítico para se cumprir o Acordo de Paris sobre o clima. Limitar o aquecimento da Terra a 1,5⁰C implica reduzir para metade as emissões globais até 2030, o que obriga a acelerar bastante o processo de descarbonização em todo o mundo.

Se a ação climática se limitasse às políticas atualmente em curso, tal resultaria num aquecimento global no mínimo de 2,9⁰C, incompatível com a ambicionada proteção para a biosfera e vida na Terra.

Neste contexto, o BCSD Portugal corrobora a relevância da COP26 e sublinha a importância de se alcançarem os seguintes objetivos como principais resultados:

1. Setor energético

Assegurar a neutralidade carbónica global até 2050, usando como referência global a ambição expressa no Roteiro para a Neutralidade Carbónica (RNC2050), designadamente, a ambição de mais de 80% do mix energético ter origem em fontes renováveis até 2050.

2. Natureza

Alinhar agendas e reconhecer que os objetivos de mitigação e adaptação às alterações climáticas não podem ser concretizados sem a promoção eficaz de soluções baseadas na natureza (nomeadamente, valorizando os sumidouros naturais de carbono, como a floresta e os oceanos), e o restauro, a conservação e a valorização dos recursos naturais.

3. Serviços de ecossistema

Adotar mecanismos de remuneração que permitam a valoração dos serviços que a natureza nos presta, geralmente não remunerados, para garantir que os seus benefícios, essenciais à economia, à regulação do clima e da diversidade biológica, e à nossa saúde, são assegurados no futuro.

4. Contribuições Nacionalmente Determinadas

Aumentar o número de países ativamente comprometidos em reduzir em 50% as emissões até 2030 e em atingir emissões net zero até 2050, tornando os seus compromissos juridicamente vinculativos. Paralelamente, garantir a finalização do Livro de Regras do Acordo de Paris e, no caso dos países da UE, garantir que as políticas nacionais acompanham as metas definidas.

5. Subsídios e mecanismos de mercado

Atribuir um preço de carbono, de modo a internalizar os seus impactes ambientais, e eliminar gradual e efetivamente subsídios injustificados ou incompatíveis com o objetivo de redução de emissões de Gases com Efeito de Estufa, através de instrumentos transparentes e robustos, de alcance global e equilibrados entre espaços económicos, de forma a evitar distorções concorrenciais que levem à exportação de emissões para geografias menos exigentes, ou à circulação de produtos que não cumpram os requisitos aplicáveis, assegurando a erradicação da pobreza energética, salvaguardando a segurança do abastecimento e contribuindo para transformar o comportamento dos consumidores.

6. Mercados de carbono internacionais

Definir regras claras e robustas para o funcionamento do Artigo 6º do Acordo de Paris sobre mercados de carbono, que evitem a dupla contabilização de créditos de carbono, garantam uma redução global das emissões e contribuam para a construção de uma economia neutra em carbono.

7. Financiamento de países em desenvolvimento

Cumprir o compromisso, definido no Acordo de Paris, de apoio aos países em desenvolvimento, no valor de 100 mil milhões de dólares por ano, enquanto fator crítico na proteção contra os impactes climáticos e na aceleração da descarbonização a nível global, com regras e monitorização.

8. Finanças sustentáveis

Criar incentivos de mercado que direcionem o financiamento e o investimento para soluções de baixo carbono, nomeadamente, soluções de finanças sustentáveis, procurando assegurar normas universais de medição e reporte do risco e dos impactes climáticos.

9. Investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I)

Apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias e a alteração de métodos produtivos, através da colaboração entre empresas e academia, e da dinamização de parcerias público-privadas em prol da neutralidade carbónica.

10. Transição justa

Criar mecanismos para qualificação e requalificação das pessoas mais afetadas pela transição, baseados no diálogo entre trabalhadores, empregadores, governos, comunidades e sociedade civil, para que ninguém fique para trás e se garanta que os custos e benefícios da ação climática são distribuídos de forma equitativa.

11. Planos de adaptação

Incentivar os países a desenvolverem estratégias de resiliência que acautelem os riscos climáticos físicos nos locais chave das cadeias de valor globais e para as comunidades e populações locais.

Estamos num momento decisivo. É crucial aproveitar as lições da pandemia para acelerar a transição necessária e evidente a urgência da COP26 ser um sucesso, de forma a evitar consequências desastrosas para as sociedades e economias.

São signatários do Manifesto “Rumo à COP26”:

Abreu Advogados, Inês Sequeira Mendes, Managing Partner

Accenture Portugal, José Gonçalves, Presidente

Águas e Energia do Porto, Frederico Fernandes, Presidente do Conselho de Administração

Algebra Capital, Vittorio Calvi, Managing Director

Altice Portugal, Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal

Altri, SGPS, S.A., José Soares de Pina, Presidente da Comissão Executiva

AMBIOSFERA LDA., Nuno Esteves de Carvalho, Diretor Geral

ANA Aeroportos de Portugal, S.A., Thierry Ligonnière, Presidente da Comissão Executiva

APCER – Associação Portuguesa de Certificação, José Leitão, CEO

APlanet, Joana Paredes Alves, Co-Founder

Avenue, Aniceto Viegas, CEO

BioRumo – Consultoria em Ambiente e Sustentabilidade, Luís Sousa, Diretor Geral

Biosphere Portugal, Patrícia Araújo, CEO

Bondalti, João de Mello, Presidente

Brisa, António Pires de Lima, Presidente da Comissão Executiva/CEO

Carglass, Pedro Soares, Head Of Procurement and Network Support

Casa Mendes Gonçalves, Carlos Mendes Gonçalves, Presidente do Conselho de Administração

Cimpor Portugal Cabo Verde Operations, Luís Fernandes, CEO

CMS – Rui Pena & Arnaut, Francisca Marques, Diretora Geral

Cocoon Experience, Anabela Fernandes, Managing Partner

Companhia das Lezírias, S.A., António João Coelho de Sousa, Presidente

CONSULAI, Pedro Santos, Diretor-Geral

Corticeira Amorim, Cristina Amorim, Board Member/CFO

Crédito Agrícola, Licínio Pina, Presidente do Grupo

CP – Comboios de Portugal, Nuno Freitas, Presidente do Conselho de Administração

CTT, João Bento, CEO

CUF, Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva

Deloitte Technology, S.A., António Lagartixo, CEO

Delta Cafés, Rita Nabeiro, Administração Grupo Nabeiro

Dual Borgstena Textile Portugal, Jorge Machado, Chief Executive Officer

EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A., José Pedro Salema, Presidente do Conselho de Administração

EDP – Energias de Portugal S.A., Miguel Stilwell d’Andrade, CEO

Efacec, Angelo Ramalho, CEO

Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, Presidente

Everis Portugal, Tiago Barroso, CEO

EY, Manuel Mota, Climate Change & Sustainability Services Leader

Fidelidade, Jorge Manuel Magalhães Correia, Chairman

Finerge S.A., Pedro Norton, CEO

FLEXDEAL SIMFE S.A., Alberto Amaral, CEO

Fujitsu Technology Solutions, Lda., Carlos Barros, Managing Director

Galp, Andy Brown, CEO

GoWithFlow, Jane Hoffer, CEO

Grosvenor House of Investments, Duarte Costa, Founder & Managing Partner

Grupo Ageas Portugal, Steven Braekeveldt, CEO

Grupo Águas de Portugal, José Furtado,Chairman & CEO

Grupo Casais, António Carlos Rodrigues, CEO

Grupo ProCME, José Reis Costa, Presidente

Hovione, Guy Villax, CEO

HyChem – Química Sustentável, Nuno Cortez Coelho, Presidente do Conselho de Administração

Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, Presidente do Conselho de Administração e Administrador-Delegado

Joyn SGPS, Gonçalo José Cardoso Nunes Caeiro, Co-Fundador

Lidergraf – Sustainable Printing, Cristiano Azevedo, CEO

LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, Aires Pereira, Presidente

Loyal, Mafalda Henriques, Managing Partner

ManpowerGroup Portugal, Rui Teixeira, Chief Operations Officer

Metropolitano de Lisboa, E.P.E., Vítor Domingues dos Santos, Presidente do Conselho de Administração

Millennium bcp, Miguel Maya, CEO

Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, CEO

NOS, Miguel Almeida, Presidente da Comissão Executiva

Oney Bank – Sucursal em Portugal, Dario Coffetti, Diretor Geral

Prio Bio, Emanuel Proença, CEO

PwC, Cláudia Coelho, Sustainability & Climate Change Partner

REN – Redes Energéticas Nacionais, Rodrigo Costa, Presidente

Resíduos do Nordeste, EIM, S.A., Hernâni Dinis Venâncio Dias, Presidente do Conselho de Administração

Saint-Gobain Portugal S.A., José Martos, CEO

Sair da Casca, Nathalie Ballan, Partner

Santander, Marcos Soares Ribeiro, Head Banca Responsável, Universidades e Novo Normal

Savills Portugal, Patrícia de Melo e Liz, CEO

Schneider Electric Portugal, Lda., João Rodrigues, Country Manager

Schréder, Nicolas Keutgen, Director

SECIL, Otmar Hübscher, CEO

Signium | Xara-Brasil, Proença de Carvalho & Partners, Felipa Xara-Brasil, Executive Board Member

Simas de Oeiras e Amadora, Alfredo Romano Castro, Diretor Delegado

Sofid, Marta Mariz, CEO

Sogrape, Fernando da Cunha Guedes, Presidente

SOJA DE PORTUGAL, António Isidoro, CEO/Presidente do Conselho de Administração

Sonae GPS, Isabel Barros, Presidente do Grupo Consultivo de Sustentabilidade

SOVENA, Jorge de Melo, CEO

Stravillia Sustainability Hub, Francisco Neves e Maria João Vaz, Managing Partners

SUMOL+COMPAL, Duarte Pinto, CEO

Super Bock Group S.A., Rui Lopes Ferreira, CEO

SUSTAINAZORES, Joana Borges Coutinho, Founder & CEO

Tabaqueira, Marcelo Nico, Diretor Geral

TECNOPLANO, S.A., Bernardo Matos de Pinho, Presidente do Conselho de Administração

The Navigator Company, João Castello-Branco, Presidente do Conselho de Administração

Tintex Textiles, Ricardo Silva, CEO

TRIVALOR SGPS, S.A, Joaquim Cabaço, Presidente Conselho de Administração

UCI – Dê Crédito à sua Vida, Pedro Megre, Diretor Geral

VINCI Energies Portugal, Pedro Afonso, CEO

Vogue Homes, S.A., Joaquim José da Silva Lico, Administrador

Zolve – Logística e Transporte, S.A., Vitor Figueiredo, CEO

Jorge Moreira da Silva, Presidente do Conselho Consultivo do BCSD Portugal

Isabel Ucha, Vice-Presidente do Conselho Consultivo do BCSD Portugal

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Wall Street em queda após desilusão dos dados do emprego

Foram criados menos empregos nos Estados Unidos em setembro face ao esperado, o que está a afetar a confiança dos investidores. Wall Street estão no "vermelho".

Os três principais índices norte-americanos estão em queda esta sexta-feira, após duas subidas consecutivas nas sessões anteriores. Após a resolução temporária da questão do teto da dívida, o sentimento dos investidores foi perturbado pelos dados do emprego que ficaram abaixo do esperado.

O Dow Jones desce 0,22% para os 34.678,1 pontos, o Nasdaq desvaloriza 0,08% para os 14.631,78 pontos e o S&P 500 cede 0,07% para os 4.396,74 pontos. Apesar desta queda ligeira, os três índices ainda apresentam um saldo semanal positivo nesta primeira semana de negociação do mês de outubro.

Os dados do mercado de trabalho de setembro desiludiram face ao esperado pelos analistas. O relatório sobre o emprego divulgado esta sexta-feira, o qual será crucial para a decisão da Reserva Federal norte-americana de desacelerar a injeção de estímulos através da compra de dívida, mostrou que apenas foram criados mais 194 mil postos de trabalho, bastante abaixo dos 500 mil estimados pelos mercados.

Por um lado, os postos de trabalho aumentaram 317 mil no setor privado, o que é um sinal positivo sobre o dinamismo da economia norte-americana — além disso, o crescimento do emprego em agosto foi revisto em alta de 131 mil para 366 mil. Por outro lado, houve uma redução de emprego no setor público na ordem dos 123 mil. Ainda assim, a taxa de desemprego dos EUA está neste momento nos 4,8%.

Esta quinta-feira o departamento norte-americano do Trabalho revelou que os pedidos de subsídio de desemprego desceram para 326 mil, menos 38 mil do que na semana anterior. Estes dados positivos chegaram um dia antes do relatório do emprego de setembro, o qual recebe mais atenção e está a ser um catalisador para os mercados.

O foco dos mercados financeiros deixa assim de estar no teto da dívida pública e no risco de default (incumprimento) por parte do Governo federal uma vez que houve um acordo temporário entre democratas e republicanos anunciado esta quinta-feira. O tema é recorrente na política norte-americana e voltará no início de dezembro quando esgotar o aumento temporário do teto da dívida agora acordado.

Na próxima semana arranca a época de resultados relativa ao terceiro trimestre deste ano.

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TC alerta para complexidade processual na instalação da Entidade da Transparência

  • Lusa
  • 8 Outubro 2021

O Tribunal Constitucional refutou qualquer responsabilidade pelo atraso na instalação da Entidade para a Transparência e alertou para a “complexidade dos procedimentos” que são exigidos.

O Tribunal Constitucional (TC) refutou esta sexta-feira qualquer responsabilidade pelo atraso na instalação da Entidade para a Transparência e alertou para a “complexidade dos procedimentos” que são exigidos, numa nota enviada à Lusa.

Na nota, o Tribunal Constitucional refere que “as mais recentes narrativas responsabilizam pelo atraso na instalação e entrada em funcionamento da Entidade, designadamente da instalação física (sede), o Tribunal Constitucional, sem a devida contextualização”.

O TC sublinha a “complexidade dos procedimentos exigíveis e o trabalho desenvolvido”, frisando que a entrada em funcionamento da Entidade para a Transparência exige duas condições, que estão dependentes de procedimentos em curso.

No que respeita à criação de uma plataforma eletrónica para tratamento das declarações de património e rendimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, que o TC estima em “muitos milhares”, decorre “ainda o prazo para apresentação de candidaturas” após o lançamento do concurso em 16 de agosto.

Quanto à instalação física da Entidade, o TC sublinha que a lei atribui ao Governo esse encargo, sendo que o Tribunal “sugeriu as cidades de Coimbra e Aveiro como cidades que poderiam acolher a sede”.

“O Governo apontou ao Tribunal o Colégio de Santa Rita, também conhecido como Palácio dos Grilos, situado na Alta de Coimbra, propriedade da Universidade de Coimbra. As visitas ao edifício permitiram comprovar que este apresenta, não obstante a dimensão mais do que suficiente para o efeito, problemas de conservação, adaptação e reabilitação, que obrigariam a uma intervenção significativa”, assinala o TC na nota.

Acresce que, “tratando-se de imóvel do século XVIII, classificado e Património Mundial da Humanidade, os trabalhos indispensáveis enfrentam obstáculos burocráticos relevantes”, indica.

O TC destaca que na primeira visita realizada ao local, o Tribunal “esclareceu que seria suficiente a ocupação de um dos três pisos do imóvel – o intermédio” e que, por sugestão da Universidade, o piso superior ficaria reservado para a possível expansão da Entidade, enquanto o piso térreo, continuaria ocupado pela Universidade.

Detalhando a proposta, o TC refere que “também no que respeita à zona de estacionamento, com vinte lugares, o Tribunal dispensou oito, que entendeu desnecessários”.

O TC frisa que a configuração e implantação do edifício exigem, “para proteção dos dados que ali serão depositados, um sistema de defesa contra intrusão, nomeadamente a instalação de uma central de alarmes”.

“Há ainda que verificar o funcionamento – e, eventualmente, melhorar – vários equipamentos, designadamente, a rede elétrica e a rede de telecomunicações, sem o que a atividade regular, segura e eficiente da Entidade não poderá ser assegurada”, aponta o TC.

O aquecimento do edifício é outro ponto a verificar, “incluindo o isolamento das janelas, cuja caixilharia em madeira, “bastante degradada”, não pode ser substituída, “por forma a proporcionar condições de trabalho adequadas a todos quantos exercerão a sua atividade ao serviço da Entidade”.

O TC identificou como “pontos cruciais” da instalação a “descrição dos trabalhos a realizar e o respetivo calendário”, afirmando que “há acordo quanto à realização da obra por fases”, e a “configuração da relação jurídica a estabelecer”.

“Na sequência de visitas técnicas realizadas por uma equipa do Tribunal (engenheiro, arquiteto e informático), elaborou-se uma lista com os requisitos técnicos que teriam de ser cumpridos até o edifício poder ser dado como pronto”, refere a nota.

O TC sublinha que “só após a entrega do edifício, com as obras concluídas, ao Tribunal, poderá assinar com a Universidade de Coimbra um contrato de arrendamento”, admitindo “assinar já um contrato-promessa” por forma a “acautelar os interesses da Universidade”.

Ainda sobre o processo em curso, o Tribunal Constitucional afirma que “propôs e reiterou a sua proposta no sentido que a instalação da Entidade decorresse ao abrigo de um memorando de entendimento celebrado entre o Tribunal, a Universidade e o Estado, representado pela Estamo [sociedade do grupo Parpública que gere o património do Estado], ou por quem o Governo entendesse”.

Contudo, o “primeiro projeto neste sentido, apresentado pela Estamo não pôde ser aceite pelo Tribunal, designadamente por omitir a enunciação dos trabalhos a realizar e o respetivo calendário”, aponta o TC.

“Para agilizar o processo, o Tribunal Constitucional acordou informalmente com a Estamo que a obra seria realizada em três fases”, revela.

A primeira fase “incidiria sobre uma parte do piso intermédio, destinada a possibilitar a ocupação do espaço pelos três dirigentes da Entidade e por cerca de seis funcionários, permitindo o arranque do respetivo funcionamento”.

A primeira fase abrangeria ainda a “recuperação de seis divisões, destinadas aos três dirigentes e aos seis funcionários, e a construção de uma casa de banho (dado que a existente se localiza a várias dezenas de metros das referidas divisões), bem como melhorias relativas às redes elétrica e informática”, refere a nota.

A nova entidade, criada em 2019 na lei, terá por competência avaliar e fiscalizar as declarações de rendimentos, património e interesses dos titulares de cargos públicos e políticos, tendo sido alargado o leque de detentores de cargos abrangidos pela obrigação de apresentar este tipo de declaração.

A lei prevê que a Entidade deverá estar localizada fora das áreas metropolitanas de Lisboa ou Porto.

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AR aprova texto final da lei que permite limitar margens de venda de combustíveis

  • Lusa
  • 8 Outubro 2021

O Parlamento aprovou o texto final da proposta de lei do Governo que permite a fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples e GPL engarrafado.

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira o texto final da proposta de lei do Governo que permite a fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples e GPL engarrafado.

O texto final apresentado pela Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, relativo à proposta de lei n.º 109/XIV/2.ª (GOV), foi aprovado em plenário com votos contra do CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e a abstenção do PSD, tendo-se os restantes partidos pronunciado favoravelmente.

A legislação agora aprovada “altera o regime jurídico vigente no sentido de habilitar o Governo a intervir com a fixação de margens máximas em todas as componentes das cadeias de valor de gasolina e gasóleo simples e de GPL engarrafado”.

Conforme explicou o ministro do Ambiente em julho, após a aprovação da proposta de lei do Governo em Conselho de Ministros, o objetivo é permitir ao executivo limitar as margens na comercialização de combustíveis por portaria, caso considere que estão demasiado altas “sem justificação”.

Em conferência de imprensa, João Pedro Matos Fernandes disse então que este diploma, que abrange também as botijas de gás, tem como objetivo “dar ao Governo uma ferramenta para que, quando comprovadamente as margens na venda de combustíveis e botijas de gás forem inusitadamente altas e sem justificação, este poder, por portaria, limitar essas mesmas margens”.

“Uma vez aprovada [a proposta de lei], pode então o Governo, ouvindo sempre a ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] e a Autoridade da Concorrência, por portaria, sempre por períodos limitados no tempo, que imagino um mês, dois meses, fixar administrativamente a margem máxima para a venda dos combustíveis”, adiantou na altura Matos Fernandes.

O governante recordou que esta margem é “também um somatório de margens que têm a ver com o transporte, com o armazenamento, com a distribuição grossista, com a própria distribuição retalhista”, sendo que estes valores de referência “continuam a ser calculados dia a dia por parte da ENSE [Entidade Nacional para o Setor Energético]”.

“Uma vez aprovada esta proposta de lei, passamos a dispor desta ferramenta”, destacou, garantindo que hoje não tem o “Estado qualquer possibilidade” de intervir na limitação dos preços dos combustíveis e da botija de gás.

Nos termos do diploma, “independentemente da declaração de situação de crise energética […], por razões de interesse público e por forma a assegurar o regular funcionamento do mercado e a proteção dos consumidores, podem ser excecionalmente fixadas margens máximas em qualquer uma das componentes comerciais que formam o preço de venda ao público dos combustíveis simples ou do GPL engarrafado”.

Devendo ser “limitadas no tempo”, estas margens máximas “podem ser definidas para qualquer uma das atividades da cadeia de valor dos combustíveis simples ou do GPL engarrafado, sendo fixadas por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da economia e da energia, sob proposta da ERSE e ouvida a Autoridade da Concorrência”.

O objetivo é “habilitar o Governo a intervir com a fixação de margens máximas em todas as componentes das cadeias de valor de gasolina e gasóleo simples e de GPL engarrafado, assegurando a disponibilidade de uma ferramenta para dar resposta adequada e proporcional a eventos de distorção no mercado nos combustíveis essenciais à vida dos consumidores e das empresas”.

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Freguesias terão pelo menos um autarca a meio tempo a partir de janeiro

  • Lusa
  • 8 Outubro 2021

Segundo o diploma, todas as 3.092 freguesias existentes no território terão um membro a exercer o cargo a meio tempo.

Todas as freguesias terão, a partir de janeiro, pelo menos um autarca eleito a desempenhar funções a meio tempo, segundo um diploma aprovado esta sexta-feira por unanimidade na Assembleia da República.

A proposta que “altera os termos do exercício do mandato a meio tempo dos titulares das juntas de freguesia”, para que todas as juntas possam contar com pelo menos um membro eleito nestas condições, partiu do Governo e vem a tempo de inserir a verba para pagar os salários destes autarcas no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Segundo o diploma, todas as 3.092 freguesias existentes no território terão um membro a exercer o cargo a meio tempo, uma situação que, segundo o Governo, atualmente apenas abrange 185 destas autarquias.

A iniciativa vai ser paga através do Orçamento do Estado para 2022, com uma dotação estimada de cerca de 29 milhões de euros e cada autarca terá direito a metade do vencimento que ganharia caso estivesse a tempo inteiro. Esta medida surge numa altura em que as freguesias têm assumido novas tarefas, ao abrigo da descentralização de competências dos municípios para as freguesias.

Segundo o Governo, pretende-se que todas as freguesias tenham condições para exercer essas competências, dando dignidade aos autarcas que exercem estas funções.

Na votação na especialidade, realizada na quinta-feira ao início da noite, os deputados aprovaram ainda, depois de uma proposta da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), que as freguesias possam, se o decidirem e tendo em conta a sua sustentabilidade financeira, ter em alternativa um autarca a tempo inteiro, desde que o restante do vencimento não seja pago através do OE.

Até agora, segundo a lei ainda em vigor, estão estabelecidos patamares de vencimentos para os presidentes de juntas de freguesia consoante o número de eleitores que representam. Apenas podem exercer funções de presidente da junta a tempo inteiro os autarcas das freguesias com mais de 10 mil eleitores ou com sete mil eleitores numa área de 100 quilómetros quadrados.

Já a meio tempo podem estar atualmente os presidentes em freguesias com o mínimo de cinco mil eleitores e o máximo de 10 mil eleitores ou com mais de 3.500 eleitores e 50 quilómetros de área. Têm autarcas a meio tempo, segundo o portal autárquico, um total de 185 freguesias, com “direito a metade da remuneração fixada para os respetivos cargos em regime de tempo inteiro”.

O Orçamento do Estado para este ano atribuiu uma verba de 8,2 milhões de euros “para pagamento das remunerações e dos encargos dos presidentes das juntas de freguesia que tenham optado pelo regime de permanência, a tempo inteiro ou a meio tempo, deduzidos os montantes relativos à compensação mensal para encargos a que os mesmos teriam direito se tivessem permanecido em regime de não permanência”.

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Dos Emirados a Bahrein, UE levanta restrições de viagens a 16 países

  • Lusa
  • 8 Outubro 2021

O Conselho da União Europeia atualizou a lista de países relativamente aos quais devem ser levantadas as restrições de viagem adotadas devido à Covid-19. São 16 países no total.

O Conselho da União Europeia (UE) atualizou esta sexta-feira a lista de países relativamente aos quais devem ser levantadas as restrições de viagem adotadas devido à Covid-19, passando a incluir Emirados Árabes Unidos e Bahrein, totalizando 16 territórios.

“Na sequência de uma revisão ao abrigo da recomendação sobre o levantamento gradual das restrições temporárias às viagens não essenciais para a UE, o Conselho atualizou a lista de países, regiões administrativas especiais e outras entidades e autoridades territoriais relativamente aos quais as restrições de viagem devem ser levantadas”, anuncia a estrutura em comunicado de imprensa precisando que os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein foram adicionados à lista.

A lista, que é revista de duas em duas semanas, abrange então agora Austrália, Bahrein (novo), Canadá, Chile, Jordânia, Kuwait, Nova Zelândia, Qatar, Ruanda, Arábia Saudita, Singapura, Coreia do Sul, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos (novo) e Uruguai.

A estes países acresce a China sob reserva de confirmação da reciprocidade, assinala o Conselho, adiantando que as restrições de viagem devem também ser gradualmente levantadas no que toca às regiões administrativas especiais da China, Hong Kong e Macau.

Os critérios para determinar os países terceiros relativamente aos quais deve ser levantada a atual restrição de viagem têm em consideração a situação epidemiológica e a resposta global à Covid-19, bem como a fiabilidade das fontes de informações e os dados disponíveis.

Além disso, a reciprocidade é tida em conta numa base casuística.

Os países associados a Schengen (Islândia, Listenstaine, Noruega e Suíça) também participam na recomendação.

Em junho de 2020, o Conselho adotou uma recomendação relativa ao levantamento gradual das restrições temporárias das viagens não indispensáveis para a UE, estipulando uma revisão constante.

Já em maio deste ano, o Conselho da UE adotou uma recomendação de alteração para dar resposta às campanhas de vacinação em curso, introduzindo derrogações para as pessoas que já foram vacinadas e suavizando os critérios para o levantamento das restrições a países terceiros.

Também nessa altura, foi criado um “travão de emergência”, para permitir uma resposta rápida ao aparecimento de uma variante que suscite interesse ou preocupação num país terceiro.

A recomendação do Conselho não é um instrumento juridicamente vinculativo, já que os responsáveis pela sua aplicação são as autoridades dos Estados-membros, que podem adotar as decisões no sentido que pretenderem.

Ainda assim, nenhum Estado-membro deve decidir levantar as restrições de viagem relativas a países terceiros não enunciados antes de tal ter sido decidido de forma coordenada.

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