Sem máscara? Empresas querem trabalhadores protegidos do vírus

Empresas irão manter a obrigatoriedade do uso de máscara, depois de o Governo dar possibilidade de as companhias decidirem sobre o seu uso no local de trabalho.

No “grande regresso ao escritório”, findo o teletrabalho e depois da “grande libertação”, o Governo deu às empresas a capacidade de decidir sobre a obrigatoriedade da máscara pelos trabalhadores. A decisão parece ser clara. Das telecomunicações, ao retalho, passando pelo setor tech, à energia, aos grupos de comunicação ou farmacêuticas, a máscara mantém-se dentro do escritório. Trabalhar sem máscara só mesmo quando sentado no posto de trabalho e apenas quando a distância de segurança o permite.

Na Vodafone Portugal, o regresso aos escritórios num modelo híbrido arrancou a 27 de setembro, recomendando a operadora que, nos dias de ida ao escritório, os colaboradores mantenham a máscara. “A empresa acredita no sentido de responsabilidade de cada colaborador, nomeadamente no cumprimento das regras que previnem esta pandemia, como a higienização permanente das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscara em reuniões e nas deslocações dentro do edifício, garantindo-se assim um espaço de trabalho seguro“, adiantou Luísa Pestana, administradora com o pelouro dos recursos humanos da Vodafone, à Pessoas.

Recomendação que não se alterou depois do decreto-lei do Governo, que altera as medidas da pandemia, ditar que, “nos locais de trabalho, o empregador pode implementar as medidas técnicas e organizacionais que garantam a proteção dos trabalhadores, designadamente a utilização de equipamento de proteção individual adequado, como máscaras ou viseiras, sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.º 84/97, de 16 de abril, na sua redação atual”.

E o mesmo determina a Nos que, já desde 6 de setembro, está a fazer regressar as equipas ao escritório, “num modelo que conjuga dois dias de trabalho presencial semanal com trabalho remoto, de forma rotativa para garantia das regras de segurança que ainda se impõem”. No regresso, entre outras medidas, a operadora impôs um sistema de hot desking, manteve a flexibilidade nos horários de entrada e saída, evitando a concentração de pessoas nos transportes públicos e no acesso aos edifícios, e também o uso máscara dentro dos edifícios.

Mantém-se em vigor a utilização da máscara nos espaços comuns, bem como todas as iniciativas relacionadas com o reforço da limpeza nos edifícios e alterações no sistema de ventilação dos mesmos”, refere fonte oficial quando contactada pela Pessoas.

No caso dos CTT, as regras do uso de máscaras, são distintas consoante os locais e a sua dimensão. Para os colaboradores é “obrigatório dentro das instalações da empresa, podendo aliviar o uso da mesma, apenas se cumprido o distanciamento de segurança e quando sentado no seu posto de trabalho”, refere fonte oficial do operador postal. Obrigatoriedade que se mantém para os trabalhadores no atendimento das lojas CTT. O seu uso poderá ser “apenas” aliviado “nas posições de retaguarda, desde que cumprido o distanciamento de segurança e quando sentado no seu posto de trabalho”.

Para os clientes que visitem lojas com área superior a 400m2 ou localizadas dentro de Centros Comerciais e Lojas de Cidadão o uso de máscara é “obrigatório” e “recomendado” no caso de lojas de menor dimensão (menos de 400m2), cumprindo-se as regras determinadas pela DGS.

“Na sequência da decisão do Governo em proceder ao levantamento gradual das restrições a partir do próximo dia 1 de outubro, o Grupo Jerónimo Martins continua empenhado em garantir a segurança de todos aqueles que trabalham nos escritórios centrais”, começa por referir fonte oficial do retalhista alimentar. Neste sentido, “continua a ser obrigatória a utilização de máscara nos escritórios centrais do Grupo, bem como de outras medidas de proteção“, adianta o grupo dono do Pingo Doce e do Recheio.

E o mesmo diz o grupo comunicação WYGroup, ele próprio recentemente a fazer regressar à sede “Casa de Praia”, os colaboradores. “Para já”, recomenda-se o uso de máscara. “No WYgroup, para já por uma questão de precaução e devido à falta de normas claras vamos manter a norma de recomendação de utilização de máscara. Caso a situação se altere, assim nós ajustaremos a nossa recomendação”, diz fonte oficial.

Na EDP no regresso ao escritório as regras já estão definidas quanto ao uso de máscara. “De forma a continuar a manter a segurança de todos os colaboradores, o uso de máscara será obrigatório aquando a circulação dos trabalhadores dentro dos edifícios. Esta poderá ser retirada quando o colaborador estiver sentado no seu posto de trabalho“, diz fonte oficial.

E o mesmo decidiu a Galp. “Vamos manter o uso de máscara obrigatório para os colaboradores e visitantes que estiverem nas instalações da empresa, em concreto no acesso e circulação dos edifícios e nos espaços fechados como elevadores, salas de reunião ou refeitórios”, diz fonte oficial da companhia. Já os colaborares que estiverem no seu posto de trabalho, com o devido distanciamento, “não têm de usar máscara“.

“Os colaboradores e visitantes terão de utilizar máscara nas instalações do Grupo Roche, quer na circulação dentro do edifício quer em reuniões”, diz fonte oficial do grupo que representa a Roche Farmacêutica e a Roche Diagnósticos. E, à semelhança de outras empresas, no grupo da área farmacêutica, “os colaboradores no posto de trabalho podem optar por não usar máscara, desde que seja possível manter pelo menos dois metros de distância de outra pessoa“.

Com quatro escritórios em Portugal, a Konica Minolta adotou um regime de trabalho flexível, quer nos horários, quer na escolha do local de onde se trabalha (casa ou escritório). “Oferecemos a todos os colaboradores autotestes para Covid-19 para que façam testagem em caso de sintomas e voltamos este ano a ter vacinação gratuita contra a gripe”, destaca Vasco Falcão, CEO da Konica Minolta Portugal e Espanha, à Pessoas.

“Com a evolução positiva da situação epidemiológica em Portugal e a liberdade de decisão sobre o uso de máscara no trabalho, a empresa decidiu apenas recomendar aos seus colaboradores que mantenham o seu uso em situações em que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades se mostre impraticável”, adianta o CEO da Konica Minolta.

Com o escritório de Lisboa fechado desde o início da pandemia, com o levantamento das restrições a Pipedrive está a “planear reabrir o nosso escritório dentro de um mês.”

“A proteção da equipa é a nossa primeira prioridade e fornecemos um guia completo de prevenção de segurança para toda a nossa equipa”, adianta Cláudia Leitão, head of people & culture/site lead at Pipedrive Lisboa.

Na reabertura, o escritório “funcionará apenas com 70% de capacidade e isto aplica-se a todos os espaços comuns, incluindo salas de reunião e de trabalho”, adianta.

“Não exigiremos a utilização de máscara enquanto se está a trabalhar na própria mesa de trabalho, mas será obrigatório utilizá-la quando se entrar no escritório ou se deslocar nas áreas comuns. Outras práticas de saúde comuns que também continuarão a ser utilizadas são a higienização das mãos e aparelhos usados e o distanciamento social entre colegas de trabalho”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Naquele que pode ser o dia decisivo para a Dielmar, o “cartel da banca” volta ao tribunal, Centeno analisa a evolução da economia e os investidores early stage apresentam a nova associação.

Depois da interrupção com o feriado nacional, a semana de trabalho retoma com as projeções macroeconómicas do Banco de Portugal. O dia promete ser longo, prosseguindo com a reunião de credores da histórica Dielmar e com 12 bancos no Tribunal da Concorrência, terminando com a fusão de duas estruturas numa nova associação dos investidores early stage em Portugal.

Boletim económico do Banco de Portugal

O Banco de Portugal apresenta às 10h30, em conferência de imprensa, o boletim económico de outubro, que inclui projeções macroeconómicas para o conjunto do ano e faz uma primeira análise da evolução da economia portuguesa em 2021. A conferência no Museu do Dinheiro conta com a presença do governador do BdP, Mário Centeno, que até aqui apontava para um crescimento de 4,8% da economia, acelerando para 5,6% no próximo.

Assembleia de credores da Dielmar

É um momento decisivo para o futuro da Dielmar. A partir das 14h00, em Castelo Branco, os credores decidem o futuro da empresa de vestuário, sem dinheiro para pagar os salários de outubro aos 244 trabalhadores. O relatório do administrador de insolvência sugere o fecho ou o adiamento até final deste mês para tentar uma solução. Resta apenas uma proposta, que o gestor judicial classifica como uma “manifestação genérica de interesse” e “pouco detalhada [sobre a] forma como pretender financiar a operação”.

Julgamento dos recursos no “cartel da banca”

Começa o julgamento dos recursos do chamado processo do “cartel da banca”, no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém. Em causa estão os recursos apresentados pelos 12 bancos (um dos quais já fora do processo, por prescrição) que foram condenados pela Autoridade da Concorrência (AdC) por, durante mais de dez anos, terem trocado entre si “informação sensível relativamente ao crédito habitação, crédito ao consumo e crédito a empresas”.

Lançamento da Investors Portugal

A APIES – Associação Portuguesa de Investidores Early Stage – Investors Portugal, que resulta da fusão da FNABA e da APBA (as duas anteriores entidades portuguesas de business angels, com mais de 15 anos de existência), vai ser apresentada a partir das 18h15 nas instalações da SRS Advogados, em Lisboa. A sessão inclui um debate com vários investidores (EDP Ventures, Semapa Next, Armilar, Bright Pixel, Shilling, Bynd VC, Invicta Angels e Business Angels Club de Lisboa) sobre os desafios para os business angels e os fundos de capital de risco early stage.

Eurostat divulga dados do retalho

O Eurostat vai divulgar esta quarta-feira os dados do comércio a retalho relativos ao mês de agosto nos países da União Europeia. O último relatório divulgado pelo instituto de estatísticas revelou uma quebra de 1,9% no retalho europeu em julho, face ao mês anterior, que surpreendeu os analistas. Na Zona Euro, que junta 19 países, a redução naquele período foi ainda superior (-2,3%).

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Bastonário acusa PS de controlar a advocacia

Menezes Leitão acusa PS de querer lesar a independência com que até agora os advogados têm atuado. Em causa um projeto de lei no Parlamento que reduz o raio de ação das ordens profissionais.

“Esta medida representa uma tentativa do PS controlar as Ordens Profissionais, colocando-as sobre o controlo de entidades externas, lesando assim a independência com que até agora têm atuado”. As palavras são do bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, reagindo ao projeto de lei que visa limitar os poderes das entidades representantes de profissionais reguladas, reduzindo, assim, o raio de ação das ordens profissionais, como a Ordem dos Advogados.

“A Ordem dos Advogados está naturalmente preocupada com iniciativas que visam enfraquecer as competências das Ordens para defesa dos interesses dos cidadãos, e lançar no mercado profissionais sem a adequada preparação”, sublinha o bastonário, em declarações ao ECO/Advocatus.

Uma proposta apresentada pela bancada parlamentar socialista que chegou a ser recomendada pela troika há cerca de dez anos. A proposta do PS pretende reduzir os “entraves” existentes no acesso a profissões reguladas, nomeadamente através do estabelecimento de um limite máximo de 12 meses para os estágios profissionais. Atualmente, o estágio de advocacia dura quase dois anos.

No projeto-lei apresentado no Parlamento, os socialistas sublinham que pretendem “eliminar as restrições injustificadas ao acesso às profissões reguladas, estabelecem-se limites claros quanto aos estágios profissionais e eventuais cursos de formação e exames, que não devem incidir sobre matérias já lecionadas e avaliadas pelas Instituições de Ensino Superior, que estão sujeitas a processos de avaliação e acreditação rigorosos, que envolvem as associações públicas profissionais”. Há hoje cerca de 470 mil pessoas inscritas em ordens.

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Conserveiras apontam bazuca de 20 milhões a lata de sardinha

Dez conserveiras portuguesas juntaram-se para criar uma lata de sardinha em formato de lingote, destinada à exportação. Projeto orçamentado em 20 milhões de euros aguarda financiamento do PRR.

As conserveiras portuguesas José Gourmet, Ramirez, Cofaco, Cofisa, Briosa, A Poveira, Conserveira do Sul, Pinhais, Conservas Portugal Norte e Comur juntaram-se para criar uma lata de sardinha portuguesa em formato de lingote.

Este projeto, que tem como objetivo”valorizar o cluster das conservas portuguesas”, surge no âmbito dos fundos que serão libertados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e está orçamentado em 20 milhões de euros. Metade do valor será alocada à comunicação do produto. A ideia já foi submetida no final de setembro e aguarda aprovação.

“É um projeto que envolve todo o setor e a ideia passa por juntar as dez conserveiras portuguesas que trabalham a sardinha, de forma a envolver todas as conserveiras de Portugal. É um projeto que visa valorizar o cluster das conservas portuguesas e estamos com muitas expectativas”, revela ao ECO o administrador da Comur e responsável financeiro do Grupo Valor do Tempo, que detém a conserveira.

A ideia de juntar as conserveiras portuguesas partiu deste grupo e, caso o projeto venha a ser aprovado, esta lata de sardinha portuguesa vai ser direcionada apenas ao mercado externo e cada unidade vai custar cerca de 20 euros. “Queremos ter uma conserva feita da mesma forma por todas as conserveiras que trabalham a sardinha”, sublinha Paulo Moreira.

Lata de sardinha em formato de lingoteRicardo Castelo/ECO

A lata de sardinha será apresentada em formato de lingote. Para o administrador do grupo, a “sardinha é o ouro português e faz todo o sentido que seja apresentada desta forma”. O responsável sublinha ainda que este projeto é uma forma de “criar um mercado novo, de nicho, para as conservas portuguesas”.

“Isto é um projeto do setor e acreditamos que vai ter um efeito de arrastamento sobre o cluster, ao remunerar muito melhor desde o pescador aos restantes intervenientes. Se este produto tiver o sucesso que esperamos, tudo o que seja conserva portuguesa vai beneficiar desta imagem e de toda a comunicação que vai ser feita”, destaca o administrador da Comur.

De acordo com a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), a indústria portuguesa das conservas conta com 21 empresas em laboração – 17 em Portugal Continental e quatro nos Açores – e emprega cerca de 3.500 pessoas, sendo que 90% são do sexo feminino. Mas considerando só o segmento da sardinha, há 12 produtoras no país.

Ainda segundo os dados partilhados pela ANICP, 70% da produção é direcionada aos mercados externos. Só em 2019 foram exportadas cerca de 50 mil toneladas de conservas portuguesas, o que correspondeu a uma faturação superior a 200 milhões de euros. As espécies mais exportadas são o atum, a sardinha e a cavala.

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Negociações do orçamento à esquerda ainda não acabaram

  • Lusa
  • 5 Outubro 2021

António Costa revela que as discussões com os partidos à esquerda por causa do OE2022 "estão a correr bem", mas não vão terminar nesta fase. Orçamento é apresentado no dia 11 de outubro.

O primeiro-ministro, António Costa, revelou que o diálogo com os parceiros parlamentares em torno do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) “está a correr bem”, mas advertiu que “as negociações não terminarão com certeza na totalidade nesta fase”.

Em declarações aos jornalistas — à chegada a Kranj, Eslovénia, no mesmo dia de um Conselho de Ministros extraordinário em Lisboa, sem a sua presença, para discutir a proposta de OE2022 –, António Costa começou por observar que “o exercício do orçamento é sempre relativamente demorado”, deu conta de que “o debate e as orientações na generalidade estão feitos”, e agora há “muito trabalho técnico que está a ser feito hoje”, seguindo-se um “Conselho de Ministros decisivo na próxima sexta-feira para aprovar a versão final”. Entretanto, salientou, o Governo vai “mantendo o diálogo” com os seus parceiros parlamentares, “tendo em vista a obtenção de mais um bom orçamento para o próximo ano”.

“Nós estamos a trabalhar com o PAN, com o PEV, com o PCP, com o Bloco. Há múltiplas questões que têm sido colocadas, umas idênticas, outras diversas. Os diálogos estão a decorrer a bom ritmo com todos, mas enfim, as questões são diversas relativamente a cada um”, observou.

Manifestando-se naturalmente “atento e empenhado”, o primeiro-ministro desvalorizou a questão do calendário para um acordo com os parceiros de esquerda no parlamento em torno do orçamento, lembrando que noutros exercícios esse acordo foi alcançado em diferentes fases do processo.

“Nós já tivemos momentos em que chegou-se a um acordo antes da apresentação inicial do orçamento, houve também já situações em que o acordo foi estabelecido entre a apresentação e a generalidade, e até já houve situações em que o acordo foi estabelecido entre a generalidade e a votação final global”, observou.

“O orçamento é um contínuo, nós só temos a primeira votação creio que a 26 de outubro, a votação final global a 26 de novembro, e, portanto, as negociações não terminarão com certeza na totalidade nesta fase, e prosseguirão, mas isso tem sido o normal ao longo destes orçamentos todos que temos vindo a fazer com grande sucesso desde 2016”, reforçou.

Quanto à proposta de orçamento que o Governo está prestes a apresentar, comentou que “vai ser sobretudo focado naquilo que é prioritário, que é o relançamento” da “economia, com um forte crescimento do investimento público”, e reiterou que “vai ser um orçamento que vai dar muita atenção às classes médias e em particular às novas gerações”.

“Nós temos que, simultaneamente, responder àquilo que são as necessidades do imediato, com a visão estratégica que temos da necessidade de cada vez mais apostarmos em enfrentarmos o desafio demográfico, e isso passa por ter um orçamento muito amigo das novas gerações, quer naquelas que estão a estudar, quer naquelas que estão a trabalhar, para criar condições para que a sua autonomia possa ser um sucesso e Portugal possa aproveitar em pleno a geração mais extraordinária que alguma vez teve”, declarou.

“E esse é o maior recurso que nós podemos ter, muito maior do que as bazucas, que os fundos europeus, é mesmo a qualidade das nossas jovens gerações, e é um orçamento que há de ser focado, muito focado, nesta prioridade”, completou António Costa, que participa hoje num jantar de trabalho informal de chefes de Estado e de Governo da UE, e na quarta-feira numa cimeira de líderes dos 27 e dos países dos Balcãs Ocidentais.

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ASF abre quatro concursos de recrutamento

  • ECO Seguros
  • 5 Outubro 2021

O recrutamento para integração no quadro de pessoal do organismo supervisor destina-se a áreas relacionadas com fundos de pensões, mediação e novos canais, risco cibernético e ramo Vida.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) abriu concurso para selecionar funcionários que irão integrar o seu quadro de pessoal, em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado.

As candidaturas realizam-se através do preenchimento de uma ficha de candidatura associada aos anúncios, indica nota informativa da Autoridade. O prazo para apresentação de candidaturas termina dia 14 de outubro 2021 (inclusive).

As vagas a preencher são para:

  • Técnico(a) de Supervisão de Fundos de Pensões do Departamento de Supervisão Comportamental
    (Ref.ª DSC2108)
  • Técnico(a) de Supervisão de Mediação de Seguros do Departamento de Mediação e Novos Canais (Ref.ª DMC2109)
  • Técnico(a) de Supervisão de Riscos Cibernéticos do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros (Ref.ª DSS2110)
  • Técnico(a) de Supervisão de Vida do Departamento de Supervisão Comportamental (Ref.ª DSC2111)

O detalhe de cada um dos anúncios está acessível aqui.

O regulamento dos concursos abertos pode ser consultado aqui.

De acordo com o Relatório de Atividade e Contas Anuais (2020) publicado no sítio eletrónico da ASF, os Recursos Humanos do organismo regulador, retratados em números (no final de dezembro) indicavam 231 trabalhadores (62% do género feminino); um total contabilizado após 24 admissões e seis saídas; 46 anos de média de idade no efetivo de pessoal e, na atividade de formação, 21 ações realizadas ao longo do ano.

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Fintech Solutions desafia banca e seguros a acelerarem ligação às start-ups

  • ECO Seguros
  • 5 Outubro 2021

A Portugal Fintech criou uma nova área dedicada exclusivamente à concretização de provas de conceito e ao matching entre empresas maduras e startups financeiras, como são as insurtechs.

Fintech Solutions é a nova Direção de consultoria da Portugal Fintech para apoiar instituições maduras a interagir e trabalhar com startups. Marcando o seu arranque, a Fintech Solutions vai apresentar um primeiro estudo que reúne a visão de dezenas de organizações sobre boas práticas de cooperação em processos críticos como testagem e matching.

António Ferrão (Fintech Solutions): Acelerar inovação implica “enfrentar os desafios de trabalhar com start-ups”

Com base operacional na Fintech House (FH), hub lisboeta onde residem start-ups de vocação financeira, a Fintech Solutions ergueu-se como resultado da experiência acumulada em projetos concretizados com entidades como a Microsoft, Banco CTT, BBVA, Fidelidade e CGD, Novo Banco e Unicre. Funcionando como um guia de campo às organizações mais maduras para encontrarem parcerias adequadas às suas necessidades e as que melhor sirvam a jornada do cliente, a Fintech Solutions assume ambição de diferenciar-se no suporte à execução de provas de conceito e ligação organizacional.

Focada em aproximar o setor financeiro do ecossistema de inovação tecnológica, “a criação da Fintech Solutions foi um passo natural no crescimento da Portugal Fintech. A seguir ao lançamento do primeiro espaço [Fintech House] 100% dedicado a startups fintech, agora queremos apoiar as instituições financeiras e não financeiras a trabalhar com o ecossistema fintech.,” afirma João Freire de Andrade, Presidente da Portugal Fintech Association.

O lançamento oficial da nova área de consultoria acontecerá num evento com representantes da banca e seguros e empreendedores dos verticais fintech. No encontro, agendado para dia 7 de outubro, serão debatidas as motivações de colaboração e a forma como o processo de aproximação “pode ser otimizado” para potenciar uma “cultura de inovação dentro das próprias instituições”.

Acelerar inovação implica “enfrentar os desafios de trabalhar com start-ups”

O evento inclui o lançamento do estudo Streamlining Innovation with Fintechs (“Como otimizar Inovação com Fintechs”), um trabalho que reúne experiências de mais de 80 instituições e startups, identificando as melhores práticas de cooperação, definição de necessidades para melhorar a experiência digital dos clientes, realizar PoC e avaliar os respetivos resultados.

Fonte da non-profit portuguesa assegura que o relatório vinca “duas grandes mensagens:” Em primeiro, a importância de abrir as organizações ao ecossistema fintech, criando canais de comunicação próximos e, em segundo lugar, a capacidade de desenvolver provas de conceito (PoC) como componente determinante para inovar com valor, propondo um benchmarking metodológico para estruturação de processos de testagem com startups.

“O estudo dá oportunidade às organizações de avaliaram a forma como estão a trabalhar com startups e onde podem melhorar”, adiantou António Ferrão, Diretor da Fintech Solutions. Colaborar com startups é crítico para acelerar a inovação, “mas para isso é necessário ir para lá dos temas de comunicação e enfrentar os desafios de trabalhar com start-ups,” salientou o consultor.

Entre outros casos que passaram da teoria à prática, a equipa de consultoria da Portugal Fintech colaborou no programa Fintech 365 (Microsoft), participou no matchmaking que ajudou a CGD a acompanhar provas de conceito de inovações com interesse para a Dabox, app de gestão pessoal implementada pela Caixa e, ainda, no âmbito de um programa para o desenvolvimento do setor financeiro moçambicano (Deepening Mozambique), a Fintech Solutions apoiou a iniciação de três pré-seeds (projetos ‘embrião’) na abordagem a investidores.

Pode fazer aqui o registo para aceder ao relatório da Fintech Solutions.

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EIOPA: Nova presidente quer fechar gaps de proteção

  • ECO Seguros
  • 5 Outubro 2021

Na primeira intervenção pública, Petra Hielkema salientou que o seu objetivo como supervisora europeia é identificar e preencher os gaps de proteção que a indústria seguradora pode conseguir.

A presidente da EIOPA em debate com a diretora geral da Insurance Europe: Esta terça-feira foi o primeiro contacto público com 600 dirigentes de seguradoras europeias.

Petra Hielkema, a neerlandesa que sucedeu a Gabriel Bernardino à frente da EIOPA, organismo supervisor de seguros e pensões da União Europeia, teve esta terça-feira a sua primeira intervenção pública num webinar moderado por Michaela Koller, diretora geral da Insurance Europe, a federação das associações de seguradoras na Europa, da qual a APS – Associação Portuguesa de Seguradores faz parte.

Afirmando-se pessoalmente como uma compradora normal de seguros que “só percebe a utilidade quando precisa, não quando compra” ressalvou a importância de “assegurar que as apólices sejam claras para não defraudar expectativas dos segurados”.

Elogiando o comportamento da indústria seguradora a lidar com o trabalho remoto ao longo da pandemia, afirmou que “50 milhões de europeus não são capazes de lidar com ferramentas digitais e que o futuro tem de ter em conta a inclusão de todos” no processo de digitalização.

Em relação à sua estratégia, quer fechar as lacunas de proteção (protection gaps), acrescentando a esse respeito “precisamos de informação (Data) para sabermos onde estão os gaps, identificar e cobrir esses gaps através da indústria e, para o que passa para lá do possível, ter um debate público-privado a esse respeito”.

Em relação à próxima cimeira do ambiente COP26 e às preocupações quanto a as alterações climáticas, Petra Hielkema salientou “ser possível os seguradores e os seus produtos envolverem os seus clientes nos valores ambientais.

Perante a preocupação demonstrada por Michaela Koller a respeito dos impactos das novas normas Solvência II, nomeadamente pelo excesso de requerimentos do capital para enfrentar negócios de longo prazo, a presidente da EIOPA atirou mais para a frente qualquer comentário.

Hielkema já conversou com parceiros internacionais fora da União Europeia e verificou que “os mercados europeus têm boa reputação mundial” e demonstrou no webinar desejar “estabilidade no espaço europeu e segurança para os segurados”.

Em relação a pensões, Michaela Koller sublinhou que um estudo, a lançar em breve pela Insurance Europe revela que um terço dos europeus não está a poupar para a reforma, sendo esse facto mais visível em mulheres e jovens.

“Temos um pension gap, temos de identificar as causas e preenchê-lo, a EIOPA vai analisar esse gap, disse.

Tentando resumir os próximos cinco anos em três tópicos, Petra Hielkema diz que procura “um mercado robusto e resiliente, sustentável sendo esse valor envolvente para os clientes e uma digitalização segura e inclusiva”, concluiu reafirmando a sua preocupação em fechar os gaps de proteção.

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DUAL expande para América Latina com aquisição no México e escritório em São Paulo

  • ECO Seguros
  • 5 Outubro 2021

O braço internacional do grupo Howden liga mais de 6 000 corretores no mundo. Na América Latina, a DUAL acaba de adquirir a mexicana Dock Re e abriu escritório em São Paulo, no Brasil.

A DUAL, agência global de subscrição do Howden Group, apostou no mercado da América Latina com a aquisição da Dock Re, também uma Managing General Agent (MGA) focada em propriedade e acidentes (P&C), linhas financeiras e coverholder da Lloyd’s.

A Dock Re está sediada na Cidade do México e é liderada pelo diretor executivo Gabriel Buzo. No Brasil, a DUAL abriu um escritório em São Paulo liderado por Francisco Vogt Marques, profissional com mais de 20 anos de experiência na indústria brasileira de seguros em energia, P&C e resseguro.

Richard Clapham, CEO do grupo DUAL, disse: “Estou absolutamente satisfeito por ter uma equipe tão forte a operar na América Latina, que é um mercado de seguros chave com grande potencial. A combinação da nossa plataforma global com a experiência de subscrição de Gabriel, Francisco e respetivas equipas significa que estamos lançando as bases para uma proposta realmente atraente para corretores e seguradoras e resseguradores em toda a região”.

Com a compra da empresa mexicana, a DUAL – e através desta, o grupo Howden – expande presença global para a América Latina, consolidando presença em 18 países no conjunto de uma operação que abrange Américas, Europa e Ásia Pacífico.

Posicionando-se como “a maior agência de subscrição internacional e a maior coverholder Lloyd’s”, a Dual passa contar com a “mais ampla plataforma geográfica e especializada de distribuição de produtos de qualquer MGA”, dispondo agora de equipas de subscrição baseadas no México, o maior mercado de resseguros da América Latina e no Brasil, maior economia da região e maior mercado de seguros, salienta um comunicado da companhia.

Pressente em Espanha, o grupo DUAL representa uma rede com mais de 6 500 corretores, mais de 50 produtos e um volume bruto de prémios superior a 1000 milhões de dólares. “A estratégia da DUAL sempre foi entregar a melhor experiência de subscrição local, apoiada pela força e escala do nosso negócio global,” acrescenta.

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Governo aprova proposta de Orçamento do Estado na sexta-feira

Orçamento do Estado será focado no relançamento da economia, com um "crescimento forte do investimento público", indicou Costa. Classe médica receberá atenção particular, disse governante.

O Governo deverá aprovar na próxima sexta-feira a “versão final” da proposta de Orçamento de Estado para 2022, indicou o primeiro-ministro, António Costa, em declarações aos jornalistas. O documento será, depois, entregue no Parlamento até 11 de outubro e o chefe do Executivo garante que terá como grande foco o relançamento da economia e a classe média.

A proposta de OE2022 está a ser discutida, esta terça-feira, em Conselho de Ministros, estando a ser feito, nesse âmbito, segundo explicou António Costa, “muito trabalho técnico“. Já na próxima sexta-feira, dia 8 de outubro, deverá acontecer a reunião de “Conselho de Ministros decisiva”, na qual se aprovará a versão final do documento em causa, adiantou o mesmo.

O primeiro-ministro salientou que, entretanto, continua o diálogo com os parceiros parlamentares, até porque ainda não há acordo quanto à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que será “focado no relançamento da economia, com um forte crescimento do investimento público”, e que “vai dar muito atenção às classes médicas, e em particular às novas gerações”.

Em maior detalhe, e de acordo com o chefe do Executivo, o próximo Orçamento será “muito amigo” das gerações mais jovens e terá como objetivo “criar condições para que a autonomia [dessas gerações] possa ser um sucesso”, de modo a que Portugal “possa aproveitar a geração mais extraordinária que já teve”.

Entretanto, uma nota de agenda enviada às redações pelo gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares dá conta que as linhas gerais da proposta do Governo para o OE2022 serão apresentadas na quarta-feira pelo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, aos partidos na Assembleia da República. A proposta do Governo será, depois, entregue na Assembleia da República até 11 de outubro, seguindo-se depois, entre 22 e 27 de outubro, o processo da generalidade. Já a votação final global está marcada para 25 de novembro.

Esta terça-feira, no discurso comemorativo do 5 de Outubro, o Presidente da República apelou ao “rigor, eficácia e transparência” dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Questionado sobre o assunto, António Costa sublinhou que o PRR “é um recurso de natureza extraordinária, que tem um impacto enorme um poder muito grande de transformação da economia“. “Temos de estar preocupados com que cada cêntimo seja gasto com a maior transparência e eficiência”, disse o primeiro-ministro.

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João Leão apresenta linhas gerais de OE aos partidos na quarta-feira

  • Lusa
  • 5 Outubro 2021

As reuniões começam às 08:30, na Assembleia da República, e o primeiro partido a ser recebido será o PSD.

As linhas gerais da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) serão apresentadas na quarta-feira pelo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, aos partidos na Assembleia da República.

De acordo com uma nota de agenda enviada às redações pelo gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares – que também estará presente nestes encontros –, estas habituais reuniões antes da entrega da proposta de Orçamento do Governo decorrem “ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição”.

Assim, o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, apresentam na quarta-feira as linhas gerais da proposta do Governo de OE2022 aos partidos com representação parlamentar e às deputadas não inscritas. As reuniões começam às 08:30, na Assembleia da República, e o primeiro partido a ser recebido será o PSD. Seguem-se depois, ainda da parte da manhã, o BE, o PCP, o CDS-PP, o PAN, o PEV, o Chega e a Iniciativa Liberal. À tarde, pelas 16h30, tempo para os encontros com as duas deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira, respetivamente.

A votação final global do Orçamento do Estado para 2022 está agendada para 25 de novembro, depois do processo de generalidade e especialidade do documento, cuja proposta inicial do Governo dará entrada no parlamento em 11 de outubro.

O calendário para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi reconfirmado esta semana em reunião de conferência de líderes parlamentares, de acordo com informações avançadas à agência Lusa por fontes partidárias.

Assim, e de acordo com a súmula da anterior reunião dos líderes parlamentares, a proposta do Governo será entregue na Assembleia da República em 11 de outubro, seguindo-se depois, entre 22 e 27 de outubro, o processo da generalidade.

O período para a discussão na generalidade – durante o qual haverá apresentações na comissão parlamentar do documento pelo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho – será encerrado com a votação em plenário no dia 27 de outubro.

No dia seguinte, e em caso de aprovação na generalidade do documento, começará a especialidade do OE2022, com diversas audições dos diferentes ministros e entidades no parlamento, uma fase que durará cerca de um mês. Os partidos terão até 12 de novembro para entregar as suas propostas de alteração ao documento do Governo.

As maratonas de votações na especialidade do OE2022 começarão na tarde de 19 de novembro, um processo que culminará com a votação final global em 25 de novembro no plenário da Assembleia da República.

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BE concorda com PR sobre oportunidades perdidas para resolver problemas estruturais

  • Lusa
  • 5 Outubro 2021

"É verdade quando o Presidente da República diz que já muitas vezes Portugal viu apoios, milhões, fundos, promessas que depois redundaram muito pouco na resolução dos problemas estruturais", diz BE.

A coordenadora do BE concordou, esta terça-feira, com o Presidente da República sobre o facto de Portugal ter perdido oportunidades de resolver problemas estruturais, considerando que o Programa de Recuperação e Resiliência deve ser aproveitado para acabar com estas desigualdades.

A líder bloquista, Catarina Martins, esteve esta tarde na manifestação da Fenprof, em Lisboa, momento à margem do qual reagiu, em declarações aos jornalistas, ao discurso do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, no 111.º aniversário da Implantação da República.

“É verdade quando o Presidente da República diz que já muitas vezes Portugal viu apoios, milhões, fundos, promessas que depois redundaram muito pouco na resolução dos problemas estruturais do nosso país. Precisamos de ter algum cuidado com o que vamos fazer nos próximos tempos”, defendeu a bloquista,

Catarina Martins referiu que “depois de, no primeiro momento, a seguir à troika, ter havido um esforço em que o Bloco de Esquerda participou para acabar com os cortes que a direita e a troika tinham imposto ao país”, agora “é o momento de aproveitar o Plano de Recuperação para combater os problemas estruturais da economia e as desigualdades estruturais”.

“Para isso, é preciso valorizar os salários e as pensões, é preciso mexer na legislação do trabalho porque a primeira forma de haver uma distribuição justa da riqueza num país é através do salário e é aí que as coisas têm corrido mal”, defendeu.

O Presidente da República tinha pedido esta terça-feira que se faça do 05 de Outubro uma data viva, com um Portugal mais inclusivo e que entre a tempo no “novo ciclo da criação de riqueza”, aproveitando os fundos europeus.

Na perspetiva da líder do BE, é preciso “mexer na legislação laboral para garantir que há uma evolução dos salários que respeita quem trabalha” e para garantir que “as jovens gerações podem aqui planear fazer a sua vida e não estarem sujeitas à precariedade e baixo salário”.

Esse é o grande desafio deste momento, só assim é que haverá uma recuperação que seja para o país e não, como já aconteceu noutras alturas, prometem-se milhões, há uma elite que enriquece e os problemas estruturais do país continuam”, avisou.

Marcelo Rebelo de Sousa apelou para que “Portugal por uma vez entre a tempo – isto é, nos primeiros, e não no meio e menos ainda nos últimos – num novo ciclo económico do clima, energia, digital, ciência, tecnologia e renovado tecido produtivo”, advertindo que, “desta vez, falhar a entrada a tempo é perder, sem apelo nem agravo, uma oportunidade que pode não voltar mais”.

Nesta intervenção, o Presidente da República fez um balanço do desenvolvimento do país, considerando-o insuficiente: “Demos tantas vezes passos muito importantes, mas ainda assim acabámos por ficar para trás no que poderíamos e deveríamos ser e em comparação com o que muitos outros são. Mesmo depois de anos ou décadas de crescimento e convergência económica“.

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