Patentes sobem 57% para 166 até junho

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial recebeu 407 pedidos de invenção, menos 31,1% face ao mesmo período de 2020.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu 166 patentes no primeiro semestre, mais 56,6% do que no período homólogo, foi anunciado esta terça-feira.

“No primeiro semestre de 2020, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu mais 56,6% de invenções, face ao período homólogo de 2020”, num total de 166 invenções nacionais concedidas que compara com 106, indicou, em comunicado.

Neste período, o instituto recebeu 407 pedidos de invenção, menos 31,1% face ao mesmo período de 2020, quando foram verificados 591.

Por modalidade de Direitos de Propriedade Industrial (DPI), entre janeiro e junho, os pedidos de marcas, logótipos e dos Outros Sinais Distintivos de Comércio (OSDC) foram os que tiveram maior procura junto do instituto, com uma subida de 34,8% para 13.930, contra os 10.330 verificados no primeiro semestre do ano anterior.

De acordo com os dados divulgados, no total, foram concedidas 10.179 marcas e OSDC nacionais, um aumento de 26% em comparação com os primeiros seis meses do ano anterior.

Por sua vez, a via nacional do design caiu, no período em causa, em número de pedidos, 4,4%, “apresentando um volume total de 642 objetos para 152 pedidos”.

Contabilizaram-se ainda 114 concessões de design nacional para 516 objetos concedidos, ou seja, um recuo de 70,8%.

“O impacto da pandemia ainda é visível em diversas áreas imprescindíveis à evolução e crescimento da economia, onde se incluem os Direitos de Propriedade Industrial. No entanto, os números de concessões de direitos, sobretudo na área das patentes, refletem não só o empenho do INPI no cumprimento da sua missão, como são também reflexo de que existe uma maior sensibilização para a importância da proteção dos direitos e, por conseguinte, uma valorização da Propriedade Industrial em Portugal”, apontou.

Criado em 1976, o INPI dedica-se a registar e proteger os direitos de propriedade industrial, marcas, patentes e designs em Portugal, promovendo a respetiva proteção no estrangeiro, segundo informação disponível na sua página online.

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Já estão abertas candidaturas para apoios a testes rápidos à Covid nas escolas

A dotação dos apoios para a aquisição de serviços para realizar testes rápidos nas escolas é de quinze milhões de euros.

Já abriu um aviso para os apoios à realização de testes rápidos de antigénio nas escolas e estabelecimentos de educação, no arranque do ano letivo. Estes apoios, que têm como base fundos europeus destinados à recuperação da pandemia e serão aplicados em todo o país, têm uma dotação de quinze milhões de euros.

Os apoios debruçam-se sobre a “aquisição de serviços de realização de testes rápidos de antigénio em estabelecimentos de educação, com vista à estabilização e retoma da vida social, e no caso concreto, dos profissionais da comunidade educativa e dos alunos do ensino secundário nos termos do “Programa de Rastreios Laboratoriais para SARS-CoV-2 nas Creches e Estabelecimento de Educação e Ensino”, segundo se lê no aviso publicado na página do Compete 2020.

As candidaturas a estas subvenções não reembolsáveis, que têm como beneficiário a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), estão abertas desde 20 de agosto de 2021, prolongando-se até 20 de setembro deste ano, às 19h00 horas.

A dotação é de 15 milhões de euros, sendo que a taxa de financiamento do Fundo Social Europeu é de “100% a aplicar sobre as despesas elegíveis”, de acordo com o aviso.

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6,5 milhões de certificados digitais já foram emitidos em Portugal

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

“Até ao momento, já foram emitidos cerca de 6,5 milhões de certificados digitais da União Europeia", avança os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Cerca de 6,5 milhões de portugueses, o equivalente a 65% da população, dispõem do certificado digital europeu que começou a ser emitido em 16 de junho, anunciaram esta terça-feira os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

“Até ao momento, já foram emitidos cerca de 6,5 milhões de certificados digitais da União Europeia”, documento que permite atestar que o seu portador foi vacinado contra a Covid-19, efetuou um teste com resultado negativo ou já recuperou da infeção pelo vírus SARS-CoV-2, adiantou à Lusa fonte dos SPMS.

Estes certificados começaram a ser emitidos em Portugal em 16 de junho e entraram em vigor em toda a União Europeia em 01 de julho, com o objetivo de facilitar a livre circulação dos cidadãos nos Estados-membros de forma segura durante a pandemia.

Em Portugal continental, o documento é necessário para viagens aéreas ou marítimas, aceder a estabelecimentos turísticos e de alojamento local, entrar no interior de restaurantes aos fins de semana e feriados, para aulas de grupo nos ginásios e frequentar termas e ‘spas’, casinos e bingos, casamentos e batizados com mais de 10 pessoas, e eventos culturais, desportivos ou corporativos para mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado).

O certificado digital Covid da UE pode ser obtido através do portal do SNS 24 na internet ou da aplicação móvel SNS 24.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.658 pessoas e foram contabilizados 1.022.807 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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Primeiro-ministro canadiano quer impedir estrangeiros de comprar casas durante dois anos

  • ECO
  • 24 Agosto 2021

Caso seja reeleito, o primeiro-ministro do Canadá vai proibir cidadãos estrangeiros de comprar casa durante dois anos no país, numa tentativa de arrefecer os preços no mercado imobiliário.

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, quer impedir cidadãos estrangeiros de comprar casa durante dois anos no Canadá, caso seja reeleito. O objetivo é arrefecer o mercado imobiliário e promover o acesso à habitação no país, avança o Bloomberg (acesso pago).

“Não podemos perder a nossa casa numa guerra de licitações para os especuladores. É tempo de as coisas mudarem (…) Acabaram-se as fortunas estrangeiras estacionadas em casas onde as pessoas deveriam viver”, disse Justin Trudeau. A cidade de Vancouver, por exemplo, tem sido um destino muito popular para não residentes chineses e de Hong Kong.

A subida dos preços tornou-se uma questão central durante a campanha de Trudeau, líder dos Liberais, para as eleições legislativas marcadas para 20 de setembro. O líder canadiano promete agora mais 1,4 milhões de casas novas ou reabilitadas para o próximo mandato, uma semana depois do seu principal adversário — o conservador Erin O’Toole — ter apresentado um plano idêntico.

O’Toole promete, também, proibir investidores estrangeiros, há dois anos fora do país, de comprar casa e alocar 15% dos edifícios federais para habitação.

O número de casas no mercado diminuiu nos últimos meses, após um boom de atividade provocado pela pandemia, e os preços permanecem perto de níveis recorde. O custo médio de uma casa foi de 529.840 dólares (451 mil euros) em julho, um aumento de 16% em face do ano anterior, de acordo com a Associação Imobiliária Canadiana.

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G7 exige aos talibãs que deixem sair afegãos depois de 31 de agosto

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

Boris Johnson disse que os países do G7 vão exigir "passagem segura" aos talibãs para os afegãos que querem deixar o Afeganistão depois de 31 de agosto.

Os países do G7 vão exigir “passagem segura” aos talibãs para os afegãos que querem deixar o Afeganistão depois de 31 de agosto, data em que as tropas norte-americanas deverão deixar o país, disse esta terça-feira o primeiro-ministro britânico.

Após presidir a uma cimeira virtual dos líderes do G7, Boris Johnson disse que o grupo de países dispõe de mecanismos “económicos, diplomáticos e políticos” consideráveis para apoiar esta exigência.

“A primeira condição que estabelecemos como G7 é que devem garantir uma passagem segura para aqueles que queiram partir até 31 de agosto e depois”, disse Boris Johnson.

O G7 é constituído por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Biden decide não prolongar prazo de retirada de norte-americanos

O Presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu não prolongar o prazo de 31 de agosto para a retirada final dos soldados norte-americanos do Afeganistão, disse esta terça-feira um funcionário do Governo.

Biden tomou a decisão após consultar a sua equipa de segurança nacional, ponderando os riscos de manter as forças no terreno para além do prazo e optando por concluir a missão na próxima terça-feira, prazo que tinha sido por si definido, ainda antes de os talibãs terem tomado conta de Cabul, em 15 de agosto.

Biden pediu à sua equipa de segurança nacional para criar planos de contingência, caso surja uma situação cujo prazo precise de ser ligeiramente prorrogado, disse a mesma fonte governamental.

Os EUA intensificaram o transporte aéreo para retirada desde Cabul, nas últimas 24 horas, mas Biden tinha admitido estender o prazo de saída, levando em conta as contínuas ameaças à segurança por parte de grupos extremistas na capital afegã.

Os aliados europeus, assim como congressistas, grupos de veteranos e organizações de refugiados dos EUA estão a pedir a Biden que continue as evacuações durante o tempo que for necessário para retirar todos os estrangeiros, aliados afegãos e outros em maior risco.

Contudo, numa conferência de imprensa em Cabul, o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse que o seu movimento não aceitará prorrogações do prazo, prometendo retaliações.

Mais tarde, ainda esta terça-feira, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que os militares precisarão de “pelo menos vários dias” para retirar totalmente os vários milhares de soldados e o seu equipamento de Cabul.

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Número de caixas multibanco aumenta após uma década a cair

Existiam no final do ano passado 12.054 caixas que permitem levantar dinheiro ou fazer pagamentos ou transferências, mais 409 em relação a 2019, segundo o Banco de Portugal.

O número de caixas automáticas – popularmente conhecidas como “multibancos” devido à forte implementação e reconhecimento da marca da SIBS em todo o país – aumentou em 2020, depois de ter estado a cair ao longo da última década.

Existiam no final do ano passado 12.054 caixas que permitem levantar dinheiro ou fazer pagamentos ou transferências, mais 409 em relação a 2019, de acordo com as séries longas do bancário português, que foram atualizadas pelo Banco de Portugal.

O ano da pandemia interrompeu assim uma tendência de redução que se registava desde 2010. Nesse ano, os bancos disponibilizavam mais de 14.300 caixas automáticas. Contudo, desde então, já desapareceram das ruas mais de 2.200.

Evolução do número de ATM desde 2020

Fonte: Banco de Portugal

As caixas automáticas têm sido sobretudo importantes para contrariar o fecho de balcões nas regiões do interior do país, permitindo que a população mantenha acesso a serviços bancários considerados básicos hoje em dia.

Num estudo divulgado no ano passado, o Banco de Portugal revelou que Portugal dispunha de uma “ampla” cobertura da rede de balcões e caixas automáticas. Contudo, alertou para a expectável contração da rede nos próximos anos que poderá vir a colocar dificuldades, “em breve”, no acesso a numerário em mais de duas dezenas de freguesias.

A rede de caixas automáticas mais conhecida é aquela que é operada pela SIBS, o Multibanco. Em 2015 entrou um novo operador: a Euronet, direcionada sobretudo para turistas internacionais.

Ainda de acordo com os dados do Banco de Portugal, também aumento o número de terminais de pagamento automático: existiam mais de 326 mil terminais. São estes terminais que costumamos utilizar para pagar as compras no supermercado, lojas e restaurantes com o cartão. Há mais 65 mil terminais em relação a 2010, confirmando a tendência de substituição do dinheiro em numerário pelo cartão bancário nas transações diárias.

Operações no Multibanco caem

No ano da pandemia, ainda assim, caiu o número de operações na rede Multibanco. O Banco de Portugal dá conta de 2,2 mil milhões de transações financeiras realizadas na rede da SIBS, o que representa uma quebra de 9% em relação a 2019.

Em termos de montante, a rede Multibanco realizou operações no valor de 121 mil milhões de euros em 2020, uma descida de 3,3% comparativamente ao ano anterior.

Outros detalhes: os pagamentos no homebanking atingiram os 18,75 mil milhões de euros, estabilizando face a 2019; os pagamentos nas caixas automáticas superaram os 8,5 mil milhões, menos 3,1%.

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Von der Leyen pede aos Estados-membros que se entendam sobre pacto sobre asilo

Após a reunião do G7, a presidente da Comissão Europeia apelou aos Estados-membros da União Europeia para chegarem a acordo sobre o pacto de imigração e de asilo.

Em setembro de 2020, a Comissão Europeia apresentou um novo pacto em matéria de migração e asilo, arrancando o processo legislativo. Porém, a negociação entre os Estados-membros da União Europeia e o Parlamento Europeu continua sem avanços. Devido à situação que se vive no Afeganistão, a presidente da CE, Ursula Von der Leyen, instou os países a entenderem-se para que no futuro haja um enquadramento melhor para lidar com os fluxos migratórios.

Deixe-me reforçar novamente: os eventos que vemos estes dias sublinham a necessidade urgente dos Estados-membros e do Parlamento Europeu chegarem a acordo sobre a nossa proposta do pacto de migração e asilo“, afirmou Ursula Von der Leyen na conferência de imprensa após o G7 dedicado à situação que se vive no Afeganistão, assinalando que a UE precisa de um sistema que “funcione totalmente” que permita gerir as fronteiras, assegurar solidariedade entre países e cooperar com os países de origem e trânsito.

O novo pacote apresentado pela Comissão Europeia no ano passado “reconhece que nenhum Estado-Membro deve assumir uma responsabilidade desproporcionada e que todos os Estados-Membros devem contribuir para a solidariedade de forma constante”. O conceito de “solidariedade obrigatória flexível” tem sido negociado a nível político e técnico, inclusive na presidência portuguesa do Conselho da UE no primeiro semestre, mas sem fumo branco até ao momento.

A presidente da Comissão Europeia disse ainda que a maioria das equipas da União Europeia, incluindo os trabalhadores afegãos, e as suas famílias, foram evacuadas do Afeganistão e estão agora em segurança. Esta manhã a alemã tinha anunciado um “aumento da ajuda humanitária aos afegãos, dentro e em redor do país, do orçamento da UE, de mais de 50 milhões de euros para mais de 200 milhões de euros“, um valor que se soma às contribuições individuais dos Estados-membros.

Relativamente ao adiamento da saída das tropas norte-americanas do Afeganistão, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, admitiu que vários intervenientes no G7 mostraram a sua “preocupação” sobre o prazo e que seria “importante tentar estendê-lo”. “É chave que se garanta a passagem segura para que os afegãos possam sair do seu país quando necessário”, acrescentou, na conferência de imprensa após a reunião de urgência marcada pelo Reino Unido.

De acordo com o Politico, o presidente Joe Biden concordou com a recomendação do Pentágono para que se mantenha o prazo de 31 de agosto. Esta decisão surge numa altura em que há dúvidas sobre se os EUA (e outros países) conseguem evacuar os cidadãos norte-americanos e afegãos aliados antes do final do mês. Os talibãs — que tomaram o poder em Cabul a 15 de agosto — já fizeram saber que 31 de agosto é a sua “linha vermelha”, deixando ameaças caso a data seja ultrapassada.

No comunicado desta reunião do G7, os países afirmam que pretendem “assegurar a continuação de uma passagem segura para se sair do Afeganistão”, tal como também referiu Ursula Von der Leyen na conferência de imprensa. “Vamos cooperar juntos, e com países vizinhos e outros na região que recebem refugidos, para ter uma abordagem coordenada sobre as rotas seguras e legais para o realojamento” dos afegãos, conclui o comunicado.

Após o encontro, o primeiro-ministro britânico disse que os talibãs terão de permitir que os afegãos possam sair do país de forma segura depois de 31 de agosto. “Alguns deles vão dizer que não aceitam isso, outros espero que vejam o sentido disso, porque o G7 tem uma vantagem considerável em termos económicos, diplomáticos e políticos”, afirmou Boris Johnson, citado pela Reuters.

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EDP puxa pela bolsa, mas BCP e JM travam ganhos

EDP patrocinou a subida da bolsa, num dia de ganhos também para a Galp Energia, enquanto a GreenVolt tocou um novo recorde. Jerónimo Martins e BCP impediram uma subida mais expressiva do PSI-20.

Lisboa fechou a subir, renovando máximos de ano e meio. Foi uma subida ligeira, patrocinada pela EDP, numa sessão em que “pesados pesados”, como a Jerónimo Martins, BCP e EDP Renováveis condicionaram o desempenho do índice de referência nacional.

Num dia em que o Stoxx 600, que segue as 600 maiores cotadas da região, recuou 0,04%, com os investidores a absterem-se de fazer grandes apostas antes do encontro de Jackson Hole, o PSI-20 conseguiu valorizar. Ganhou 0,04% para os 5.361,77 pontos.

A puxar pela bolsa esteve, essencialmente, a EDP. As ações da elétrica subiram 1,03% para 4,71 euros, enquanto as ações da EDP Renováveis desvalorizaram 0,27% para 22,10 euros. A Galp também ajudou no fecho positivo do índice ao ganhar 0,54%, para 8,530 euros, numa altura que o preço do petróleo Brent soma 2,73% para 70,63 dólares por barril.

Entre os “pesos pesados”, a condicionar os ganhos na bolsa, estiveram a Jerónimo Martins, que viu as suas ações cair 1.55% para 18,05 euros, mas também os títulos do banco liderado por Miguel Maya, que caíram 0,64%, para os 12,48 cêntimos.

No índice principal,10 das 18 cotadas fecharam em alta, cinco encerraram no “vermelho” e três mantiveram-se inalteradas, sendo que fora do PSI-20 houve mais cotadas em destaque. E pela positiva. É o caso da GreenVolt que atingiu um novo recorde na bolsa, tendo encerrado a ganhar 1,85% para 5,50 euros.

Destaque também para as SAD. O maior destaque foi para o Sporting Clube de Portugal SAD que viu as suas ações dispararem 6,33%, enquanto as ações do Sport Lisboa e Benfica avançaram 2,12% no dia em que o clube disputa o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, que pode render 37 milhões de euros.

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Cenário nas conservatórias e lojas do cidadão é “terceiro mundista”, apontam sindicatos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

"É preciso atacar o problema na fonte e recrutar os 234 conservadores e os 1.522 oficiais de Registo", defendem os sindicatos.

A Plataforma Sindical dos Registos alertou esta terça-feira para o “cenário terceiro mundista” que as pessoas sem agendamento enfrentam nas conservatórias e lojas do Cidadão, na esperança de serem atendidas, nomeadamente para tratar do cartão do cidadão.

Confrontado com queixas que alguns utentes destes serviços fizeram chegar à agência Lusa sobre a falta de senhas suficientes para o atendimento presencial espontâneo, o presidente da Plataforma Sindical dos Registos, Arménio Maximino, realçou que o que está a acontecer já tinha previsto e denunciado pela plataforma que junta o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), a Associação Sindical dos Conservadores de Registo (ASCR) e o Sindicato Nacional dos Registos (SNR).

“As pessoas que não têm agendamento juntam-se às portas das conservatórias e lojas do cidadão na esperança de conseguirem ser atendidas, o que perante a inevitabilidade de não o poderem ser, por causa de toda a capacidade para atendimento estar totalmente ocupada com o agendamento, tem contribuído para um aumento de conflituosidade, o que em alguns casos resultou mesmo em agressões físicas e verbais aos respetivos trabalhadores”, revelou o dirigente sindical.

Face às queixas da demora de três meses na marcação do agendamento para o cartão do cidadão e de, por exemplo, em Cascais só terem sido distribuídas cinco senhas para um dia inteiro para atendimento presencial espontâneo para tirar a identificação, Arménio Maximino referiu que os “graves problemas do setor” estão há muito identificados e comunicados ao Governo, sem que haja uma estratégia eficaz para resolver “as intermináveis filas de espera (que existem desde 2019), a exagerada demora para agendar um serviço”, conhecendo-se apenas medidas “paliativas” como abrir os balcões no Parque das Nações ao sábado.

Segundo o responsável sindical, devido à enorme falta de pessoal e a ausência de investimento no setor – que diz gerar receitas de 60 milhões de euros anuais para o Ministério da Justiça -, a situação nas conservatórias e lojas do Cidadão irá “agravar-se com o tempo”.

“Mesmo tendo alertado o Governo nas pessoas do primeiro-ministro, ministra da Justiça, ministra da Administração Pública e da Modernização do Estado, ministra da Saúde, secretária de Estado da Justiça e secretário de Estado da Saúde para o que era mais do que previsível, estes nada fizeram e nada fazem que altere o rumo dos acontecimentos”, lamentou o presidente da Plataforma Sindical.

Segundo Arménio Maximino, “concorrendo o atendimento espontâneo com o atendimento agendado, e tendo este último ocupado toda a oferta até final de setembro, os cidadãos que não tenham agendamento apenas poderão ser atendidos espontaneamente se houver alguma desistência, ou haja algum ‘espaço’ que não tenha sido ocupado, o que varia de conservatória para conservatória e de dia para dia”.

Perante estas circunstâncias, e reportando ao caso de Cascais, explicou que as senhas para atendimento espontâneo são distribuídas atendendo ao espaço que se encontre livre, o que poderá levar à distribuição de um determinado número de senhas, “sempre muito insuficiente perante a procura, e que tanto podem ser 10 senhas, como cinco senhas, duas senhas ou até nenhuma”.

De acordo com o dirigente sindical, o cidadão perante este “cenário verdadeiramente terceiro mundista”, vai “literalmente acampar” para a porta dos serviços de registo, tal como o faziam em 2019, na “esperança de conseguir uma senha para serem atendidos, o que mesmo que lá passem a noite não lhes está, infelizmente, garantido”.

Tudo isto – considerou – deve-se à falta de recursos humanos, à falta de visão estratégica para o setor e à falta de planeamento, pois de 2019 até ao presente, indicou, aposentaram-se 300 profissionais, o que significa menos 10 mil atendimentos por dia.

É preciso atacar o problema na fonte e recrutar os 234 conservadores e os 1.522 oficiais de Registo que estão em falta, num total de 1.756 profissionais (dados oficiais) que efetuariam mais 50 mil atendimentos por dia”, enfatizou.

Só assim – apontou – se conseguirá acabar com as “vergonhosas filas de espera e demoras no atendimento, que tem demonstrado bem a total falta de respeito pelos cidadãos que sofrem `na pele´ a passividade do Governo, que é inexplicavelmente insensível aos problemas” dos utentes destes serviços.

Assistimos ao definhar lento de um setor que foi votado ao ostracismo e não tem sido alvo de um mínimo de investimento (falta de recursos humanos e de meios adequados, os computadores têm mais de 15 anos) ainda que as taxas que arrecada tenham servido e sirvam para custear a quase totalidade do funcionamento de todo o Ministério da Justiça”, disse Arménio Maximino.

O dirigente sindical assinalou que os dados disponíveis revelam que as pessoas continuam a preferir o atendimento presencial, mas o Governo “continua teimosamente a não ver o que é uma evidência – é preciso reforçar o atendimento presencial, o que só se consegue com mais recursos humanos”.

Até este momento há 350 mil cartões de cidadão acumulados para entregar, número que se vai agravar, cada vez mais, nos próximos tempos, atendendo ao aumento do número de pedidos ‘online’”, avisou ainda.

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Grupo Samsung vai investir 175.000 milhões nos próximos três anos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

Investimento vai servir para criar 10 mil empregos e liderar a investigação em telecomunicações, produtos biofarmacêuticos, semicondutores, inteligência artificial, robótica, fusões e aquisições.

O grupo Samsung revelou esta terça-feira que vai investir 240 biliões de wons (175 mil milhões de euros) nos próximos três anos e criar mais 10.000 empregos, com o objetivo de liderar a próxima geração de tecnologias.

A Samsung Electronics e subsidiárias do grupo, nomeadamente a Samsung Biologics, querem liderar a investigação e desenvolvimento (I&D) em áreas de negócio que vão desde as telecomunicações, produtos biofarmacêuticos, semicondutores, inteligência artificial, robótica, até às fusões e aquisições, refere o grupo empresarial em comunicado, citado pela agência financeira Bloomberg.

Dos 240 biliões de wons (175 mil milhões de euros) que irá investir nos próximos três anos, 180 biliões de wons serão aplicados apenas na Coreia do Sul, realça o conglomerado, adiantando que vai ainda contratar mais 10.000 trabalhadores no período em análise, o que eleva para 40.000 o número de novos postos de trabalho a serem criados.

O anúncio do investimento surge pouco tempo depois de Lee Jae-Yong, vice-presidente da Samsung Electronics, ter saído da prisão a 13 de agosto deste ano. Em 09 de agosto, o Governo sul-coreano decidiu conceder o perdão ao empresário de 53 anos, por ocasião do Dia da Libertação Nacional, quando as autoridades costumam conceder indultos a alguns presos que cumpriram 60% das sentenças.

Lee foi condenado em janeiro a dois anos e meio de prisão por subornos que pagou à rede criada em torno da ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye e da sua amiga, Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, num novo julgamento do caso que chocou o país. O gestor tinha sido originalmente condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017 por pagar estes subornos com o objetivo de obter um tratamento favorável das autoridades e por desviar fundos, ocultar bens no estrangeiro e cometer perjúrio.

No entanto, em fevereiro de 2018, um tribunal de recurso reduziu a sentença e permitiu-lhe sair da prisão, mas voltou a ser julgado em agosto de 2019, quando um tribunal superior apresentou novas acusações contra o empresário, obrigando à repetição do julgamento.

Entre o tempo que passou na prisão entre 2017 e 2018 e os mais de seis meses que esteve preso este ano, Lee já tinha cumprido 60% da pena de dois anos e meio. No entanto, a decisão não foi isenta de controvérsia, uma vez que parte da sociedade sul-coreana considera que o perdão contraria a promessa do atual Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de combater a corrupção.

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Windfloat gerou 75 GWh no primeiro ano. EDP quer leilões para instalar mais eólicas no mar de Viana

Com 25 MW e três turbinas eólicas a 20 km da costa, o projeto Windfloat Atlantic pode crescer até 200 MW no mar português. EDP está à espera que o Governo anuncie novos leilões para o eólico offshore.

Ao fim de um ano a funcionar em mar alto, a cerca de 20 km da costa de Viana do Castelo — e já com provas dadas pelas 3.800 horas de produção e os 75 GWh gerados nos primeiros 12 meses — o projeto eólico offshore Windfloat Atlantic chegou finalmente a uma fase em que já permite ao consórcio liderado pela EDP e pela Engie avançar para uma nova fase comercial, em projetos futuros. Seja em Portugal ou estrangeiro.

A garantia foi dada esta terça-feira por José Pinheiro, diretor do projeto e country manager da Ocean Winds para o mercado ibérico, durante uma visita de barco ao parque eólico offshore que pertence à Windplus, um consórcio desenvolvido pela Ocean Winds (79,4%) – a joint-venture criada pela EDP Renováveis e pela Engie – pela Repsol (19,4%) e pela Principle Power (1,2%).

No entanto, para que isso aconteça, refere o responsável, falta ainda capacidade industrial, encomendas em larga escala para novas plataformas flutuantes e projetos internacionais de maior dimensão. “A cadeia de fornecimento terá de ser preparada. Falta a industrialização, e fazer com que as plataformas flutuantes sejam um produto quase off the shelf (pronto a tirar da prateleira, traduzindo do inglês), standardizado” como já é hoje a energia eólica onshore ou offshore convencional, explicou o responsável.

Falta também que Governo português anuncie a realização de leilões para capacidade eólica offshore em Portugal, tal como já aconteceu noutras geografias em que o consórcio está a apostar.

Exemplos disso são os projetos já em marcha em França (projeto de 30 MW no Golfo de Lyon, que deverá arrancar no final de 2022), Coreia do Sul (três parques de 500 MW, num total de 1,5 GW) ou Estados Unidos (Califórnia). Em comum, todos estes mercados têm o facto de estarem a ser desenvolvidos leilões para a atribuição de capacidade offshore, com tarifas garantidas.

“Procuramos oportunidades onde a regulação preveja leilões específicos para esta tecnologia, nos quais os operadores possam competir numa escala superior que permita a industrialização e também tornar mais baratos os preços da eletricidade. Isto prova que a tecnologia existe e estamos prontos para avançar. Faltam as oportunidades e mais encomendas”, disse José Pinheiro, acrescentando: “O percurso tem se der feito com base em leilões. Estamos atentos a projetos em mercados com um ambiente regulatório previsível”, como Espanha, por exemplo.

Neste contexto, deixou um recado ao Governo português: “[Se neste momento fosse anunciado que haveria um leilão para energia eólica offshore] nós estávamos aqui e concorreríamos a esse leilão”, disse José Pinheiro, confirmando aos jornalistas que a expansão do parque eólico Windflot Atlantic (dos atuais 25 MW de capacidade instalada até um máximo possível de 200 MW de injeção na rede, ou cerca de 20 aerogeradores) está apenas dependente da abertura desses processos concursais por parte do Executivo para a concessão de mais capacidade.

“Há condições muito interessantes para se fazer esse leilão. Já vários players internacionais apareceram e levantaram o braço e mostraram interesse. O setor privado deixou claro que há interesse para investimento neste tipo de infraestruturas, mas precisa de um ambiente regulatório estabelecido e de um esquema de remuneração estabilizado e previsível. Essa é a forma de trazer esta tecnologia para patamares mais competitivos”, disse o country manager, revelando que neste momento não existe nenhum projeto offshore na calha para o mercado português, seja de expansão do Windfloat ou outro novo.

Quanto a preços da energia produzida em offshore, neste momento a eletricidade que o Windfloat Atlantic injeta na rede ronda em média os 140 euros/MWh, mas José Pinheiro garante que “no curto prazo esses valores poderão chegar aos níveis de competitividade do offshore fixo, na ordem dos 50 a 60 euros por MWh”. Já o investimento necessário para construir um parque eólico offshore chega ainda a ser quatro vezes superior face ao offshore fixo ou ao onshore.

Do lado do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o ministro João Pedro Matos Fernandes, também já deu sinais de abertura, ao dizer numa conferência recente que teve lugar em Viana do Castelo que a energia eólica offshore faz parte do roteiro de Portugal para a transição energética e para a neutralidade carbónica. “É uma mensagem positiva”, rematou o responsável.

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Letras pequeninas nos contratos ao consumidor proibidas a partir de 4.ª feira

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

O tamanho da letra e espaçamento de linhas juntam-se agora a outras cláusulas proibidas, como alterar regras respeitantes ao ónus da prova ou à distribuição do risco.

Contratos com letras pequeninas, pouco espaço entre linhas e palavras e com cláusulas contratuais previamente redigidas para o consumidor, nomeadamente por bancos ou fornecedores de telecomunicações ou água, estão proibidos a partir de quarta-feira.

Uma quarta revisão do regime das cláusulas contratuais gerais, de 1985, publicada em maio, com data de entrada em vigor para 25 de agosto, acrescentou uma nona cláusula: Estão em absoluto proibidas cláusulas que “se encontrem redigidas com um tamanho de letra inferior a 11 ou a 2,5 milímetros, e com um espaçamento entre linhas inferior a 1,15″.

O tamanho da letra e espaçamento de linhas juntam-se agora a outras cláusulas proibidas, como alterar regras respeitantes ao ónus da prova (obrigação de provar facto ou afirmação) ou à distribuição do risco.

Para garantir que não são aplicadas, por outras entidades, as cláusulas já consideradas proibidas por decisão de um tribunal, a lei prevê que seja criado, por regulamentação do Governo, um sistema de controlo e prevenção de cláusulas abusivas.

As novas regras do regime das cláusulas contratuais gerais resultaram de projetos do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e Bloco de Esquerda (BE), apresentados em 2020, e foram aprovadas em abril por maioria, com a abstenção do PS, o CDS a votar contra e votos a favor do PSD, BE, PCP, PAN, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e das duas deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

No seu projeto, o PEV argumenta que “cláusulas com uma letra tão reduzida que é quase impossível ler” acabam por levar o consumidor a não saber bem “aquilo que está a contratar”, enquanto o BE alegou que, muitas vezes, “o texto do clausulado” é “excessivamente complexo, ao ponto de dificultar a sua leitura e compreensão”.

A associação de defesa dos direitos dos consumidores Deco, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, defendeu a necessidade de uma intervenção legislativa que impusesse um tamanho e espaçamento mínimos, que facilitem uma correta leitura e compreensão do clausulado.

A associação defendeu, na altura, a imposição de limites ao tamanho e espaçamento das letras que permita fazer “escolhas verdadeiramente informadas, e justificar-se uma alteração mais profunda e de modo a acompanhar a nova realidade digital.

O Presidente da República promulgou em 22 de maio esta alteração legislativa.

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