Tribunal recusa impugnar candidatura de Santana Lopes na Figueira da Foz

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

No entanto, o tribunal frisa que “no âmbito da eleição tem que se optar por uma só denominação” entre "Pedro Santana Lopes, Figueira a Primeira” ou "Figueira a Primeira".

O tribunal da Figueira da Foz recusou esta sexta-feira impugnar a candidatura independente de Santana Lopes à autarquia local, requerida pela candidatura do PSD liderada por Pedro Machado, segundo o despacho judicial a que a Lusa teve acesso.

No despacho, o magistrado do Juízo Local Cível da Figueira da Foz – Juiz 2 (integrado no Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra), julga “improcedente a impugnação apresentada pelo PSD à candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores ‘Figueira a Primeira’”, o movimento independente de Pedro Santana Lopes.

O tribunal julgou assim improcedente a impugnação, em dois quesitos diferentes suscitados pelo PSD – a utilização de duas denominações diferentes pelo movimento independente, mas também que o grupo de cidadãos eleitores não comprovava o número mínimo de proponentes – que, no pedido, entregue segunda-feira, concluía, por esses dois motivos, que as candidaturas do movimento de Santana Lopes “não podem ser admitidas ao presente sufrágio”.

No entanto, na decisão conhecida esta sexta-feira, o tribunal frisa que “no âmbito da eleição tem que se optar por uma só denominação” e isto “sem prejuízo de os proponentes, entre si e informalmente, utilizarem outra designação”.

“Compulsada a candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores constata-se que, de facto, por vezes é utilizada a denominação “Pedro Santana Lopes, Figueira a Primeira”, enquanto outras é usada a designação “Figueira a Primeira”. Todavia, atento o teor da ata constitutiva deste grupo, concretamente o seu artigo 3.º, crê-se que a denominação oficial é a última, sendo esta que valerá para efeitos da candidatura nas presentes eleições”, refere o despacho.

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Lusorecursos já entregou Estudo de Impacte Ambiental da mina de lítio de Montalegre

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

O documento de cerca de 3.900 páginas foi entregue esta sexta-feira na APA, cumprindo os prazos determinados, segundo a Lusorecursos.

A empresa Lusorecursos disse que entregou esta sexta-feira “toda a documentação” na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para cumprir o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto de exploração de lítio previsto para Montalegre.

O procedimento de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) da exploração mineira de lítio em Montalegre, concessionada à Lusorecursos Portugal Lithium, esteve suspenso até esta sexta-feira, depois de um pedido de prorrogação do prazo por parte da empresa.

Em abril, a APA esclareceu que a Comissão de Avaliação (CA) identificou um “conjunto de lacunas e incoerências, não só ao nível do EIA, mas também do próprio projeto, que não permitiam a continuidade do procedimento de AIA”.

Também na mesma altura o ministro do Ambiente disse que o próximo EIA da Lusorecursos para o projeto de lítio em Montalegre tem de ser “muito melhor”, caso contrário “é inevitável” que a licença de concessão seja revogada.

“Se a Lusorecursos não for mais profissional do que aquilo que tem sido, é inevitável que esses prazos se esgotem e que essa licença venha a ser revogada”, afirmou, então, o ministro João Pedro Matos Fernandes.

Fonte da Lusorecursos disse à Lusa que o documento de cerca de 3.900 páginas foi entregue hoje na APA, cumprindo os prazos determinados.

O EIA foi, segundo refere a empresa no documento, “reeditado em conformidade incluindo todos esses elementos complementares”.

“O parecer emitido pela CA foi analisado em detalhe, tendo-se procedido ao desenvolvimento de todos os trabalhos necessários para introduzir as retificações e clarificações colmatando, assim, as questões levantadas pela comissão”, pode ainda ler-se no estudo.

No EIA, acrescenta, “dá-se resposta e apresentam-se as informações de projeto que a CA entendeu serem insuficientes, nomeadamente relativas ao melhor esclarecimento de alternativas, e concordou-se em não incluir no projeto, agora em avaliação, outros projetos associados (central de biomassa, fábrica de cerâmica e reciclagem de baterias), fora do âmbito da própria exploração mineira e valorização do minério”.

Estes poderão ser “retomados futuramente em projetos autónomos”.

O projeto, segundo refere a Lusorecursos no documento, “continua a corresponder à exploração subterrânea do recurso lítio, com a inclusão de uma fase, circunscrita e limitada, a exploração a céu aberto e incluindo a valorização do minério extraído num complexo de anexos mineiros instalado na concessão até obtenção de hidróxido de lítio ultrapuro”.

Desta forma, acrescenta, assegura-se a “valorização integral do lítio no município de Montalegre não havendo qualquer transporte de minério não processado para fora da concessão e, deste modo, não sobrecarregando estradas e envolvente com transporte de pesados”.

O EIA identifica os impactes positivos da exploração mineira ligados à “transição energética”, “ao esforço global de combate às alterações climáticas” e os “benefícios no desenvolvimento económico” de um município afetado pela regressão demográfica.

Identifica também impactes negativos a nível de “alterações morfológicas, de ocupação dos solos, perda de habitats, perturbação de populações faunísticas mais sensíveis e, igualmente, na modificação da estrutura da paisagem”.

Para garantir o “balanço positivo do projeto” propõem-se “medidas de indemnização e de acompanhamento”, no sentido de “atenuar ou mesmo anular” os impactes negativos “e potenciar” os positivos.

O contrato de concessão de exploração de lítio em Montalegre foi assinado em março de 2019, entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, e tem estado envolto em polémica.

Em Montalegre, a população, nomeadamente das aldeias de Morgade, Rebordelo e Carvalhais, opõe-se ao projeto, elencando preocupações ao nível da dimensão da mina e consequências ambientais, na saúde e na agricultura.

Já em janeiro de 2020, a Lusorecursos anunciou a entrega do EIA do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados – Romano” à APA, no entanto, esta Agência esclareceu, dias depois, que “não foi efetuada a instrução” do EIA.

O procedimento de AIA iniciou-se a 14 de dezembro e ficou suspenso até este mês de agosto.

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CDC dos EUA recomenda terceira dose da Pfizer ou Moderna a pessoas imunodeprimidas

Autoridades de saúde norte-americanas abrem caminho à administração de uma terceira dose das vacinas da Pfizer ou da Moderna a cidadãos imunodeprimidos.

O painel de conselheiros do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA recomendou esta sexta-feira a administração de uma terceira dose das vacinas da Pfizer e da Moderna aos cidadãos imunodeprimidos. Um passo de grande relevância que abre caminho para a implementação desta medida.

A decisão foi tomada depois de a FDA, o regulador norte-americano dos medicamentos, ter autorizado a administração de terceiras doses dessas vacinas em pessoas com problemas no sistema imunitário. A entidade permitiu ainda que a terceira dose seja de outra vacina diferente da original, se esta última não estiver disponível, desde que, igualmente, uma vacina de mRNA (Pfizer ou Moderna).

De acordo com a Reuters, entre os utentes que poderão receber esta dose adicional estarão pessoas que tenham recebido um transplante de órgãos, por exemplo. Os pacientes não vão precisar de prescrição nem de referenciação médica, sendo que o público-alvo da medida, segundo a agência, é de apenas 3% dos cidadãos adultos do país.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h39)

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Mundo teve em 2021 o mês de julho mais quente desde 1880

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

"É muito provável" que 2021 fique entre os 10 anos mais quentes desde que há registos, de acordo com a a agência norte-americana (NOAA).

O mês passado foi o julho mais quente no mundo desde que a agência norte-americana NOAA, especialista no estudo do clima, tem registos da temperatura global, que remontam a 1880.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), que divulgou esta sexta-feira o relatório de julho, os sete meses de 2021 foram os sextos mais quentes.

Em comunicado, a NOAA assinala que “é muito provável” que 2021 fique entre os 10 anos mais quentes desde que há registos.

Em julho, a temperatura global à superfície (solo e oceanos) esteve 0,93ºC acima da média de 15,8ºC observada no século XX, ultrapassando em 0,01ºC o anterior recorde para o mês, registado em 2016. Os sete meses de julho mais quentes ocorreram desde 2015.

Considerando apenas a temperatura global à superfície do solo, a NOAA realça que o mês passado superou, com um aumento de 1,40ºC, o recorde anterior, de 2020, que tinha registado uma subida de 0,17ºC.

Por regiões, a Ásia teve, em 2021, o julho mais quente, ultrapassando o recorde de 2010. A Europa teve este ano o segundo mês de julho mais quente, depois de julho de 2018.

De acordo com a NOAA, a ocorrência de ciclones tropicais foi entre janeiro e julho “acima do normal”.

Quanto à extensão de gelo nos oceanos das regiões polares, a do Ártico foi em 2021 a quarta menor para o mês de julho, depois de 2012, 2019 e 2020. Na Antártida, esteve acima da média de 1981-2010.

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Segurança Social aplica automaticamente apoio a ex-trabalhadores da Cofaco

O Ministério de Ana Mendes Godinho garante que o recálculo das prestações de desemprego dos ex-trabalhadores da fábrica da Cofaco no Pico será feito de modo automático.

A Segurança Social vai aplicar de modo automático a majoração e o prolongamento do período de concessão das prestações de desemprego previstas no programa especial de apoio aos ex-trabalhadores da fábrica da Cofaco do Pico. O Ministério do Trabalho explicou ao ECO que os beneficiários não terão de fazer qualquer requerimento nesse sentido e garantiu que aqueles que tenham, entretanto, perdido o acesso às referidas prestações — por exemplo, em abril — receberão o pagamento dos meses já vencidos.

A Assembleia da República aprovou e publicou, no final do ano passado, uma lei que estabelece um programa especial de apoio aos trabalhadores da fábrica a Cofaco na ilha do Pico que foram objeto de despedimento coletivo em 2018. A regulamentação dessa ajuda foi aprovada, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros.

A lei que recebeu “luz verde” do Parlamento torna mais fácil o acesso às prestações de emprego, majora o seu valor e prolonga o período de concessão. Assim, fica fixado como prazo de garantia exigido no acesso ao subsídio de desemprego o período mínimo de 180 dias de descontos para a Segurança Social, em vez de 360 dias. Para o subsídio social de desemprego o período mínimo é de 90 dias, em vez dos habituais 180 dias.

Está, além disso, prevista uma majoração de 20% do valor de ambas essas prestações e elimina-se o corte de 10% previsto na legislação após 180 dias de concessão do subsídio de desemprego. Por outro lado, os períodos de concessão do subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial e subsídio social de desemprego subsequente são duplicados. A mesma lei prevê também a majoração em 25% do montante do abono de família para crianças e jovens e do abono de família pré-natal. E também o valor do rendimento social de inserção destes trabalhadores deverá ser majorado em 20%.

Quando a lei foi publicada em novembro, estava previsto que o Governo procederia à sua regulamentação no prazo de 60 dias, mas só esta quinta-feira foi aprovado o decreto que define essas regras, chegando, então, com vários meses de atraso.

De notar que, em março, o Sindicato das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio, Escritórios, Hotelaria e Turismo dos Açores alertava que a maioria dos ex-trabalhadores da fábrica do Pico da Cofaco perderia as prestações de desemprego em abril e maio, sem terem acesso às condições especiais aprovadas pelos deputados.

Agora, o Ministério do Trabalho garante que esses beneficiários — caso tenham perdido a prestação entre 11 de novembro e a entrada em vigor do decreto regulamentar (que ainda não foi publicado) — vão receber o pagamento dos meses, entretanto, vencidos. E a Segurança Social local vai proceder à renovação automática do período inicialmente atribuído.

Em todos os casos, caberá à Segurança Social proceder “ao recálculo das prestações, de forma automática, produzindo as majorações efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2021“. “Não é necessário apresentar qualquer requerimento”, frisa fonte do Ministério do Trabalho.

Abrangidos por este programa especial estão, detalha a mesma fonte, todos os ex-trabalhadores da fábrica da Cofaco no Pico que tenham sido abrangidos pelo despedimento coletivo de 2018, desde que, a 11 de novembro de 2020, tenham tido residência na Região Autónoma dos Açores e que tenham sido titulares de subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego, abono de família para crianças e jovens, abono de família pré-natal ou rendimento social de inserção.

Foi em maio de 2018 que a Cofaco (dona do atum Bom Petisco) fechou a sua fábrica da ilha do Pico, nos Açores, avançando com o despedimento coletivo de 162 trabalhadores. Deixou, contudo, o compromisso de abrir uma nova fábrica até janeiro de 2020 — com capacidade inicial para 100 trabalhadores — mas, entretanto, não houve avanços nesse projeto.

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BCP propõe rescisões por mútuo acordo com acesso ao subsídio de desemprego

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

Comissão de Trabalhadores diz que o banco está a apresentar novas propostas de rescisão a funcionários, mas agora com acesso ao subsídio de desemprego. Lamenta não serem reformas antecipadas.

A Comissão de Trabalhadores (CT) do BCP revelou que o banco está a apresentar novas propostas de rescisão a funcionários, mas agora com acesso ao subsídio de desemprego, lamentando que a instituição não privilegie as reformas antecipadas.

“Há de facto várias opções [para saída de trabalhadores], mas a opção que fica por atender é a da reforma [antecipada]. Porque é que o banco, com tantas pessoas que estão dispostas a negociar uma possível reforma antecipada, insiste em propor rescisões por mútuo acordo?”, questionou Cristina Miranda, da CT, em declarações à agência Lusa.

A agência Lusa contactou o BCP, que não faz comentários sobre o tema.

Segundo a responsável da CT, até agora foram propostas aos trabalhadores do BCP rescisões por mútuo acordo “simples”, rescisões por mútuo acordo “com uma verba compensatória supostamente equivalente ao fundo de desemprego” e algumas reformas antecipadas ao abrigo do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Posteriormente, surgiram propostas de pré-reforma, em que o trabalhador fica em casa até à idade da reforma, recebendo 50% do ordenado, “mas mantendo o vínculo ao banco e mantendo o banco as contribuições como se [o funcionário em causa] estivesse a trabalhar”.

“Por que é que o banco não recorre às reformas antecipadas a partir dos 55 anos e continua a propor rescisões, quando as pessoas não têm condições para aceitar a redução enorme do rendimento [que tal implica]?”, sustenta Cristina Miranda.

Segundo a responsável, “há muita gente que até aceitaria [sair] se fosse reforma antecipada”, pelo que não se compreende por que é que o BCP “está a ameaçar recorrer a despedimento coletivo”. “A questão é que para o banco a nossa reforma antecipada é cara e, portanto, opta por fazer rescisões”, lamenta.

De acordo com Cristina Miranda, as mais recentes propostas de rescisão por mútuo acordo com acesso ao subsídio de desemprego “estarão a ser efetuadas a trabalhadores com mais de 57 anos aos quais não foi proposta a reforma antecipada”.

O BCP está a contactar centenas de trabalhadores que pretende que saiam, propondo, consoante os casos, rescisões por mútuo acordo (até agora sem acesso a subsídio de desemprego) e reforma antecipadas.

Apesar de, pela regulação laboral do setor, o BCP poder propor reformas antecipadas a trabalhadores a partir dos 55 anos, o banco está a propor reformas antecipadas apenas para quem tenha 57 anos ou mais. Segundo a CT do banco e sindicatos de bancários, o objetivo é poupar dinheiro, já que as rescisões lhe ficam mais baratas.

A CT do BCP diz ser “uma incógnita” os critérios usados “para a uns [trabalhadores] ser proposta a reforma antecipada e a outros a rescisão”: “Não tem nada a ver com a idade, nem com os anos de serviço. Há propostas de rescisões por mútuo acordo para colegas com 57, 58 e mais anos de idade, bem como com 35, 36 ou 38 anos de serviço, e há casos de colegas com menos anos de serviço a quem foi proposta a reforma antecipada”, refere.

O presidente executivo do BCP disse em 29 de julho no Parlamento que “não há desrespeito pela lei” no processo de saída de centenas de trabalhadores que o banco está a levar a cabo e que não tem aumentado o recurso a outsourcing.

“Não passa pela cabeça do BCP fazer qualquer violação do direito, nem chantagem, mas não prescindo de falar olhos nos olhos com os trabalhadores”, disse Miguel Maya, quando questionado sobre pressões sobre funcionários para saírem e o facto de o banco admitir avançar para despedimento coletivo caso não saiam as pessoas pretendidas no atual processo de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas.

O gestor avisou ainda que o número indicativo entre 800 e 900 trabalhadores estimado para saídas (abaixo da meta inicial de redução de 1.000 postos de trabalho) depende dos funcionários que aceitem rescindir. “Só conseguimos minimizar as saídas se saírem as pessoas que fazem menos falta no atual contexto”, disse.

O BCP registou lucros de 12,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 84% do que no mesmo período de 2020. As contas incluem 87,2 milhões de euros para custos de reestruturação. Segundo disse Miguel Maya na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, em 26 de julho passado, essa reestruturação levará de futuro a poupanças de 35 milhões de euros por ano.

No dia 13 de julho, os sete sindicatos do setor bancário promoveram uma manifestação em frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra os despedimentos, deixando em cima da mesa a realização de uma greve nacional.

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Número de internados nos cuidados intensivos com “tendência estável a decrescente”

Das 255 camas para doentes Covid nos cuidados intensivos, 66% estão ocupadas, o que mostra uma melhoria face às últimas semanas.

As Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) continuam sob pressão de doentes Covid, mas a tendência é “estável a decrescente”, mostra o relatório das linhas vermelhas do Instituto Dr. Ricardo Jorge, divulgado esta sexta-feira. Os números indicam que a taxa de ocupação das 255 camas Covid passou de 77% para 66% no espaço de uma semana. O grupo etário com maior número de casos internados corresponde ao dos 60 a 79 anos.

A 11 de agosto, contavam-se 169 doentes internados em UCI, um número que corresponde a 66% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, refere o documento. “Nas últimas semanas, este indicador tem vindo a assumir uma tendência decrescente (-16% em relação à semana anterior)”, lê-se. A região de Lisboa e Vale do Tejo registava 84 doentes internados em UCI, o equivalente a 82% do total de casos em UCI.

Ocupação máxima recomendada para doentes COVID-19 em Unidades de Cuidados Intensivos e a 11 de agosto de 2021.

O grupo etário com maior número de casos de Covid-19 internados em UCI corresponde ao grupo etário dos 60 aos 79 anos (88 casos neste grupo etário a 11 de agosto de 2021). O documento salienta a “tendência estável ou decrescente do número de internados em UCI em todos os grupos etários”.

O relatório indica ainda que a mortalidade específica por COVID-19 (18,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) tem “tendência crescente e está acima do limiar preconizado”.

No que respeita a testes, a proporção de testes positivos observada nos últimos sete dias (5 a 11 de agosto de 2021) foi de 4%, um valor que se mantém igual ao limiar definido de 4%. Nos últimos sete dias foram feitos 399.296 testes (423.706 testes no último relatório).

Nos últimos sete dias (5 a 11 de agosto de 2021), 94% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e 78% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados no mesmo período. Na última semana, estiveram envolvidos no processo de rastreamento, em média, 382 profissionais a tempo inteiro, por dia, no continente.

O relatório nota ainda que “é de esperar a ocorrência de mutações nos vírus ao longo do tempo, em resultado do processo da sua replicação, sobretudo em vírus RNA”. Assim, “a probabilidade de ocorrência destas mutações aumenta com a circulação do vírus na comunidade e com o número de indivíduos parcialmente imunizados, promovendo o aparecimento de variantes”. A variante Delta é a mais prevalente em Portugal, com uma frequência relativa de 98,9% na semana de 26 de julho a 1 de agosto.

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Embraer fez voo de avião com motor elétrico desenvolvido com a EDP e a WEG

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

A descolagem do primeiro avião elétrico de zero emissões da Embraer simboliza uma "relevante contribuição para a transição energética do setor". refere a empresa.

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer informou esta sexta-feira que realizou testes de voo de um avião com motor elétrico que desenvolve em parceria com a EDP e a WEG, em Gavião Peixoto, interior do estado brasileiro de São Paulo.

Segundo a empresa, nas primeiras avaliações em voo tripulado foram analisadas características primárias como potência, desempenho, controlo, gestão térmica e segurança de operação do avião elétrico.

O objetivo foi demonstrar em condições reais os resultados obtidos em simulação computorizada, ensaios em laboratório e integração da tecnologia em solo, que acontecem desde o segundo semestre de 2019.

“O primeiro voo de uma aeronave é sempre um marco importante, e a descolagem do nosso primeiro avião elétrico de zero emissões simboliza também a relevante contribuição das nossas equipes e parceiros para a transição energética do setor,” frisou num comunicado Luis Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia, Desenvolvimento Tecnológico e Estratégia Corporativa da Embraer.

“Temos o compromisso de buscar as soluções que viabilizam o futuro de uma aviação mais sustentável e a inovação desempenhará um papel fundamental nesta jornada”, acrescentou.

O projeto de cooperação tecnológica utilizou um sistema motopropulsor elétrico da WEG e um conjunto de baterias financiadas pela EDP que foram integradas em um EMB-203 Ipanema, que se tornou em 2004 o primeiro avião do mundo certificado e produzido em série para voar com um combustível de fonte renovável (etanol).

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.

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Alemanha tira Portugal de zona de alto risco, mas mantém Lisboa e Algarve

  • Lusa
  • 13 Agosto 2021

Lisboa e Algarve, no entanto, mantém-se na lista de alto risco onde os viajantes, sem vacinação completa, são colocados em quarentena de até 10 dias.

As autoridades alemãs eliminaram Portugal, à exceção de Lisboa e do Algarve, da lista de países de alto risco de contaminação com covid-19, onde passaram a constar Turquia, Estados Unidos e Israel.

Estar nessa lista significa que os viajantes não imunizados desses três países são colocados numa quarentena de 10 dias, reduzíveis a cinco se for apresentado um teste negativo ao fim do quinto dia.

Há precisamente uma semana, na atualização anterior da lista feita pelo Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, foram incluídas algumas regiões do sul da França, bem como a ilha da Córsega e vários territórios ultramarinos.

Como regra, a partir do início de agosto, todo o viajante maior de 12 anos que não tenha recebido as duas doses da vacina contra a covid-19 ou tenha passado pela doença deve apresentar um teste negativo ao entrar no país.

Se vierem de uma das regiões incluídas na lista de alto risco, é imposta uma quarentena de dez dias, redutível a cinco, aos não imunizados.

Para aqueles que entram nas áreas sob o controle das variantes mais agressivas, a obrigação de apresentar um teste é estendida a todos os viajantes.

A Alemanha registou um aumento ainda moderado, mas contínuo, na incidência de casos covid-19 desde julho. O nível atual é de 30,1 infeções a sete dias por cada 100.000 habitantes em média nacional. O pico absoluto foi registado em dezembro de 2020, com 196,7 casos semanais por cada 100.000 habitantes.

Depois de manter durante meses o encerramento da vida pública – restauração, cultura e lojas não essenciais -, o nível foi reduzido até atingir, em junho, a incidência média nacional de cinco casos semanais. Segundo os dados oficiais, 56,6% da população alemã já recebeu as duas doses da vacina, enquanto 63% conta com uma.

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Salários da Dielmar garantidos enquanto decorrer processo de venda

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa garantiu que os salários dos trabalhadores estão salvaguardados enquanto decorrer o processo de venda da empresa.

Os salários dos 280 colaboradores da Dielmar estão “garantidos” até o processo de venda da empresa de vestuário ficar concluído. Uma decisão que deixa os trabalhadores mais “tranquilos” e com alguma “esperança” em relação ao futuro, adianta ao ECO a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa, Marisa Tavares.

“Os trabalhadores estão mais calmos. Têm informação que neste momento têm os postos de trabalho salvaguardados e no decorrer deste processo de venda vão ter o vencimento disponível. Essa decisão deixa os trabalhadores mais tranquilos, embora preocupados com o futuro porque tudo depende do processo de venda”, explicou a dirigente do Sindicato no final do plenário com os trabalhadores.

Apesar dos vencimentos e do vínculo laboral estar garantido, ainda não será no dia 18 de agosto que os trabalhadores regressam à Dielmar, confirma Marisa Tavares. “No dia 18 de agosto temos a indicação para os trabalhadores não se apresentarem ao trabalho”, destaca a Marisa Tavares.

A esperança é que o processo de venda seja “resolvido o mais rápido possível” de forma a “viabilizar o futuro dos trabalhadores”. Marisa Tavares garante que o Governo, o gestor de insolvência e os trabalhadores estão a “trabalhar em conjunto para encontrar uma solução que permita agilizar todo o processo”.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, mostrou intenção de arranjar soluções para garantir o pagamento dos salários dos colaboradores durante os próximos meses e a acelerar o processo de venda da empresa de vestuário. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa disse que esta demonstração por parte do Governo “deixou os trabalhadores com alguma esperança”.

Na próxima sexta-feira o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa vai volta a reunir com os trabalhadores da Dielmar. “Vamos manter o contacto regular com os trabalhadores e acompanhar de perto este processo”, garante a presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa.

A assembleia de credores está marcada para 26 de outubro. O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado dia 3 de agosto e qualquer credor tem 30 dias para reclamar os créditos.

(Notícia atualizada às 17h55 com mais informações)

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Europeu Stoxx 600 regista maior ciclo de ganhos desde 2006

O índice de referência europeu sobe há quatro semanas consecutivas e desde 2006 que não subia tanto. PSI-20 também valorizou, pela segunda semana.

O dia foi positivo para a bolsa de Lisboa e para a generalidade das praças europeias, com o Stoxx 600 a valorizar pela quarta semana consecutiva e a registar o melhor ciclo de subidas desde 2006, de acordo com a Reuters.

O índice pan-europeu avançou 0,2% esta sexta-feira, acumulando um ganho de 1,25% ao longo das últimas cinco sessões. Só desde o início deste mês de agosto, o índice já avançou 3,05%, depois da subida de 1,97% no mês de julho e 1,36% em junho.

Aos poucos, os investidores vão ganhando confiança de que o pior da pandemia já passou. Por toda a Europa, a sessão foi igualmente de subidas: o francês CAC-40 somou 0,2% e atingiu o nível mais elevado desde setembro de 2000. O britânico FTSE 100 ganhou 0,4% e valorizou 1,3% na semana. O espanhol IBEX-35 avançou 0,2% e o alemão DAX somou 0,3%.

Portugal também viu ganhos. O ainda PSI-20 valorizou 0,17%, para 5.221,15 pontos, tendo acumulado uma subida de 1,69% desde segunda-feira. (Na quinta-feira, a Euronext anunciou que, em março de 2022, o índice vai mudar de nome para PSI, ao fim de sete anos sem as 20 empresas cotadas para o qual foi concebido.)

Das 18 cotadas do PSI-20, 10 fecharam em terreno positivo, sete em terreno negativo e a Altri permaneceu inalterada face à sessão prévia. A puxar pela bolsa portuguesa esteve o setor da eletricidade, num contexto de subida dos preços grossistas do MWh no mercado ibérico, em plena chegada do calor.

A EDP Renováveis avançou 0,99%, para 20,4 euros, enquanto a EDP somou 0,2%, para 4,509 euros. Mas a maior subida foi a da construtora Mota-Engil, que valorizou 1,82%, para 1,34 euros cada. Já do lado das perdas, BCP, CTT e Galp pressionaram com quedas de, respetivamente, 1,01%, 0,9% e 0,37%.

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Alemanha admite manter restrições sanitárias até à primavera de 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Agosto 2021

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, admitiu numa videoconferência parlamentar com o seu partido (CDU) que as restrições contra a Covid-19 no país se poderão manter até à próxima primavera.

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, admitiu que as restrições contra a Covid-19 no país se poderão manter até à próxima primavera, durante uma reunião interna por videoconferência com o grupo parlamentar CDU/CSU, de acordo com o jornal Bild (acesso pago).

Além disso, o ministro federal abordou a hipótese de uma quarta vaga. “A quarta vaga está a chegar. Mas ainda não vacinámos tantas [pessoas] que se possa descartar uma pressão para o sistema de saúde. Todas as pessoas que não forem vacinadas têm muita probabilidade de serem infetadas nos próximos meses“, disse.

Uma sondagem recente da Civey revelou que 72% dos inquiridos apoiam que que as pessoas com a vacinação completa tenham mais direitos e maior mobilidade no dia a dia. Nos últimos dias, o ministro da Saúde tem mesmo defendido o fim dos testes gratuitos para não vacinados. O custo dos testes para o governo alemão é, até ao último balanço, de 3,7 mil milhões de euros.

Spahn, segundo o Bild, defendeu ainda a continuação do uso de máscara, até porque “não é uma restrição para a vida” dos alemães.

Esta sexta-feira, os dados oficiais o Robert Koch Institute (RKI) registaram mais 5.578 novos casos de Covid-19 na Alemanha. Morreram mais 19 pessoas para um total de 91.853 óbitos.

 

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