Como Portugal, só 22 países têm 70% da população com a primeira dose da vacina contra a Covid

Portugal já atingiu a meta de ter 70% da população com, pelo menos, uma dose da vacina administrada contra a Covid-19. Além do território nacional, só 22 países ou territórios já alcançaram este marco

Portugal juntou-se ao leque restrito de países com 70% da população com, pelo menos, uma dose da vacina administrada contra a Covid-19. Além do território nacional, há apenas 22 países ou territórios que já alcançaram esta fasquia.

Até ao momento, já foram administradas 4,31 mil milhões de vacinas em 180 países ou territórios a nível mundial, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês). E se numa fase inicial a escassez de vacinas era um dos grandes entraves ao progresso das campanhas de vacinação, com a maior disponibilidade de vacinas o ritmo de vacinação tem vindo aumentar, situando-se atualmente nas 42,5 milhões de vacinas administradas por dia.

Numa fase inicial, a grande maioria dos cientistas colocaram a fasquia de ter entre 60% a 70% da população vacinada com, pelo menos, uma dose da vacina para que se conseguisse atingir a imunidade de grupo. No entanto, alguns estudos indicam que esta meta poderá ser, afinal, uma miragem, uma vez que ainda existem muitas dúvidas sobre o surgimento de novas variantes e dado que novos estudos apontam que as pessoas vacinadas conseguem transmitir da mesma forma a infeção que os não vacinados, isto apesar de continuar a ser reiterado que a vacinação reduz em larga medida o risco de hospitalização e de morte.

Não obstante, o objetivo de ter 70% da população vacina, com pelo menos, uma dose da vacina contra a Covid foi um dos compromissos assumidos por Portugal e foi alcançado na sexta-feira, 6 de agosto, antecipando em dois dias a data prevista para o efeito. Além de Portugal, há apenas 22 países ou territórios que já atingiram essa meta, dos quais oito na Europa, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

Gibraltar, que conta com pouco mais de 33 mil habitantes, é o território mais avançado neste âmbito, dado que tem já a totalidade da população vacinada. Este território ultramarino britânico situado no sul de Espanha, é seguido pela Gronelândia que conta também com toda a população com uma dose da vacina administrada, ainda que apenas 47,2% da população tenha completado o processo vacinal, ou seja, uma percentagem muito inferior à maioria dos países que constam do top 20.

Seguem-se as lhas Malvinas/Falkland, também um território ultramarino britânico (com 87,7% com uma dose, das quais 59,2% totalmente vacinadas), as lhas Maldivas (87,7% com uma dose, dos quais 59,2% completamente imunizados) e Malta. O país liderado por Robert Abela é o primeiro país europeu a surgir neste ranking, na quinta posição, com 81,5% dos cidadãos com uma vacina e 78,9% totalmente vacinados).

Estes são, portanto, os cinco países ou territórios com oito em cada 10 cidadãos, pelo que os restantes 17 (além de Portugal) têm mais de 70% da população com uma toma da vacina. Assim, na sexta posição surge Singapura, uma das maiores potências mundiais, com 77,4% dos residentes inoculados com uma dose da vacina, dos quais 64,1% totalmente imunizados. Seguem-se as Ilhas Caimão, território na América o Norte (76,7% com uma dose, das quais 73% completamente vacinadas) e a Ilha de Man, uma dependência autónoma da coroa britânica no mar da Irlanda, com 76,4% dos cidadãos com uma dose da vacina, dos quais 70,4% totalmente imunizados.

A fechar o top 10 dos países com maior taxa de vacinação contra a Covid-19 estão a Islândia e o Quatar. Com cerca de 360 mil habitantes, o país liderado por Katrín Jakobsdóttir tem mais de dois terços (75,8%) da população com uma dose da vacina, dos quais 71,3% completaram o esquema vacinal. Já em décimo lugar, no Médio Oriente, mais precisamente no Quatar, 75,6% dos cidadãos já tomaram a primeira toma da vacina, dos quais 64,5% estão completamente vacinados.

A partir da décima posição começaram a surgir vários países europeus. É o caso da Dinamarca, que está em 14.º lugar no ranking mundial com (73,3% dos cidadãos com a primeira dose, dos quais 57,6% completamente vacinados), das ilhas Faroé, território dinamarquês, que está na 17ª posição (71,5% da população com uma dose, dos quais 62,4% com o esquema completo) e da Bélgica (70,8% com a primeira toma, dos quais 61,9% totalmente vacinados), em 19º lugar.

Já a partir do top 20 e ainda com esta meta cumprida surge, San Marino, país da Europa com cerca de 34 mil habitantes, com 70,3% da população com uma dose (dos quais 69,1% já completaram o processo), o Reino Unido, com também 70,3% da população com uma toma (dos quais 58,2% com o esquema vacinal completo) e, por fim, a vizinha Espanha, com 70,2% dos residentes com uma toma da vacina, dos quais 59,8% finalizaram o processo.

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Governo não se compromete com datas para divulgar nível de endividamento das câmaras

Tendo em conta as dificuldades técnicas de adaptação dos municípios, o sistema vai permanecer aberto para a prestação de contas além do prazo legalmente fixado, que terminou a 30 de julho.

As câmaras continuam a braços com as dificuldades de reporte dos seus dados financeiros. E se a estimativa inicial do Executivo era poder divulgar os níveis de endividamento das autarquias em julho, agora já não se compromete com nenhuma data.

“A informação sobre o endividamento dos municípios referente a 2021 será apresentada após o apuramento dos limites de endividamento para o próprio ano, processo que apenas poderá ser iniciado após a validação da informação reportada, respeitante às contas aprovadas de 2020 dos 308 municípios, bem como dos respetivos serviços municipalizados”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.

Na origem do problema estão os constrangimentos decorrentes da implementação do novo Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas. A lei definiu que as câmaras tinham até 30 de julho para “prestar contas” e assim permitir o apuramento definitivo dos níveis de endividamento dos municípios referentes a 2020. “Contudo, atendendo às dificuldades técnicas de adaptação ao Sistema de Normalização Contabilística para administrações públicas (SNC-AP)”, introduzido em 2020, “que os municípios têm reportado, foi proposto pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e aceite pelo secretário de Estado da Descentralização e Administração Local manter o sistema aberto para a prestação de contas além do prazo legalmente fixado”, explica a mesma fonte, sem adiantar novas balizas temporais para os municípios cumprirem as suas obrigações contabilísticas.

A aferição do endividamento municipal é um relatório que tem por base a informação remetida pelos municípios “em diferentes peças de relato”, nos diferentes sistemas da DGAL, nomeadamente o Sistema de Informação do Subsetor da Administração Local (SISAL) e o Sistema Integrado de Informação das Autarquias Locais (SIIAL). “A inexistência ou falhas numa única peça de reporte inviabiliza o apuramento, mesmo que todos os demais tenham sido reportados com sucesso”, explicou fonte oficial do ministério liderado por Alexandra Leitão.

Estes atrasos estão a comprometer a fiabilidade da execução orçamental das câmaras que é calculada há um ano por estimativa, mas também a publicação das estatísticas referentes ao prazo médio de pagamento das autarquias. O Conselho das Finanças Públicas, por exemplo, optou por não publicar, em novembro de 2020, o relatório sobre a evolução orçamental da Administração Local, adiando-o para maio deste ano e, posteriormente, para setembro (ainda que a título provisório), mês em que estão agendadas as eleições autárquicas (26 de setembro) e em plenas negociações do Orçamento do Estado para 2022.

Estas dificuldades resultam também numa desatualização dos dados relativos ao prazo médio de pagamento dos municípios. Os mais recentes referem-se quarto trimestre de 2019 e já apresentavam grandes lacunas de informação tal como o ECO avançou. Já a informação sobre os prazos médios de pagamento superiores a 60 dias não é atualizada desde 11 de novembro de 2019, com referência ao terceiro trimestre desse ano.

O Ministério não fez uma nova atualização de quantas câmaras já entregaram a totalidade da informação necessária. Os dados mais recentes, referentes a 22 de janeiro, apontavam que só 199 municípios entregaram toda a informação que permite aferir o endividamento municipal no final do primeiro trimestre. O número desce para 180 câmaras no final do segundo trimestre e para 126 no final do terceiro. Ou seja, relativamente aos primeiros três meses do ano ainda falta um terço das câmaras apresentar informação e relativamente ao terceiro trimestre falta mais de metade.

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Festa do Avante polémica deu prejuízo histórico de 930 mil euros

A edição polémica da Festa do Avante em ano de pandemia resultou num prejuízo histórico de 930 mil euros para o PCP. Face a 2019, é um aumento de 65% do resultado negativo.

Um militante do Partido Comunista Português (PCP) durante o comício de encerramento da 44ª edição da Festa do Avante, que decorreu na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal, 6 de setembro de 2020. ANTÓNIO COTRIM/LUSA© 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

No meio de uma pandemia e sob um mar de críticas, o PCP manteve-se irredutível na vontade de fazer a sua icónica festa da rentrée política, com a autorização da Direção-Geral de Saúde (DGS). Há quem especule sobre o custo político do evento, mas já é certo que houve um custo económico para o partido: a edição mais polémica da Festa do Avante, que é uma ação de angariação de fundos, registou um prejuízo histórico de 930 mil euros, mais 65% do que o resultado negativo de 564 mil euros em 2019.

O evento realizado a 3, 4 e 5 de setembro do ano passado arrecadou 846.319,8 euros de receita e registou uma despesa de 1.777.218,67 euros, de acordo com as contas de 2020 entregues pelo PCP à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) e consultados pelo ECO, o que resulta num prejuízo de 930.898,87 euros num evento cujo objetivo é angariar fundos para financiar o partido. Entre 2014 e 2020, o evento acumula um prejuízo de 2,81 milhões de euros.

Não há maior desagregação da receita ou da despesa — nomeadamente sobre os custos acrescidos com a pandemia e a diferença no valor pago pelos artistas — nos números entregues pelos comunistas pelo que só a auditoria e pedidos de esclarecimento da ECFP poderão dar mais pormenores sobre esta edição da Festa do Avante. Tanto a receita como a despesa do evento diminuíram face a 2019 (2,6 milhões e 3,17 milhões de euros, respetivamente), mas menos no caso da despesa.

Despesas do Avante corresponderam a mais do dobro das receitas

Fonte: Contas de 2020 entregues pelo PCP à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) e consultadas pelo ECO.

Mesmo sem essa informação, é possível concluir que, desde logo, o evento vendeu menos bilhetes uma vez que a lotação permitida pelo parecer técnico da DGS era de 33 mil pessoas, o que compara com as 100 mil pessoas que o recinto poderia albergar. Além disso, foi proibida a venda de álcool a partir das 20h, o que poderá ter reduzido substancialmente a principal fonte de receita (a restauração) do PCP neste evento.

Questionada pelo ECO sobre o resultado negativo da Festa do Avante, fonte oficial do PCP não deu mais pormenores sobre os resultados da festa, mas afirmou que o evento, mesmo tendo sido realizado “num contexto e em condições muito particulares, constituiu um importante êxito político e afirmou-se como espaço de liberdade e com exemplar funcionamento”. “Como então se afirmou, não era e não foi o seu resultado financeiro que determinou a decisão da sua realização“, notam os comunistas, mantendo o argumento de que a festa “não se reduz a um evento de angariação de fundos”.

Além da polémica de semanas por causa da Covid-19, a festa da Quinta da Atalaia tem levantado dúvidas de organização contabilística e transparência — ainda que as irregularidades sejam transversais a quase todos os partidos — por parte da Entidade que fiscaliza as contas dos partidos já há vários anos, existindo dificuldade em verificar a contabilidade uma vez que há muita movimentação em numerário e um elevado nível de informalidade. O PCP rejeita as críticas, argumentando que não existe um enquadramento legal que permita “regular, pelas suas características próprias, uma grande iniciativa partidária de massas”.

Anteriormente a este período de resultados negativos, a Festa do Avante acumulou um lucro de 4,2 milhões de euros no conjunto dos anos entre 2003 e 2013, período em que o resultado foi sempre positivo. Acresce que, apesar de ter prejuízo com a Festa do Avante, o PCP registou um “lucro” de 351 mil euros no ano de 2020, mantendo-se como o segundo partido com a situação financeira mais estável com um nível de capitais próprios de 17 milhões de euros, um valor apenas superado pelo PSD (20,7 milhões de euros), segundo as contas de 2020 entregues pelos partidos à ECFP.

PCP diz que Festa do Avante 2020 ficou “marcada pela resistência”

A Festa do Avante tem particular relevância pela sua dimensão sem par nos restantes partidos, exceto o Chão da Lagoa do PSD na Madeira, cuja edição de 2020 foi cancelada. As críticas ao PCP, principalmente à direita e dos setores com estabelecimentos fechados (como era o caso das discotecas e bares), levaram a uma providência cautelar interposta contra o evento, a qual foi rejeitada pelos tribunais. Em termos legais, os festivais (eventos de larga dimensão) — ainda que a maioria não se tenha realizado pela complexidade da situação epidemiológica e falta de viabilidade económica — não estavam proibidos, desde que obtivessem o visto da DGS.

Em resposta a questões colocadas pelo ECO, o PCP afirmou que a edição de 2020 “ficou marcada pela resistência, capacidade, iniciativa, responsabilidade, coragem e confiança no futuro e constituiu uma importante afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da fruição da cultura e de diferentes expressões da vida, essenciais à saúde, ao bem-estar e à concretização dos direitos dos trabalhadores e do povo”.

Para os comunistas a Festa do Avante é a “mais importante e a maior iniciativa político-cultural realizada no nosso país”, sendo um “espaço de liberdade, de valorização das artes e da cultura, do desporto, de convívio”. Perante esta descrição, o partido considera que o evento “não se reduz a evento de angariação de fundos, apesar das suas receitas serem assim classificadas de acordo com o estipulado na Lei de financiamento dos partidos“.

Fonte oficial garante que “as contas da Festa do Avante!, no quadro das contas de 2020 do PCP foram entregues na Entidade das Contas e Financiamento Político, cumprindo a legislação em vigor, e incluindo a discriminação de todas as despesas e receitas”.

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PAN assume vontade de governar “se eleitores entenderem que tem maturidade suficiente”

A nova líder parlamentar assume que o partido tem vontade de governar e que não irá fugir a essa responsabilidade caso a oportunidade surja. E afasta a ideia de que o PAN está demasiado colado ao PS.

Já arrancaram as negociações para o Orçamento do Estado 2022 (OE 2022), num ano que será marcado pelas eleições autárquicas, que podem mudar o xadrez político. Ao longo deste verão quente o ECO vai ouvir Governo, partidos, parceiros sociais e empresários sobre um Orçamento que ainda não tem aprovação garantida e que está a ser desenhado no meio de uma pandemia. Leia aqui todos os textos e as entrevistas, Rumo ao OE.

Que não haja dúvidas: o PAN quer governar. Quem o assume é a nova líder parlamentar do partido, Bebiana Cunha, em entrevista ao ECO: “Estamos cá para fazer parte de solução governativa”. Para encarregar-se dessas responsabilidades apenas falta que os eleitores entendam que o PAN tem “maturidade suficiente” para fazer parte de um Governo.

“Entendemos que aquilo que poderá ser um maior desafio ao nível do diálogo, da exigência, da representação passa também por ter funções executivas”, explica a deputada do PAN, notando que o objetivo de qualquer partido político é “poder executar as suas políticas porque caso contrário estamos sempre dependentes da vontade e calendário de outrem”.

Esta é a ambição do PAN com a nova liderança de Inês Sousa Real, após a saída de André Silva, até aqui a figura mais conhecida do partido, e num momento em que as sondagens indicam um reforço das intenções de voto, face às legislativas de 2019, e em que faltam dois anos para as próximas eleições legislativas. Caso reforce o seu grupo parlamentar, o partido poderá ser fulcral para viabilizar maiorias governativas, seja à esquerda seja à direita.

Em 2020 o PAN tornou-se uma das peças essenciais para o Governo PS viabilizar o Orçamento após a rotura com o Bloco de Esquerda, mas a líder parlamentar não considera que o partido se tenha tornado do “sistema”. “Dado que a visão do PAN tem sempre um ponto de vista ecocêntrico, global, de políticas integradas, evidentemente que nos permite manter o distanciamento e a crítica necessária ao sistema, ao mesmo tempo que temos um pé dentro do sistema“, diz, referindo que faz parte do sistema democrático instituído pela “via do diálogo”. “Seria muito mais fácil cruzarmos os braços e não discutirmos um Orçamento do Estado”, remata.

Seria muito mais fácil cruzarmos os braços e não discutirmos um Orçamento do Estado.

Bebiana Cunha

Líder parlamentar do PAN

Porém, corre o risco de colocar-se demasiado ao PS por, além do Orçamento, ter coligações eleitorais como a de Cascais? Bebiana Cunha rejeita essa ideia: “O PAN vai apresentar 42 candidaturas autárquicas. Se por via da existência de dois acordos de coligação [com o PS] isso significa que estamos colados a outro partido parece-me bastante exagerado e não representa aquela que é a nossa posição”, responde, garantindo que o partido não perdeu a sua identidade.

Significa apenas que estamos disponíveis para fazer alguns compromissos, algumas cedências, sem que estas sejam do ponto de vista dos nossos valores e princípios“, explica a líder parlamentar do PAN, notando que, “pelo contrário, às vezes [os compromissos] potenciam o alcançar de determinadas matérias que são fundamentais e que às vezes só se consegue por via desse diálogo e acordo”.

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📹 Quais são as regras para ter um verão mais seguro? Perguntou ao Google, nós respondemos

A DGS e Autoridade Marítima Nacional querem que os portugueses tenham um verão seguro. Por isso, criaram 12 regras que vão desde o protetor solar à distância entre toalhas. Veja-as neste vídeo.

Estamos no pico do verão. É tempo de descanso, mas também de aproveitar o bom tempo. Mas apesar de ser um período de maior relaxe, é importante ter sempre em mente algumas regras para umas férias seguras.

São várias as recomendações, desde evitar as horas de maior calor ou não se esquecer de utilizar protetor solar. Mas em plena pandemia, há outras indicações importantes, como manter o distanciamento entre toalhas na praia.

Veja, neste vídeo, 12 regras da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Autoridade Marítima Nacional para um verão seguro:

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André Ventura infetado com covid-19. Fica em confinamento, pelo menos, até dia 18

O líder do Chega teve dois testes antigénio positivos e vai realizar um PCR para confirmação. Se for positivo, terá de ficar, pelo menos, dez dias em confinamento obrigatório. Não está vacinado.

André Ventura testou positivo para a covid-19 em dois testes antigénio, avança o Correio da Manhã. O presidente do Chega encontra-se em isolamento e irá fazer um teste PCR para confirmação do diagnóstico, por indicação da DGS.

O também candidato à Assembleia Municipal de Moura, que iria de férias em breve, disse àquele diário não ter quaisquer sintomas da doença e suspendeu o trabalho político previsto. “Neste sentido, toda a agenda política foi cancelada para os próximos dias e deverá ser o vice presidente António Tanger a assumir a minha representação nos casos estritamente necessários”, afirmou André Ventura ao Correio da Manhã, numa declaração escrita.

Segundo a SIC Notícias, o líder do Chega não tomou ainda qualquer vacina contra o novo coronavírus. Ao Observador, o deputado único fez os testes antigénio após ter conhecimento de um contacto positivo na sexta-feira à noite, dia de uma manifestação do partido.

De acordo com as normas da Direção-geral de Saúde, as pessoas com infeção confirmada por SARS-CoV-2 que sejam assintomáticas à data do diagnóstico têm indicação para vigilância clínica e isolamento no domicílio. Estando confirmada a infeção é determinado o confinamento obrigatório pela Autoridade de Saúde territorialmente competente.

O tempo de isolamento é contado a partir da data de realização do teste laboratorial (PCR) que confirmou o diagnóstico nas pessoas assintomáticas e desde o dia de início dos sintomas, nas pessoas sintomáticas. A partir daí contam-se 10 dias, seja nas pessoas assintomáticas, seja nas que desenvolvem doença ligeira ou moderada. O prazo sobe para 20 dias nas pessoas que desenvolvem doença grave. Cumprindo-se os critérios de melhoria clínica, a alta é dada sem necessidade de novo teste laboratorial.

Se André Ventura fizer o teste PCR este domingo, terá de permanecer em confinamento obrigatório pelo menos até dia 18, caso se confirme a infeção. Se o teste der negativo, terá de ficar em isolamento durante 14 dias por ter estado com um contacto de risco.

O Ministério Público acusou na terça-feira o ex-candidato presidencial do crime de desobediência civil simples por ter organizado um jantar-comício, no âmbito da campanha eleitoral em Braga, durante o estado de emergência, em janeiro. O líder do Chega ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, de acordo com o inquérito da Procuradoria da República da Comarca de Braga, datado de 28 de julho, citado pela Lusa.

(Notícia atualizada às 17h30)

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Portugal superou “metas contratualizadas e expectativas dos portugueses” em Tóquio, diz Marcelo

  • Lusa
  • 8 Agosto 2021

Presidente enalteceu a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, num texto publicado na página da Presidência. "O Desporto tem um papel na nossa sociedade que deve ser valorizado", defende.

O Presidente da República felicitou hoje a equipa que representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio, sublinhando que “alcançou a melhor participação de sempre” e que “foram superadas as metas contratualizadas e as expectativas dos Portugueses”.

“O Desporto tem um papel na nossa sociedade que deve ser valorizado, na Educação, na Saúde, na Economia e na Cultura. É um pilar importante na integração social e na construção da nossa identidade nacional”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, num texto publicado na página oficial da Presidência da República.

“O adiamento dos jogos, a sua realização numa cidade tão distante e com um clima tão diferente do nosso, foram dificuldades adicionais a uma preparação já de si longa e muito exigente”, apontou o Presidente para destacar que, “ainda assim, esta equipa, composta por atletas, treinadores, técnicos, médicos, dirigentes, entre outros, esteve à altura do desafio, da responsabilidade e do compromisso”.

Nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a participação de Portugal regista quatro medalhas, 15 diplomas, 35 classificações acima do 16.º lugar e um recorde de 57 pontos, lembra o texto. Foram ainda batidos três recordes nacionais, cinco recordes pessoais, fixaram-se 17 melhores marcas em Jogos Olímpicos e conseguiram-se 27 melhores classificações de sempre.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, este “sucesso desportivo” merece o reconhecimento público do Presidente da República e uma palavra de agradecimento ao trabalho “perene e constante” do Comité Olímpico de Portugal.

Nesta mensagem de felicitações, Marcelo Rebelo de Sousa expressou o “seu orgulho e satisfação pelos feitos alcançados” e agradece “o esforço e a dedicação de tantos”.

Os XXXII Jogos Olímpicos, disputados em Tóquio, com um ano de atraso devido à pandemia de covid-19, terminaram hoje na capital do Japão, passando o testemunho a Paris, onde decorre a próxima edição em 2024.

A missão portuguesa, de 92 desportistas, saiu de Tóquio com quatro medalhas, uma de ouro de Pedro Pichardo, no triplo salto, uma de prata de Patrícia Mamona, na mesma especialidade, e duas de bronze, do judoca Jorge Fonseca e do canoísta Fernando Pimenta.

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Madeira e Açores estão entre as melhores ilhas da Europa

A Madeira ocupa o 19º lugar dos 70 melhores destinos insulares na Europa, enquanto os Açores estão na 31ª posição. Veja aqui as melhores ilhas na Europa.

É verão. E o sol convida a refrescar, seja na piscina, seja na praia, de preferência numa ilha. Mas para qual ir? A Momondo fez um ranking daquelas que são as melhores ilhas para passar uns bons dias de férias, agora que as restrições da pandemia começam a ser retiradas. As famosas ilhas da Grécia brilham, mas as portuguesas também merecem destaque.

É na Grécia, mais concretamente em Creta que fica a melhor ilha da Europa, de acordo com a Momondo. Apesar de a Grécia arrebatar o primeiro lugar, é Espanha que se destaca no top 5. Tenerife ocupa a 2º posição, Lanzarote está em quarto lugar e a Grã Canária fecha o top 5. Pelo meio, em 3.º lugar, está o Chipre.

Apesar de Portugal não aparecer no top 10 deste ranking de 70 ilhas, a ilha da Madeira e dos Açores aparecem neste ranking na 19ª e 31ª posição, respetivamente. Nos Açores é a ilha de Santa Maria, seguida de São Miguel (32.ª posição) que conquistam mais visitantes. Já a Terceira aparece em 34.º lugar.

A Momondo recolheu dados de 70 ilhas europeias com base em sete categorias: clima, acessibilidade de voos, preços (de hotéis, aluguer de carros, restaurantes, comida local e transportes). Se nesta avaliação as ilhas portuguesas estão ligeiramente acima do meio da tabela, quando se olha para os preços, saltam para o top 10.

Entre as melhores ilhas para férias económicas a Madeira ocupa a oitava posição. Nos Açores, São Miguel está no sexto lugar e Santa Maria no décimo lugar, neste segmento de férias low cost.

Veja nesta fotogaleria o top 10:

 

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Há mais 1.982 infetados e 10 óbitos por Covid-19. Internamentos sobem

Desde o início da pandemia, Portugal soma 986.967 casos de infeção e 17.467 óbitos por Covid-19. Há mais 11 hospitalizados, elevando para 849 o número de internamentos.

Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.982 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 986.967. O boletim diário deste domingo revela ainda mais 10 mortes nas últimas 24 horas, para um total de 17.467 óbitos. Comparando com a informação divulgada há uma semana, há menos casos, mas mais óbitos.

Os números da DGS dão conta de um total de 924.567 recuperados, mais 1.057 do que no balanço de sexta-feira. Há, neste momento, 44.933 casos ativos em Portugal, mais 915 em relação ao dia anterior.

O número de pessoas hospitalizadas aumentou. Atualmente, estão internados 849 doentes em unidades hospitalares (mais 11 nas últimas 24 horas), dos quais 184 em unidades de cuidados intensivos (menos 2).

Como tem sido habitual ao domingo, os números descem em todas as regiões, com exceção do Algarve, onde os 224 casos reportados hoje excedem os 215 de sábado. Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a registar o maior número de testes positivos (742 casos ou 37,4% do total), seguida da região Norte (651 casos ou 32,8%), do Centro (214 casos ou 10,8%) e do Alentejo (95 casos ou 4,8%). Nas regiões autónomas, os Açores contabilizam 41 novas infeções e a Madeira 15.

A região de Lisboa registou também o maior número de óbitos nas últimas 24 horas, com um total de 6 mortes. As estas somam-se três ocorridas no Centro e uma no Norte. Comparando o boletim de hoje com o de domingo passado há mais mortes (foram 8 a 1 de agosto), mas menos casos (2.306).

Há ainda 63.995 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, mais 56 do que no dia anterior.

(Notícia atualizada às 14h32)

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Prédio de apartamentos mais alto da União Europeia nasce em Benidorm

São 256 apartamentos espalhados por 47 andares até 198 metros de altura. Intempo Residential Sky Resort nasceu em Benidorm e preços começam nos 257 mil euros.

A marginal de Benidorm, em Espanha, mudou radicalmente. O cenário é marcado pela torre de apartamentos de 198 metros de altura, oficialmente o edifício residencial mais alto de toda a União Europeia (UE). Ao fim de 17 anos de contratempos, o Intempo Residential Sky Resort foi finalmente inaugurado no final de julho e os apartamentos estão à venda a partir de 257 mil euros.

“Uma propriedade única. Uma experiência única. Um investimento único”. Este é o lema para este arranha-céus na costa leste do país vizinho. Se há quem não veja esta obra com bons olhos, outros acreditam ser um passo para transformar Benidorm na Miami de Mediterrâneo, como diz o The Guardian (conteúdo em inglês).

Intempo Residential Sky Resort, em Benidorm.Intempo Residential Sky Resort/Instagram

Foram 17 anos de vários contratempos, mas o edifício foi concluído e oficialmente inaugurado no final de julho. Tem 198 metros de altura, 47 andares e 256 apartamentos. São duas torres unidas pelos últimos andares e podem ser percorridas naquele que é o elevador mais rápido de Espanha, a uma velocidade de 4,2 metros por segundo. Do primeiro ao último piso demora apenas 52 segundos.

Os apartamentos, com áreas entre os 62 e os 269 metros quadrados, podem ser comprados a partir dos 257 mil euros. Mas as habitações nos andares mais altos chegam aos dois milhões de euros. De acordo com o site da promotora, Uniq Residencial, 40% dos imóveis já estão reservados: mais de metade a espanhóis e os restantes a russos, alemães e belgas.

À entrada do edifício há um átrio com 600 metros quadrados, uma zona verde e um parque de estacionamento. Nas traseiras estão duas piscinas — uma delas para crianças — e uma zona infantil com mais de mil metros quadrados. Há ainda um restaurante exclusivo para os proprietários. Nos últimos dois pisos há um spa com piscina, sauna, ginásio, jacuzzi e, por fim, um rooftop.

A Intempo passou por várias mãos e pertence atualmente ao fundo SVPGlobal, que pagou 60 milhões de euros para adquirir as dívidas do prédio ao Sareb, o chamado “banco mau” do Governo espanhol, criado em 2012 para limpar as dezenas de milhares de propriedades inacabadas, após a bolha imobiliária que estourou em Espanha em 2008, diz o The Guardian.

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Com muitas lágrimas e aplausos, Messi despediu-se do Barcelona ainda sem novo destino fechado

Lágrimas, longos aplausos de pé e muitas perguntas, assim foi a última conferência de imprensa de Messi no Barcelona. Jogador diz que tem clubes interessados, como o PSG, mas não fechou com nenhum.

Lionel Messi entra a chorar na última conferência de imprensa no FC Barcelona e assim fica por um algum tempo, limpando o nariz com um lenço de papel. Segue-se um longo aplauso de pé, de dirigentes e jogadores. Comovido volta a chorar e continua sem conseguir falar. Só ao fim de vários minutos o craque, que venceu 34 títulos e marcou 672, começa a responder às perguntas. “Fiz tudo o que podia mas não foi possível” renovar, disse, apontando para as regras da liga espanhola, tal como na sexta-feira fizera o presidente do clube, Joan Laporta.

“Tínhamos tudo acordado e no fim não foi possível”, disse Lionel Messi, culpando o teto salarial aos clubes imposto pela LaLiga pelo rompimento com o Barcelona. “O clube e Laporta fizeram tudo o possível. Da minha parte também fiz tudo. Queria ficar, mas não foi possível”, garantiu o jogador.

Perante a insistência dos jornalistas, que queriam perceber porque não houve um entendimento, nomeadamente com um salário mais baixo, Messi respondeu que baixou em 50% o valor da contratação, mas mesmo assim não foi suficiente. Depois disso, “o clube não me pediu mais nada”, asseverou. “A LaLiga não permitia, porquê continuar a tentar”, acrescentou.

Sobre o futuro, o jogador que entrou no clube Blaugrana com 13 anos, disse que o Paris Saint Germain é “uma possibilidade, mas ao dia de hoje, neste momento, não está nada fechado”. Contou que assim que se soube do rompimento com o FC Barcelona recebeu “várias telefonemas” de outros clubes, mas as negociações prosseguem.

O momento “mais difícil da carreira”.

Messi falou ainda das emoções de deixar o emblema de uma vida. “Foi um balde de água fria. Foi muito triste e duro. Ainda estamos a assimilar”, afirmou. “Até hoje não tinha caído na realidade de deixar este clube e mudar a minha vida por completo. É uma mudança muito difícil, também para a minha família. Há que aceitá-la e seguir em frente”, partilhou. Disse mesmo que este era “o momento mais difícil da carreira”.

“Muito triste” por deixar o clube, afirmou que leva mais bons momentos do que maus e que deu “sempre o máximo” pelo clube em todas as competições. Às tantas, um dos jornalistas pergunta ao jogador como é que quer ser recordado. “Cada um que me recorde como queira”, respondeu o craque. No final, mais um longo aplauso com a sala toda de pé.

Veja a conferência de imprensa na íntegra:

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Capital Economics vê Angola a sair da recessão, cinco anos depois

  • Lusa e ECO
  • 8 Agosto 2021

A consultora britânica prevê um crescimento de 1,3% para a economia angolana este ano, acelerando para 4,5% em 2022. Moçambique deverá crescer 3% em 2021.

A Capital Economics prevê que a economia angolana cresça 1,3% este ano, saindo da recessão registada nos últimos cinco anos. O crescimento será, no entanto, “limitado por políticas fiscais e monetárias apertadas”, alerta a consultora.

“Angola vai provavelmente sair de uma recessão de cinco anos este ano, mas o crescimento será limitado por políticas fiscais e monetárias apertadas”, referem os analistas numa nota hoje consultada pela Lusa.

No documento, a Capital Economics apresenta também as suas previsões, estimando para este ano um crescimento de 1,3% do PIB de Angola, que deverá crescer 4,5% em 2022 e 2,0% em 2023.

Quanto à inflação, o índice dos preços no consumidor deverá crescer 25% este ano, 19,3% no próximo e 15,3% no seguinte, de acordo com as previsões da consultora sediada em Londres.

“O setor chave do petróleo deverá recuperar gradualmente à medida que as quotas da OPEP+ forem diminuindo; esperamos que a produção suba de mínimos em anos de 1,1 milhões de barris por dia no segundo trimestre, para 1,3 milhões de barris por dia pelo final do ano”, escrevem, acrescentando que “isto deverá tornar positiva a contribuição do setor petrolífero para o crescimento, pelo menos até ao próximo ano”.

Da mesma forma, os analistas apontam que a recuperação do preço do barril de petróleo vai ajudar a melhorar os balanços de Angola, incluindo através do alargamento do excedente orçamental primário e da redução do peso da dívida pública – de 127% do PIB em 2020 para cerca de 100% este ano. No entanto, alertam que “as autoridades terão de se cingir à consolidação fiscal, o que pesará sobre a procura”.

Os analistas estimam também uma crescente desvalorização do Kwanza face ao dólar nos próximos anos. As previsões da Capital Economics estimam que o Kwanza, que atualmente tem um câmbio de cerca de 640 kwanzas por dólar, desvalorize para 700 kwanzas por dólar até ao final do ano, mantendo-se esta tendência para 2022 (750 kwanzas por dólar) e 2023 (800 kwanzas por dólar).

Moçambique com crescimento de 3%

Para Moçambique, a consultora Capital Economics prevê um crescimento de 3,0%, mas alerta para o risco ao investimento devido à instabilidade no norte do país, em particular devido à suspensão do projeto de exploração de gás natural liquefeito.

“Em Moçambique, a declaração de ‘força maior’ sobre um grande projeto de GNL [gás natural liquefeito], na sequência de repetidos ataques por insurgentes, está a acrescentar novos ventos de proa a uma recuperação já lenta. O abandono do projeto iria prejudicar gravemente as perspetivas de crescimento do país e suscitar preocupações reais sobre a dívida pública”, escrevem os analistas numa nota hoje consultada pela Lusa. “O desejo de investimento em Moçambique está em perigo à medida que os ataques de insurgentes continuam no norte do país”, acrescentam.

A consultora sediada em Londres prevê que o PIB de Moçambique avance 4,0% em 2022 e 4,5% em 2023. O índice dos preços no consumidor deverá crescer 5,5% este ano, 5,8% no próximo e, também, 5,8% no seguinte.

Quer Angola, quer Moçambique ficam abaixo da média para a África Subsaariana, que a consultora prevê expandir-se 4,0% este ano.

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