Governo diz que solução para a Groundforce será encontrada no plano de insolvência

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

As soluções para a Groundforce serão encontradas dentro do plano de insolvência da empresa de handling, que ainda está em preparação, disse o Governo.

O Governo informou este domingo que as soluções para a Groundforce serão encontradas dentro do plano de insolvência da empresa de handling, que ainda está em preparação, e rejeitou um cenário de nacionalização temporária.

“O Governo informa que as soluções para a Groundforce serão encontradas dentro do plano de insolvência, que se encontra ainda em preparação”, esclareceu o Ministério das Infraestruturas, em nota enviada às redações.

Em causa está uma notícia avançada pelo Correio da Manhã, que dá conta de que a empresa de assistência em terra em aeroportos, cuja insolvência foi decretada em agosto, vai ser temporariamente nacionalizada, através da conversão dos créditos da TAP de cerca de nove milhões de euros em capital, por forma a viabilizar a recuperação da empresa, até se encontrar um comprador.

O Governo diz que a notícia “não corresponde à verdade”, uma vez que as soluções serão encontradas no âmbito do plano de insolvência, que tem de estar concluído até ao final de janeiro.

No dia 22 de setembro, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência.

A maioria dos credores representada na assembleia tinha créditos laborais, ou seja, são trabalhadores. Estão ainda representados os maiores credores do grupo de handling (assistência nos aeroportos em terra).

Os administradores de insolvência contam com 120 dias, depois do final da assembleia, para apresentar um plano de recuperação do grupo, de acordo com as alíneas aprovadas pelos credores, na assembleia.

A lista de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência da empresa, conta com 2.791 entidades, num total de mais de 154 milhões de euros, sendo que a TAP viu reconhecidos créditos de quase 19,7 milhões de euros, por fornecimentos de bens e serviços, prestações de serviços, contrato de aluguer operacional, entre outros.

Também a ANA – Aeroportos de Portugal conta com um lugar de destaque entre os credores da Groundforce, com 12,6 milhões de euros em dívidas reconhecidas na lista. O Estado também está a reclamar dívidas à empresa, com a Segurança Social a ver reconhecidos 10,4 milhões de euros, relativos a contribuições e a um apoio devido à covid-19. O BCP viu reconhecida uma dívida de mais de dois milhões de euros, montante semelhante ao pedido pela seguradora Fidelidade.

Num relatório, a que a Lusa teve acesso, os administradores de insolvência, Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, defendem que “a posição que melhor acautelará o interesse dos credores” passa por “se deliberar no sentido da manutenção do estabelecimento em atividade, com a consequente suspensão da liquidação e partilha do ativo, e a concessão e prazo para que se possa ver apresentado um plano de recuperação”.

No relatório lê-se ainda que “só a manutenção da atividade e a preservação do emprego permitirá que não se perca todo o ‘know-how’ existente e que não se tornem exigíveis as indemnizações por cessação dos contratos de trabalho, o que, de ocorrer, levaria ao incremento dos passivos, em prejuízo da generalidade dos credores”.

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Presidente da IL aponta ao PS. Costa é “hábil em agarrar-se ao poder”

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

João Cotrim Figueiro, reeleito presidente da Iniciativa Liberal, criticou um governo “gordo e anafado” e que “manteve más companhias” como PCP e BE.

O presidente da IL defendeu este domingo ser preciso “convencer os portugueses” da necessidade de mudança e que o voto “mais útil” é nos liberais, dizendo ao primeiro-ministro que Portugal não precisa de “governantes que se agarrem ao poder”, como António Costa é hábil. João Cotrim Figueiredo, reeleito para um novo mandato como presidente da Iniciativa Liberal (IL), encerrou a VI Convenção Nacional quase exclusivamente focado nas eleições legislativas e em críticas cerradas ao Governo socialista liderado por António Costa.

Para o presidente da IL, é fundamental “convencer os portugueses que é preciso mudar” e que “o voto mais útil” é nos liberais, considerando que a ideia de mudança é um passo que já começou a ser dado devido ao desgaste da atual governação do PS.

Trazendo José Sócrates e os seus ministros que assumiram pastas no executivo de António Costa para o discurso, o presidente liberal criticou um governo “gordo e anafado” e que “manteve más companhias” como PCP e BE.

Cotrim Figueiredo foi desfiando as críticas de um Governo “sem estratégia e sem qualquer vontade de reformar o país”, com uma “cegueira e teimosia ideológica” e no qual impera “o nepotismo, o amiguismo” porque, segundo o liberal, os socialistas “acham-se donos disto tudo”.

“Este é um Governo e um PS incompetente em tudo menos na propaganda e na manipulação”, condenou.

Mas foi na ideia de um “Governo totalmente incapaz de assumir qualquer responsabilidade política” que o presidente da IL se dirigiu diretamente ao primeiro-ministro, “famoso pela sua habilidade em se agarrar ao poder”.

“Portugal não precisa de governantes que se agarrem ao poder, precisa de governantes que devolvam esse poder às pessoas”, disse, num recado direto a António Costa.

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Portugal soma 3.879 novos casos e 13 mortes com Covid-19

Último boletim da DGS dá conta de 3.879 novas infeções e mais 13 mortos associados à pandemia.

As autoridades de saúde identificaram mais 3.879 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, com o país a registar 13 vítimas mortais por causa da Covid-19, segundo o último balanço da Direção-geral de Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza mais de 1,9 milhões de infeções e 18.658 óbitos.

Neste momento, estão ativos 68.117 casos, mais 2.469 do que no balanço anterior. Recuperaram no último dia 1.397 doentes.

Por outro lado, os internamentos também voltam a subir, estando 964 pacientes internados, mais 12. Destes, 143 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.

Lisboa e Vale do Tejo e Norte são as regiões com maior número de casos diários, mais de 1.000 só no dia de ontem, com a região da capital a registar seis óbitos e a região norte a somar três.

Na região Centro, as autoridades confirmaram mais 892 infeções e quatro mortos, enquanto as outras regiões não tiveram vítimas mortais a registar.

Não houve atualização da matriz de risco, mantendo-se os dados desta sexta-feira. A incidência média no território nacional subiu para 457,7 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) estabilizou em 1,11.

(Notícia atualizada às 14h39)

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Rio diz que “o azar de Rendeiro” foi Portugal ir a eleições em janeiro

  • ECO
  • 12 Dezembro 2021

Presidente do PSD visou o diretor da PJ, que teve o "dom da ubiquidade" para dar várias entrevistas após detenção de Rendeiro. E associou captura do ex-banqueiro à proximidade de eleições.

Rui Rio deixou críticas implícitas à sobre-exposição do diretor-nacional da Polícia Judiciária nas televisões portuguesas este sábado, depois da detenção de João Rendeiro. O líder do PSD associou mesmo a captura do ex-banqueiro na África do Sul ao facto de Portugal ir a eleições legislativas no próximo mês. “Pelos vistos, o azar de João Rendeiro foi haver eleições em janeiro”, escreveu Rio na sua conta na rede social Twitter.

O presidente do PSD e candidato a primeiro-ministro abordava o “dom da ubiquidade” do diretor da PJ, Luís Neves, que se desdobrou em várias entrevistas aos canais de televisão para explicar os contornos da detenção e do processo de extradição do fundador do BPP.

“Deu uma conferência de imprensa de manhã. Depois esteve na RTP às 13h, na CMTV às 17h, na CNN às 19h e, exibindo o seu dom da ubiquidade, conseguiu estar às 20h, ao mesmo tempo, na SIC e na TVI”, constou Rui Rio, antes de ligar a detenção do ex-banqueiro à proximidade da realização das eleições, marcadas de 30 de janeiro.

Luís Neves, de 56 anos é licenciado em Direito, foi coordenador da Unidade Nacional de Luta contra o Terrorismo até assumir o cargo de diretor nacional da PJ em junho de 2018. Entrou para a PJ em 1995, integrando-se na área do combate ao crime violento e ao terrorismo. Nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os skinheads ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo.

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📹 O que muda com as novas tabelas de IRS?

Quanto vai descontar do seu salário ou pensão em IRS em 2022? Já é possível fazer esse cálculo, uma vez que o Governo publicou as novas tabelas de retenção na fonte.

O Governo já publicou as tabelas de retenção na fonte que irão vigorar em 2022. É possível agora calcular quanto do seu salário ou pensão irá descontar em IRS, ao longo do próximo ano. A maioria dos contribuintes terá algum alívio ou, pelo menos, não sentirá um agravamento do imposto, mas há também quem passe a pagar mais.

http://videos.sapo.pt/zWznZd2r917MVwTgjwwz

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Marcelo promulga decretos sobre pensões por deficiência, creches e conta-corrente

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

Antecipação da idade de pensão de velhice por deficiência, alargamento da gratuitidade das creches e conta-corrente entre contribuintes e Estado. Foram três os decretos promulgado pelo Presidente.

O Presidente da República promulgou três decretos do parlamento sobre antecipação da idade de pensão de velhice por deficiência, alargamento progressivo da gratuitidade das creches e sobre a conta-corrente entre contribuintes e Estado.

Estas três promulgações por parte de Marcelo Rebelo de Sousa constam de uma nota publicada na página oficial da Presidência da República na Internet.

Os decretos agora promulgados pelo chefe de Estado foram aprovados na Assembleia da República em 26 de novembro, todos sem qualquer oposição significativa.

O diploma que operacionaliza a criação de uma conta-corrente entre os contribuintes e o fisco, prevendo a suspensão do pagamento de impostos por parte dos titulares de créditos fiscais, resultou de um projeto-lei do CDS-PP e foi aprovado por unanimidade

O objetivo, de acordo com o texto do diploma, é operacionalizar a criação de uma conta-corrente entre Estado e os contribuintes, permitindo que quando estes tenham uma dívida fiscal (incluindo a entrega das retenções na fonte do IRS, por exemplo) possam pedir que esta seja descontada em créditos tributários que detenham.

A nova lei entrará em vigor em 01 de julho de 2022 e salvaguarda que “não são devidos juros de mora desde o pedido de compensação até à decisão da Autoridade Tributária e Aduaneira”.

No que respeita ao alargamento progressivo da gratuitidade das creches e soluções equiparadas, até 2024, a iniciativa política partiu de um diploma da bancada do PCP e contou também com os votos a favor do BE, PS, PEV, PAN, PSD, CDS-PP, Chega e das duas deputadas não inscritas, tendo a oposição apenas do deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo.

No entanto, este diploma aprovado em votação final global, é uma versão mais recuada do que propunha inicialmente o PCP, que apontava para que o alargamento da gratuitidade das creches ficasse concluído em 2023.

Por outro lado, o objetivo da bancada comunista de reforçar a rede pública de creches, com a oferta de mais 100 mil vagas, acabou por não integrar o texto final.

O diploma aprovado em votação final global prevê que o Governo proceda “ao alargamento progressivo da gratuitidade de frequência de creche a todas as crianças que frequentem creche abrangida pelo sistema de cooperação bem como as amas do ISS [Instituto da Segurança Social], apontando para o seguinte calendário: em 2022, a todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche; em 2023, a todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche e às crianças que prossigam para o 2.º ano e em 2024 a todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche e às crianças que prossigam para o 2.º e 3.º ano.

Já o fim do corte do fator de sustentabilidade e da penalização por antecipação da idade da reforma para as pessoas com deficiência ou grau de deficiência igual ou superior a 80% foi aprovado sem qualquer oposição, tendo recebido os votos favoráveis do PS, PSD, PCP, PEV, CDS-PP, Iniciativa Liberal e das duas deputadas não inscritas.

Bloco de Esquerda e PAN optaram pela abstenção por a versão final do diploma apresentar uma solução mais recuada do que inicialmente estes partidos defendiam. O BE, por exemplo, pretendia consagrar um regime jurídico específico de acesso à pensão de velhice dos trabalhadores que tenham uma incapacidade igual ou superior a 60%.

As novas regras no regime de antecipação da idade de pensão por velhice por deficiência, agora promulgadas pelo Presidente da República, resultaram de uma proposta de substituição apresentada pelo PS em relação a projetos do BE, PCP, PEV e PAN.

O novo regime abrange pessoas que cumulativamente reúnam um conjunto de condições, nomeadamente ter pelo menos 60 anos de idade, uma deficiência a que esteja associado um grau de incapacidade igual ou superior a 80% e pelo menos 15 anos de carreira contributiva realizada com aquele grau de incapacidade.

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Áustria suspende confinamento, que se mantém para não vacinados

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

A partir deste domingo, os não vacinadas só podem sair de casa para trabalhar - onde devem apresentar teste negativo a cada dois dias -, fazer compras essenciais ou fazer exercício.

A Áustria suspendeu este domingo o confinamento geral, que continuará em vigor para quem não foi vacinado ou não teve a doença, e, embora o número de infeções tenha diminuído muito, ainda há grande pressão hospitalar.

As restrições continuarão em vigor para os não vacinados, que sofrerão multas até 3.600 euros a partir de fevereiro caso não sejam imunizados, refere a Efe.

A partir deste domingo, as pessoas que não forem vacinadas só podem sair de casa para trabalhar – onde devem apresentar teste negativo a cada dois dias -, fazer compras essenciais ou fazer exercício.

Na Áustria, onde menos de 69% da população tem a vacinação completa, estima-se que 1,4 milhões de pessoas com mais de 14 anos ainda não foram vacinadas.

O confinamento geral ajudou a reduzir as infeções diárias em um terço do seu pico no final de novembro.

No sábado, último dia do confinamento geral, registaram-se 4.460 casos positivos, número bem inferior aos 13.806 de 22 de novembro, quando começaram os encerramentos, embora a situação nas unidades de cuidados intensivos continue complicada, informa a Efe.

Se no início do confinamento havia 562 pacientes internados nas unidades de cuidados intensivos, agora são 573, embora com tendência claramente decrescente em relação ao máximo de 670 registados na última terça-feira.

Com o confinamento, bares, restaurantes, hotéis, espaços de lazer, como teatros e museus, e todo o comércio, exceto lojas essenciais, como supermercados, farmácias e drogarias, foram encerrados.

Cada região aplica agora as suas próprias restrições. Por exemplo, Viena, a capital e a cidade mais populosa do país, mantém bares e restaurantes fechados até ao dia 20, enquanto Vorarlberg – que com 700,8 incidência por 100.000 habitantes tem o maior índice do país – permite, a partir de hoje, as reaberturas.

Para aceder aos espaços gastronómicos e de lazer é obrigatória a apresentação do certificado de vacinação ou de recuperação da doença.

O uso de máscaras em espaços fechados é obrigatório e há limitações de capacidade para reduzir possíveis contágios.

O Governo austríaco de conservadores e ambientalistas foi o primeiro na União Europeia (UE) a introduzir a vacinação obrigatória para toda a população, com o apoio de todas as bancadas parlamentares, exceto o FPÖ, de extrema-direita.

A medida motivou várias manifestações em massa nas últimas três semanas, a última, neste sábado, reuniu cerca de 44 mil pessoas em Viena, segundo a polícia.

Esses protestos são promovidos e incentivados pelo FPÖ, que tem cerca de 20% de intenção de voto e é contra a vacinação obrigatória e, em geral, qualquer restrição devido à pandemia.

O líder desse partido, Herbert Kickl, argumentou que o coronavírus pode ser tratado com vermífugo veterinário, ibuprofeno e vitamina C, e os seus deputados recusaram usar máscaras – obrigatórias – no Parlamento.

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Bankinter registou nova entidade de seguros em Espanha

  • ECO Seguros
  • 12 Dezembro 2021

O banco fez registo comercial da Bankinter Hogar y Auto, sociedade que surge nove meses depois da colocação em bolsa da Línea Directa.

Gloria Ortiz, DG de Banca Comercial no banco, preside à nova Bankinter Hogar y Auto, Sociedade Anónima de Seguros y Reaseguros

O Bankinter constituiu uma nova entidade em Espanha, tendo como objeto social a comercialização de seguros de qualquer ramo, excluindo Vida. Informação publicada no Boletín Oficial del Registro Mercantil (Borme), indica que a nova filial tem a designação Bankinter Hogar y Auto, Sociedade Anónima de Seguros y Reaseguros, estando sediada em Madrid, na morada sede do Bankinter e tendo por sócio único o próprio banco.

Criada perto de nove meses depois de o Bankinter ter colocado em bolsa a sua participada Línea Directa, a nova sociedade é presidida por Gloria Ortiz, diretora geral de Banca Comercial do Bankinter, coadjuvada por dois outros executivos do grupo (César Calvo e Fernando Azpeitia.

Gloria Ortiz é formada em Economia e Gestão pelo ICADE e está no Bankinter desde 2001. Acumulando responsabilidade pela banca comercial e área de Seguros de Vida, é diretora-geral de Banca Comercial do Bankinter desde janeiro de 2021, até quando dirigiu a área de banca digital depois de ter exercido funções na área de controlo financeiro. A nova Bankinter Hogar y Auto (casa e automóvel) arranca com capital social subscrito de 9 milhões de euros, dos quais 4,5 milhões são capital realizado.

Com 25 anos de atividade e mais de três milhões de clientes, a Línea Directa foi cindida do banco em abril, uma mudança que o Bankinter justificou como necessidade estratégica de separação da atividade seguradora do negócio puramente bancário. Com a colocação em bolsa, operação que avaliou a companhia de seguro direto em 1,43 mil milhões de euros, a Línea Directa passou a ter destino e gestão independente do banco.

Além de ainda manter participação acionista de 17,4% na seguradora Línea Directa, o Bankinter é parte de um acordo de bancassurance com o grupo Mapfre, uma parceria materializada através de duas empresas (Bankinter Seguros de Vida e Bankinter Seuros Gerais).

A parceria Mapfre-Bankinter vem do ano 2014, quando foi constituída a empresa conjunta Bankinter Seguros de Vida (apólices Vida, incluindo os ramos de acidente, Vida-poupança e planos de pensões. A colaboração foi depois reforçada em 2016, com a compra do negócio Vida que o Barclays tinha em Portugal.

Números divulgados pelo banco espanhol em outubro indicam que o Bankinter Portugal fechou os primeiros nove meses de 2021 com 40 milhões de euros de resultado antes de impostos, ganho que representa crescimento de 24% face ao período homólogo do ano anterior.

A carteira de crédito cresceu 5%, fechando o terceiro trimestre com 4.900 milhões de euros na Banca Comercial (mais 6%) e de 2.000 milhões de euros na Banca de Empresas (mais 5%). Quanto a recursos de clientes, cresceu 19% para os 5.600 milhões de euros.

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Eleições Montepio: Todos querem ficar com as Lusitania

  • ECO Seguros
  • 12 Dezembro 2021

Os quatro candidatos à liderança da Associação Mutualista Montepio revelaram as suas intenções em relação às seguradoras do grupo. Ninguém pensa em vender para já.

Os líderes das quatro listas candidatas à direção da Associação Mutualista Montepio Geral pretendem manter as participações nas seguradoras do grupo. Em resposta a um inquérito realizado pelo jornal Expresso e publicado este sábado, os candidatos que vão a votos no próximo dia 17 encaram com diferenças o futuro da Lusitania Seguros e da Lusitania Vida, que estão integradas na mesma holding Montepio Seguros, mas referem olhar com interesse no regresso das seguradoras aos lucros.

A lista A – Mutualismo em Ação, liderada pelo atual presidente Vergílio Lima afirma que “Os seguros são uma entidade estratégica para o grupo” e que são participações para manter. Nota que o negócio já está num ciclo de resultados positivos e quer “primeiro recuperar as imparidades e depois ter parcerias de desenvolvimento, mantendo a maioria”, concluindo que “há imensos interessados”.

“O nosso objetivo não é vender as seguradoras”, diz Pedro Corte Real da Lista B, que considera que pode até não haver necessidade de arranjar um parceiro, dada a mudança de ciclo para resultados positivos.

Eugénio Rosa da Lista C — Mutualismo, Agora Sim, diz afastar a venda das seguradoras. Considera que que há três empresas fundamentais no grupo, as duas seguradoras e o banco, possibilitando cross selling, e em relação às seguradoras, pensa que pode ampliar-se muito negócio.

Quanto a Pedro Gouveia Alves, líder da Lista D — Valorizar o Montepio, salienta que não vê nem possibilidade de alienação, nem de entrada de capital, e assim quer reforçar a presença da marca na área de banca-seguros, em que “está muito pouco desenvolvida em comparação com os nossos pares”, conclui.

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Tornados nos EUA fizeram 83 mortos e equipas de socorro procuram sobreviventes

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

As tempestades deixaram um rasto de destruição em seis estados, Arkansas, Illinois, Kentucky, Missouri, Mississípi e Tennessee, com registos de cerca de 30 tornados.

Americanos fazem contas às perdas causadas pelo tornado em Mayfield, no Kentucky, nos EUA.Addison Leboutillier/EPA

As equipas de socorro norte-americanas continuavam na manhã deste domingo a tentar encontrar sobreviventes dos tornados que devastaram o centro e o sul dos EUA na sexta-feira e no sábado, provocando pelo menos 83 mortos.

As tempestades deixaram um rasto de destruição em seis estados, Arkansas, Illinois, Kentucky, Missouri, Mississípi e Tennessee, com registos de cerca de 30 tornados.

Numa comunicação ao país, o Presidente Joe Biden disse tratar-se de “uma das piores séries de tornados” da história do país e de “uma tragédia inimaginável”. Já foram noticiadas 83 mortes, mas Biden alertou que o número pode aumentar.

“Ainda não sabemos quantas vidas foram perdidas ou a extensão dos danos”, disse Biden, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

As agências federais de resposta a catástrofes começaram a deslocar-se para as zonas mais afetadas, disse Biden, prometendo que “o Governo federal fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar”.

O Kentucky, na parte centro-leste do país, foi particularmente atingido por este fenómeno climático violento, que afeta sobretudo as vastas planícies americanas, com colunas negras a varrer o solo, iluminadas por relâmpagos intermitentes.

Depois de anunciar “pelo menos 70 mortes” no seu estado, o governador do Kentucky, Andy Beshear, disse temer que o número de mortos possa ultrapassar uma centena. Beshear apelou aos residentes para doarem sangue para os feridos.

“A devastação é incomparável com tudo o que já vi na minha vida e mal consigo encontrar as palavras para a descrever”, acrescentou.

Mayfield, uma cidade de 10.000 habitantes, foi a mais atingida e a presidente da câmara, Kathy O’Nan, disse à televisão norte-americana CNN que o centro parece “uma pilha de fósforos”.

“As igrejas do centro foram destruídas e o tribunal no coração da cidade foi destruído”, Kathy O’Nan.

É como se uma bomba tivesse explodido no nosso bairro”, disse um residente de Mayfield à AFP, após uma noite de ansiedade numa cidade sem eletricidade e sem água.

Por toda a cidade, há edifícios reduzidos a um monte de destroços, metais torcidos, veículos de rodas para o ar, árvores e tijolos espalhados pelas ruas.

Num parque de estacionamento no centro, os voluntários estavam ocupados a recolher bens de primeira necessidade para as famílias afetadas, segundo um repórter da AFP.

Muitos dos mortos eram trabalhadores de uma fábrica de velas de Mayfield que foi destruída quando estavam no seu interior pelo menos 110 pessoas, havendo cerca de 40 sobreviventes.

O governador do Kentucky disse que um dos tornados percorreu mais de 320 quilómetros no estado, uma das maiores distâncias registadas neste tipo de fenómenos.

O tornado que percorreu a mais longa distância no terreno, mais de 350 quilómetros, ocorreu em 1925, matando quase 700 pessoas só no Missouri.

“Recebemos um alerta às 09:30 (hora local) disseram-nos que o tornado estava a chegar. Foi e veio assim”, disse David Norseworthy, 69 anos, à AFP a partir da varanda destruída da sua casa em Mayfield. “Nunca vimos nada parecido por aqui. Onde acerta, desfaz tudo”, acrescentou.

Cerca de 30 destas tempestades varreram o país na sexta-feira à noite e no sábado de manhã.

Fora do Kentucky, foram relatadas pelo menos 13 mortes, incluindo seis pessoas que trabalhavam num armazém da empresa Amazon no Illinois. Das cerca de 100 pessoas presentes no armazém, apenas 45 conseguiram sair, de acordo com os bombeiros. As equipas de salvamento continuavam hoje de manhã as buscas.

“Estamos de coração partido pela perda dos nossos colegas, e os nossos pensamentos e orações estão com as suas famílias e entes queridos”, disse o chefe da Amazon, Jeff Bezos, na rede social Twitter.

O Tennessee relatou quatro mortes, duas pessoas morreram no Arkansas e pelo menos uma morte foi relatada no Missouri.

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UE quer 3 mil milhões de novas árvores até 2030. Portugal já plantou 23.774 e foi um dos únicos 6 países que aderiu ao desafio

A Comissão Europeia lançou com a Agência Europeia do Ambiente, a aplicação informática «MapMyTree»: já foram plantadas na UE até agora 867 mil árvores no âmbito desta iniciativa da Comissão Europeia.

A União Europeia quer plantar três mil milhões de árvores até 2030, no âmbito da sua nova Estratégia Florestal, integrada por sua vez na Estratégia para a Biodiversidade e no pacote legislativo Fit for 55, o roteiro que tem como missão cumprir os objetivos do Green Deal.

O objetivo de plantar em média cerca de 600 milhões de árvores por ano passa não só por promover a biodiversidade mas, sobretudo, aumentar a capacidade de sumidouro de carbono do continente, através desta nova floresta projetada para no futuro vir a absorver mais gases com efeito de estufa e reduzir a poluição na UE em pelo menos 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990.

Mas como garantir que este número tão grande de árvores serão mesmo plantadas? E que tudo não passa apenas de uma promessa? Para isso, a Comissão Europeia lançou esta semana, juntamente com a Agência Europeia do Ambiente, a aplicação informática «MapMyTree».

De acordo com este “contador” em tempo real (lançado em 9 de dezembro de 2021), já foram plantadas no UE até agora 867 mil árvores no âmbito desta iniciativa, das quais: 23.774 em 158,80 hectares em Portugal; 33.04 em Espanha; 777.063 em França, 31,291 em Itália; 165 na Grécia; 1.400 nos Países Baixos.

A aplicação contabiliza 4 organizações inscritas (Fundação Life Terra em Portugal) e 6 países participantes num total de 27.

Objetivo é que todas as organizações adiram ao compromisso de plantação de 3 mil milhões de árvores adicionais até 2030, registando-se na aplicação e cartografando as árvores plantadas, contribuindo para a contagem e para o objetivo final da UE.

De acordo com a Comissão Europeia, só podem ser registadas na plataforma as árvores que beneficiam a biodiversidade e o clima e que são adicionais ao que normalmente seria plantado. O papel da Comissão consistirá em facilitar, motivar, contar e acompanhar os progressos realizados.

Já na primavera de 2022, a plataforma estará então aberta a todas os cidadãos europeus, pelo que cada nova árvore plantada que respeite os requisitos pode ser contabilizada.

Algumas destas árvores serão plantadas em cidades da União Europeia, bem como em campos agrícolas, avança a Comissão Europeia. A ideia é misturar certas espécies de árvores, não só em florestas, mas também em áreas agroflorestais, agrícolas e urbanas.

Na UE, estima-se que tenham crescido quase 300 milhões de árvores todos os anos entre 2010 e 2015. A Comissão Europeia (CE) adianta que o objetivo é duplicar estes números e plantar chegar a cerca 600 milhões de árvores por ano. “Isto significa que teríamos três mil milhões de árvores adicionais até 2030”, explica a CE.

De acordo com o recém revelado roteiro Fit for 55, um dos objetivos é precisamente a recuperação das florestas, dos solos, das zonas húmidas e das turfeiras da Europa, o que aumentará a absorção de CO2 e tornará o ambiente mais resiliente às alterações climáticas. Além disso, a UE quer critérios novos e rigorosos para evitar a exploração florestal insustentável e proteger as zonas de grande valor em termos de biodiversidade.

No que diz respeito à capacidade de sumidouro natural de carbono no continente, a UE quer novas metas: passar das atuais 268 milhões de toneladas para 310 milhões de toneladas.

“As florestas são também os pulmões da nossa sociedade e economia: asseguram a subsistência nas zonas rurais, fornecem produtos essenciais aos nossos cidadãos, e possuem um profundo valor social através da sua natureza”, destaca Janusz Wojciechowski, comissário europeu da Agricultura, em declarações ao Bloomberg.

Apesar desta meta, a Comissão Europeia adianta que este compromisso não resolverá por si só o clima nem a crise da biodiversidade. “A plantação de novas árvores não é uma alternativa à preservação das árvores existentes, mas sim um complemento a uma ação de conservação mais ampla”, explica a Comissão Europeia.

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“Há uma tempestade perfeita” para escassez de trabalhadores nos hotéis

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2021

Baixos salários em Portugal e concorrência internacional por mão-de-obra nacional na base da escassez de trabalhadores que a hotelaria portuguesa enfrenta atualmente.

A Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) considera haver vários fatores para a falta de mão-de-obra no setor, situação para a qual alerta há vários anos, e que juntos conduzem a “uma tempestade perfeita”.

Em declarações à Lusa, o presidente da direção da ADHP começa por lembrar que “há vários anos” que alertam para esta questão que recentemente voltou à agenda mediática – “acelerada por causa da pandemia” –, e aponta os motivos para o problema.

“Esta descoberta que parece que se fez agora da falta de mão-de-obra é um processo que avisamos há vários anos que iria acontecer naturalmente, quer pela evolução da economia e pela diminuição do desemprego, quer pela falta de alternativa de capital que a área do turismo tem e depois pela competitividade exterior com outros países“, afirmou o presidente da direção da ADHP em declarações à Lusa.

Desde logo, lembra, porque se os baixos salários são “um problema interno do país” e transversais ao resto da economia, no setor turístico e hoteleiro, especificamente, “é mais visível”, isto porque se pedem “qualificações maiores às pessoas, como seja o falar línguas“, ou “a seriedade para se mexer em dinheiro” e “alguma cultura” para saber falar com os clientes.

Exigências que não são, em sua opinião, contrapostas por “um valor acrescentado à vida das pessoas como seja um ordenado em condições”.

“Durante os últimos anos começámos a desregulamentar as profissões, não só a de diretor do hotel, mas de todas as outras, com o fim das Carteiras Profissionais. Isso traz algum desconforto em termos de visibilidade porque dá a ideia de que qualquer pessoa pode desempenhar aquelas funções”, explicou, afirmando que é uma situação que se estende a um empregado de mesa, uma governanta, trabalhadores de limpeza de quartos ou outros.

Qualquer pessoa serve para tudo – na receção é necessário é falar inglês – e depois nada disto é coerente com o serviço, com os prémios que queremos ganhar ou com a imagem que queremos passar”, afirma.

Assim, aponta, há “um fugir da mão-de-obra para outros setores”, como seja contratações nos hospitais privados que “hoje em dia têm receções com pessoas como os hotéis”, lembrando que em Lisboa há hospitais que “têm 30 receções lá metidas dentro, com sete ou oito funcionários”. A esta concorrência interna junta-se a do mercado internacional, como acontece com os cruzeiros.

“Ainda antes da pandemia esteve cá uma empresa de cruzeiros a recrutar chefes de alojamento, chefes de cozinha, housekeeping [serviços de limpeza], governantas, diretores, e recrutou duas mil pessoas em quatro dias”, sublinhou.

Para além disto, acrescenta, ainda tem que se olhar para o facto de muitos alunos das escolas superiores de turismo acabarem por optar pelo trabalho lá fora onde têm uma maior margem de progressão.

“Os alunos, especialmente no ensino superior por imposição das normas da A3ES, têm que fazer Erasmus [estágios fora do país], estando nós a falar da maior parte das escolas superiores mandarem – fora da pandemia – quase 70% de alunos para os programas que fazem parte da internacionalização, o que é bom. Só que depois há um efeito contrário: as pessoas contactam com hotéis de grande dimensão. Se pensarmos que o tamanho médio de um hotel em Portugal não chega aos 50 quartos, vamos perceber que um aluno que acaba a licenciatura e vai para rececionista por profissão, a esperança de subir na carreira é relativamente pequena, porque em 2.000 e qualquer coisa hotéis em Portugal, há 2.000 e tal diretores, 2.000 e tal chefes de cozinha, etc, e a pessoa não espera 30 anos para chegar ao cargo vai-se embora”, explicou.

Esta é também uma das razões pela qual considera haver tanto desvio de mão-de-obra para hotéis lá fora com 500 ou 600 quartos, ou para destinos até como o Dubai ou Macau, “onde há hotéis de cinco mil quartos” e nos quais se empregam 400 chefes de cozinha, por exemplo.

“E tudo isto junto é uma tempestade perfeita”, resume.

O presidente da ADHP admite também, como vários hoteleiros, que quando os hotéis reabriram na pandemia não havia mão-de-obra para “aguentar esse crescimento rápido, porque muitos [trabalhadores] mudaram de profissão, estão em fundos de desemprego, e não sabem quando é que iriam ser dispensados outra vez, como foram”.

E, lembra, ainda que não se pode dizer que haja um mercado de visitantes estrangeiro, cujas entradas estão “quase paradas”. Depois, entre as aberturas ao mercado e algumas retrações, como a que vivemos com o aumentar de novos casos de covid-19, há um problema difícil de gerir, admite.

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