Fernando Medina e Pedro Nuno Santos querem que TAP esclareça indemnização paga a Alexandra Reis

O Ministro das Finanças e o Ministro das Infraestruturas e da Habitação emitiram um despacho a solicitar à TAP esclarecimentos sobre a indemnização paga a Alexandra Reis para sair da empresa.

Fernando Medina e Pedro Nuno Santos emitiram um despacho conjunto a solicitar esclarecimentos ao conselho de administração da TAP sobre o enquadramento jurídico do acordo celebrado no âmbito da saída de Alexandra Reis da comissão executiva da companhia aérea, em fevereiro. Segundo foi noticiado pelo Correio da Manhã, a atual secretária de Estado do Tesouro recebeu uma indemnização de 500 mil euros. Quatro meses depois assumiu a presidência da NAV, uma empresa pública.

No despacho assinado pelos ministros das Finanças e das Infraestruturas são assinalados os regimes jurídicos aplicáveis à TAP, agora uma empresa com o capital inteiramente detido pelo Estado: o Regime Jurídico do Setor Público Empresarial e o Estatuto do Gestor Público. Atendendo a esta legislação, é pedida “informação sobre o enquadramento jurídico do acordo celebrado no âmbito da cessação de funções como vogal da respetiva Comissão Executiva, de Alexandra Margarida Vieira Reis, incluindo sobre o montante indemnizatório atribuído”.

O Correio da Manhã noticiou no dia 24 que Alexandra Reis deixou o cargo executivo na administração da TAP com uma indemnização de cerca de 500 mil euros, tendo em conta que auferia um salário bruto de 17.500 euros por mês e faltavam cerca de dois anos para o final do mandato. O montante foi acordado entre a gestora e a TAP.

A companhia aérea comunicou ao mercado a “renúncia” de Alexandra Reis a 4 de fevereiro, com efeitos a partir de dia 28, salientando que tinha sido nomeada pelos anteriores acionistas, altura em que o empresário David Neeleman e a Azul ainda estavam no capital. A 30 de junho, Alexandra Reis foi nomeada presidente da NAV por despacho do Ministério das Infraestruturas, liderado por Pedro Nuno Santos. Cargo de onde saiu para assumir a secretaria de Estado do Tesouro no ministério de Fernando Medina, a 2 de dezembro.

O caso foi abordado no domingo pelo Presidente da República. “Por aquilo que apurei, trata-se de uma indemnização negociada de um terço e a sua saída foi por decisão da empresa e não a pedido da própria”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. “Há quem pense” que seria “bonito” a secretária de Estado do Tesouro prescindir da indemnização da TAP, afirmou ainda. “Eu não decido o que se faz, tenho de ir controlando o que quem decide faz. Nesse sentido, para nos completarmos, temos de ter perspetivas diferentes. Se pensássemos o mesmo não havia um PM e PR”, acrescentou, já esta segunda-feira.

O valor da indemnização tem motivado críticas de vários partidos. Paulo Rios, vice-presidente do PSD, considerou-a ontem “assustadora”. Contactado pela Lusa, o vice-presidente social-democrata Paulo Rios considerou que “nem no Natal os presentes do ministro Pedro Nuno Santos são bons”.

Já esta segunda-feira, o Chega anunciou que vai chamar à Assembleia da República o ministro das Finanças, o ministro das Infraestruturas, a CEO da TAP e a própria secretária de Estado do Tesouro. André Ventura disse também que será apresentada uma denúncia à Inspeção Geral das Finanças para que investigue o caso.

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, desafiou esta segunda-feira o Governo a explicar o pagamento de meio milhão de euros à atual secretária de Estado Alexandra Reis pela TAP, considerando a situação “um abuso e, sem explicações razoáveis, um escândalo”. O partido quer também que os protagonistas deem explicações no Parlamento.

(notícia atualizada às 16h45)

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NAV propõe aumentos entre 0,9% e 4% com retroatividade a janeiro deste ano

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

A NAV propôs ainda o “aumento das ajudas de custo no que respeita a refeições em deslocação de serviço de 12,5 euros para 17,5 euros com aplicabilidade a partir de 1 de janeiro 2023”.

A NAV Portugal apresentou uma proposta aos trabalhadores para aumentos “generalizados” entre 0,9% e 4%, com retroatividade a janeiro de 2022, bem como subidas de ajudas de custo, adiantou esta segunda-feira o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac).

Num comunicado, a estrutura sindical revelou que foi convidada para uma reunião no dia 22 de dezembro com a NAV, na qual a empresa propôs “aumentos generalizados entre 0,9% e 4% com retroatividade a janeiro de 2022 e o respetivo processamento salarial a ocorrer em janeiro de 2023”, bem como “aumento das ajudas de custo no que respeita a refeições em deslocação de serviço de 12,5 euros para 17,5 euros com aplicabilidade a partir de 1 de janeiro 2023”.

De acordo com o Sintac, “foi salientando por parte da empresa que estes aumentos não implicarão em nada com a futura negociação de um novo acordo de empresa”. Assim, “da parte do Sintac e de todas as outras ORT [Órgãos Representativos dos Trabalhadores] foi solicitado que fosse enviado a nova grelha salarial, já com os valores propostos pela empresa” para que possam “discutir e aprovar os tão desejados aumentos salariais”.

A estrutura sindical indicou que iria “aguardar o envio da nova proposta de grelha salarial” e dará “conta a todos os associados e trabalhadores do resultado das negociações”, lamentando “o facto das progressões não automáticas não acontecerem este ano, facto que penaliza ainda mais quem não sobe de nível desde 2019”.

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Kiev pede exclusão da Rússia da ONU

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

A Rússia "ocupa ilegalmente o lugar da URSS no Conselho de Segurança da ONU" desde 1991,quando se deu o desdobramento da antiga União Soviética em 15 novos países, diz MNE ucraniano.

A Ucrânia pediu esta segunda-feira a exclusão da Rússia das Nações Unidas, numa iniciativa com poucas hipóteses de sucesso, já que Moscovo tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. “A Ucrânia pede aos Estados-membros da ONU (…) que privem a Federação Russa do seu estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e a excluam da ONU como um todo“, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, em comunicado.

Para a diplomacia ucraniana, a Rússia “ocupa ilegalmente o lugar da URSS no Conselho de Segurança da ONU” desde 1991, quando se deu o desdobramento da antiga União Soviética em 15 novos países, argumentando que a “Rússia é uma usurpadora do lugar”.

“As três décadas de presença ilegal na ONU foram marcadas por guerras e tomada de territórios de outros países, uma mudança forçada de fronteiras reconhecidas internacionalmente e tentativas de satisfazer as suas ambições neo-imperiais”, frisou Kiev no mesmo comunicado.

Numa mensagem na rede social Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acrescentou que “a presença da Rússia no Conselho de Segurança e na ONU como um todo é ilegítima”. A Rússia é um dos cincos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e tem poder de veto.

Estados Unidos da América, China, França e Reino Unido são os outros países que têm assento permanente neste órgão.

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Altri atribui até três salários de prémio de desempenho

Prémio representa entre 16,5% a 21% da remuneração anual de cada trabalhador no ano de 2022, informa a companhia.

A Altri vai atribuir já com o salário de dezembro um prémio de desempenho equivalente a três salários mensais, valor que se soma aos 14 meses de salário habituais, adiantou fonte oficial à Pessoas. A Altri tem mais de 700 colaboradores.

“Este prémio representa entre 16,5% a 21% da remuneração anual de cada trabalhador no ano de 2022 e é uma forma de reconhecimento do mérito e excelência do desempenho dos seus trabalhadores no cumprimento dos objetivos definidos a que nos propusemos no início de 2022. Este prémio será pago junto com a remuneração do mês de dezembro”, explica fonte oficial.

Com três biorrefinarias, onde produz cerca de 1,1 milhões de toneladas de fibras celulósicas, bem como uma empresa de gestão florestal que gere 88,3 mil hectares de floresta integralmente certificada pelo FSC e pelo PEFC, o grupo Altri tinha no final do ano passado 774 trabalhadores.

Até setembro, o grupo Altri teve um resultado líquido das operações de 117,4 milhões de euros, com vendas de 806 milhões de euros. No mesmo período de nove meses, investiu 34,8 milhões de euros.

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Segundo dia de greve de 24 horas leva à supressão de 385 comboios até às 12h00

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

Greve na CP e IP obriga à supressão de 385 comboios com a circulação de 163 até às 12h. Trabalhadores avançam para segundo dia de greve e reivindicam prémio para compensar perda do poder de compra.

A greve na CP e Infraestruturas de Portugal (IP) obrigou esta segunda-feira à supressão de 385 comboios, tendo circulado 163 até às 12h00, segundo fonte da CP – Comboios de Portugal.

Os trabalhadores da CP e da IP cumprem esta segunda-feira o segundo de dois dias greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.

A greve, que decorreu já no dia 23, foi convocada por uma plataforma de vários sindicatos a representar os trabalhadores da CP e da IP, que exigem um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.

Fonte da CP disse à Lusa que até às 12h00 circularam 163 comboios dos 548 programados (cerca de 34%), tendo sido suprimidos 385.

À semelhança de dia 23, a paralisação tem uma duração de 24 horas e prevê ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00:00 de 23/12 às 24h00 de 2 de janeiro de 2023”.

A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.

António Pereira, do SINFB, disse à Lusa que cerca de 80% dos trabalhadores estão em greve.

“Vamos continuar a aguardar o ‘feedback’ das empresas e do Governo”, afirmou o sindicalista.

Já o presidente do SINFA, António Salvado, referiu que se estão a fazer “25% dos comboios programados e a adesão é total”.

Salvado sublinhou que é difícil fazer um levantamento das infraestruturas – até pela possibilidade de tolerância de ponto durante o dia de esta segunda-feira –, mas registou que as bilheteiras estão fechadas em muitas estações.

Os trabalhadores da CP e IP estiveram em greve no passado dia 30 de novembro, o que levou ao cancelamento de centenas de comboios.

Já nos últimos dias, até às 18:00 dos dias 23 e 25 de dezembro foram cancelados, respetivamente, 728 e 447 comboios.

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ERSE define uso do armazenamento subterrâneo de gás

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

As condições gerais do contrato de uso do armazenamento subterrâneo de gás são estabelecidas numa diretiva da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

As condições gerais do contrato de uso do armazenamento subterrâneo de gás são estabelecidas numa diretiva da ERSE, publicada esta segunda-feira, que define responsabilidades, direitos e obrigações do agente de mercado e do operador do armazenamento.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no preâmbulo da diretiva, justifica a revisão das condições gerais dos contratos de uso das infraestruturas com a sua conformação com o novo regime jurídico do Sistema Nacional de Gás, e também com as alterações regulamentares e legais que decorreram desde a sua última aprovação.

A REN Gasodutos, em nome do operador do armazenamento subterrâneo, apresentou à ERSE uma proposta para as condições gerais do contrato de uso do armazenamento subterrâneo e, tendo por base a informação remetida em nome do operador do armazenamento subterrâneo, o regulador da energia definiu as novas condições gerais dos contratos de uso do armazenamento subterrâneo.

A ERSE recorda no diploma que, na consulta pública da sua proposta, algumas entidades defenderam a separação do conceito de agente de mercado face ao de comercializador, mas as condições gerais são assinadas pelos agentes de mercado, enquanto entidades que participam no mercado, e um produtor pode ser representado por um comercializador ou assumir diretamente essa participação no mercado, caso em que assume também ele o papel de agente de mercado.

Os participantes na consulta, segundo a ERSE, manifestaram ainda preocupação com a existência de mecanismos no quadro regulamentar que permitam a injeção de gás com a qualidade adequada, esclarecendo o regulador que a atribuição de pontos de ligação para a injeção de gases de origem renovável “deve proporcionar, dentro do possível, previsibilidade e garantias ao produtor” de gases renováveis, nos termos acordados na ligação à rede.

Relativamente a eventuais limitações na injeção de gases de origem renovável na rede de gás, a ERSE esclarece que os operadores das infraestruturas de gás “têm a possibilidade de limitar a injeção de gases de origem renovável na sua rede apenas em situações em que se verifique uma ameaça à segurança da rede de gás e à qualidade do gás”, devendo ser por natureza situações excecionais.

 

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Casas para arrendar à distância de um clique… em França

Apartamentos mais baratos para arrendar em França localizam-se em Darney dans les Vosges (5,75 euros por m2) e os mais caros estão no 4.º bairro da capital (33,07 euros), na margem direita do Sena.

O Ministério francês da Habitação publicou esta segunda-feira uma versão atualizada do mapa interativo que agrega todas as ofertas de alojamentos para arrendar em cada município do país.

O objetivo é permitir aos profissionais do setor e aos arrendatários ter uma estimativa homogénea dos arrendamentos de cada região do país. Com este mapa interativo é possível comparar os preços por metro quadrado (m2), já com as despesas incluídas, quer seja de apartamentos ou moradias para arrendar do parque habitacional privado.

Já do lado do Executivo este instrumento permite “avaliar os dispositivos e conceber os instrumentos que melhor se adaptam a cada à realidade de cada território”, explicou o Ministério da Habitação.

Em França, arrendar uma casa custa em média 8,2 euros por metro quadrado, contra os 9,38 euros por um apartamento, segundo as estimativas da Agência Nacional para a Informação sobre Alojamento com base nos anúncios publicados nas plataformas leboncoin e do Groupe SeLoger. Mas numa análise mais fina é possível perceber que o custo de uma renda por m2 pode atingir um máximo de 28,35 euros por mês no 16.º Bairro de Paris onde se encontra por exemplo a sede da OCDE, mas também o Bois de Boulogne ou os Jardins do Trocadéro, a Fundação Louis Vuitton, o Museu de Arte Moderna, entre outros.

Os apartamentos mais baratos para arrendar em França localizam-se em Darney dans les Vosges (5,75 euros por m2) e os mais caros estão no 4.º bairro da capital (33,07 euros), na margem direita do Sena, onde se encontra a Catedral de Notre-Dame, a Câmara Municipal de Paris.

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Caso BES: Relação de Lisboa recusa separação do processo a arguidos suíços

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o recurso dos arguidos suíços Etienne Cadosh, Michel Creton e Eurofin, para que o procedimento criminal contra si fosse separado e enviado para a Suíça.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) rejeitou o recurso dos arguidos suíços do caso BES, Etienne Cadosh, Michel Creton e Eurofin, para que o procedimento criminal contra si fosse separado e enviado para os tribunais helvéticos.

Segundo o acórdão daquele tribunal, a que a Lusa teve acesso, os juízes desembargadores da 9.ª Secção Criminal decidiram rejeitar o recurso, mantendo a anterior decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de recusar a delegação de competência na Justiça suíça do procedimento criminal contra aqueles dois arguidos singulares e a empresa Eurofin Investiments, que é uma sociedade comercial de direito suíço.

Em causa estava um despacho proferido pelo TCIC, que em 15 de fevereiro de 2022 recusou a pretensão dos arguidos de enviar o processo contra si para a Suíça. Os três arguidos alegavam estarem preenchidos os requisitos para que os autos fossem delegados nas autoridades judiciárias suíças, invocando ainda que o despacho do TCIC violava a lei e a Constituição portuguesas, pelo que decisão do TCIC devia ser revogada.

Segundo os recorrentes, a delegação do processo nas autoridades suíças “mostra-se justificada, tanto pela boa e eficaz administração da justiça, quanto pela circunstância de ser na Suíça que os arguidos poderão vir a cumprir eventuais penas decorrentes destes autos, pelo que só as entidades suíças se mostram posicionadas para avaliar o contexto da ressocialização visado pelas penas”.

O recurso argumentava ainda, entre outros pontos, que os arguidos têm nacionalidade suíça, “residem e sempre residiram na Suíça, são francófonos, não falam, não percebem (o arguido Michel Creton) ou não dominam (o arguido Alexandre Cadosh) a língua portuguesa”, pelo que seriam “prejudicados na sua defesa”, além de que os atos a praticar estariam “sujeitos a sucessivos e inevitáveis atrasos, com prejuízo para os demais arguidos e para a administração da justiça”.

Alegavam ainda os recorrentes que o processo BES já dura há oito anos, tratando-se de “uma investigação longa, que teve por objeto a eventual prática, pelo Grupo Espírito Santo (GES), através de entidades financeiras não sujeitas a supervisão do Banco de Portugal, de infrações económico-financeiras, cometidas de forma organizada e com dimensão internacional ou transnacional.

“O processo conta com 25 arguidos e tem como objeto factos indiciadores da prática, no total, de 346 crimes, pelo que, manifestamente, trata-se de um processo que demorará muitos anos a ser concluído. Aliás, avaliado o percurso que o processo teve até à dedução da acusação, não se prevê que o processo ganhe outra velocidade nas fases de instrução e julgamento”, referia ainda o recurso de Etienne Cadosh, Michel Creton e Eurofin.

Os arguidos sublinhavam que “foram precisos mais de 8 meses” para receberem a notificação da acusação, devidamente traduzida na sua língua materna.

O Ministério Público (MP) opôs-se à pretensão do recurso, contestando os seus fundamentos e sublinhando que aos arguidos suíços, enquanto intervenientes processuais nos autos, “também compete zelar pela celeridade almejada” da justiça portuguesa.

Lembrou ainda que, quanto ao direito a uma decisão num prazo razoável e mediante um processo equitativo, conforme reclamado pelos arguidos suíços, este “assiste em igual modo e proporção aos arguidos residentes em território nacional”.

Também a assistente no processo Banco Espírito Santo SA (em liquidação) opôs-se à pretensão dos arguidos suíços, contraponto, por exemplo, que, embora estes aleguem com a questão da língua, o facto de terem requerido a abertura de instrução “significa não só que compreenderam o que lhes é imputado, tendo exercido a sua defesa”.

Na decisão agora proferida, o TRL realça que o processo está “na fase instrutória (…) com vista à submissão ou não dos arguidos a julgamento”, pelo que a transferência para a Suíça “goraria o sucesso” das diligências e “inviabilizaria a produção de prova em fase de julgamento (…) vislumbrando-se o sério risco de uma duplicação de produção de prova”.

Desta forma, o TRL entendeu, na linha de outras decisões já proferidas, que é manifesto o interesse na apreciação conjunta da responsabilidade dos diferentes suspeitos e arguidos, por forma a apurar o grau de participação de cada um, minimizando “o risco de, pela separação do procedimento penal, cada um daqueles sujeitos ou todos eles aligeirarem ou mesmo escamotearem a sua participação e responsabilidade jurídico-penal no evento em causa, frustrando ou perigando a pretensão punitiva do Estado português”.

Em conclusão, o TRL sufraga na íntegra o despacho do TCIC e mantém a decisão alvo de recurso dos arguidos suíços.

O caso BES/GES, considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, agrega no processo principal mais de 240 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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ASAE publica lista de deveres de empresas sobre branqueamento de capitais

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

A recusa de negócio, a comunicação de operações suspeitas de branqueamento de capitais e a identificação de clientes e beneficiários efetivos constam da lista de deveres das entidades não financeiras.

A recusa de negócio, a comunicação de operações suspeitas de branqueamento de capitais e a identificação de clientes e beneficiários efetivos constam da lista de deveres das entidades não financeiras fiscalizadas pela ASAE, segundo regulamento publicado.

O Regulamento dos Deveres Gerais e Específicos de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo, da autoria da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), publicado nesta segunda-feira, entra em vigor em finais de fevereiro, 60 dias após a sua publicação, fixando as condições e o conteúdo do exercício dos deveres.

Entre as entidades não financeiras abrangidas pelo regulamento, listadas por diploma em 2017, estão nomeadamente comerciantes que transacionem bens ou prestem serviços pagos em numerário, prestamistas, auditores, contabilistas certificados e consultores fiscais, advogados, solicitadores e notários, concessionários de casinos e salas de jogo do bingo, entidades pagadoras de prémios de apostas e lotarias, comerciantes de diamantes em bruto e empresas de transporte de fundos e valores.

“Ficam igualmente sujeitas ao cumprimento das disposições do presente regulamento as entidades obrigadas que operem, de forma parcial ou exclusiva, sob a forma de contratação à distância no comércio de bens ou prestação de serviços”, lê-se no regulamento assinado pelo Inspetor-Geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.

Sobre o dever de recusa, o regulamento dispõe que aquelas entidades “recusam iniciar relações de negócio, realizar transações ocasionais ou efetuar outras operações, quando não obtenham os elementos identificativos e os respetivos meios comprovativos previstos para a identificação e verificação da identidade” do cliente, do seu representante e do beneficiário efetivo.

“As entidades obrigadas têm o dever de informar de imediato o Departamento Central de Investigação e Ação Penal da Procuradoria-Geral da República (DCIAP) e a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciaria sempre que tenham conhecimento, suspeitem ou tenham razões suficientes para suspeitar que certos fundos ou outros bens, independentemente do montante ou valor envolvido, provêm de atividades criminosas ou estão relacionados com o financiamento do terrorismo”, determina ainda o regulamento.

Na comunicação, lê-se ainda: “deve contemplar todas as operações propostas às entidades obrigadas, bem como quaisquer outras operações tentadas, ainda em curso ou que já tenham sido executadas”, e deve ser conservada por sete anos pelas entidades obrigadas “e colocadas à disposição da ASAE no momento da inspeção ou sempre que solicitado” por esta autoridade.

Outra obrigação prevista no regulamento é a de ter um sistema interno de controlo de riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo, materializado num manual de prevenção e com avaliações periódicas, “colocados à disposição da ASAE em permanência, no momento da inspeção ou sempre que solicitado” por esta autoridade.

O regulamento define também o procedimento de identificação de clientes, através do preenchimento completo de modelos publicados em anexo ao regulamento e disponíveis para utilização no domínio da internet da ASAE, e a identificação de beneficiários efetivos.

O dever de formação na prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo adequadas a cada setor de atividade no âmbito do sistema não financeiro, também consta do regulamento.

O novo regime esclarece, por fim, que o incumprimento, pela entidade obrigada, de qualquer das condições ou requisitos previstos no diploma “constitui responsabilidade contraordenacional, por violação dos respetivos deveres específicos de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo”.

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Chega acusa Costa de não falar “sobre as matérias que verdadeiramente importavam”

  • Mariana Marques Tiago
  • 26 Dezembro 2022

“O primeiro-ministro não teve uma palavra para as pessoas [que estão a passar dificuldades] e isso é constrangedor. Mostra bem o vazio em que está”, afirmou André Ventura.

O Chega também já reagiu à mensagem de natal de António Costa, que se encontra num “vazio”, defende André Ventura. “O primeiro-ministro não teve uma palavra para as pessoas [que estão a passar dificuldades] e isso é constrangedor. Mostra bem o vazio em que está”, afirmou o líder do partido em declarações transmitidas pela RTP3.

Ventura considera “curioso” que Costa “não tenha dito uma palavra sobre os problemas do país” enquanto se dirigia ao mesmo. “Não conseguiu dizer uma palavra aos portugueses sobre as matérias que verdadeiramente importavam ao país”, quando, uma semana antes, “tinha tanto a dizer a uma revista para a qual deu uma entrevista”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, o político aproveitou o momento para expressar o descontentamento face à polémica relativa à indemnização da secretária de Estado do Tesouro. No sábado foi noticiado que Alexandra Reis tinha recebido uma indemnização de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da TAP, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

Alguém renunciar, sair de uma empresa pública e receber “centenas de milhares de euros em indemnização” indo, pouco tempo depois, para uma empresa pública na mesma área e para o Governo, “é estranho”, analisou. E continuou: “Nem no futebol se vê algo assim. Mas no Governo tudo é possível”.

O Chega, que enviou uma denuncia à Inspeção-Geral de Finanças a propósito da situação, defende que “é importante que os portugueses saibam que acordos semelhantes fez a TAP, porque estão a ser pagos quase a 100% com o nosso dinheiro”. “Será que aconteceu o mesmo com outras entidades que deixaram a TAP? Quanto pagámos para saírem? Quantos estamos ainda a pagar?”, questionou Ventura.

No final da sua intervenção, o líder do Chega apontou ainda o dedo a Marcelo Rebelo de Sousa. Isto porque “a palavra do Presidente da República podia ser decisiva nestes casos”, mas o líder optou por não se manifestar, com o objetivo de “não queira criar uma atmosfera de maior instabilidade”.

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Nova vaga de Covid-19 coloca pressão sobre hospitais na China. Autoridades deixam de divulgar números diários

Dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças indicam que número de infeções num dia possa ter chegado a 37 milhões. Autoridades decidem deixar de divulgar casos diários.

Numa altura em que a China atravessa uma nova vaga de contágios por Covid-19 — depois de ter deixado cair algumas restrições no âmbito da política Covid-zero que vigoravam há quase três anos — as unidades de cuidados intensivos (UCI) nos hospitais em Pequim mostram sinais de estar sob pressão.

À Reuters, o médico Howard Bernstein admite nunca ter testemunhado o volume de pacientes que se dirigem ao hospital onde trabalha, o Beijing United Family Hospital, descrevendo que a maioria é idosa e que manifesta não só sintomas de Covid-19, como também de pneumonia.

“Os hospitais estão sobrelotados, de cima abaixo”, disse em declarações à agência, acrescentando que as UCI “estão cheias”.

A descrição de um cenário de alta pressão sobre os hospitais acontece numa altura em que a Comissão Nacional de Saúde (CNS) chinesa anuncia que deixará de divulgar os números diários de infeções e mortes por Covid-19.

“A CNS deixa de publicar informação epidémica diária a partir deste domingo“, lê-se numa breve nota publicada pela agência estatal Xinhua. “Qualquer informação relevante será divulgada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, para efeitos de investigação.”

O comunicado não abalou as bolsas asiáticas que, esta segunda-feira, negoceiam em alta com a Bolsa de Xangai e a Nikkei, no Japão, a subirem 0,65% para 3.065,56 e 26.405,8 pontos, respetivamente.

A decisão da CNS acontece depois de fontes presentes numa reunião à porta fechada, na semana passada, terem revelado ao Financial Times que as autoridades chinesas estimam que cerca de 250 milhões de pessoas, ou 18% da população, tenham sido infetadas com Covid-19 nos primeiros 20 dias de dezembro, altura em que Pequim cedeu aos protestos e deixou cair as restrições que vigoravam há três anos.

As estimativas — que preveem também que, pelo menos, 37 milhões de pessoas, ou 2,6% da população tenha sido infetada só na terça-feira, 20 de dezembro — foram reveladas por Sun Yang, vice-diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças durante a reunião, dando conta de que a taxa de propagação do vírus no país está a aumentar.

A discrepância é relevante face aos números oficiais, divulgados publicamente pela CNS chinesa, que anunciou a existência de 62.592 casos sintomáticos nos primeiros vinte dias de dezembro, escreve o Financial Times. Já no sábado, 24 de dezembro, anunciou 4.103 casos relativos a sexta-feira, sem mortes a registar desde quinta.

A falta de informações oficiais publicadas levou Washington e a Organização Mundial da Saúde a pressionar Pequim a ser mais transparente sobre a contagem de casos, gravidade da doença, números de internamentos nos hospitalares e outras estatísticas de saúde que foram amplamente disponibilizadas por outros países durante o pico da pandemia, em 2020 e 2021.

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Morreu escritor e jornalista António Mega Ferreira

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa considera Mega Ferreira como "uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século".

António Mega Ferreira, escritor e jornalista, morreu esta segunda-feira aos 73 anos. Numa nota publicada no site na Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa apresenta as condolências, considerando-o como “uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século”.

“Todos conhecem o seu papel na Expo 98, que não foi só um evento temporalmente situado, mas um momento transformador de Lisboa, a cidade sobre a qual Mega Ferreira apaixonadamente escreveu“, lê-se na nota do Presidente da República.

Nascido em Lisboa, em 1949, Mega Ferreira esteve envolvido no projeto da Expo’98 tendo passado, depois pela gestão do Centro Cultural de Belém, e, mais tarde, na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana. Formado em Direito e Comunicação Social, Mega Ferreira foi jornalista nas redações do Jornal Novo, Expresso, O Jornal e da RTP.

“Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida“, diz Marcelo.

Em declarações aos jornalistas enquanto visitava as zonas afetadas pelos últimos incêndios na serra da Estrela, o Presidente da República acrescentou que “é muito raro encontrar uma pessoa tão completa no mundo da cultura”. Tendo privado com o jornalista e escritor durante o liceu e a faculdade, Marcelo diz-se “triste, porque partiu um grande amigo”.

O primeiro-ministro recordou António Mega Ferreira como “um notável jornalista e importante pensador e criador cultural”, destacando o seu papel na Expo98.

“António Mega Ferreira foi um notável jornalista e importante pensador e criador cultural. Ficará para sempre como um dos grandes mentores da Lisboa contemporânea. Sonhou e concretizou a Expo-98. Não como evento, mas como uma nova parte da cidade que amava”, escreveu António Costa, numa publicação na rede social Twitter.

Por sua vez, o ministro da Cultura considerou Mega Ferreira como uma “personalidade que deixa uma marca indelével na sociedade portuguesa”, acrescentando ter sido um “intelectual pública e um brilhante gestor cultural”.

Notícia atualizada às 13h39

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