Embraer vende fábricas em Évora à espanhola Aernnova por 151 milhões de euros
As duas unidades industriais subsidiárias da Embraer, em Évora, foram vendidas à espanhola Aernnova por 151,5 milhões de euros.
As unidades industriais Embraer Metálicas e Embraer Compósitos, subsidiárias da Embraer e no Parque Industrial Aeronáutico de Évora, foram vendidas à espanhola Aernnova por 172 milhões de dólares (151,5 milhões de euros), mas este valor ainda está sujeito a ajustes até à conclusão do negócio, que se prevê para o primeiro trimestre deste ano, anunciou esta quarta-feira a Embraer.
Em comunicado, a empresa aeroespacial com sede no Brasil refere que o acordo com a Aernnova tem como objetivo aumentar a capacidade de produção das duas unidades industriais e diversificar a carteira de clientes. As instalações em Évora serão os maiores centros produtivos da Aernnova a nível mundial.
A Embraer Metálicas e a Embraer Compósitos têm, respetivamente, 37.100 e 31.800 metros quadrados, e juntas empregam cerca de 500 pessoas. As duas unidades combinam tecnologias avançadas no fabrico de aeroestruturas metálicas e de compósitos com um elevado nível de digitalização e automação dos processos produtivos. Ambas produzem componentes para asas e estabilizadores verticais e horizontais para programas aeronáuticos da Embraer, entre outros e receberam 34,65 milhões de euros em incentivos do Portugal 2020.
Com esta parceria, a Aernnova assumirá a operação das fábricas em Évora e, ao mesmo tempo, assegurará o fornecimento para a produção de aeronaves Embraer, aumentando a previsão de receitas de longo prazo dos espanhóis, que se estima em mais cerca de 170 milhões de dólares.
Citado no comunicado, o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, aponta que “o acordo permitirá a ampliação dos níveis de ocupação nas fábricas de Évora e a diversificação da base de clientes, trazendo novas oportunidades de negócios”.
Por seu lado, o CEO da Aernnova, Ricardo Chocarro, diz que o acordo “reforça ainda mais o status da companhia como uma líder global no design e na produção de aeroestruturas”. “Planeamos avançar ainda mais nas operações das instalações e estabelecer Évora como um modelo na fabricação de aeroestruturas”, acrescenta.
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