Instabilidade na Ucrânia tira 320 milhões à cotadas do PSI-20 num dia

O PSI-20 caiu 1,49% esta segunda-feira para os 5.507,66 pontos, influenciado pelo sentimento negativo das bolsas mundiais por causa da tensão que se acumula nas fronteiras da Rússia com a Ucrânia. Esta foi a terceira desvalorização consecutiva da praça lisboeta e a maior desde 24 de janeiro. A queda foi transversal a todas as 19 cotadas do principal índice português.

De acordo com os dados da Reuters e os cálculos do ECO, a capitalização bolsista da bolsa nacional passou de 69,62 mil milhões de euros no final da sessão da passada sexta-feira para 69,20 mil milhões de euros no final da sessão desta segunda-feira, perdendo 320 milhões de euros numa só sessão.

Apesar de ter tido uma queda expressiva, a desvalorização do PSI-20 até é das mais pequenas na Europa. Entre as principais praças europeias, as quedas vão de 1,8% no caso do britânico FTSE 100 a 2,8% do espanhol 2,8%, passando pelo alemão DAX com uma queda de 2,2% e o francês CAC 40 com uma desvalorização de 2,5%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 1,9%.

Em Lisboa, todas as cotadas encerraram em terreno negativo. A maior queda foi protagonizada pela Ibersol: as ações encolheram 4,02% para os 4,78 euros mesmo na reta final da negociação uma vez que pouco antes até estava em terreno positivo.

Segue-se a Greenvolt com uma queda de 3,81% para os 5,56 euros e os CTT com uma desvalorização de 3,13% para os 4,79 euros. Com descidas superiores a 2%, há muitas empresas: a Pharol, a Mota Engil, a Novabase, o BCP, a Sonae e a EDP. A Nos, a Navigator, a Altri e a Semapa encolheram mais de 1%.

As cotadas que resistiram melhor à envolvente externa foram a Corticeira Amorim, a Ramada Investimentos, a EDP Renováveis, a Galp Energia — num dia em que o petróleo atingiu um máximo de sete anos e está a caminho dos 100 dólares –, a REN e a Jerónimo Martins uma vez que registaram quedas inferiores a 1%.

Nos Estados Unidos, Wall Street também abriu em queda, com os investidores preocupados com o aumento do risco devido à eventual invasão russa na Ucrânia a qualquer altura uma vez que os norte-americanos dizem que este é um ataque “iminente”.

(Notícia atualizada às 17h22 com mais informações)