Preços do petróleo e gás natural disparam. Barril de Brent acima dos 104 dólares
Com o escalar de tensão e a confirmação do início do bombardeamento de território da Ucrânia, os preços do petróleo que serve de bitola para Portugal já vai a cotar nos 104,51 dólares.
Os preços da energia estão a disparar nos mercados internacionais, depois de a Rússia lançar uma operação militar contra a Ucrânia. O barril de petróleo está a valorizar 7,9% em Londres e já passou a marca dos 104 dólares, o que não acontecia desde 2014. O gás natural também está a acelerar 30%.
Com o escalar das tensões e a confirmação do início do bombardeamento de território da Ucrânia, o Brent para entrega a 28 de fevereiro acelera 7,92% para 104,51 dólares por barril e está em máximos de sete anos. Em Nova Iorque, o WTI para entrega a 22 de março valoriza 5,52% para 97,19 dólares por barril.
O contrato de futuros do gás natural no mercado holandês a disparar mais de 30% para cerca de 116 euros por MWh. A Rússia fornece mais de um terço do gás à União Europeia, sendo que parte dele vem através de pipelines na Ucrânia.
Petróleo acelera
Ao longo desta quinta-feira os lideres mundiais vão reunir para analisar a situação e impor as “sanções mais duras de sempre contra a Rússia”. Bruxelas já anunciou que vai avançar com sanções “pesadas e direcionadas” contra setores estratégicos da economia russa. O novo pacote de medidas contra a Rússia será apresentado aos líderes da União Europeia (UE) ainda esta quinta-feira para aprovação e visa bloquear “o acesso a tecnologias e mercados fundamentais” para Moscovo, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A decisão de Putin de reconhecer as duas autoproclamadas repúblicas e abrir assim a porta ao envio de forças militares para território ucraniano foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
Os ataques começaram esta madrugada depois de um discurso televisivo do Presidente russo onde anunciou o início de uma operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. Vladimir Putin disse que decidiu lançar a operação militar em resposta a ameaças de “genocídio” no leste da Ucrânia vindas das autoridades de Kiev, defendendo que a responsabilidade por um eventual derramamento de sangue é do “regime” ucraniano.
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