Jean-Luc Herbeaux rende Guy Villax na presidência da Hovione
Multinacional químico-farmacêutica portuguesa, que emprega 2.000 pessoas, troca a liderança ao fim de 25 anos. Guy Villax cede o lugar ao francês que foi recrutado em 2020 para diretor de operações.
Jean-Luc Herbeaux vai assumir a presidência executiva da Hovione a partir de 1 de abril, sucedendo a Guy Vilax, que deixa a liderança da multinacional químico-farmacêutica portuguesa ao fim de 25 anos.
A nova liderança marca o início de uma nova fase na história da Hovione, fundada em 1959 por Diane e Ivan Villax – e, desde então, sempre gerida pela família -, que se traduz numa “ambiciosa estratégia” de expansão e crescimento, esclarece a empresa em comunicado.
Guy Villax, que dirige a Hovione desde 1997, manter-se-á ligado à empresa, como membro da administração e acionista. “25 anos depois de ter assumido esta responsabilidade, chegou o momento de deixar a liderança nas mãos de alguém que todos sabemos capaz de nos tornar ainda mais competitivos e melhores, e de o fazer dentro do quadro de princípios e valores que definem a Hovione desde o primeiro dia: integridade, servir bem os nossos clientes, rigor científico e trabalho em equipa”.
“É um orgulho para a Hovione e para Portugal contribuirmos em 10% dos novos medicamentos que todos os anos são aprovados pela FDA (Food and Drug Administration)”, acrescenta o gestor, para quem “isto é fruto do talento” dos colaboradores e das universidades com quem trabalham.
25 anos depois de ter assumido esta responsabilidade, chegou o momento de deixar a liderança nas mãos de alguém que todos sabemos capaz de nos tornar ainda mais competitivos e melhores.
Nos últimos 25 anos, a Hovione duplicou o número de fábricas no mundo, viu a sua equipa aumentar de cerca de 450 para 2.000 colaboradores, dos quais cerca de 1.400 em Portugal, tendo-se tornado no “maior empregador privado de doutorados” no país.
Jean-Luc Herbeaux é o chief operating officer (COO) da Hovione desde 2020, tendo desenvolvido um “importante trabalho de reorganização e definição de estratégia” para preparar a empresa para os desafios de um mercado cada vez mais global e competitivo, lê-se no comunicado.
O futuro CEO da Hovione afirmou, por seu turno, que os “clientes [da empresa] são “exigentes”, que os problemas que “pedem para resolver implicam cada vez mais sofisticação e rigor do ponto de vista técnico, científico e industrial”, pelo que “as expectativas são elevadas” e a responsabilidade da companhia “aumenta à medida que a Hovione ganha mais protagonismo”.
“Produzimos em Portugal, na Irlanda, nos Estados Unidos e em Macau. Essa presença, nacional e internacional, será aprofundada com a consistência e qualidade que nos define desde sempre e assim continuará a ser”, lembrou o gestor.
Jean-Luc Herbeaux assume funções num momento em que a empresa tem em curso a execução de um “ambicioso plano de investimentos” anunciado em 170 milhões de dólares (152 milhões de euros ao câmbio atual), com a ampliação e melhoramento das instalações em Portugal, na fábrica de Loures, Nova Jérsia (EUA), mas também em Cork, na Irlanda. Está também em planeamento a construção de um novo polo industrial no Seixal, na margem sul de Lisboa.
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