Empresas portuguesas com 13.600 ofertas de trabalho para refugiados ucranianos
As empresas portuguesas já registaram 13.600 ofertas de trabalho na plataforma do IEFP criada para recolher vagas para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal.
A plataforma criada pelo Governo para reunir ofertas de trabalho de empresas para refugiados ucranianos em Portugal já recolheu 13.600 propostas de “todo o território”, disse esta segunda-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
“Hoje de manhã, tínhamos 13.600 ofertas de emprego por parte de empresas que colocaram na plataforma do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) a sua vontade de contratar cidadãos ucranianos”, disse à agência Lusa Ana Mendes Godinho à margem de uma visita ao local onde será instalado o futuro porto seco, adiantando que as propostas são essencialmente nas áreas tecnológicas, turismo (restauração e hotelaria), no setor social, nas áreas dos transportes (motoristas) e na construção civil. “São ofertas em todo o território [nacional]. Praticamente em todos os concelhos temos propostas de emprego” para cidadãos ucranianos, afirmou.
A plataforma foi lançada em 28 de fevereiro. Segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o trabalho seguinte consistirá na “articulação conjunta” entre a Segurança Social e o IEFP, também em função das pessoas que se estão a registar para a proteção internacional. Essas pessoas serão contactadas para que seja feito “o encontro entre as ofertas de emprego” e “as características e os perfis de cada uma”.
Ana Mendes Godinho disse que o trabalho das Câmaras Municipais “é fundamental para garantir que esta articulação se faz da melhor forma”, nomeadamente em relação ao alojamento.
A governante observou que o povo português tem a “enorme capacidade de acolher bem, de estar sempre de braços abertos” e “têm sido extraordinárias” as manifestações de solidariedade que têm chegado “das várias dimensões, seja de câmaras, seja de associações, seja da sociedade civil”.
“É fundamental, agora, cada vez mais, esta articulação a nível local (…) para um acolhimento integrado das pessoas, que já está a acontecer. É preciso é conseguirmos acolher bem e fazer este encontro entre as necessidades das pessoas e as respostas que estão a ser dadas a nível local”, rematou.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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