Eurostat revê em alta crescimento do PIB da Zona Euro em 2021
O Eurostat reviu em alta o crescimento económico da Zona Euro em 2021 de 5,2% para 5,3%. Ainda assim, a economia europeia está a recuperar a um ritmo inferior à dos Estados Unidos.
O produto interno bruto (PIB) da Zona Euro cresceu 5,3% no ano passado, recuperando parcialmente da queda de 6,8% em 2020 provocada pela crise pandémica. Os números foram revelados esta terça-feira pelo Eurostat e representam uma revisão em alta para a variação do PIB em 2021. Porém, a economia europeia continua a estar atrasada na recuperação em comparação com a economia norte-americana, a qual já está 3,2% acima do nível pré-pandemia.
“Para o ano de 2021 como um todo, o PIB aumentou 5,3% tanto na Zona Euro como na União Europeia, depois de -6,4% e -5,9% respetivamente em 2020“, escreve o Eurostat. Isolando o quarto trimestre de 2021, em termos homólogos, o PIB cresceu 4,6% na Zona Euro e 4,8% na União Europeia, depois de ter crescido 4% (0,3% em cadeia) e 4,2% (0,4% em cadeia), respetivamente, no terceiro trimestre de 2021.
No quarto trimestre, a Eslovénia registou o maior crescimento (5,4%) em comparação com o trimestre anterior (em cadeia), seguindo-se Malta (2,3%), Espanha e Hungria (2%). Por outro lado, na Irlanda houve uma queda de 5,4%, na Áustria de 1,5% e na Alemanha de 0,3%. Em termos homólogos, todos os países com dados disponíveis cresceram.
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Estes números mostram que, apesar da revisão em alta, a economia europeia continua a ter uma retoma pós-Covid mais lenta do que a economia norte-americana. De acordo com os dados do Eurostat, no final de 2021 o PIB da Zona Euro e da UE estava, respetivamente, 0,2% e 0,6% acima do valor pré-pandemia (quarto trimestre de 2019). No caso dos Estados Unidos, o PIB estava 3,2% acima desse nível.
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Os dados mostram também que no ano passado, Portugal — que é mais dependente do turismo do que a média dos países europeus — não convergiu com a média europeia pelo segundo ano consecutivo: após ter contraído mais em 2020 do que a economia europeia, a economia portuguesa não conseguiu recuperar a um ritmo mais forte — cresceu 4,9% em 2021 — para recuperar a desvantagem. Para 2022 as previsões apontam para um crescimento em Portugal acima da média europeia.
Para 2022, a Comissão Europeia foi a última instituição a divulgar previsões e apontou para 4%, seguindo-se um crescimento de 2,8% em 2023. Contudo, a invasão russa na Ucrânia terá repercussões económicas para os países europeus e o comissário europeu da economia, Paolo Gentiloni, já admitiu que a expansão económica vai ser menos intensa. O economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, admitiu um corte nas previsão entre 0,3 e um ponto percentual.
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