Gás natural recua 16% para 178,54 euros/MWh, afastando-se de recordes

A cotação do gás natural está a recuar 16,79% na Europa, para 178,54 euros por megawatt-hora (MWh), um dia depois de os EUA terem proibido a importação de petróleo, gás e carvão com origem na Rússia.

Os futuros de referência Dutch TTF Gas para entrega em abril ganharam um impulso adicional com o eclodir da guerra na Europa, mas caem quase 17% esta quarta-feira, para cerca de 178,5 euros por MWh, longe do recorde de 345 euros atingido na segunda-feira, quando os preços registaram uma subida inédita de 75%.

Apesar das sanções já impostas, a Rússia tem continuado a fornecer gás natural para a Europa, mas a União Europeia (UE) já veio sinalizar que tem planos de contingência em vigor para fazer frente a uma eventual interrupção no fornecimento de gás russo. Em 2021, mais de 60% das importações feitas pela UE à Rússia diziam respeito à energia e o país fornece cerca de 40% do gás natural consumido na região.

Menos dependentes da energia da Rússia, os EUA confirmaram esta terça-feira que a proibição das importações de petróleo russo em retaliação à invasão da Ucrânia ordenada pelo Kremlin, bem como de gás e energia, ainda que a quota destes produtos no país seja reduzida.

Já o Reino Unido “eliminará gradualmente” as importações de petróleo e derivados da Rússia até ao final do ano. Moscovo não tardou a responder e Putin assinou um decreto a autorizar a proibição da exportação de produtos e matérias-primas, cujos detalhes serão conhecidos nos próximos dias.

O conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia tem provocado uma escalada de preços da energia. Esta quarta-feira, os preços de petróleo nos mercados internacionais continuam a subir, tendo o barril de Brent chegado a superar a fasquia dos 130 dólares, abaixo do máximo de 2008 registado na segunda-feira, quando tocou nos 139 dólares.