Ao fim de 738 dias, boletim Covid passa a ser divulgado semanalmente

A partir de sexta-feira, os relatórios de situação epidemiológica e de vacinação vão passar a ter uma periodicidade semanal, sendo estes divulgados à sexta-feira, confirmou a Direção-Geral de Saúde (DGS).

“A atual fase justifica a alteração do padrão de divulgação, sendo descontinuados ambos os relatórios diários”, justifica a entidade liderada por Graças Freitas, em comunicado, acrescentado que o modelo poderá ser ajustado “sempre que a situação epidemiológica o justifique ou exista necessidade de contemplar outros indicadores”.

Nesse sentido, o novo relatório de situação epidemiológica vai incluir o número de casos confirmados e de óbitos, em termos acumulados a sete dias, bem como “a ocupação hospitalar diária no continente, com a respetiva variação semanal”. Tal como tem sucedido, vão também continuar a ser divulgados os indicadores acima mencionados “por região de saúde, bem como a sua distribuição por grupo etário”.

Esta decisão já havia sido antecipada pela diretora-geral da Saúde, no dia em que se assinalou dois anos desde que foram identificados os primeiros casos de Covid em Portugal. “Nós produzimos semanalmente 10 documentos diferentes para finalidades diferentes e aquele que é mais conhecido é o chamado boletim diário”, mas “estamos a trabalhar com a tutela no sentido de criar um novo boletim”, disse, Graça Freitas, em entrevista à Lusa, a 2 de março. Contas feitas, tendo em conta que este relatório começou a ser divulgado diariamente. desde 2 de março de 2020, já foram divulgados desde então 738 relatórios.

Quanto ao relatório de vacinação, vai seguir os mesmos tramites, continuando a incluir os dados referentes à vacinação iniciada, completa e de reforço e por grupo etário, enquanto que os dados da vacinação da gripe vão deixar de ser divulgados dado que a “campanha está em fase de conclusão”, sinaliza a nota de imprensa.

Estas mudanças surgem numa altura em que Portugal se prepara para um novo alívio de restrições, que segundo a ministra da Saúde está previsto para o início de abril. A 24 de fevereiro Graça Freitas já tinha sinalizado que o fim do uso de máscara nos espaços interiores está a ser equacionado, sublinhando que isso estaria dependente de atingir a fasquia dos 20 mortos por milhão de habitantes, tal como recomendado pelo ECDC.