Reservas para golfe no Algarve recuperam “a bom ritmo” apesar da “incerteza”
Presidente do Turismo do Algarve diz que reservas para o golfe nos próximos meses decorrem “a bom ritmo”, depois de ser “fortemente” afetada nos últimos dois anos pela pandemia de Covid-19.
O presidente do Turismo do Algarve disse esta quarta-feira que as reservas para os próximos meses, durante a época alta do golfe, decorrem “a bom ritmo” apesar da “grande incerteza” sobre o futuro devido ao conflito no leste europeu.
De acordo com João Fernandes, a época alta do golfe, que decorre entre março e maio e entre setembro e novembro, foi “fortemente” afetada nos dois últimos anos pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19, mas está a ter uma procura “muito significativa”, apesar de alguma “incerteza” quanto ao futuro.
“Felizmente, estamos numa fase de recuperação das ligações aéreas o que, em simultâneo com a queda das restrições impostas pela pandemia, faz com que estejamos com excelentes resultados de reservas para os próximos meses, nomeadamente, para a época do golfe”, referiu aquele dirigente.
Segundo João Fernandes, durante a pandemia, os confinamentos e restrições aconteceram sempre nos períodos de maior procura do golfe: “À exceção do último quadrimestre do ano passado, todos os outros períodos de época alta do golfe em 2020 e 2021 foram fortemente impactados”, lembrou.
Questionado pela Lusa sobre um eventual impacto do conflito na Ucrânia no turismo algarvio, o presidente do Turismo do Algarve afirmou que se verifica uma retoma “muito positiva” no setor do golfe, não estando, para já, a registar-se reflexos da guerra.
“Ainda não estamos a sentir, mas admito que no futuro possa haver uma retração da procura por parte dos mercados dos países limítrofes ou de proximidade da zona de conflito, nomeadamente, da Suécia, Polónia e Finlândia”, sublinhou.
O responsável pelo Turismo do Algarve disse desconhecer, para já, “o comportamento do mercado alemão, cujos consumidores, normalmente, antecipam as crises económicas e sociais, o que se pode traduzir numa quebra na procura”.
João Fernandes notou que estando Portugal no extremo ocidental da Europa “podem existir desvios de fluxos para a região, por o Algarve se encontrar mais longe da zona em conflito”, embora persista a incerteza de o conflito perdurar e de quais serão os seus efeitos na economia dos consumidores.
“Se o conflito perdurar, o impacto que já se sente na energia e nos combustíveis far-se-á sentir ao nível de todos os bens e poderá ditar a escassez de alguns bens, como já tem sido referido”, antecipou.
O presidente do Turismo do Algarve acrescentou que Portugal, e em concreto, o Algarve, “saem da pandemia com uma notoriedade reforçada do ponto de vista da segurança que oferecem, sendo um fator que continua a ser determinante para a escolha” do destino.
“Portugal e o Algarve continuaram a granjear o reconhecimento internacional nos vários prémios que são atribuídos por diferentes segmentos de atividade, o que é um fator muito forte para impactar aqueles que, depois de constrangidos pelo Covid-19, têm agora a oportunidade de viajar”, concluiu.
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