Petróleo prolonga quedas e WTI já negoceia abaixo dos 100 dólares
Os preços do petróleo continuam a cair, no rescaldo da decisão dos EUA de libertarem reservas e à espera de uma reunião da AIE onde pode ser tomada uma decisão semelhante pelos países consumidores.
Os preços do petróleo estão a prolongar a queda de quinta-feira, dia em que a Casa Branca anunciou a maior libertação de petróleo de sempre da reserva estratégica norte-americana. A decisão está a ter impacto na cotação do crude nos mercados internacionais e, em Nova Iorque, o contrato de WTI transaciona abaixo dos 100 dólares, o que não acontecia desde meados de março.
Pelas 11h30 em Lisboa, os futuros do Brent somam 0,02% para 104,53 dólares, num desempenho instável, oscilando entre somas e perdas. Enquanto isso, o WTI recuava 0,31% para 99,97 dólares. Segundo a Reuters, o petróleo caminha para encerrar a semana com perdas na ordem dos 13%, a maior queda semanal dos últimos dois anos.
Evolução do Brent:
A agência recorda estar prevista a realização de uma reunião da Agência Internacional de Energia (AIE) esta sexta-feira, onde deverão ser discutidas outas libertações de reservas por parte dos países consumidores de petróleo, paralelas à anunciada pelos EUA na quinta-feira. Há um mês, os países chegaram a um acordo para a libertação de 60 milhões de barris de petróleo.
Ora, esta semana, marcada por mais uma subida dos preços dos combustíveis, o Presidente dos EUA anunciou na quinta-feira que a decisão de libertar um milhão de barris de petróleo por dia da reserva estratégica dos EUA. Joe Biden também vai pedir ao Congresso que imponha penalizações financeiras às empresas de petróleo e gás que arrendam terras públicas, mas não estão a produzir.
Neste contexto, os investidores estão expectantes em relação à dimensão da libertação de reservas que possa sair da reunião da AIE. Numa nota, contudo, a consultora Eurasia Group indica que os preços do petróleo podem inverter a tendência de queda se a libertação for adiada ou se o volume das entregas for inferior ao anunciado pela Casa Branca, de acordo com a Reuters.
Os investidores digerem ainda a decisão da OPEP+ de aumentar a oferta de 432 mil barris diários a partir de maio. Esta quinta-feira, o cartel do petróleo disse que a “atual volatilidade” dos preços está ligada aos “acontecimentos geopolíticos em curso” e não aos fundamentos do mercado, uma referência à invasão da Rússia à Ucrânia. A Rússia é considerada aliada da organização dos países exportadores.
(Notícia atualizada às 11h39 com novas cotações)
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