Greenvolt lança Energia Unida e promete energia mais limpa e barata
Energia Unida oferece um serviço “chave na mão”, sem investimento inicial, e sem necessidade de mudar de comercializador.
A Greenvolt lançou esta terça-feira a Energia Unida, uma nova empresa na área das energias renováveis, dedicada ao autoconsumo descentralizado e alargado de energia solar.
De forma a garantir a segurança energética, a Energia Unida nasce da necessidade de incentivar uma descentralização da produção de energia, o autoconsumo e uma maior autonomia, esclarece o líder da Greenvolt João Manso Neto, o qual considera que a guerra na Ucrânia veio reforçar estas tendências. “Queremos mais renováveis e mais depressa, e para isso há que ter em conta o rentabilizar dos espaços já humanizados”, esclarece o responsável.
Neto considera estar “claro que as energias renováveis são mais baratas”, razão pela qual a Greenvolt lança uma marca focada em “aproveitar e expandir o autoconsumo”. “Isto é um negócio sustentável, não estamos a falar de uma coisa engraçada. Portugal e Espanha têm índices de radiação solar muito fortes”, esclarece Neto, pelo que considera que a nova marca vem colmatar uma carência no “consumo descentralizado alargado”.
O objetivo da Energia Unida é disponibilizar “energia mais limpa, mais barata, e justa”, avança o CEO da empresa, José Almeida, pelo que o modelo de negócio da marca irá assentar na criação e gestão de “comunidades de energia” como forma de acelerar a transição energética. A adesão à Energia Unida está aberta aos cidadãos e às entidades públicas e privadas, e destina-se tanto a consumidores como a produtores, divulga o CEO.
Neste sentido, Almeida esclarece que através da Energia Unida, o produtor consome a própria energia e distribui a restante pela comunidade. No entanto, existem certos critérios para ser produtor. Manso Neto explica que a produção de energia se destina a “todos os que têm mais telhado, ou terreno anexo, do que aquilo que consomem”. Isto é, os produtores devem ter espaço e consumo energético suficientes para justificar a instalação de painéis solares, diz José Almeida.
De modo a incentivar o autoconsumo coletivo e a produção de energia local 100% renovável, e a sua partilha, José Almeida sublinha a necessidade de colocar as pessoas no centro do sistema elétrico. “Para os sistemas funcionarem, há que trazer pessoas para o centro da rede, queremos ser um enabler”, esclarece o CEO.
José Almeida assegura que este modelo de negócio apresenta vantagens diferenciadoras visto fixar o custo da energia, mas também por não ter custos de financiamento junto do consumidor. A empresa oferece a 100% o financiamento para a instalação dos painéis solares, trata da burocracia associada e disponibiliza uma instalação “chave na mão”, apoia na angariação de novos membros da comunidade, e opera a partilha de energia.
O consumidor tem ainda a vantagem de não necessitar de cancelar ou alterar qualquer contrato, passando a receber duas faturas, a da comunidade Energia Unida, e a do seu comercializador de eletricidade. As poupanças permitidas pela Energia Unida são automaticamente descontadas da fatura do comercializador, garante José Almeida, permitindo assim o pagamento do investimento. A empresa garante que produtores e consumidores podem, assim, poupar pelo menos 20% no seu custo mensal com a eletricidade.
A primeira comunidade da empresa arranca no próprio edifício onde a Energia Unida e a Greenvolt estão instaladas, em Lisboa. A Energia Unida conta já com uma capacidade instalada correspondente a cerca de 3,1MW, evitando desta forma a emissão de 1.234 toneladas de gases poluentes para a atmosfera.
Inês Palhoto, responsável de marketing da empresa, esclarece que o portefólio da empresa vai ser constituído por projetos de diferente natureza, seja local, renovável ou partilhada. O objetivo será sempre “ajudar membros a criar própria autonomia”, bem como “desvincular pessoas da variação de preços do mercado grossista”, garante Palhoto.
Além de uma participação ativa no digital, assente na poupança, sustentabilidade, e no papel da comunidade como o caminho para a transição energética, o negócio apresenta como objetivo um modelo B2B (business to business) e B2C (business to consumer). Adicionalmente, Manso Neto avança que é esperado um resultado positivo em 2023, sendo que já foram adjudicados seis projetos de 6,1 MW. “É a revolução em curso”, assegura o líder da Greenvolt.
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