Responsáveis do BCE divididos na resposta à guerra
Atas da última reunião do banco central mostram que alguns responsáveis entendem ser necessário subir os juros no terceiro trimestre, mas outros preferem esperar para ver como evolui a guerra.
Os responsáveis de política monetária do BCE estão divididos quanto àquela que deve ser a resposta do banco central aos efeitos da guerra na Europa. É o que mostram as atas da última reunião, que teve lugar em 9 e 10 de março, divulgadas esta quinta-feira.
Uns defenderam que o BCE deve definir uma data para o fim das compra de ativos e que é adequado começar a subir as taxas de juro no terceiro trimestre. Outros entendem que o banco central deve adotar uma postura de “esperar para ver”, por causa da incerteza que se gerou com a invasão da Rússia à Ucrânia.
O resumo das atas foi feito pela Bloomberg e é o reflexo de um contexto económico com traços inéditos, numa altura em que é necessário adotar medidas para travar uma inflação em máximos históricos, mas também ter em conta que um aperto das condições financeiras podem desencadear uma recessão.
O BCE surpreendeu os mercados no mês passado ao sinalizar que pretende acelerar o fim das compras de ativos. Assim, os investidores estão a medir cada declaração emanada do banco central, na esperança de entender quando é que o BCE tenciona subir os juros, depois do fim dos estímulos.
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