Cabaz de bens essenciais volta a subir e ultrapassa os 200 euros
Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu mais de seis euros na última semana, superando já os 200 euros. Preço sobe há cinco semanas consecutivas.
Na última semana, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou mais de seis euros, o que representa uma subida de 3,46% face à semana anterior, superando já os 200 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). É um aumento pela quinta semana consecutiva.
A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas e a seca, a conjuntura tem vindo a pesar na fatura das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado. Deste então, o preço de um cabaz de bens essenciais disparou 18,05 euros, o que representa um aumento de 9,83% face ao valor registado a 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir.
Em causa está a monitorização feita desde final de fevereiro a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga. Perante a análise dos dados, é possível constatar que o preço deste cabaz de bens essenciais sobe há cinco semanas consecutivas. Recorde-se que o INE confirmou esta semana que a inflação acelerou 5,3% em março deste ano, sublinhando, no entanto, que estes dados excluem produtos alimentares não transformados e energéticos.
Na última semana, o custo do cabaz encareceu 6,83 euros, passando a custar 201,68 euros face aos 194,92 euros estimados a 6 de abril. Durante o período analisado, este aumento semanal é apenas superado pelo registado entre 9 e 16 de março. Nessa semana, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, passando a custar 191,58 euros face aos 183,64 euros estimados a 9 de março.
Já na semana subsequente, de 16 a 23 de março, a diferença é menos significativa, tendo o cabaz de produtos essenciais encarecido apenas 70 cêntimos para 192,28 euros. Ao mesmo tempo, de 23 a 30 de março, o aumento foi de apenas 1,35 euros, enquanto que na semana de 30 de março a 6 de abril encareceu 1,29 euros.
No que toca especificamente à última semana, isto é, entre 6 a 13 de abril, a Deco sinaliza que “a carne e o peixe são as que mais se destacam”, com aumentos de 11,78% e 17,74%, respetivamente. A título de exemplo, a associação destaca que, neste período, o preço da pescada fresca disparou 64% (mais 4,07 euros face à semana anterior), o preço da curgete e dos cereais de trigo encareceu 23% (mais 0,52 cêntimos) e o custo do arroz e aveia integrais subiu 15% (mais 0,36 cêntimos).
Recorde-se que, para fazer face à escalada de preços, o Governo colocou em marcha um pacote de medidas que vão desde a devolução da receita adicional do IVA através do ISP dos combustíveis aos apoios para a empresas e particulares para a compra do gás. Estas medidas vão custar 1.335 milhões de euros aos cofres do Estado, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2022 divulgada esta quarta-feira.
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