Remuneração de Cláudia Azevedo na Sonae sobe para 1,6 milhões em 2021

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Cláudia Azevedo recebeu, em 2021, 505.600 euros a título de remuneração fixa e dois prémios de 551.000 euros cada um. Em 2020, a remuneração fixa foi de 493.800 euros e os prémios de 372.700 euros.

A remuneração da presidente da Comissão Executiva (CEO) da Sonae subiu de 1.239.200 euros em 2020 para 1.607.600 euros em 2021, sendo o salário da gestora distribuído por três partes, incluindo dois prémios, segundo um relatório.

De acordo com o documento, divulgado esta quarta-feira, Cláudia Azevedo recebeu, em 2021, 505.600 euros a título de remuneração fixa e dois prémios de 551.000 euros cada um. Em 2020, a remuneração fixa foi de 493.800 euros e os prémios de 372.700 euros cada um.

Na sua descrição das remunerações, a Sonae explicou que esta remuneração variável está dividida em dois, o Prémio Variável de Curto Prazo (PVCP) e o Prémio Variável de Médio Prazo (PVMP). Assim, o PVCP equivale no máximo a “50% do valor do prémio variável total. Este prémio é pago em numerário, no primeiro semestre seguinte ao ano a que diz respeito, podendo, todavia, e a critério da Comissão de Vencimentos, ser pago, no mesmo prazo, em ações, nos termos e condições previstos para o Prémio Variável de Médio Prazo”.

Por sua vez, o PVMP é “destinado a reforçar o compromisso dos(as) administradores(as) executivos(as) com a empresa, alinhando os seus interesses com os dos acionistas e aumentando a consciencialização da importância do respetivo desempenho para o sucesso global e sustentável da sociedade” sendo que “o valor atribuído corresponde, no mínimo, a 50% do prémio variável total, pago com um diferimento de três anos, após a sua atribuição, ie. quatro anos após o ano de ‘performance’”.

A empresa explicou ainda que o prémio variável de curto prazo “resulta da concretização de KPIs [indicadores de performance] coletivos e individuais”, sendo que “não é garantido dado que a sua atribuição está dependente da consecução de objetivos”.

Já o PVMP atribuído “é convertido em ações Sonae, sendo valorizado à data de atribuição a preços representativos da cotação do título, no mercado de ações em Portugal, considerando-se para o efeito, o preço médio da cotação das ações da sociedade”, referiu a Sonae.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aliados dos EUA vão libertar quase 60 milhões de barris em reserva. Preço do petróleo cai 5%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Abril 2022

Libertação coordenada de reservas por países da AIE ascenderá a 120 milhões de barris de petróleo. Preço do ouro negro afunda 5% após decisão.

Os aliados dos EUA na Agência Internacional de Energia (AIE) vão libertar cerca de 60 milhões de barris de petróleo diários das suas reservas de emergência, juntando-se, assim, à administração norte-americana no esforço de tentar controlar os preços do petróleo, noticia o The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês). Depois de ser conhecida esta decisão, o preço do ouro negro está a afundar 5%.

A ação coordenada dos grandes consumidores de energia destina-se a atenuar as consequências económicas do aumento dos preços da energia desde a invasão da Ucrânia. As sanções económicas e uma greve não oficial de compradores reduziram as exportações petrolíferas russas, resultando na maior perturbação do fornecimento de energia em décadas.

A AIE estima que a produção de petróleo na Rússia diminua em um quarto este mês, deixando uma enorme lacuna de três milhões de barris por dia no fornecimento global de energia. A exploração de reservas de emergência irá de alguma forma preencher esta lacuna, mas o mercado continuará sob pressão, uma vez que a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se recusa a abrir as suas torneiras mais rapidamente.

No total, a libertação coordenada de reservas por países da AIE ascenderá a 120 milhões de barris de petróleo: metade dos EUA e metade de outros membros. A administração de Joe Biden irá ainda libertar de forma independente 120 milhões de barris da Reserva Estratégica de Petróleo, elevando o total para 240 milhões em todo o mundo.

Depois de ser conhecida esta decisão, o preço do ouro negro está a afundar 5% nos mercados internacionais, invertendo a tendência de subida que se observou durante esta quarta-feira. O barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, está a cair 4,44% para 101,90 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 4,82% para 97,05 dólares.

(Notícia atualizada às 20h47 com desvalorização do preço do petróleo)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APROSE vai ser parceira do Fórum Nacional de Seguros

  • ECO Seguros
  • 6 Abril 2022

A associação alia-se a ECOseguros e à Zest no evento que se vai realizar em julho na Alfândega do Porto. O Fórum vai reunir os profissionais em espaço de exposição e debate para a indústria seguradora

O ECOseguros e a Zest vão realizar o 1º Fórum Nacional de Seguros, dias 5 e 6 de julho, na Alfândega do Porto. O evento que visa juntar os diferentes stakeholders e profissionais do setor segurador e debater os principais desafios do setor, nomeadamente no que diz respeito à sua distribuição. O Fórum será um “meeting Point e um market place em que as empresas diretamente ou indiretamente ligadas à indústria seguradora poderão ter o seu espaço e as suas própria iniciativas dando a conhecer as novidades a profissionais do setor e a visitantes em geral”, afirma a organização.

A APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros será Parceira Institucional do 1º Fórum. A associação, que representa os mediadores de seguros, agentes e corretores, seja pessoas singulares ou coletivas, conta neste momento com cerca de 2 mil associados, de norte a sul de Portugal, incluindo as ilhas.

Para além de pessoas e entidades ligadas à distribuição de seguros – agentes, corretores, seguradores-, o Fórum que ser ponto de encontro para reguladores, prestadores de serviços, insurtechs, empresas que querem juntar seguros à sua oferta de produtos e serviços e empresas que precisam de seguros para partilhar e correr menos riscos dos seus negócios.

As seguradoras, empresas e profissionais do setor vão poder promover e assistir a conferências e debates, realizar reuniões com interlocutores fundamentais para desenvolverem os seus negócios, conhecerem as novidades e toda a oferta do mercado, detetar tendências e estarem a par do estado da arte no que respeita à indústria seguradora em Portugal.

A organização juntou dois parceiros com especializações distintas. ECOseguros, nascido há três anos como o primeiro projeto editorial de e para os players do setor segurador publicando um site, uma newsletter diária e o anuário Yearbook e realizando uma conferência anual e outras iniciativas online e offline. A Zest é uma equipa multidisciplinar de especialistas em Marketing e Comunicação, com vasta experiência na organização de Salões, Exposições, Congressos, Conferências, e todo o tipo de eventos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luiza Fragoso Teodoro vai desenvolver distribuição independente da MetLife em Espanha

  • ECO Seguros
  • 6 Abril 2022

Membro do Comité de Direção da MetLife Ibéria, a portuguesa assume responsabilidade acrescida, liderando a relação da companhia com brokers e mediadores não ligados, tanto em Portugal como em Espanha.

Luiza Fragoso Teodoro, responsável ibérica pela ligação da MetLife com mediadores não-ligados: “Esperamos construir em Espanha uma rede de distribuição independente com a mesma qualidade da portuguesa”.

Atual Diretora da mediação independente da MetLife em Portugal, Luiza Fragoso Teodoro assume responsabilidades ao nível ibérico para replicar em Espanha o modelo que teve sucesso no mercado português. Oscar Herencia, vice-presidente da MetLife para o sul da Europa e diretor geral na Ibéria, fez o anúncio durante a 1º edição da convenção Making our future bright, encontro que teve objetivo de refletir sobre o futuro do setor dos seguros e distinguir, com os Prémios Diamante, os 26 parceiros independentes (brokers e mediadores não-ligados) que se destacaram em vendas de apólices MetLife em 2021.

Desde 2020, responsável pela ligação com distribuidores independentes em Portugal, Luiza Teodoro vai liderar o lançamento do canal de mediadores independentes em Espanha, passando a ser responsável pela ligação da companhia com o canal de Brokers e Mediadores não ligados nos dois países, indica um comunicado da companhia. O objetivo é “levar para Espanha as práticas de sucesso que temos no nosso país na relação com os agentes independentes. Os brokers portugueses são muito profissionais e os clientes portugueses gostam de ter a assessoria de alguém, independente, que os ajuda a encontrar a melhor solução para o seu caso concreto. Esperamos construir uma rede de distribuição independente com a mesma qualidade no país vizinho”, afirma Luiza Fragoso Teodoro.

Depois de se juntar à equipa da MetLife em Portugal em 2018, liderou a reestruturação do canal de Distribuição de Corretores Individuais (IBD). Licenciada em Economia pela Nova SBE, Luiza conta também com formação em marketing e liderança pela mesma universidade e junta uma ampla experiência de mais de 20 anos em liderança e gestão de redes de agentes (ligados e independentes).

Na abertura da convenção Making our future bright, Oscar Herencia, apresentou balanço das iniciativas da empresa, destacando o investimento na transformação digital e na simplificação de produtos. Perante audiência de cerca de 50 parceiros e dezenas de outros agentes independentes que assistiram à transmissão virtual, o Diretor Geral ibérico salientou que a “gestão 100% digital da relação com os agentes permitiu melhorar a experiência do cliente, com soluções à medida, que facilitaram o crescimento do negócio, beneficiando todas as partes envolvidas”. “Estamos muito otimistas quanto ao futuro e acreditamos que a nossa relação vai continuar a reforçar-se nos próximos anos”, disse Herencia.

Antes da entrega dos Prémios Diamante, realizou-se a mesa-redonda “For a brighter future”. Mário Vinhas, COO da MDS, Ana Teixeira, cofundadora e CEO da Mudey, e Tiago Forjaz, cofundador da primeira rede de talentos nacional, a The Star Tracker, analisaram o impacto da inovação tecnológica, da regulamentação e da evolução do contexto socioeconómico no tecido empresarial, com o enfoque particular no setor segurador.

Durante o evento MetLife, Paulo Portas, antigo governante (MNE e vice-PM), interveio com uma análise ao panorama futuro do setor segurador face aos desenvolvimentos geoeconómicos e geopolíticos recentes, tendo em conta, nomeadamente, a recuperação pós-pandemia e os impactos da invasão russa na Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed aponta para subida de 50 pontos base dos juros nas próximas reuniões

Banco central deverá começar a reduzir o número de obrigações que detém, a um ritmo máximo de 95 mil milhões de dólares por mês.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) acredita que será necessário um aumento de 50 pontos base nos juros nas próximas seis reuniões até ao final do ano, sobretudo se as pressões sobre a inflação se mantiverem elevadas ou se intensificarem. De acordo com as minutas da última reunião de política monetária, reveladas esta quarta-feira, os membros do banco central concordaram que a incerteza sobre a evolução da inflação é bastante alta e que, por isso, a Fed deverá também começar a reduzir o número de obrigações que detém, a um ritmo máximo de 95 mil milhões de dólares por mês.

Os membros da Fed “concordaram que limites mensais de cerca de 60 mil milhões de dólares para títulos do Tesouro e cerca de 35 mil milhões de dólares para a agência MBS [hipotecas] provavelmente seriam apropriados”, lê-se nas minutas das reuniões de 15 e 16 de março, citadas pela Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês). Os participantes “também concordaram que os limites poderiam ser implementados num período de três meses ou um pouco mais se as condições do mercado assim o justificarem“.

Com esta redução acentuada de até 95 mil milhões de dólares no número de obrigações — acima da taxa máxima de 50 mil milhões de dólares mensais que vigorou da última vez, em 2017 –, o banco central aperta ainda mais o crédito a toda a economia norte-americana, à medida que também sobe as taxas de juros para desacelerar a inflação que está em máximos de 40 anos.

As minutas mostram ainda que “muitos” membros da Fed consideram que um ou mais aumentos de meio ponto percentual (0,5%) poderiam ser apropriados nas próximas seis reuniões até ao final do ano, caso as pressões sobre os preços não se moderassem. “Muitos participantes observaram que (…) preferiam um aumento de 50 pontos base na meta para a taxa de fundos federais nesta reunião”, lê-se nas minutas. “No entanto, à luz da maior incerteza de curto prazo associada à invasão da Ucrânia pela Rússia, consideraram que um aumento de 25 pontos base seria apropriado nesta reunião”.

No mês passado, a Fed decidiu aumentar as taxas em 25 pontos base, naquela que foi a primeira subida desde 2018, como parte de um esforço mais agressivo para conter a pressão sobre os preços.

Os investidores anteciparam a possibilidade de mais de sete aumentos nas taxas de juro em 2022, à medida que as pressões inflacionárias se espalham, antevendo ainda uma grande hipótese de a Fed aumentar as taxas de juro em meio ponto percentual já no próximo mês, diz a Bloomberg.

(Notícia atualizada às 19h49 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reclamações à CMVM caem 21% em 2021 para o menor número em dez anos

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Mas o número de reclamações apresentadas contra entidades gestoras de plataformas de financiamento colaborativo (crowdfunding) aumentou novamente.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 334 reclamações em 2021, uma descida de 21% face a 2020 e o “menor número dos últimos dez anos”, de acordo com um relatório publicado esta quarta-feira.

Assim, no ano passado “a CMVM recebeu 334 reclamações, menos 21% do que em 2020 e o menor número dos últimos 10 anos”, indicou a entidade, revelando que o “ano terminou com 55 reclamações em análise, uma diminuição de 40% face ao período homólogo”.

De acordo com o regulador a redução “também se verificou no universo de entidades objeto de reclamação, com uma diminuição para 36 entidades, face às 41 de 2020”, sendo que “na grande maioria das entidades reclamadas (28) o número de reclamações diminuiu ou manteve-se estável”.

Esta diminuição reflete sobretudo a menor volatilidade nos mercados financeiros quando comparado com o ano de 2020, muito marcado pelo contexto pandémico”, referiu a entidade, num comunicado no seu site.

No relatório, a CMVM revelou que “as reclamações recebidas incidiram, sobretudo, sobre atividades e serviços de intermediação financeira”, sendo que o número de reclamações apresentadas contra entidades gestoras de plataformas de financiamento colaborativo (crowdfunding) aumentou novamente, a par das reclamações contra entidades que prestam serviços de intermediação financeira em Portugal ao abrigo do Regime de Livre Prestação de Serviços”.

De acordo com os dados revelados pelo regulador, “a execução de ordens continuou a ser o tema mais reclamado, embora se tenha registado uma redução significativa no seu peso face a 2020”, mas “o peso das reclamações relativas a comissões e encargos subiu ligeiramente face ao ano anterior”.

Quanto à qualidade da informação prestada aos investidores, “o terceiro assunto mais referido em 2021, manteve o seu peso face ao período homólogo”, referiu a CMVM.

No ano passado, “a CMVM concluiu 370 processos de reclamação, menos 5% do que em 2020, ano em que foram concluídos 388 processos”, sendo que “não se registaram reclamações em que a CMVM tivesse considerado existirem elementos que fundamentassem a posição do reclamante e a entidade reclamada não tenha atendido à pretensão deste”.

Por outro lado, “registou-se um aumento significativo (50%) nos pedidos de informação recebidos na CMVM, refletindo em parte alguns dos potenciais riscos decorrentes das tendências de digitalização e utilização massiva de meios digitais pelos investidores”, sendo que este aumento “foi particularmente evidente entre os meses de março a maio, onde se registou um número substancial de pedidos de informação sobre um conjunto de personalidades com elevado número de seguidores nas redes sociais (‘influencers’), cujas atividades poderiam potencialmente ser consideradas atividades de intermediação financeira não autorizada”, indicou o regulador.

“O maior peso (41%) continua a ser atribuído aos pedidos de informação relacionados com a emissão de certidões de valores mobiliários, encontrando-se a CMVM a desenvolver esforços no sentido de promover alteração legislativa que permita uma simplificação e redução dos casos de obrigatoriedade de obtenção de certidões”, explicou o regulador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nestlé Portugal adapta produção e aumenta preços, apesar de não comprar cereais às zonas do conflito

Nestlé reconhece “incrementos de custos enormes” tanto em matérias-primas como a nível energético, levando a aumentos do preço do café e alguns produtos de alimentação infantil e animal.

A Nestlé Portugal aumentou o preço do café, e de alguns produtos de alimentação infantil e animal, tendo ainda adaptado a sua produção, apesar de não comprar cereais às zonas afetadas pela guerra na Ucrânia, avançou o diretor-geral da empresa, Paolo Fagnoni, esta quarta-feira na apresentação dos resultados de 2021. Globalmente, a empresa viu aumentar os custos mais de 15%, tendo o preço médio junto do consumidor, dentro de produtos selecionados, subido entre 7% a 8%.

Paolo Fagnoni admitiu “incrementos de custos enormes por diferentes motivos”. O responsável da filial portuguesa da multinacional aponta para um misto de aumentos no custo das matérias-primas e da energia, e admite ainda a possibilidade de os custos continuarem a seguir esta tendência. No entanto, também reconheceu esforços da companhia de modo a absorver esta subida. “Internamente, estamos a fazer tudo o possível para evitar transferir ao consumidor este aumento de custo”, disse.

Ainda que a empresa não compre cereais às zonas afetadas pela guerra na Ucrânia, o diretor-geral admitiu que a companhia se encontra a “identificar áreas de poupança em todas as atividades, para evitar aumentar os custos”. Apesar da subida do preço de matérias-primas como café, cacau e cereais, Fagnoni diz não ser possível refletir no preço do produto todos estes aumentos, pelo que o “grande desafio é identificar sinergias e áreas de poupança”.

Neste sentido, o diretor-geral divulgou que os cereais usados são comprados diretamente em Portugal, Espanha e França, mas adverte: “Faltando a produção russa e ucraniana, toda a procura mundial vai colocar pressão sobre os restantes produtores.”

À questão da guerra na Ucrânia somam-se ainda outros problemas. A falta de óleo de girassol, muito utilizado na produção alimentar, apresenta um risco que já obrigou a alterar e adaptar receitas da Nestlé. Contudo, de momento é impossível semear colheitas nas zonas afetadas pelo conflito na Ucrânia, pelo que o impacto no futuro pode ser ainda maior. “Está claro que a situação mundial vai mudar, há que ver como evolui a procura global”, diz Fagnoni.

Os consumidores portugueses são extremamente fiéis à marca, garante o diretor-geral, embora reconheça que esse não é um motivo para subir preços.

Fagnoni também aponta o dedo ao preço da energia, e menciona aumentos dos custos energéticos de 6 a 7 milhões de euros nas fábricas em Portugal. Entre a guerra na Ucrânia e o custo da energia, o diretor-geral admite ainda não haver um impacto direto devido ao conflito, mas sim um impacto superior da volatilidade energética.

Fruto dos constrangimentos em vigor, a Nestlé procedeu com uma simplificação do portefólio. Fagnoni explica que, em algumas linhas de produtos, houve opções a ser colocadas em pausa de modo a priorizar outras mais populares, mas as alterações e a subida dos preços não são uniformes e variam entre produtos e categorias.

No geral, o aumento de custos ultrapassou os 15%, mas a distribuição é desigual. A matéria-prima do café sofreu aumentos na ordem dos 50%, enquanto nos cereais a subida já é de 13% a 15%. No que toca ao aumento médio dos preços junto do consumidor, dentro de produtos selecionados, este foi de 7% a 8%. Apesar destas subidas já estarem em efeito, Fagnoni diz que a “elasticidade no consumidor não é infinita”.

Apesar de todos estes fatores, o diretor-geral diz esperar um forte crescimento em 2022 à boleia do consumo fora do lar. De igual modo, embora a Nestlé tenha sido alvo de críticas face à sua posição relativamente à guerra na Ucrânia, Fagnoni diz não registar a nível global uma variação de vendas ou fidelidade.

O responsável admite o contacto de 120 pessoas que lamentam a postura da Nestlé neste conflito, mas também esclarece que a marca tem uma posição clara neste assunto, e que esta trabalha para os consumidores, estando inclusive a operar na Ucrânia junto da Cruz Vermelha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ferrero retira produtos Kinder do mercado português. Veja quais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Abril 2022

Como medida de precaução, a Ferrero Ibérica decidiu retirar do mercado português alguns lotes de produtos Kinder, fabricados na Bélgica, depois de terem sido registados casos de salmonela.

A Ferrero Ibérica anunciou esta quarta-feira que vai retirar do mercado português três lotes de chocolates Kinder por precaução, após relatos de casos de salmonela em países do Norte da Europa. A empresa ressalvou, contudo, que não foi detetada a presença de salmonela nas análises realizadas em qualquer produto Kinder.

Os produtos da linha Kinder que serão retirados do mercado são todos os formatos do Kinder Schokobons, o Kinder Surpresa Maxi T 100 gramas e o Kinder Happy Moments com data de validade entre 26 de maio de 2022 e 21 de agosto de 2022, elenca a Ferrero Ibérica, em comunicado. Todos estes produtos são fabricados na Bélgica.

Vários dos formatos de Kinder Schokobons que vão ser retirados do mercado português.

Quanto aos restantes produtos Kinder, entre os quais os ovos Kinder Surpresa de qualquer formato e o ovo da Páscoa Kinder Gran Surpresa, não estão afetados pela retirada.

Os Kinder Happy Moments também serão retirados do mercado português

No comunicado, a empresa indica ainda que está a cooperar com as autoridades sanitárias locais para retirar os produtos do mercado “o mais rapidamente possível”. “A Ferrero Ibérica está em contacto com os estabelecimentos onde os produtos indicados são comercializados para proceder à sua retirada imediata”, refere.

Além disso, a dona da Kinder recomenda que as pessoas que adquiriram os produtos afetados pela retirada não os consumam e que contactem o Serviço de Atenção ao Consumidor da empresa.

Outros formatos de Kinder Schokobons que serão retirados do mercado.

Na terça-feira, França, Irlanda e Reino Unido retiraram do mercado vários produtos de chocolate da marca Kinder fabricados na Bélgica por suspeitas de que possam ter sido o motivo de dezenas de casos de salmonela identificados nesses países, alguns dos quais exigiram internamento.

 

 

(Notícia atualizada às 19h13)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemanha quer tornar vacina contra a Covid obrigatória para idosos

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Proposta deverá ser votada esta quinta-feira. Obrigatoriedade poderá cair caso haja um número considerável de pessoas vacinadas voluntariamente até junho.

Os partidos da coligação governante na Alemanha vão propor que o país torne obrigatório a vacina contra a Covid para pessoas com 60 ou mais anos a partir de outubro, avança a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

A proposta dos membros do Partido Social Democrata (SPD) da Alemanha, do chanceler Olaf Scholz, d’Os Verdes e dos liberais (FDP) ainda pode sofrer alterações, antes de ser votado no Parlamento, e inclui também a opção de tornar obrigatória a vacina para todos com 18 ou mais anos caso o evoluir da pandemia naquele país no outono o justifique.

A proposta de lei, que deverá ser votada esta quinta-feira, diz ainda que, inicialmente, serão feitos esforços para incentivar a vacinação voluntária contra a Covid de todos os alemães que ainda não foram vacinados contra a doença. Contudo, a obrigatoriedade da vacina pode ser suspensa caso haja um número considerável de pessoas vacinadas voluntariamente até junho.

“Estamos unidos no objetivo de uma prevenção eficaz através do nível mais alto possível de imunidade básica para todos os adultos, porque desta forma podemos evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado“, referem os autores da proposta, citados pela Bloomberg.

Em março, a Alemanha registou um pico nas novas infeções por coronavírus, mas o cenário está a melhorar nos últimos dias, embora continuem a ser registados mais de 200 mil novos casos e 300 mortes por dia. O país tem atualmente 75% da população vacinada contra a doença.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chega/Açores diz que apoio ao governo regional “acabou”

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

“Não tenho problema nenhum, enquanto representante do Chega nos Açores, de assumir essa despesa e esse risco, mas fica o governo regional a saber que, com o Chega, acabou”, afirmou José Pacheco.

O deputado do Chega/Açores, José Pacheco, revelou esta quarta-feira que “acabou” o apoio do partido ao Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, e avançou que pretende reprovar o próximo Orçamento da região, que vai ser discutido no final do ano.

Em declarações à agência Lusa, o deputado que tem com o Governo um acordo de incidência parlamentar, reforçou que “continua sem ter eco das propostas” apresentadas para viabilizar o Orçamento Regional de 2022, como as viaturas para a corporação de bombeiros e os incentivos à natalidade, notando estar por fazer a remodelação no Executivo liderado por José Manuel Bolieiro, como o Chega tinha exigido.

“Não tenho problema nenhum, enquanto representante do Chega nos Açores, de assumir essa despesa e esse risco, mas fica o Governo Regional a saber que, com o Chega, acabou”, afirmou José Pacheco.

O deputado sustentou que não pode “confiar em pessoas que mentem todos os dias”, acusando o Executivo regional de “empurrar com a barriga os problemas da região” e de estar envolvido em “trapalhadas” no processo das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência.

“Quando nos sentimos enganados, temos de dizer ao nosso parceiro que fomos enganados e que não podemos confiar neles. Obviamente que, em novembro, temos um Orçamento e está aqui a garantia do deputado do Chega José Pacheco: o orçamento está chumbado”, avançou.

Sem o apoio do Chega, o Governo Regional dos Açores, que também depende do apoio da IL e do deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega), não tem a maioria no Parlamento açoriano.

Pacheco destacou que o Governo Regional teve “vários meses para mudar de rumo” e que persistiu a “enganar o povo açoriano”.

Questionado sobre o que significa, neste momento, o fim do apoio do Chega ao Governo Regional dos Açores, o deputado observou que o partido “não tem ferramentas, institucionais ou parlamentares para fazer coisíssima nenhuma”. “Mas, obviamente, vai continuar a questionar o Governo até obter as respostas”, frisou.

O deputado diz não poder confiar em pessoas que “todos os dias” lhe mentem, porque “as pessoas elegeram um deputado do Chega para ser o garante da verdade, o garante da seriedade”.

“Quando o meu bom povo é enganado, estou aqui também para ir para uma briga, seja ela qual for. Haja eleições quando quiserem. Nós estamos aqui para ir a guerra”, disse.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o Chega/Açores refere que “os compromissos assumidos por este Governo de coligação com o Chega não estão a ser cumpridos” e criticou o processo das Agendas Mobilizadoras do PRR.

“O desempenho do secretário das Finanças, Bastos e Silva, tem-se mostrado prejudicial para os açorianos e até para o próprio Governo, deixando um rasto de ineficácia, opacidade e, até mesmo, de falta de competência”, acrescenta a nota de imprensa.

O partido diz que não pode continuar a “assistir impavidamente”, uma vez que o “dinheiro de todos dos açorianos” continua a ir para os “bolsos dos mesmos”.

“Este Governo Regional não tem demonstrado capacidade para gerir esta região de forma eficiente e em benefício dos açorianos. Prova disso é o grande lodo em que se transformou o processo das Agendas Mobilizadoras”, lê-se ainda no comunicado.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados, sendo que, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal (IL), um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

A coligação pós-eleitoral (PSD/CDS-PP/PPM) que formou governo dos Açores fez acordos de incidência parlamentar com o Chega e o deputado independente, ao passo que o PSD o fez com o deputado único da IL.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP distribui dividendos de 750 milhões a 28 de abril

A assembleia-geral da empresa de energia aprovou a proposta da administração liderada por Miguel Stilwell d’Andrade de pagar um dividendo de 19 cêntimos por ação.

A EDP vai pagar o dividendo relativo ao exercício de 2021 no dia 28 de abril. A proposta da administração de distribuir um dividendo bruto de 0,19 euros por cada ação foi aprovada em assembleia-geral.

Em comunicado enviado à CMVM no dia da reunião magna anual, a empresa de energia detalhou ainda que o pagamento dos dividendos vai ser “efetuado por crédito da conta junto do intermediário financeiro em que se encontrem registadas as ações detidas por cada acionista, sendo agente pagador o banco Santander Totta”.

O lucro da EDP caiu 18% em 2021, para 657 milhões de euros. Apesar da diminuição do resultado, a administração liderada por Miguel Stilwell d’Andrade decidiu manter o dividendo e distribuir mais de 750 milhões de euros aos acionistas, mais 100 milhões do que os lucros que obteve.

A elétrica explicou a 17 de fevereiro, numa outra nota ao mercado, que o resultado foi penalizado “por efeitos não recorrentes de 169 milhões de euros em 2021, incluindo imparidades associadas ao portefólio de centrais térmicas no mercado ibérico”.

Sem estes impactos, assegurou, o lucro recorrente apresenta um crescimento de 6% para 826 milhões de euros, “suportado pelo desempenho positivo do negócio global de renováveis, a integração da Viesgo em Espanha e crescimento das operações de redes de eletricidade no Brasil”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 800 empresas com apoio à retoma em março

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Nos dois meses anteriores mais de 2 mil empresas beneficiaram deste apoio destinado a entidades empregadoras afetadas pela pandemia, em situação de crise empresarial.

Mais de 800 empresas beneficiaram do apoio à retoma progressiva da atividade em março, tendo sido pagos cerca de 2,3 milhões de euros correspondentes a 5.528 trabalhadores, segundo as estatísticas publicadas pela Segurança Social.

O número de entidades empregadoras em março (874) compara com os dados dos dois meses anteriores, quando mais de 2 mil empresas beneficiaram do apoio.

A medida foi criada no âmbito da pandemia de covid-19 e, segundo confirmou fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “manter-se-á em vigor para todas as empresas que cumpram os respetivos requisitos, enquanto se mantiverem medidas restritivas”.

Questionada sobre quais as restrições em causa associadas à pandemia que justificam a manutenção do apoio à retoma, o gabinete não respondeu. Segundo a informação na página da Segurança Social, o apoio destina-se a entidades empregadoras afetadas pela pandemia, em situação de crise empresarial, ou seja, com uma quebra de faturação igual ou superior a 25% “e desde que vigorem medidas restritivas de atividades económicas”.

Como medidas restritivas, a Segurança Social aponta “regras em matéria de horário de funcionamento, de ocupação ou de lotação de estabelecimentos ou de eventos, bem como limitações à circulação de pessoas no território, no âmbito da pandemia da doença covid-19”.

Os dados mostram ainda que o lay-off simplificado apenas registou em março três entidades empregadoras, correspondentes a 21 trabalhadores. Desde o início da pandemia, mais de 44 mil entidades empregadoras aderiram ao apoio à retoma, tendo sido pagos 698,7 milhões de euros. Já o lay-off simplificado chegou a mais de 120 mil empresas a que corresponde uma verba superior a 1,1 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.