Hungria contraria UE e admite pagar gás russo em rublos

A Hungria admitiu esta quarta-feira estar disposta a pagar as importações de gás provenientes da Rússia em rublos, contrariando a tomada de posição conjunta da União Europeia.

O primeiro-ministro da Hungria admitiu esta quarta-feira que o país está disposto a pagar as importações de gás russo em rublos, contrariando a posição conjunta da União Europeia (UE), avança a Reuters. Numa conferência de imprensa, Viktor Orbán disse aos jornalistas que a Hungria pagará em rublos o fornecimento de gás natural se a Rússia assim o exigir.

Além das declarações de Orbán, também o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, sinalizou que as autoridades europeias “não têm nenhum papel” a desempenhar nos contratos de fornecimentos de gás assinados com a Rússia, que são bilaterais, entre a empresa estatal húngara MVM e os russos da Gazprom.

A Hungria foi um dos poucos Estados-membros da UE que se opôs às sanções contra a energia de Moscovo. Segundo a Reuters, o país liderado por Viktor Orbán assinou um novo contrato de fornecimento de gás a longo prazo no ano passado, que prevê a entrega de 4,5 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano através da Gazprom.

Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto a exigir que os pagamentos pelo gás natural fossem feitos apenas em rublos, uma decisão que os países europeus recusaram cumprir, considerando-a uma violação dos contratos existentes. O pagamento do gás ao abrigo dos contratos a longo prazo da Gazprom em março tinha como prazo o dia 1 de abril.

Ora, esta tomada de posição da Hungria surge um dia depois de a Comissão Europeia ter anunciado que vai acionar o mecanismo de condicionalidade criado nas negociações do Próxima Geração UE (apelidada de “bazuca”), que deram origem aos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR), o que deverá levar à suspensão das transferências. A decisão foi justificada com os “problemas graves de corrupção” da Hungria.

A Europa e os EUA preparam-se para mais sanções contra Moscovo, na sequência da matança de civis no norte da Ucrânia, no que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky considerou tratar de crimes de guerra. O Kremlin rejeitou ter matado os civis. Entre as medidas constar a proibição da importação de carvão russo.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h50)

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Partidos aprovam sessão solene com Presidente da Ucrânia no Parlamento, exceto o PCP

Após ter falado nos Parlamentos da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Espanha, entre outros, chega a vez de Portugal. O convite será endereçado em breve por Marcelo a Zelensky.

A conferência de líderes aprovou esta quarta-feira, por maioria (e não por unanimidade), uma proposta do PAN que visa a realização de uma sessão solene para que o Presidente da Ucrânia se dirija à Assembleia da República. Esta decisão só é tomada agora, após Zelensky já ter falado em vários Parlamentos das democracias ocidentais, porque o Parlamento português esteve “suspenso” por causa das eleições legislativas antecipadas. A proposta vai ser enviada para Belém para que Marcelo Rebelo de Sousa faça o convite ao líder ucraniano.

Segundo o PAN, o Presidente da República demonstrou “imediata abertura” para convidar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky para uma sessão solene de boas-vindas na Assembleia da República, “por via de meios à distância”. Marcelo Rebelo de Sousa já esteve em contacto com Zelensky desde que a invasão russa começou. O partido liderado por Inês Sousa Real considera que é urgente “gestos mais contundentes de apoio diplomático à Ucrânia”.

“No documento, assinado pela deputada e porta-voz do partido PAN, Inês Sousa Real salienta a bravura e heroicidade da resistência levada a cabo pelo povo ucraniano e defende que, atendendo àquela que tem sido a evolução desta guerra, a solidariedade para com o povo ucraniano e a luta por uma Ucrânia soberana, independente, livre e europeia exigem gestos diplomáticos mais simbólicos da parte de todos os países empenhados em tais desígnios“, descreve o partido numa nota enviada às redações.

Desde o início da guerra da Rússia, Zelensky tem discursado em diversos Parlamentos dos países ocidentais, incluindo Reino Unido, Canadá, EUA e Alemanha, através de streaming de vídeo, sendo que na terça-feira falou perante os deputados espanhóis. Em Portugal, os convites feitos a chefes de Estado de outros países têm de passar pela Presidência da República.

O PCP foi o único partido que se opôs ao requerimento do PAN. Os comunistas têm-se inibido de criticar e responsabilizar o regime russo de Vladimir Putin pela invasão na Ucrânia. No Parlamento, em declarações transmitidas pela CNN Portugal, Paula Santos, líder da bancada comunista, justificou que “a realização de sessões com intervenção de chefes de Estado na Assembleia da República, ao longo dos últimos anos, têm sido muito limitadas e sempre na sequência da realização de visitas institucionais ao nosso pais, coisa que neste caso concreto não ocorre”.

“A Assembleia da República deve ter um papel não para contribuir para a escalada da guerra, não para contribuir para o conflito e corrida aos armamentos. Deve ser exatamente o oposto. Deve ser em defesa da paz, numa posição para encontrar uma solução negociada para a resolução deste conflito e a proposta em cima da mesa não vai ao encontro destes objetivos”, acrescentou Paula Santos.

O requerimento do PAN já tinha sido entregue na anterior legislatura, logo após o início da invasão, mas a maioria dos partidos defendeu que deveria ser o novo Parlamento a tomar uma decisão.

(Notícia atualizada às 14h50 com justificação da oposição do PCP)

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UE está a pagar “preço elevado” por “falta de coragem” para reformas atempadas, diz Jorge Vasconcelos

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

"Estamos a pagar um preço elevado pela falta de coragem, pela falta de vontade para introduzir a tempo as reformas necessárias", afirmou o antigo presidente da ERSE.

O antigo presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Jorge Vasconcelos, defendeu esta quarta-feira que a União Europeia (UE) está a pagar um “preço elevado” pela “falta de coragem” e “vontade” para introduzir atempadamente as reformas necessárias no mercado energético.

Estamos a pagar um preço elevado pela falta de coragem, pela falta de vontade para introduzir a tempo as reformas necessárias”, afirmou Jorge Vasconcelos, referindo-se ao funcionamento dos mercados de eletricidade e gás natural na UE, durante a sua participação na conferência “A Energia no novo mapa geopolítico”, promovida pela agência Lusa, na qual participaram também o presidente executivo (CEO) da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, e o CEO da GreenVolt, João Manso Neto.

Para o antigo presidente do regulador da energia e atual presidente da Newes – New Energy Solutions, a atual crise energética que a Europa atravessa, agravada pelo conflito na Ucrânia, dado o papel preponderante da Rússia na exportação de gás natural, “estava anunciada”, porque o mercado “está disfuncional”.

Segundo Jorge Vasconcelos, a UE “aumentou voluntariamente a sua dependência energética da Rússia”, o que “foi muito infeliz”, “imprudente” e “não era necessário em todos os vetores”, sobretudo não no carvão nem no petróleo.

Relativamente ao gás natural, os três participantes defenderam que terá um papel preponderante na transição energética, pelo menos até 2030, mas Jorge Vasconcelos considerou que há “um erro conceptual na forma como tem sido gerido”.

Esta situação [Ucrânia-Rússia] veio revelar com muita crueza défices que existiam no funcionamento dos mercados de energia”, disse o presidente da Newes, acrescentando esperar que a atual crise energética “seja o que faltava para que os decisores políticos assumam de uma vez por todas reformas estruturais profundas nos mercados da UE”, que garantam “preços razoáveis” e “segurança” de abastecimento.

Para isso, a UE deve, “finalmente, falar a uma só voz” e não “comprar gás natural como quem compra vacinas”, mas sim repensar os mercados de eletricidade e gás natural que estão disfuncionais e “estabelecer relações políticas de médio e longo prazo”, nomeadamente com países do Médio Oriente e África, fazendo um esforço diplomático complementar para poder competir com a China nesses mercados.

Por seu turno, o CEO da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, apontou que as medidas que a Comissão Europeia tem em cima da mesa, são, para já, “o salve-se quem puder, dentro de um quadro de arrepiar do caminho estratégico para o qual a Europa acordou e que vai levar tempo”.

Já para João Manso Neto, neste contexto as energias renováveis surgem com um peso maior, mas é preciso “perceber porque não crescem mais”. Há burocracia associada à implementação de renováveis que deve ser reduzida, para que se reduza também o seu tempo de implementação, considera o CEO da GreenVolt.

Leilão solar flutuante foi “certidão de óbito” do mercado de energia, considera Jorge Vasconcelos

Para o antigo presidente da ERSE, os resultados do leilão solar flutuante foram a “certidão de óbito” do mercado de energia, com produtores dispostos a pagar para gerar eletricidade, o que prova a sua disfuncionalidade. Apareceram produtores de eletricidade dispostos, não só a não receber nada, como até a pagar para gerar eletricidade. Se alguém tinha dúvidas da disfuncionalidade do mercado de eletricidade tem aqui a prova. Isto foi uma certidão de óbito”, defendeu Jorge Vasconcelos.

O Governo leiloou, na segunda-feira, a exploração de 263 megawatts (MW) de energia solar em sete barragens do país, tendo adjudicado um total de 183 MW, segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Segundo o Governo, o leilão foi “um sucesso”, atingindo o preço mais baixo da energia mundial, com um lote ao preço fixo de -4,13 euros por megawatt-hora (MWh), equivalente a um desconto de 110% à tarifa de referência fixada inicialmente pelo Governo.

Para o também presidente da Newes – New Energy Solutions, este “episódio quase anedótico” demonstra que a “falência do mercado da energia está associada, neste momento, a um novo mercado – um falso mercado – o da capacidade de transporte [de eletricidade], que também é escasso e é por isso que há empresas que decidiram pagar para que alguém fique com a sua eletricidade”, esperando, assim, “benefícios na ligação à rede”.

“Quando decidirmos, em grande escala, apostar na descentralização e geração descentralizada de eletricidade, essa escassez [de ligação à rede de transporte] deixa de existir”, considerou Jorge Vasconcelos. Para o responsável da Newes, só em conjunto com Espanha se poderá tratar o problema do disfuncionamento do mercado.

Temos a eletricidade ‘verde’ mais barata da Europa, assim a saibamos aproveitar”, realçou Jorge Vasconcelos, lembrando que os custos do quilowatt-hora fotovoltaico na Península Ibérica são cerca de metade dos do norte da Europa.

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Católica vê PIB a crescer apenas 0,2% no primeiro trimestre

Os economistas da Católica antecipam uma forte travagem do PIB no primeiro trimestre, crescendo 0,2% em cadeia. O crescimento homólogo será de 9,3% por causa da base baixa de comparação em 2021.

Identificando “uma certa fragilidade no final do mês de março”, os economistas da Universidade Católica revelam uma nova previsão para o PIB português, antecipando que vá crescer apenas 0,2% em cadeia (face ao trimestre anterior) no primeiro trimestre deste ano, o que compara com um crescimento em cadeia de 1,6% no quarto trimestre de 2021. Esta travagem é atribuída à invasão russa na Ucrânia e à subida generalizada dos preços, em especial da energia.

No primeiro trimestre do ano, a economia portuguesa poderá ter crescido apenas 0,2% em cadeia, alcançando um nível equivalente a 98,8% do quarto trimestre de 2019, o último período sem os efeitos da pandemia“, calculam os economistas do NECEP na folha trimestral de conjuntura divulgada esta quarta-feira. A concretizar-se esta previsão, a economia portuguesa ainda estará a 1,2% do nível do PIB pré-pandemia no final do primeiro trimestre.

Contudo, os economistas da Católica assumem que “esta estimativa está envolta em enorme incerteza devido ao comportamento errático em janeiro, fevereiro e março dos indicadores de alta frequência disponíveis”. “Os deflatores de comércio externo, muito influenciados pelo preço da energia, permitem acomodar, quer a expansão, quer a contração da atividade económica”, explicam.

Ainda assim, identificam “uma certa fragilidade no final do mês de março”, o que sugere que a atividade económica do segundo trimestre “pode ser inferior ao quarto trimestre do ano passado”. Isto implicaria uma contração do PIB superior a 0,2% em cadeia no segundo trimestre. “Porém, o choque parece ser bem menor face ao observado nos vários trimestres de confinamento devido à pandemia”, ressalvam.

Com esta previsão, o NECEP revê em baixa o crescimento do conjunto do ano em 0,3 pontos percentuais para 4%, com um intervalo de previsão entre 3% e 5%. Esta previsão fica bastante abaixo dos 4,8% estimados pelo Conselho das Finanças Públicas, dos 4,9% do Banco de Portugal e dos 5% do Governo. Porém, é de notar que a Católica já tinha previsões menos otimistas antes da guerra.

A dimensão do choque económico pode ter um custo anualizado entre 0,5 e dois pontos percentuais, tendo em conta os efeitos nos preços da energia e na balança externa“, calculam os economistas. O amortecedor deste impacto será a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “limitando o impacto do potencial choque no crescimento”.

Taxa de inflação revista em alta para 5%

Se no PIB fica aquém dos valores das outras previsões, na taxa de inflação supera-os. Os economistas da Católica têm como ponto central para a taxa de inflação em Portugal o valor de 5%, com um intervalo que vai de 3% a 7%. “Trata-se de uma forte revisão em alta face ao ponto central de 2% indicado na última folha”, assinalam.

Para os economistas da Católica “os efeitos das políticas económicas usadas pela generalidade dos países desenvolvidos durante os dois últimos anos manifestavam-se em várias dimensões, nomeadamente na subida dos preços da energia, na inflação e numa perspetiva de subida das taxas de juro, mais rápida nos Estados Unidos do que na zona euro”.

No entanto, perante o espoletar da guerra, “seria de esperar que a materialização dos riscos geopolíticos na Ucrânia e as necessidades de investimento em defesa, para proteger os países da União Europeia da ameaça russa, levassem os bancos centrais americano e europeus a moderarem a normalização da política monetária”, referem, notando que “tal não está a acontecer devido aos fundados receios de que a inflação tenha componentes, não apenas transitórias, mas também permanentes“.

Assim, o NECEP antecipa que o Banco Central Europeu (BCE) “terá dificuldade em reduzir a inflação da zona euro a médio prazo, com um ponto central em torno dos 2.5% no horizonte de 2024”. Uma coisa é certa: os custos com o serviço da dívida “deverão subir de forma significativa”, o que tenderá a prejudicar as contas externas de Portugal, mesmo que beneficie das transferências de capital da União Europeia via PRR.

O cenário macroeconómico é agora significativamente diferente face a outubro último, o que obrigará a tomar decisões difíceis, sendo de esperar alguma conflitualidade sociossindical na sequência da inflação instalada“, dizem os economistas quando se referem ao novo Orçamento do Estado para 2022 num aviso ao novo Governo.

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Madrilenos indicam livre escolha do sistema de saúde pública como o mais valorizado, segundo estudo da Ipsos

  • Servimedia
  • 6 Abril 2022

A Fundación Jiménez Díaz é a unidade de saúde favorita dos cidadãos de Madrid para o exercício da livre escolha, seguida dos hospitais Gregorio Marañón e La Paz.

A pandemia pôs todo o sistema de saúde pública espanhol à prova. Agora que estamos a entrar numa nova fase desta crise e a normalidade começa a instalar-se nos centros de saúde, é tempo de fazer um balanço de como o coronavírus mudou, ou não, a perceção dos espanhóis sobre o seu sistema de saúde. De acordo com um estudo realizado pela Ipsos, 79% dos cidadãos de Madrid aprovam o sistema de saúde pública na sua região, com uma pontuação média de 6,3, com os maiores de 60 anos, aqueles que mais o utilizam, dando-lhe a pontuação mais alta, 6,7 em média, noticia a Servimedia.

A possibilidade de livre escolha dos cuidados de saúde é o fator mais valorizado pelos utilizadores em Madrid, com uma pontuação média de 8,1, com 52% dos cidadãos da Comunidade a darem as pontuações mais elevadas (9 ou 10).

Oitenta e sete por cento admitem estar conscientes do seu direito à livre escolha dos cuidados de saúde, e 44% fazem uso dele, sendo os cuidados primários a opção mais frequentemente utilizada (34%), em oposição aos cuidados especializados (23%).

As razões para a utilização desta livre escolha variam de acordo com o nível de cuidados: tanto no caso dos cuidados primários (31%) como dos cuidados hospitalares (40%), a principal razão dada para a mudança é a localização. No entanto, no caso de cuidados especializados, a principal razão dada pelos cidadãos para mudar é o tempo de espera (31%).

O segundo aspeto mais apreciado dos seus cuidados de saúde é a formação do pessoal médico (7,9), praticamente a mesma avaliação que a formação do pessoal de enfermagem (7,8), que está em terceiro lugar.

Por outro lado, os aspetos mais mal classificados pelos cidadãos de Madrid são, por um lado, a acessibilidade ao pessoal de saúde, que obtém uma pontuação média de 5, e, sobretudo, os tempos de espera para consultas médicas, que, com 3,6, está em último lugar.

Os hospitais mais procurados

De acordo com os dados do estudo, entre aqueles que decidem exercer o seu direito à livre escolha nos cuidados hospitalares, a Fundación Jiménez Díaz, com 32%, é a escolha preferida da população de Madrid: aos 13% que já mudaram para este centro, devem ser acrescentados os 19% que o escolheriam se finalmente decidissem mudar.

Em segundo lugar (31%) está o Gregorio Marañón: 15% já o escolheram como centro de referência, e 16% admitem que este seria o seu centro de escolha se decidissem mudar.

O Hospital de La Paz encontra-se na terceira posição, tendo 10% da amostra mudado para este hospital, e 15% dizendo que o escolheriam se quisessem mudar.

De acordo com os últimos dados oficiais, em 2019 houve um total de 149.679 pedidos de mudança de hospital de referência, dos quais mais de 51% (75.889) escolheram a Fundación Jiménez Díaz, sendo também o centro com o menor número de doentes que decidem mudar de hospital, apenas 3,8% do total de 178.655 partidas. Estes números têm vindo a melhorar consideravelmente, uma vez que nos últimos dois anos a Fundación conseguiu que mais 9% de residentes de Madrid a elegessem como centro de referência.

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Nestlé cresce 9,3% em 2021 e alcança quota de mercado recorde

Nestlé cresceu 9,3% em 2021, um aumento de 60 milhões de euros e atingiu quota de mercado de 35,4%, a melhor de sempre. Empresa reconhece que custos subiram mas não tem impacto direto nos cereais.

A Nestlé cresceu 9,3% em 2021 e atingiu vendas totais no valor de 625 milhões de euros, um aumento de 60 milhões face a 2020, assente no sucesso dos cafés em cápsula, produtos plant-based, nutrição clínica e petfood, avançou esta quarta-feira a empresa. O diretor-geral da Nestlé Portugal garantiu que a guerra na Ucrânia ainda não teve um impacto direto na importação de cereais, mas reconheceu que os custos subiram devido ao aumento de preços da energia.

A gigante alimentar divulgou, em conferência de imprensa, ter atingido uma quota de mercado de 35,4% em 2021, nomeadamente no canal de retalho e nas categorias onde a Nestlé opera, o que representa um aumento de dez pontos percentuais face a 2020. O diretor-geral da Nestlé Portugal, Paolo Fagnoni, admite mesmo ser a “melhor quota alguma vez conseguida pela Nestlé”.

O crescimento da inovação (produtos lançados nos últimos 36 meses) foi responsável por 69 milhões do total das vendas, um aumento de 37,5% com um peso no total do negócio de 11%. Fagnoni sublinha ainda o lançamento de 446 novos produtos, que por sua vez permitem “ganhar quota de mercado em cima dos ganhos do ano passado”. No total, 76% dos novos produtos foram lançados nos segmentos Healthy, All Natural & Sustainable, Organic/Bio e em Premium.

Fagnoni deixa claro que o crescimento da Nestlé em 2021 foi superior ao registado nos anos anteriores – nos últimos três anos foi de 8%. As exportações, por sua vez, aumentaram 16 milhões de euros face a 2020, ou cerca de 20%, para os 102 milhões. Dentro das áreas com maior crescimento em 2021, o diretor-geral destaca a evolução positiva de 20% no segmento Healthcare Nutrition, e de 13% no negócio do café.

Para o diretor-geral da Nestlé Portugal, 2022 vai ser um ano diferente dado que a empresa está a sair da pandemia. “Pensamos que vamos crescer mais que 5 a 6%, provavelmente mais”, diz. Fagnoni acrescenta ainda que este crescimento irá ocorrer, maioritariamente, graças ao consumo fora do lar, visto que em Portugal “temos um negócio enorme, principalmente do café”. Em linha com estas declarações, está a recuperação do canal fora do lar, que no segundo semestre de 2021 registou um crescimento orgânico de cerca de 11,8%.

Carla Parreira, diretora financeira da Nestlé Portugal, explica que do crescimento registado em 2021, cerca de dois terços advêm de vendas internas, enquanto um terço se deve a exportações, com 50 milhões de euros acumulados nos últimos três anos. A responsável mostra-se mesmo orgulhosa pois “um terço do nosso crescimento vem de um quinto das vendas”. Só em vendas locais, nos últimos três anos, a gigante alimentar registou 80 milhões de euros, o que também se traduz numa média de 8 mil toneladas adicionais no mesmo período.

No entanto, Fagnoni também salienta o investimento feito pela empresa. Dos 219 milhões de euros investidos pela gigante alimentar em Portugal, cerca de 157,3 milhões de euros destinaram-se ao marketing e comunicação, ao passo que 61,4 milhões de euros foram canalizados para as operações. A fábrica da Nestlé, em Avanca, recebeu cerca de 60 milhões de investimento plurianual nos últimos três anos, nomeadamente na produção de café, numa nova linha de alimentação infantil, bem como numa linha de produção de cereal beverages (bebidas à base de cereais).

O resultado deste investimento, foi um aumento na capacidade de produção. Nos últimos três anos, as fábricas de Avanca e Porto cresceram 7,4% e 18%, respetivamente, mas só em 2021, os volumes aumentaram 5% e 8%, respetivamente. Além destes investimentos, também têm sido realizados outros no âmbito de poupar água e energia. Paolo Fagnoni explica que as embalagens foram redesenhadas para serem recicladas, sendo que neste momento “95% do packaging é considerado ready to recycle”.

(notícia atualizada com correção da evolução do negócio de café e healthcare nutrition)

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Pandemia e guerra sublinham ainda mais a necessidade de acelerar a transição verde e digital da UE

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

O BCE considera que as forças privadas reforçadas teriam de se juntar às públicas para assegurar inovação suficiente e preparar o terreno para financiar as transformações verdes e digitais.

A pandemia de Covid-19 e os recentes acontecimentos geopolíticos sublinharam ainda mais a necessidade de acelerar a “dupla transição” verde e digital da União Europeia (UE), conclui um relatório do Banco Central Europeu (BCE) divulgado esta quarta-feira.

No mais recente relatório sobre Integração e Estrutura Financeira na Zona Euro divulgado esta quarta-feira, o BCE conclui que, graças a respostas políticas decisivas, o financiamento das empresas e famílias da Zona Euro manteve-se durante a pandemia, embora isto tenha exigido um aumento significativo da dívida pública, adiantando que, além do apoio e garantias orçamentais, outro fator que ajudou as empresas não financeiras a estabilizar foi uma rápida mudança na sua combinação de financiamento para linhas de crédito bancárias e emissão de dívida das empresas, o que também foi facilitado por medidas de política monetária.

O programa NextGenerationEU proporciona uma oportunidade histórica única para levar os mercados privados de capital de risco na Zona Euro e na UE para níveis semelhantes aos de outras grandes economias, afirma o BCE, considerando que as forças privadas reforçadas teriam de se juntar às públicas para assegurar inovação suficiente e preparar o terreno para financiar as transformações verdes, digitais e outras transformações tecnológicas.

“As intervenções políticas mais influentes que inicialmente mantiveram a fragmentação financeira contida, e depois reconduziram a integração para os níveis pré-pandemia, foram a série de medidas de política monetária do BCE e o acordo da União Europeia sobre um importante fundo de recuperação do coronavírus”, afirmou.

A fragmentação financeira na Zona Euro que ocorreu no início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi invertida relativamente depressa, refere o BCE, concluindo que “a pandemia não prejudicou a integração financeira na área do euro” e que “a resposta orçamental e monetária combinada manteve a fragmentação financeira sob controlo durante a pandemia“.

“Uma vez recuperados os níveis de integração pré-pandemia, a integração financeira aumentou ainda mais e permaneceu resistente à pressão de novas vagas de contágios”, adianta o BCE.

O relatório bienal do BCE sobre Integração e Estrutura Financeira na Área do Euro centra-se na integração financeira, nas mudanças na estrutura financeira e no processo de desenvolvimento e modernização financeira e debate igualmente políticas selecionadas do setor financeiro, nomeadamente as relacionadas com a união bancária europeia e a união dos mercados de capitais.

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Liliana Macedo assume people operations da Critical Manufacturing. Tem pela frente o desafio de contratar 200 pessoas até final do ano

O principal desafio que a profissional, que transita da New Work, tem pela frente prende-se com a contratação de 200 novos colaboradores até ao final deste ano

O departamento de people operations da Critical Manufacturing acaba de ser reforçado com a contratação de Liliana Macedo, que irá gerir a equipa desta área da empresa. O principal desafio que tem pela frente passa pela contratação de 200 novos colaboradores até ao final deste ano.

“A gestão de pessoas num contexto tão promissor como o da Critical Manufacturing é para mim um grande desafio. O recrutamento de perfis tecnológicos é muito competitivo, o que torna a responsabilidade ainda maior e mais entusiasmante”, explica Liliana Macedo, citada em comunicado.

Os interessados podem consultar as vagas já publicadas aqui.

Além das necessidades de recrutamento, fazem também parte do desafio de Liliana Macedo, dinamizar a cultura da empresa e manter continuamente felizes os mais de 300 colaboradores atuais, espalhados por Portugal, Alemanha, Estados Unidos e China.

Liliana Macedo é a nova people operations manager da Critical Manufacturing

“A minha entrada está também alinhada com a aposta que a Critical Manufacturing está a fazer em estratégias de employer branding. Queremos inovar e fazer diferente e a prova disso é a campanha que temos atualmente nas plataformas digitais, ‘What you see is what o get'”, detalha a profissional.

Com mais de 15 anos de carreira, em empresas internacionais, de setores como IT e dispositivos médicos, Liliana Macedo transita da New Work, onde desempenhava funções na área de recrutamento e seleção de perfis tecnológicos, depois de ter tido uma experiência internacional na BTL Industries Brasil, entre 2013 e 2018.

A nível académico, a nova people operations manager é formada em Recursos Humanos, pelo Instituto Politécnico do Porto, e conta uma pós-graduação em Psicologia Positiva Aplicada, pela Universidade de Lisboa. Liliana Macedo é ainda especializada em DISC — ferramenta para avaliação comportamental muito usada na atração e desenvolvimento de perfis (individualmente e em equipa) — e coaching.

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ERSE lança painel de dados sobre importação e consumo de gás natural em Portugal

Numa altura em que o gás natural é um tema crítico na Europa, depois da invasão da Rússia à Ucrânia, a ERSE lançou um painel de informação sobre o gás, para aumentar a "literacia energética" do país.

De onde vem o gás natural que consumimos? E onde é armazenado? Numa altura em que o gás é um hot topic na Europa, a ERSE lançou uma ferramenta que agrega dados de várias origens, facilitando o acesso a informações e estatísticas sobre a utilização de infraestruturas de gás natural em Portugal, contribuindo para aumentar a “literacia energética” dos portugueses.

E o país tem várias dessas infraestruturas. É em Sines que fica uma das mais importantes: o terminal de gás natural liquefeito (GNL) operado pela REN, que vai ter um papel determinante na redução da dependência europeia do gás russo. O armazenamento subterrâneo localiza-se em Pombal, distrito de Leiria. E existem duas interligações com Espanha: Campo Maior – Badajoz e Valença do Minho – Tuy.

Até aqui, a informação sobre a utilização destas estruturas estava dispersa. Por exemplo, a REN tem o seu próprio data hub, enquanto a Direção-Geral de Energia e Geologia é a entidade que disponibiliza informação sobre os agentes e operadores do setor. A partir de agora, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) concentra tudo num painel interativo.

“A ERSE lançou uma nova ferramenta para fomentar o conhecimento sobre a estrutura e funcionamento do setor do gás em Portugal, contribuindo assim para o reforço da literacia energética”, explica o regulador num comunicado. “Este dashboard sobre a Utilização das Infraestruturas do Setor do Gás, que abrange dados relativos ao período de 2015 a 2022, permitiu agregar na mesma plataforma um conjunto de informação estatística que, até agora se encontrava dispersa”, acrescenta.

Assim, na nova ferramenta da ERSE, os cidadãos podem facilmente visualizar dados estatísticos sobre a importação de gás natural e o seu consumo, através do nível de utilização das várias infraestruturas existentes no país: terminal de GNL de Sines, interligações com Espanha, armazenagem em Leiria e a própria Rede Nacional de Transporte de Gás (vulgo, gasodutos).

Desde logo, é possível perceber que Portugal recebeu oito navios metaneiros com bandeira russa em 2021, que forneceram mais de 1,3 milhões de metros cúbicos de GNL, em comparação com 34 navios vindos da Nigéria. Atracaram ainda 18 navios norte-americanos, um número que pode vir a aumentar este ano, tendo em conta que os EUA vão acelerar a exportação de GNL para a Europa, na sequência do plano de redução da dependência do gás russo, por causa da invasão da Rússia à Ucrânia.

São apenas alguns dos dados que é possível recolher da nova plataforma da ERSE. A sua criação é sinal da importância que o gás natural está a tomar na Europa, numa altura em que Alemanha e Áustria já deram os primeiros passos no sentido do racionamento de gás natural, um problema que pode tomar proporções mais significativas já no próximo inverno. A ferramenta pode ser acedida através deste ligação.

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Iniciativa Liberal propõe “fim imediato” do uso de máscara

  • ECO
  • 6 Abril 2022

A Iniciativa Liberal vai apresentar um projeto de lei na Assembleia da República que visa terminar com a obrigatoriedade de uso de máscara para a generalidade dos espaços fechados. Mas há exceções.

A Iniciativa Liberal (IL) vai apresentar, esta quarta-feira, um projeto de lei na Assembleia da República que visa terminar com a obrigatoriedade de uso de máscara para a generalidade dos espaços públicos fechados, avança o Observador (acesso livre). Mas há exceções.

O objetivo é pôr “fim imediato” à obrigatoriedade do uso de máscaras e viseira em território nacional para a generalidade dos locais públicos fechados, incluindo para as escolas, onde é obrigatório para as crianças a partir do 2º. ciclo do Ensino Básico. O partido liderado por João Cotrim Figueiredo exclui apenas desta iniciativa, os estabelecimentos e serviços de saúde, as estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, de acordo com o diploma consultado pelo mesmo jornal.

Para avançar para a “libertação total” das restrições, levantando a obrigatoriedade de uso de máscara na generalidade dos espaços públicos fechados, o Governo tinha definido como meta atingir o limiar das 20 mortes por Covid-19 por milhão de habitantes a 14 dias. Contudo, a subida ligeiramente da mortalidade nas últimas semanas, em sequência do aumento dos casos, fez adiar os planos. Segundo o último relatório do INSA, divulgado na sexta-feira passada, Portugal estava com 28 óbitos por milhão de habitantes, a 14 dias, apresentando uma tendência estável, a partir da segunda quinzena de março.

A obrigatoriedade do uso de máscara em espaços fechados está a ser levantada em alguns países europeus. Depois da Dinamarca ou da Suécia, por exemplo, Espanha deverá levantar essa obrigatoriedade a partir de 19 de abril, segundo a Cadena SER (acesso livre, conteúdo em espanhol). A medida foi confirmada pela ministra da Saúde, Carolina Darias, às comunidades autónomas e deverá ser aprovada em Conselho de Ministros.

(Notícia atualizada às 13h26 com a indicação de que o uso de máscara deverá deixar de ser obrigatório em espaços fechados, a partir de 19 de abril)

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“É chegada a hora de abrir um novo ciclo político”, diz Luís Montenegro

  • Lusa e ECO
  • 6 Abril 2022

Luís Montenegro, candidato à liderança do PSD, assegura que “é chegada a hora de abrir um novo ciclo político, de renovação e abertura" em Portugal e defende que é preciso uma "oposição determinada".

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro defendeu esta quarta-feira que “é chegada a hora de abrir um novo ciclo político, de renovação e abertura, de ambição e de esperança”, dizendo que com o socialismo “Portugal está a caminho da cauda da Europa”.

Portugal precisa da nossa ação, reclama uma oposição determinada e uma alternativa corajosa”, disse, na apresentação da sua candidatura à liderança do PSD, na sede nacional, com o slogan “Acreditar”, com a letra T substituído pela tradicional seta laranja do PSD.

Luís Montenegro defendeu ainda que o PSD “tem de voltar a ser a casa mãe das tendências não socialistas”, e avisou que não o assustam “maiorias absolutas ou mandatos longos”. Para Montenegro, “a dispersão dos votos no centro-direita mostra que há lugar para novos discursos e narrativas”. “Esse espaço é por natureza do PSD. O PSD é o incumbente do espaço não socialista e tem de voltar a ser a casa-mãe de todas as tendências não socialistas”, afirmou.

Não nos assustam maiorias absolutas nem mandatos longos. Pelo contrário, encaramos isso como um desafio e um incentivo para nos organizarmos melhor, para sermos responsáveis e mais criativos”, disse.

Num discurso com muitas críticas à governação socialista, o antigo deputado defendeu que Portugal precisa “mais do que nunca de uma oposição atenta e implacável com os desvios” do executivo e “pronta a governar a qualquer momento”.

“Como muito bem lembrou o Presidente da República, um cenário de eleições antecipadas será inevitável caso o primeiro-ministro ceda à sua ambição pessoal e europeísta”, alertou.

Marcaram presença a militante número dois do partido, Conceição Monteiro, e a antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves. O atual e anterior diretor de campanha (em 2020), Carlos Coelho e Pedro Alves, o atual e anterior coordenadores da moção, Joaquim Sarmento e Pedro Duarte, estiveram também na apresentação, tal como outros apoiantes como a antiga líder da JSD Margarida Balseiro Lopes, o antigo líder parlamentar Hugo Soares, António Leitão Amaro ou Pedro Reis.

(Notícia atualizada com mais informação às 12h07)

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Preços na produção industrial sobem em fevereiro na zona euro e na UE

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Os preços na produção industrial aumentaram, em fevereiro 31,4% na zona euro e 31,1% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2021, segundo o Eurostat.

Os preços na produção industrial aumentaram, em fevereiro 31,4% na zona euro e 31,1% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2021, segundo o Eurostat.

Já na comparação com janeiro, os preços na produção industrial avançaram 1,1% em ambas as zonas, de acordo com dados hoje divulgados pelo serviço estatístico da UE.

Na variação homóloga, o indicador aumentou em todos os Estados-membros, com destaque para a Irlanda (63,4%), a Roménia (57,7%) e a Dinamarca (53,8%).

Na comparação com janeiro, os preços na produção industrial tiveram as maiores subidas na Eslováquia (13,6%), na Eslovénia (5,7%) e na Grécia (4,8%), tendo os recuos sido registados na Irlanda (-8,1%), Finlândia (-0,5%), Letónia (-0,3%) e Bulgária (-0,1%).

O setor da produção industrial foi o que mais aumentou na variação homóloga: 87,2% na zona euro e 83,6% na UE.

Na comparação mensal, os preços na produção de energia subiram 1,3% nos países do euro (a segunda maior, depois de 1,6% dos bens intermédios) e 1,4% na UE (igualmente a segunda maior, ultrapassada pelos 1,5% dos bens intermédios).

Em Portugal, o indicador avançou, em fevereiro, 22,8% na variação homóloga e 2% em cadeia.

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