Do retalho para aviação, Sofia Lufinha será a nova administradora da TAP

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

Sofia Lufinha, que estava até agora no grupo Jerónimo Martins, deve entrar em funções no dia 1 de julho.

A TAP contratou Sofia Lufinha, que estava até agora no grupo Jerónimo Martins, para o cargo de Chief Strategy Officer, de acordo com um comunicado interno, a que a Lusa teve acesso. “A entrada do novo membro do Conselho de Administração, que também irá exercer funções como membro da Comissão Executiva, será efetivada na próxima Assembleia Geral da TAP, sendo expectável que entre em funções no dia 1 de julho”, indicou a companhia aérea, na mesma nota interna.

Segundo a TAP, “com uma vasta experiência profissional no setor do retalho, Sofia Lufinha é licenciada em Engenharia Industrial”. “Transita do Grupo Jerónimo Martins, onde desenvolveu grande parte da sua carreira, depois de ter sido também consultora da McKinsey & Company durante vários anos”, destacou a transportadora.

Em junho de 2021, a TAP anunciou ter sido designada pelo Conselho de Administração a nova Comissão Executiva da companhia para o quadriénio 2021-2024, presidida por Christine Ourmières-Widener. A empresa está a implementar um plano de reestruturação, que, mesmo antes de aprovado por Bruxelas, já tinha conduzido à saída de pessoal e a reduções salariais.

A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa. Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explicou que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.

“Deve também ser destacado o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (EUR 175,5 milhões) relacionado com a depreciação do euro face ao dólar (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, sem impacto em caixa neste ano), e também a depreciação do real face ao euro”, acrescentou.

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Presidente da ASF afirma que OE 2022 compromete supervisão nos seguros

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2022

Margarida Corrêa de Aguiar teme o regresso às limitações impostas à entidade supervisora existentes nos dez anos anteriores a 2021. Enviou carta aos deputados alertando para as consequências.

Para Margarida Corrêa de Aguiar a proposta de OE representa “um inexplicável retrocesso em relação à Lei-Quadro das Entidades Reguladoras, aprovada pela Lei nº 67/2013, de 28 de agosto, na sua redação atual”.A. Lopes/Lusa

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, entidade supervisora do setor segurador, dirigiu uma carta ao deputado socialista Filipe Neto Brandão, Presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, expressando “preocupações da ASF relativas à proposta de Lei de Orçamento do Estado de 2022″ atualmente em discussão no parlamento.

Na carta a presidente da ASF constata que o proposta de orçamento de Estado para 2022 repete a proposta de Lei 116/XIV/3, apresentada em outubro de 2021, cujo teor, “representa um inexplicável retrocesso em relação à Lei-Quadro das Entidades Reguladoras, aprovada pela Lei nº 67/2013, de 28 de agosto, na sua redação atual”. A presidente lembra que para essa lei gerou desde logo preocupação, já manifestada pela ASF junto da Comissão de Economia e Finanças da AR.

Segundo Margarida Aguiar, a manter-se o disposto na atual proposta de OE apresentado pelo Governo, vai verificar-se um “recuo radical face às importantes alterações legislativas feitas pelo Parlamento” no orçamento de Estado 2021, sujeitando-se novamente as entidades reguladoras, incluindo a ASF e fundos por ela geridos — que não beneficiam de quaisquer receitas provenientes do Orçamento do Estado para fazer face às respetivas despesas- a restrições orçamentais que dificultam e comprometem gravemente a eficácia da regulação e da supervisão, refere a presidente.

Em causa estão alterações que entraram em vigor no ano passado e que reforçaram a autonomia da ASF quando a alteração da Lei das Entidades Reguladoras passou a prever que “não podem ser impostas às entidades reguladoras cativações de verbas sobre os montantes das respetivas receitas próprias ou sujeição a autorização das membros do Governo para celebração de contratos ou realização de despesa”.

A mesma Lei, que aprovou o Orçamento do Estado de 2021, excluiu ainda as entidades reguladoras de restrições aos contratos de aquisição de serviços, estudos, pareceres, projetos e consultoria”, afirma a presidente da ASF

As consequências: Fica em causa o bom funcionamento dos seguros e fundos de pensões

Para a presidente da ASF as consequências da revogação pelo OE 2022 desta abertura ocorrida no OE 2021, “impede o cabal cumprimento da sua missão de assegurar o bom funcionamento do mercado segurador e dos fundos de pensões em Portugal e a proteção dos tomadores de seguro, pessoas seguras, participantes e beneficiários, dando Iugar a um acumular de necessidades não satisfeitas que diminuem a nossa adaptação às novas realidades e de resposta a novos desafios e responsabilidades, restringindo ainda gravemente o aproveitamento de fundos disponíveis para apoiar a modernização desta Autoridade”.

Em causa e no caso da ASF, “ficam comprometidos a modernização informática e de processos, a transição digital e o programa SAMA (que inclui, entre outros projetos, o desenho de modelos e soluções de que a ASF necessita para o desempenho cabal da sua missão), a segurança informática, a organizaçao e racionalização organizacionais, a implementação de um sistema de contabilidade de gestão (para se dar cumprimento à legislação em vigor) e, em geral, o cumprimento dos planos de atividades”, complementa Margarida Aguiar.

A carta lembra os dez anos em que a ASF e outras entidades reguladoras foram limitadas na sua autonomia que no caso da supervisora dos seguros se “viu impedida de adquirir, de forma conforme às suas necessidades, serviços essenciais ao desenvolvimento da sua atividade, de que são exemplo os serviços de vigilância, de transporte, de desenvolvimento aplicacional, de segurança informática e de infraestruturas digitais, de limpeza, de publicidade à transferência de carteiras de seguros, serviços postais, serviços de assessoria e consultoria, incluindo jurídica, serviços de patrocínio judicial, serviços de impressão ou serviços de medicina no trabalho, sem os quais uma instituição não pode funcionar” refere Margarida Aguiar concluindo que a situação “é motivo de relevantes riscos operacionais e reputacionais, com impacto sistémico”.

Solução é adiantada, caso não tenha sido um lapso

Este risco de retrocesso na autonomia da ASF leva a presidente a colocar hipótese de não ser esta uma opção política do governo. “Tendo em conta que estamos perante alterações legislativas projetadas que visam modificar regimes legais muito recentemente aprovados pelo próprio Parlamento, admitimos que a aplicabilidade das disposições e restrições assinaladas às entidades reguladoras possa ter resultado de um lapso não intencional de técnica legislativa, potenciado pela urgência havida na preparação da proposta de lei do Orçamento de Estado”, conclui.

Assim, Margarida Aguiar, nesta carta datada de 18 de abril, sugere quatro alterações ao articulado da proposta do OE 2022, tendente a dar continuidade ao espírito de autonomia das entidades reguladoras consagrado no OE 2021.

A presidente a ASF termina solicitando que o deputado Filipe Neto Brandão dê conhecimento da sua carta aos diversos grupos parlamentares.

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Setor do pescado espera exportar mais de mil milhões este ano

Maria do Céu Antunes mostrou disponibilidade para que o apoio à participação das empresas nacionais neste tipo de feiras aumente para 80%, à semelhança do que já aconteceu no passado.

O setor do pescado congelado, salgado seco, fresco e conservas, espera exportar este ano mais de mil milhões de euros, um desempenho que significa um regresso a valores pré-pandemia, avançou ao ECO, Manuel Tarré, CEO da Gelpeixe e presidente da Alif – Associação Da Industria Alimentar Pelo Frio.

Com mil milhões de euros de exportação, estas quatro áreas exportam mais do que o setor dos vinhos“, diz o responsável que está presente na European Seafood Exposition, que se realizada pela primeira vez em Barcelona. O empresário sublinha ainda o grande valor acrescentado desta indústria já que das 680 mil toneladas de peixe que são transformadas em Portugal, só 180 mil é pescado no país, o resto é importada. “Mas estas importações são reexportadas com um elevado valor acrescentado”, acrescenta o responsável.

A maior feira da especialidade do mundo, onde são esperados mais de 60 mil visitantes em três dias, é vista pelas 20 empresas mais representativas dos setores do pescado congelado, salgado seco, fresco e conservas como “um meeting point com empresas da Nova Zelândia à América do Sul”, que depois a ajudará a fazer negócio.

A ministra da Agricultura e Alimentação, com a tutela das pescas, visitou a feira e demonstrou determinação em apoiar os setores, nomeadamente quanto aos custos energéticos, fontes alternativas à energia elétrica e no apoio à internacionalização. Em causa estão “4,5 milhões de euros para apoiar a indústria agroalimentar a fazer face ao aumento dos custos da eletricidade”, explicou Manuel Tarré, mas também um aumento das taxas de financiamento deste tipo de feiras.

A presença de empresas portuguesas neste tipo de feitas é financiada em 50% pelo Mar 2020, mas Maria do Céu Antunes mostrou disponibilidade para que esse apoio aumente para 80% à semelhança do que já aconteceu no passado, explicou ainda o presidente da Alif. O ECO tentou contactar Maria do Céu Antunes, mas foi impossível por se encontrar em deslocação de regresso a Portugal.

 

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Nicola D’Elia é o novo CEO em Portugal, Espanha e Itália da Mondial Relay

Com esta nomeação, a empresa espera acelerar a expansão da sua rede de entregas não domiciliárias, particularmente através da introdução de lockers inteligentes.

A Mondial Relay, recentemente integrada no Grupo InPost, nomeou Nicola D’Elia como o seu novo CEO para Portugal, Espanha e Itália. Com esta nomeação, a empresa espera acelerar a expansão da sua rede de entregas não domiciliárias, particularmente através da introdução de lockers inteligentes.

“Os indicadores comerciais da Mondial Relay registaram um grande crescimento em 2021 em Portugal e este ano os indicadores continuam a crescer. A minha função como CEO da empresa no sul da Europa será não só sustentar este crescimento contínuo, mas também impulsioná-lo ainda mais através da expansão da nossa rede Punto Pack e da incorporação de lockers, uma especialidade do Grupo InPost. Esperamos, graças a ambas as soluções, conseguir um alcance muito maior do que temos tido até agora”, confessa Nicola D’Elia, em comunicado.

“Graças a esta expansão, queremos continuar a contribuir para a redução das emissões de CO2, que é um dos objetivos fundamentais da Mondial Relay e do Grupo InPost. Ainda temos o ano 2030 em vista, que marca o momento em que temos de neutralizar completamente a nossa pegada de carbono, pelo que continuaremos a implementar iniciativas que nos ajudem a cuidar do ambiente”, concluiu.

O profissional estudou Engenharia de Telecomunicações na Università di Pisa e, ao longo da sua carreira, trabalhou proporcionando soluções tecnológicas a empresas como a Accenture e GSMA, em locais tão diversos como a Namíbia, Kuwait, Uganda e Hamburgo, na Alemanha. A sua carreira permitiu-lhe obter uma Bolsa Sainsbury, graças à qual obteve um MBA (Master of Business Administration) na Universidade de Cambridge.

Depois do seu tempo em Cambridge, tornou-se primeiro o growth manager em África no Facebook e depois o head of international growth & partnerships para a EMEA. De lá deu o salto para a Airbnb, onde, depois de trabalhar como general manager para o Médio Oriente e África, tornou-se regional director trips da EMEA. Foi também vice-presidente de quality growth na Meetup e global heal of explore na Selina, antes de começar a trabalhar para o Grupo InPost, primeiro aprofundando a sua expansão internacional, e depois como country manager em Itália.

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José Maria Ricciardi garante que foi feita provisão para ressarcir lesados do BES

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

“Fui testemunha viva de que se fez uma provisão absolutamente integral para vos pagar aquilo que vos era devido", disse Ricciardi.

O antigo presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, garantiu esta terça-feira que foi feita uma provisão para ressarcir os lesados do BES e mostrou-se disponível para testemunhar isso mesmo em tribunal.

Fui testemunha viva de que se fez uma provisão absolutamente integral para vos pagar aquilo que vos era devido e que resultou da vossa confiança num nome que, infelizmente, apesar de ter sido credível durante muitos anos, foi destruído”, afirmou ao grupo de lesados que hoje se manifestou no Campus da Justiça, em Lisboa.

Sou testemunha de que foi constituída a provisão e testemunharei a vosso lado se alguma vez necessitarem”, reforçou antes da entrada no tribunal. José Maria Ricciardi falou brevemente com o grupo de lesados que se tem manifestado ao longo da tarde e lamentou a situação vivida por estas pessoas, considerando-a “muito triste” e que “devia ser prioritária” para a justiça.

Num dia em que estava agendada a sua inquirição como testemunha no arranque da fase de instrução do processo BES/GES, o primo do antigo líder do Grupo Espírito Santo, Ricardo Salgado, acabou por sair poucos minutos depois de chegar, tendo sido adiado o seu depoimento, uma vez que as diligências conduzidas pelo juiz de instrução Ivo Rosa estavam atrasadas.

Sublinhando ser também testemunha do Ministério Público (MP) neste caso – que não chama a depor na instrução, fase apenas reservada a arguidos e assistentes -, o ex-presidente do BESI admitiu ter ficado bastante surpreendido quando foi conhecida a acusação do processo, face à sua “dimensão”.

Agora já não estou surpreendido. Aquilo que se passou e que está devidamente comprovado é que havia um conjunto de factos importantíssimos que foram ocultados. Quando se souberam, souberam-se. E havia pessoas que sabiam e pessoas que não sabiam, pessoas que reportaram às autoridades e outras que não reportaram. Foi o meu caso, quando tive conhecimento. Era a minha obrigação”, vincou.

José Maria Ricciardi, que confirmou não ter hoje qualquer relação com Ricardo Salgado, reiterou ainda aos jornalistas a sua vontade de criar uma instituição bancária. “É muito difícil, mas vou tentar fazê-lo: primeiro, para tentar limpar o nome que foi destruído e que tinha 150 anos e fez estes senhores investirem; segundo, se tiver algum sucesso e se ainda puder ajudar a ressarcir uma parte do que estes senhores sofreram, também o farei”, concluiu o antigo membro da comissão executiva do BES, de 67 anos.

As diligências da primeira sessão da instrução contemplavam a audição de quatro testemunhas arroladas pelo arguido João Martins Pereira (diretor de compliance do BES e acusado de três crimes de burla qualificada), nomeadamente Carlos Calvário, Ana Saraiva, Nelson Pita e José Maria Ricciardi.

Porém, a inquirição de Carlos Calvário prolongou-se por mais tempo do que o esperado e o juiz Ivo Rosa acabou por adiar as audições das duas últimas testemunhas, fechando a sessão desta terça com o testemunho de Ana Saraiva.

O processo BES/GES conta com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas), num total de 361 crimes. Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Confinamentos da Covid-19 podem ter causado vaga de hepatite em crianças

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Abril 2022

A falta de exposição a um vírus comum durante as restrições à Covid-19 pode estar por detrás do surto de casos de hepatite em crianças pequenas, segundo especialistas britânicos.

Os confinamentos durante a pandemia de Covid-19 fecharam as pessoas nos seus lares, deixando-as, consequentemente, mais isoladas a vírus comuns. Esta falta de exposição a um vírus comum pode explicar o atual surto de casos de hepatite em crianças, já detetados em 12 países, sobretudo no Reino Unido.

As autoridades sanitárias estão a investigar o aumento de casos que levaram a que mais de 100 crianças britânicas necessitassem de cuidados hospitalares, 10 das quais tiveram de realizar um transplante de fígado. Até ao último domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha detetado 114 casos só no Reino Unido, a maioria entre crianças com idade inferior a cinco anos.

A investigação centra-se num vírus comum chamado adenovírus, identificado em quase metade dos casos a nível mundial e que provoca geralmente sintomas ligeiros, como dores de estômago e constipações.

“As informações recolhidas através das nossas investigações sugerem cada vez mais que este súbito aumento de [casos de] hepatite em crianças está ligado à infeção por adenovírus. No entanto, estamos a investigar exaustivamente outras causas potenciais”, afirmou a diretora de infeções clínicas e emergentes na Health Security Agency do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), Meera Chand, citada pela Bloomberg.

Designadamente para os casos em que se observam doenças mais graves, foi levantada uma nova hipótese que, segundo a UKHSA, será causada pela “suscetibilidade, por exemplo, devido à falta de exposição prévia durante a pandemia”.

Dados do Serviço Nacional de Saúde britânico revelam que os vírus comuns que circulam em crianças são atualmente mais elevados do que nos anos anteriores, verificando-se um aumento acentuado de adenovírus, particularmente no grupo etário de um a quatro anos, disse a UKHSA.

Outras hipóteses sob investigação incluem se uma infeção anterior por Covid-19 seguida de uma infeção por adenovírus poderá levar a casos mais graves ou a co-infeção com os dois vírus, como também uma possível nova variante do adenovírus, uma potencial exposição a drogas, toxinas ou fatores ambientais, um novo tipo de infeção ou uma nova variante do vírus que provoca o SARS-CoV-2.

A vacina contra a Covid-19 não será um fator, uma vez que nenhum dos casos investigados até agora foi vacinado. A própria OMS, aliás, também descartou para já que se possa tratar de efeitos secundários da vacina.

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Ameaça de bomba em prédio da Avenida da Liberdade em Lisboa foi falso alarme

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

No primeiro piso do edifício da Avenida da Liberdade, Lisboa, foram encontrados um conjunto de pacotes “de origem desconhecida”, mas após análise verificou-se a “inexistência de perigo”.

Os trabalhadores do prédio evacuado esta terça-feira na Avenida da Liberdade, em Lisboa, devido uma ameaça de bomba, já regressaram ao edifício, verificando-se a “inexistência de perigo”, disse à agência Lusa fonte do Comando Metropolitano da PSP (Cometlis).

“O perímetro foi reaberto e as pessoas já puderam regressar ao trabalho” pelas 16:05, adiantou à Lusa a fonte do Cometlis. O edifício da Generali Seguros tinha sido evacuado ao início da tarde, após a empresa ter recebido um telefonema com uma ameaça de bomba, tendo sido mobilizado para o local uma equipa de inativação de engenhos explosivos.

As autoridades encontraram no primeiro piso do edifício um conjunto de pacotes “de origem desconhecida”, mas após análise verificou-se a “inexistência de perigo”. No local estiveram também elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

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Cesur celebra Dia Internacional da Terra e recolhe mais de 200 quilos de resíduos em Madrid e Málaga

  • Servimedia
  • 26 Abril 2022

O centro de formação profissional espanhol celebrou o Dia da Terra com uma recolhe de resíduos e uma ação de sensibilização ambiental que contou com a ajuda de 122 voluntários.

O centro de formação profissional espanhol Cesur participou este ano na celebração do Dia Internacional da Terra com um dois dias de recolha de resíduos e de sensibilização ambiental em Madrid, na zona do Mingorrubio-El Pardo, e em Málaga, na foz do rio Guadalhorce, noticia a Servimedia.

O Dia Internacional da Terra celebrou o seu 52º aniversário a 22 de abril sob o lema “Invista no nosso planeta”, com o objetivo de promover e sensibilizar para o desenvolvimento de uma economia mais sustentável.

De acordo com dados da Direção-geral da Costa e do Mar, sob a alçada do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, quase 72% do lixo da costa espanhola é plástico, uma percentagem que se tem mantido estável desde 2013. Por esta razão, o Cesur decidiu lançar estas ações para promover a consciência ambiental entre os seus estudantes, “nos locais que mais necessitam de atenção”.

204 quilos de resíduos

Durante a manhã de 22 de abril, a foz do rio Guadalhorce, o principal rio da província de Málaga, e a zona em redor de Mingorrubio-El Pardo, nos arredores de Madrid, foram os locais escolhidos pelo Cesur, em colaboração com a Fundação Ecomar, para levar a cabo estas jornadas de sensibilização nas quais 122 voluntários – professores e estudantes dos centros Cesur – recolheram mais de 204 quilos de resíduos.

Garrafas de vidro, recipientes, plásticos, latas, pontas de cigarro e sacos, entre outros tipos de resíduos, foram alguns dos resíduos retirados pelos voluntários que participaram na ação, que visava “melhorar o ambiente e o planeta em que vivemos” e difundir a necessidade de “respeitar o ambiente e o ambiente natural que nos rodeia”. Devemos ensinar como cada pessoa pode ajudar o ambiente e a importância de sensibilizar e agir de uma forma sustentável e responsável”, referiu o centro, citado pela Servimedia.

Como parte deste programa, o Cesur realizará um novo dia de recolha de resíduos em Palma de Maiorca a 6 de maio.

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PME

FotoSport abre novas lojas até 2023

A marca FotoSport abre novas lojas até 2023 em pontos estratégicos do país onde não tinha presença até então. E investe na renovação dos espaços comerciais espalhados pelo país e no serviço digital.

Com uma tradição de 70 anos no mercado nacional, a marca especializada em fotografia FotoSport vai até 2023 abrir três novas lojas em pontos estratégicos do país onde até agora não tinha presença, num investimento de 200 mil euros. Vila Real, Coimbra e Leiria são as cidades escolhidas para a expansão nacional da atual cadeia de 41 lojas, envolvendo a contratação de mais dez colaboradores.

Entretanto, a empresa está a investir, até ao final deste ano, 300 mil euros na modernização dos espaços comerciais no Parque Nascente, Madeira Shopping, em Marco de Canaveses e na reinstalação de duas lojas no Colombo. Parte deste bolo destina-se ainda ao “desenvolvimento in house de uma app e a integração do serviço click and collect que permitirá, no prazo de uma hora, levantar o serviço no balcão de uma loja”, o que é considerado “inovador no país” pelo porta-voz da empresa, Ernesto Granja. Segundo a empresa, “o canal digital representa, atualmente, 12% do volume de vendas da empresa, mas deverá atingir os 30% em 2023″.

Segundo a empresa, cerca de 60% dos clientes acedem ao site para efetuar encomendas a partir de um smartphone. Até este momento, as encomendas online não estavam disponíveis para dispositivos móveis. “Com a nova app esta situação altera-se e o consumidor poderá de forma cómoda, rápida e fácil encomendar um serviço que poderá levantar no prazo de uma hora, numa loja”, explicou o responsável.

“Acreditamos que a implementação de uma forte componente digital na comunicação dentro da loja e a aplicação de novos conceitos de visual merchandising são atualizações determinantes para garantir uma melhor e mais eficaz experiência de compra”, frisou.

A FotoSport – especializada em fotografia, presentes personalizados, decoração e sessões de estúdio – tem uma cadeia de 41 lojas espalhadas pelo mercado nacional, dos quais 21 são espaços físicos próprios e outros 20 franchisados.

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Rui Teixeira nomeado country manager do ManpowerGroup em Portugal

O novo country manager sucede a Raúl Grijalba, que acumulava a direção do mercado português com a liderança do ManpowerGroup na região Mediterrânica, que inclui Espanha, Portugal, Israel e Grécia.

O ManpowerGroup acaba de anunciar a nomeação de Rui Teixeira como country manager para Portugal. O gestor, até aqui o COO da companhia no mercado nacional, assumirá a liderança da operação no país, onde o grupo está presente com as marcas Manpower, Experis e Talent Solutions. O novo country manager sucede a Raúl Grijalba que, até à data, acumulava a direção do mercado português com a liderança do ManpowerGroup na região Mediterrânica, que inclui Espanha, Portugal, Israel e Grécia.

“Durante estes últimos dois anos, em que assumiu as funções de chief operations officer, Rui Teixeira intensificou o desenvolvimento da atividade em Portugal, consolidando o nosso crescimento nas áreas de talento e tecnologia, tanto a nível nacional como internacional”, afirma Stefano Scabbio, presidente do ManpowerGroup para a região da Europa de sul e de leste, em comunicado.

“Num momento em que o país e as empresas enfrentam importantes desafios em termos de transformação digital, competitividade e disponibilidade de competências, estou convencido que as suas prioridades de digitalização do negócio, excelência operacional e desenvolvimento de soluções inovadoras de gestão de talento serão importantes fatores de criação de valor para clientes e de desenvolvimento do potencial humano.”

Já para o novo country manager, a nomeação é uma “grande honra e orgulho”. “Ambicionamos continuar a consolidar o crescimento do ManpowerGroup no nosso país, seguindo a trajetória global. Para tal, trabalhamos com foco na resposta às necessidades de clientes e candidatos, contribuindo para unir os profissionais mais qualificados às ambições de crescimento de negócio de cada organização, num contexto marcado por uma crescente volatilidade e disrupção”, assegura Rui Teixeira.

Com uma experiência de mais de 20 anos no setor, o gestor iniciou, em 2011, o seu percurso no ManpowerGroup, como diretor de operações da ManpowerGroup Solutions, marca dedicada às soluções de outsourcing no mercado português. Em 2014 assumiu a posição de managing diretor desta área de negócio e, em 2019, a responsabilidade da direção de operações de todo o grupo.

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Gás dispara com anúncio de corte de abastecimento russo à Polónia e Bulgária

A Rússia deve interromper na quarta-feira o abastecimento de gás natural destinado à Polónia, através do gasoduto de Yamal, e à Bulgária. O gás chegou a valorizar 17% após o anúncio.

A gigante russa Gazprom prepara-se para interromper na quarta-feira o abastecimento de gás natural destinado à Polónia, através do gasoduto de Yamal, avançou a energética polaca PGNiG. “No dia 26 de abril, a Gazprom informou a PGNiG da sua intenção de suspender completamente as entregas sob o contrato Yamal no início do dia do contrato em 27 de abril”, adiantou a empresa polaca em comunicado.

Em reação à notícia do corte de abastecimento russo, o gás natural está a valorizar 11,17% no mercado de futuros, após ter subido 17%, com um valor de 323,77 euros por MWh, segundo a plataforma barchart.com.

A ministra do Ambiente da Polónia, Anna Moskwa, garantiu entretanto que as reservas de gás natural do país se encontram nos 76%, e que a segurança energética do país não está em causa.

A energética PGNiG também já disse estar pronta para um potencial corte de abastecimento. “PGNiG está preparada para obter gás de várias direções, incluindo através de ligações de gás nas fronteiras oeste e sul e do Terminal de GNL em Świnoujście, o que aumenta sucessivamente o número de transportadores de GNL servidos”, indicou ainda em comunicado.

A Gazprom PJSC defende que o pagamento do gás natural, em rublos, é devido ainda terça, e embora não tenha especificado quais as consequências em caso de incumprimento, Vladimir Putin já alertou no passado que o fornecimento seria interrompido caso os termos não fossem cumpridos.

Sergey Kupriyanov, porta-voz da energética estatal russa, contrapôs que a empresa ainda não suspendeu o abastecimento de gás natural destinado à Polónia, contrariamente ao que tem sido relatado, segundo avança a agência TASS.

Entretanto, citando o Ministério da Energia búlgaro, a Bloomberg avança que a Gazprom também vai cortar os fornecimentos de gás que atravessam a Bulgária e abastecem a Europa a partir desta quarta-feira, 27 de abril.

Em março, o Governo búlgaro já tinha anunciado que não renovaria o contrato com a energética russa.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h41)

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Bruxelas vê risco alto para sustentabilidade orçamental de Portugal no médio prazo

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

“Os riscos de sustentabilidade orçamental a médio prazo parecem globalmente elevados”, indica o relatório da Comissão Europeia sobre Portugal.

A Comissão Europeia considera que Portugal apresenta um risco “elevado” em termos de sustentabilidade orçamental no médio prazo, avaliando como “baixo” o risco no curto prazo e “médio” no longo prazo.

A análise de Bruxelas consta do relatório de 2021 sobre sustentabilidade orçamental, no qual a direção-geral de Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia identifica e analisa os grandes desafios, no curto, médio e longo prazo, e avalia o grau de risco que cada Estado-membro enfrenta.

Relativamente a Portugal, Bruxelas aponta que “não são identificadas vulnerabilidades globais de curto prazo para Portugal”, de acordo com o indicador de alerta precoce utilizado pela Comissão Europeia (S0), ainda que as necessidades brutas de financiamento continuem a ser grandes a curto prazo, antecipando que as condições de financiamento continuarão a ser “favoráveis”.

no médio prazo, Bruxelas identifica Portugal como um dos 10 Estados-membros da União Europeia que apresenta um “risco elevado”, sobretudo devido à avultada dívida pública.

“Os riscos de sustentabilidade orçamental a médio prazo parecem globalmente elevados”, tanto de acordo com o indicador que mede o ajustamento fiscal necessário para levar o rácio da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a 60% a médio prazo (S1), como numa perspetiva de análise de sustentabilidade da dívida (DSA), aponta o documento.

A dívida pública, projetada em 128% do PIB em 2021, deverá aumentar a partir de 2027 na linha de base de referência, após um declínio temporário. Atingiria cerca de 126% do PIB em 2032, ainda abaixo do seu nível atual. A sensibilidade a possíveis choques macro-orçamentais também contribui para esta avaliação”, explica a Comissão.

Já no longo prazo, a Comissão Europeia considera que os riscos de sustentabilidade orçamental “parecem ser médios”, sendo esta avaliação feita com base numa combinação entre o risco baixo determinado pelo indicador que mede o ajustamento orçamental necessário para estabilizar a dívida pública a longo (S2) e o risco elevado numa perspetiva de análise de sustentabilidade da dívida.

Em termos globais, o relatório publicado esta terça chama a atenção para o facto de as previsões de taxa de crescimento do PIB na UE se basear nas previsões (otimistas) de outono da Comissão Europeia, divulgadas em novembro passado, assumindo que, depois disso, deu-se a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que aumenta naturalmente os riscos em torno das previsões económicas.

“Num cenário de grande incerteza, os riscos económicos relacionam-se nomeadamente com restrições e estrangulamentos mais graves e prolongados a nível do abastecimento, bem como com a subida em flecha dos preços da energia e dos alimentos, que limitam o crescimento e alimentam as pressões inflacionistas”, aponta o relatório.

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