Preços na produção industrial disparam 26% em março à boleia dos custos com energia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Abril 2022

Índice de Preços na Produção Industrial aumentou 26,3% em março, em termos homólogos, refletindo a escalada de mais de 80% na componente de energia e bens intermédios mais caros.

Depois do aumento de 20,9% observado em fevereiro, o Índice de Preços na Produção Industrial disparou 26,3% em março, em termos homólogos, uma subida “fortemente influenciada” pelo aumento dos preços da energia e dos bens intermédios, revelam dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o gabinete nacional de estatística, o agrupamento da energia registou um crescimento homólogo de 82,4% em março, que compara com 60,9% no mês anterior, e um contributo de 15,4 pontos percentuais (p.p.), justificado pelo “forte impacto dos preços da produção de eletricidade e do petróleo e seus derivados”.

Março é o primeiro mês completo de impacto da guerra na Europa, desencadeada pela invasão russa que teve início em 24 de fevereiro. O conflito tem puxado pelos preços da energia e matérias-primas em todo o mundo, dando gás à inflação.

Evolução do Índice de Preços na Produção Industrial:

Fonte: INE

Com uma taxa de variação homóloga de 20,3% em março, acima dos 19,6% observados em fevereiro, o agrupamento de bens intermédios deu o segundo maior contributo, num total de 7,5 pontos percentuais.

A variação mensal do índice agregado foi de 6,2% (1,6% no mesmo mês de 2021). Também aqui foi determinante a energia, que teve um contributo de 4,8 p.p. associado a uma taxa de variação de 20,2% (variações de 7,4% e 6,1% em fevereiro de 2022 e em março de 2021, respetivamente). “Excluindo este agrupamento, o crescimento dos preços na produção industrial acelerou 0,4 p.p., para uma variação de 1,8%”, indica o INE.

A secção das indústrias transformadoras registou um aumento mensal de 4%, em relação aos 1,1% verificados em março do ano passado, e um contributo de 3,5 p.p.

no primeiro trimestre de 2022, o índice total apresentou uma variação homóloga de 21,7% face aos 18,4% registados aos três meses anteriores. Os agrupamentos de energia e bens intermédios apresentaram contributos de, respetivamente, 11,6 p.p. e 7,3 p.p., resultantes de variações de 63,5% e 19,6% (pela mesma ordem, 58,9% e 16,9% no quarto trimestre de 2021).

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Mais mortes e mais acidentes nas estradas na Páscoa

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

inco pessoas morreram nas estradas portuguesas no período da Páscoa, mais uma do que no mesmo período de 2021, quando vigoravam medidas como a proibição de circulação entre concelhos.

Cinco pessoas morreram nas estradas portuguesas no período da Páscoa, mais uma do que no mesmo período do ano passado, quando vigoravam medidas como a proibição de circulação entre concelhos, informaram as autoridades.

Em comunicado conjunto, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), GNR e PSP informam que entre 14 e 18 de abril foram registados 37 feridos graves, mais 10 do que no período da Páscoa do ano passado (1 a 5 de abril), o que representa um aumento de 37%, e 456 feridos leves (+46,6%).

Os acidentes nas estradas também subiram relativamente ao período da Páscoa do ano passado, com um total de 1.352 (+32,5%).

Segundo as autoridades, as cinco vítimas mortais resultaram de acidentes que ocorreram nos distritos de Braga, Coimbra, Lisboa, Portalegre e Vila Real.

No total, foram fiscalizados neste período festivo mais de 1,4 milhões de automóveis (1.480.339), quer presencialmente pela GNR e PSP, quer através de controlo por radar (97,8% do total), o que representa mais 1,9% relativamente ao período homólogo do ano passado.

Dos veículos fiscalizados por radar, 12.655 circulavam com excesso de velocidade – dos quais 3.835 foram detetados pelos radares da GNR e da PSP e 8.820 pelos da ANSR -, resultando numa taxa de infração (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) de 0,85%, mais 44% do que a registada em 2021 (0,59%).

No que se refere à condução sob o efeito do álcool, foram submetidos ao teste 17.042 condutores, dos quais 527 apresentaram uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida. Destes, 310 foram detidos.

A taxa de infração registada foi de 3,1%, acima da registada em igual período de 2021 (0,8%).

Foram igualmente detetadas 177 infrações por uso do telemóvel durante a condução, acrescenta a ANSR.

Sob o mote “Dê prioridade à vida”, a ANSR lançou no dia 13 de abril a campanha de Páscoa, que se prolonga até dia 27 e que apela aos portugueses para viajarem “sem pressa, sem álcool e sem telemóvel”.

“Apesar dos progressos efetuados nos últimos 25 anos em Portugal, o número de mortos e de feridos graves devido aos acidentes rodoviários continua a ser muito elevado”, sublinha a nota, acrescentando que, em média, na última década, 650 pessoas por ano perderam a vida e mais de 2.000 ficaram gravemente feridas.

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Juros implícitos da casa recuam pelo quarto mês consecutivo

As taxas de juro implícitas no crédito à habitação desceram em março, para 0,791%, o quarto mês consecutivo de descidas. Pelo contrário, o capital em dívida aumentou.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu em março pelo quarto mês consecutivo, fixando-se em 0,791%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira. Pelo contrário, o capital em dívida subiu, mas a prestação mensal média estabilizou.

A descida face a fevereiro é de 0,2 pontos base (p.b.). No entanto, a taxa atual continua acima do recorde mínimo de 0,785% registado em outubro de 2021. O capital médio em dívida, referente a março, aumentou 318 euros, para 59.067 euros, enquanto a prestação média se manteve nos 255 euros.

No caso dos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita foi 0,730%, acrescenta o gabinete de estatísticas. De referir que os contratos de março de 2022 não são contabilizados pois ainda não venceram qualquer prestação, pelo que os contratos celebrados nos últimos três meses referem-se aos celebrados entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022.

O montante médio do capital em dívida no caso dos novos contratos foi de 123.343 euros, uma subida de 1.619 euros em relação os dados de fevereiro.

Fonte: INE

Os dados revelam ainda que, no crédito à habitação destinado à aquisição de habitação, considerado o “mais relevante” pelo INE, a taxa de juro implícita desceu para 0,806%, menos 0,1 p.b. face a fevereiro. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses para a compra de habitação, esta taxa desceu 0,8 p.b., para 0,726%.

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Curador da Coleção de Arte do Estado pede demissão

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

O curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, o historiador David Santos, pediu a exoneração das suas funções "evocando motivos de ordem pessoal", anunciou o Ministério da Cultura.

O curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), o historiador David Santos, pediu a exoneração das suas funções “evocando motivos de ordem pessoal”, anunciou hoje o Ministério da Cultura.

De acordo com comunicado do ministério, David Santos solicitou a exoneração das suas funções como curador da CACE “com efeitos a 11 de abril último”.

Segundo a nota de imprensa, “oportunamente será anunciado o novo responsável pela curadoria” da coleção, cuja gestão, inventário e circulação decorre sob responsabilidade da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

“Agradece-se publicamente o valioso contributo prestado, pelo profissionalismo e dedicação com que exerceu o cargo”, referiu ainda o Ministério da Cultura.

David Santos tinha iniciado funções em março de 2020, depois de ter deixado o cargo de subdiretor-geral do Património Cultural, que ocupava desde 2016, na anterior tutela da Cultura.

Anteriormente conhecida por Coleção de Arte da Secretaria de Estado da Cultura (“Coleção SEC”), conta atualmente com cerca de 1.400 peças.

A missão de David Santos era apresentar uma proposta para a sua programação e circulação, trabalhando estreitamente com a Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea.

Após quase duas décadas de interrupção, a política de aquisições de arte contemporânea do Estado foi retomada em 2019.

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Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia afasta recurso a armas nucleares na Ucrânia

  • ECO
  • 19 Abril 2022

Titular da pasta dos Negócios Estrangeiros na Rússia negou esta terça-feira que o Kremlin esteja a planear usar armas nucleares na Ucrânia. Sergei Lavrov falou ainda numa nova fase da guerra.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia garantiu esta terça-feira que o Kremlin só usará armas convencionais na Ucrânia, descartando deste modo a existência de planos para recorrer ao arsenal nuclear contra aquele país.

A resposta do governante russo surgiu durante uma entrevista à estação televisiva India Today esta terça-feira, depois de Sergei Lavrov ter sido questionado sobre a hipótese de a Rússia recorrer a armas nucleares nesta guerra.

A posição de Lavrov, citada pela Bloomberg, representa uma das declarações mais categóricas de responsáveis russos acerca deste assunto. Mas a agência nota que o ministro dos Negócios Estrangeiros não é diretamente responsável pelas decisões que envolvam as forças armadas russas.

Os serviços secretos ocidentais têm exibido preocupação com a possibilidade de a Rússia vir a recorrer a armas nucleares táticas durante a guerra na Europa, ou outras com capacidade mais limitada. Vladimir Putin, Presidente russo, também tem feito ameaças nesse sentido desde o início da invasão em 24 de fevereiro, que a Rússia entende tratar-se apenas de uma operação militar especial.

Na entrevista, Lavrov confirmou também que a guerra na Ucrânia entrou numa nova fase. Esta segunda-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também tinha alertado que o Kremlin deu início à ofensiva na região de Donbas.

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BNP Paribas compra 37 mil m2 em Lisboa e reforça aposta no trabalho híbrido

Banco francês vai concentrar a maioria das operações em dois edifícios que adquiriu junto da Gare do Oriente. Novos espaços respondem ao novo modelo de trabalho: "Smart Working".

O BNP Paribas vai mudar de casa. O banco adquiriu dois edifícios de escritórios no Parque das Nações, em Lisboa, junto à Gare do Oriente, onde planeia centralizar a maioria das entidades do grupo com operação no país entre 2024 e 2025. São 37 mil metros quadrados de área, mais 13 mil metros quadrados de jardins abertos ao público. O projeto responde às necessidades do novo modelo de trabalho híbrido da instituição: Smart Working.

Num comunicado, o BNP Paribas dá conta da aquisição à Avenue dos edifícios Aura e Echo, no campus EXEO, onde vai instalar a sua nova sede em Lisboa, sem revelar o montante envolvido na transação. O espaço pode acolher 5.000 trabalhadores em regime “flexível”, refere a instituição francesa. Os imóveis ainda estão em construção.

Fotografias do local da construção:

“O BNP Paribas concebeu este projeto para atender às necessidades das novas formas de trabalhar, nomeadamente o modelo híbrido”, lê-se na referida nota, onde o banco diz ter lançado “recentemente” o programa Smart Working, “uma nova política de trabalho” assente em “teletrabalho, espaços de trabalho flexíveis, novas ferramentas digitais e foco nas pessoas”.

“A nova sede visa responder às necessidades que advêm de um modelo implementado de forma estratégica por um grupo com mais de 7.100 colaboradores, de uma forma integrada, através da implementação das mais modernas ferramentas digitais.”

Maquetes digitais do edifício Aura:

O BNP Paribas também enaltece a sustentabilidade do projeto, “quer ao nível da construção, quer do sistema de mobilidade sustentável integrado”. Os edifícios não só contam com um depósito de águas pluviais, que cobrem metade das necessidades de rega dos jardins, como painéis fotovoltaicos vão alimentar com eletricidade as zonas comuns, parques de estacionamento com carregadores elétricos e parque para bicicletas.

O espaço foi desenvolvido pela Avenue e por um fundo de investimento gerido pela Aermont Capital, “em parceria com o BNP Paribas Real Estate”. “Espera-se que a mudança para o primeiro edifício ocorra no primeiro semestre de 2024, com a segunda mudança a ocorrer no ano seguinte”, conclui o grupo francês.

Maquetes digitais do edifício Echo:

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Nas notícias lá fora: petróleo, Brexit e anúncios online

O embargo ao petróleo russo está já a ser desenvolvido, segundo o ministro francês Le Maire. Pelo Reino Unido, as empresas apostam em espaços na Holanda para evitar dificuldades com o Brexit.

A ideia de um embargo da União Europeia ao petróleo russo ainda está em cima da mesa e estará já a ser desenvolvida, segundo adianta o ministro das Finanças francês. Já pelo Reino Unido, as empresas estão a apostar em espaços e hubs holandeses para contornar os problemas causados pelo Brexit. O bloco, bem como a Comissão Europeia, tem o acordo que a Meta e a Google celebraram, que se foca nos anúncios online, sob análise. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Reuters

Embargo da UE ao petróleo russo está em andamento, diz ministro francês

Depois de muitos avanços e recuos, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, assegurou que um embargo ao petróleo russo ao nível da União Europeia está a ser desenvolvido, acrescentando que o Presidente de França, Emmanuel Macron, quer que a medida avance. “Espero que nas próximas semanas convençamos os nossos parceiros europeus a parar de importar petróleo russo”, disse Le Maire.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Grandes bancos acumulam 65 mil milhões em créditos fiscais

Os seis maiores bancos espanhóis acumulam 65.471 milhões de euros em ativos fiscais diferidos nos seus balanços consolidados, a maioria dos quais corresponde a créditos fiscais que permitirão ao Santander, BBVA, CaixaBank, Sabadell, Bankinter e Unicaja reduzir os futuros pagamentos de impostos sobre as sociedades, quando gerarem lucros suficientes para permitir a sua dedução. Os chamados DTA (ativos por impostos diferidos, na sigla em inglês) são gerados por despesas que reduzem os lucros bancários, mas que o setor não pode deduzir por ter bases fiscais negativas num determinado período.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Le Pen rejeita acusações de uso indevido de fundos da UE

Marine Le Pen rejeitou as alegações de que desviou dezenas de milhares de euros em fundos da União Europeia (UE), caracterizando-as como uma campanha de “truques sujos” por Bruxelas dias antes da segunda e última volta de uma disputa presidencial contra Emmanuel Macron. Le Pen está sob escrutínio sobre o uso de fundos da UE pelo seu partido desde a altura em que era deputada, depois de o escritório antifraude europeu apresentar um relatório listando supostos abusos a procuradores franceses.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Brexit leva empresas do Reino Unido a criar hubs comerciais holandeses

Perante as dificuldades que ainda existem para as empresas após o Brexit, nomeadamente na fronteira alfandegária no Mar do Norte, muitas companhias britânicas estão a procurar espaços na Holanda. Mais de 90 investidores construíram ou alugaram espaços de distribuição no país desde 2017, metade deles em 2021, de acordo com a agência governamental Invest in Holland.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

El Economista

Meta e Google chegam a acordo para monopolizar anúncios online

A Meta, dona do Facebook, e a Google fecharam um acordo de publicidade conhecido como Jedi Blue. Através desta aliança, as duas empresas acertam os preços dos anúncios online, dando ao Facebook uma vantagem nos leilões de anúncios do Google em troca de encerrar os próprios planos de serviços publicitários. Perante este acordo, a União Europeia e o Reino Unido decidiram tomar medidas, estando a investigar estas práticas para demonstrar que não são legais.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Presidente do PS adverte que é preciso agir no curto prazo e rever políticas e meios

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

Face à atual conjuntura difícil, "importa agir no curto prazo, adequando ou revendo políticas e meios, onde e quando necessário, sem prejuízo dos objetivos mais continuados", aponta Carlos César.

O presidente do PS salienta que a presente conjuntura é difícil para os governos, famílias e empresas, e defende que se impõe agir no curto prazo, adequando ou revendo políticas e meios onde e quando necessário.

Esta posição de Carlos César consta de uma mensagem a propósito do 49.º aniversário do PS, que será assinalado não esta terça-feira, dia de luto nacional pela morte da atriz Eunice Muñoz, mas apenas na quarta-feira, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, pelas 21 horas.

Estamos, de novo, a viver tempos que não são fáceis para os governos, e ainda menos para as pessoas, para as famílias e também muito penosos para as empresas”, refere o presidente do PS, numa alusão às consequências da guerra na Ucrânia.

Para o membro do Conselho de Estado e antigo presidente do Governo Regional dos Açores, é no reconhecimento dessa conjuntura difícil “que importa agir no curto prazo, adequando ou revendo políticas e meios, onde e quando necessário, sem prejuízo dos objetivos mais continuados”.

Sejam os objetivos “resultantes da emergência climática ou da transição digital, sejam os da eficiência da administração e dos serviços públicos ou da qualificação dos recursos humanos e empresariais em geral”, especifica.

Na sua mensagem, o presidente do PS sustenta que, ao longo do último meio século, o seu partido “esteve, desde que restabelecida a democracia em 1974, nos impulsos modernizadores essenciais e nos grandes desafios e nos avanços que o país viveu e conheceu”.

Carlos César aponta depois como exemplos a descolonização, a recriação do poder local, a constitucionalização das autonomias insulares, a integração europeia, ou a “superação de crises gravíssimas” como a que agora se atravessa na sequência da pandemia da Covid-19 “e com a guerra na Europa movida pela Rússia”.

Fomos e somos o partido de várias gerações de portugueses; um vasto espaço de pluralidade e de construção contínua. Porém, hoje, como ao longo deste quase meio século, as nossas inquietações e as nossas lutas radicam-se na mesma ambição: viver em liberdade e em paz e concretizar uma sociedade dinâmica, florescente, mais justa, menos desigual”, considera o membro do Conselho do Estado e antigo líder parlamentar do PS.

Carlos César reitera a sua posição de que o PS não é no país “um partido de ocasião”, sendo antes “a esquerda portuguesa empenhada na proteção da fronteira entre a liberdade económica e a igualdade de oportunidades, evitando que uma prejudique a outra”.

Somos a esquerda defensora do Estado que é necessário, do Estado simultaneamente envolvido na segurança das pessoas e no estímulo às suas iniciativas e à sua criatividade; a esquerda persistente, que contraria as narrativas da inevitabilidade das desigualdades e do conformismo com a pobreza; a esquerda corajosa – com passado, presente e futuro -, que se libertou do conservadorismo e que se exercita no reformismo progressista; a esquerda portuguesa empenhada na construção de um espaço institucional europeu, ativo, solidário e democrático”, defende.

Para Carlos César, compete a atual direção do PS “honrar esse património”. “Agora que, uma vez mais, estamos a governar Portugal”, acrescenta.

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Taxa de IRC paga pelas empresas recua para 18,4%

  • ECO
  • 19 Abril 2022

Taxa média efetiva do imposto pago pelas empresas caiu para 18,4%. Desde 2011, altura em que atingiu 17,2%, que não era tão baixa.

Em 2021, houve cerca de 522 mil declarações de IRC apresentadas pelas empresas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) referentes aos rendimentos obtidos em 2020, mais 2,3% do que no ano anterior. No entanto, as estatísticas do IRC de 2020 revelam que a taxa média efetiva do imposto recuou para 18,4%, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Trata-se do valor mais baixo desde 2011, ano em que atingiu os 17,2%. Esta taxa média representa a percentagem dos lucros que as empresas efetivamente entregam ao Estado e contrasta com a taxa nominal, que é de 21% no caso do IRC, acrescida da derrama municipal – 1,5% – e da derrama estadual, paga pelas grandes empresas, que pode atingir os 9%.

Já o IRC liquidado ficou 19,2% abaixo do de 2019. Aumentou em 23,6%, para um conjunto de 212 mil, o número de empresas que, no seu modelo 22 declararam um resultado líquido do exercício negativo – são 40% do total e, no geral, só 207 mil tiveram IRC liquidado –, 39,6% do total, o que corresponde a menos 5% que em 2019.

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Galp Energia puxa pelo PSI, enquanto família EDP trava ganhos em Lisboa

O dia arrancou negativo para as principais bolsas europeias. A praça lisboeta é a exceção, apesar de negociar junto da linha de água.

A bolsa nacional arranca a primeira sessão da semana, após fechar esta segunda-feira, na linha de água, num dia que começa em terreno negativo para as congéneres europeias. Por cá, a Galp Energia e a Jerónimo Martins impulsionam o desempenho do índice de referência nacional, mas a família EDP trava os ganhos.

No Velho Continente, as principais praças começam o dia em terreno negativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 arranca a sessão a cair 0,8%, enquanto o espanhol IBEX-35 perde 0,5%, o francês CAC-40 recua 0,9% e o alemão DAX cede 0,7%. Já o britânico FTSE 100 desvaloriza 0,2%.

Já na bolsa de Lisboa, o PSI negoceia próximo da linha de água, subindo 0,13% para 6.141,46 pontos. Entre as 15 cotadas, são mais aquelas que se encontram a valorizar, mas o balanço de forças faz oscilar o índice de referência entre o verde e o vermelho.

A puxar pelo PSI está a Galp Energia, que soma 1,17% para os 12,08 euros, mesmo numa altura em que os preços do petróleo negociados nos mercados internacionais seguem a recuar. Nota também para o BCP, que sobe 0,41% para os 0,1706 euros, e para a Jerónimo Martins, que ganha 0,58% para os 20,76 euros.

Por outro lado, a pesar no índice está a família EDP. A casa-mãe recua 1,06% para os 4,64 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis, que revelou esta terça-feira que produziu mais 14% de energia limpa no primeiro trimestre, perde 1,51% para os 22,78 euros.

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TAP desperdiça cem slots por dia no aeroporto de Lisboa

  • ECO
  • 19 Abril 2022

Plano de reestruturação obriga a ceder apenas 18 janelas horárias à concorrência, quando a TAP deixou 25% por usar na primeira semana de abril no aeroporto da Portela, em Lisboa.

A TAP detém cerca de metade dos slots vagos no aeroporto de Lisboa, a maioria atribuídos por via de direitos adquiridos, mas não usa cerca de uma centena dessas faixas horárias por dia. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), a transportadora utilizou apenas 1.868 dos 2.520 slots de que dispunha na primeira semana de abril.

Segundo o plano de reestruturação da companhia aérea nacional, que detém “45% a 55% da capacidade do Aeroporto de Lisboa no verão de 2022 e nas estações seguintes”, a Comissão Europeia obriga a TAP a libertar 18 slots diárias na capital em troca da ajuda estatal de 2,55 mil milhões de euros. Apenas a Ryanair e a Easyjet estão na corrida às 18 faixas horárias diárias.

Porém, ambas as transportadoras aéreas low cost protestam o facto de a decisão vir a ser tomada em junho, tornando-se efetiva somente na época baixa de inverno. Michael O’Leary, CEO da Ryanair, apelou diretamente ao primeiro-ministro “para que liberte os slots não utilizados para que a Ryanair possa trazer mais visitantes a Lisboa e assim acelerar a recuperação do turismo pós-Covid em Lisboa, bem como empregos para os jovens”.

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EDP Renováveis produziu mais 14% de energia limpa no primeiro trimestre

A capacidade instalada da EDP Renováveis aumentou para 14,0 GW, sendo que a América do Norte representa metade do portfólio.

A produção de energia limpa da EDP Renováveis atingiu os 9,2 TWh (Terawatts-hora) no primeiro trimestre do ano, o que representa uma subida de 14% face ao mesmo período do ano passado, segundo anunciou a empresa esta terça-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com estes números, foram “evitados 6mt de emissões de CO2, com Europa e América do Norte a representar 38% e 58% do total de produção de energia”, sinaliza a empresa liderada por Miguel Stilwell na antevisão dos dados operacionais do primeiro trimestre deste ano.

Na Europa, a produção aumentou 5% face ao ano passado, enquanto na América do Norte, a produção foi superior em 13%. Já na América do Sul, a produção mais do que duplicou, aumentando 122% “devido à maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo menor recurso renovável”.

A capacidade instalada da EDP Renováveis cresceu também para 14,0 GW, sendo que a América do Norte já representa metade do portfólio, enquanto a Europa corresponde a 41%. Já o fator de utilização foi de 35%, o que reflete um “índice Renovável superior em +2% do que a média de longo prazo do Fator Bruto de Utilização esperado”.

A empresa nota que tem avançado “uma maior diversificação tecnológica com 12,5 de eólico onshore, 1,2 GW de capacidade solar e 1,5 GW de capacidade eólica offshore bruta em operação”.

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