Madoquapower 2X investe 1,3 mil milhões em Sines

Consórcio internacional vai avançar com projeto de investimento na produção de hidrogénio verde e amónia verde em Sines. O anúncio será feito no dia 22 de abril.

O anúncio formal está agendado para o próximo dia 22, e vai ter o Governo em peso. O consórcio internacional Madoquapower 2x vai formalizar o investimento numa unidade de hidrogénio verde e amónia verde na Zona Industrial e Logística de Sines, gerida pela Aicep Global Parques, apurou o ECO junto de duas fontes que estão a acompanhar o projeto. Este será o primeiro grande investimento no hidrogénio e amónia verdes em Portugal.

Este consórcio é formado por três empresas: A Madoqua Renewables, companhia especializada em desenvolvimento industrial de descarbonização da economia, a Power 2X, uma empresa com sede na Holanda que desenvolve projetos de consultoria e gestão na transição climática, e a CPI (Copenhagen Infrastructure Partners), uma sociedade que gere um fundo de investimento em projetos industriais na transição climática e nas energias renováveis.

A reserva do direito de superfície na zona industrial de Sines foi realizada em março e o projeto, classificado como Projeto de Interesse Nacional (PIN) será anunciado já próxima semana. “O Projeto dará um contributo significativo para cumprir as ambições do Plano Nacional do Hidrogénio Verde e para entregar amónia verde a compradores europeus: Agricultores e indústria“, lê-se numa nota-síntese a que o ECO teve acesso. De acordo com a informação dos promotores, o hidrogénio poderá ser usado nas redes existentes e a amónia verde será transportada por ‘pipeline’ para o Porto de Sines com destino à exportação.

Quais são os números do projeto?

O ECO questionou por email os promotores do projeto, mas não obteve ainda nenhuma resposta. Os detalhes do investimento serão divulgados no próximo dia 22, mas segundo revelou ao ECO uma fonte governamental, este projeto não beneficiará de subsidiação pública no âmbito da Estratégia Nacional do Hidrogénio Verde. Neste plano, aprovado em 2020, está previsto um “mecanismo de apoio, transparente e concorrencial, à produção de hidrogénio verde com o objetivo de apoiar a produção de hidrogénio verde no período 2020 -2030 através da atribuição de um apoio que cubra a diferença entre o preço de produção do hidrogénio verde e o preço do gás natural no mercado nacional, que não terá tradução nas tarifas pagas pelos consumidores“.

No entanto, outra fonte governamental garante ao ECO que este projeto avançará, com ou sem este mecanismo de subsidiação. “Parte significativa da amónia verde é para exportação, por isso não é elegível para este mecanismo, que se destina a apoiar a indústria e transportes nacionais no processo de descarbonização”. Acresce que os leilões a que este mecanismo se refere têm como destinatário os consumidores finais e não os produtores, sendo, assim, um mecanismo indireto, e não direto, de apoio aos produtores”.

Já depois da publicação desta notícia exclusiva, o consórcio enviou um comunicado à Lusa com mais detalhes do projeto. “A eletricidade para o MadoquaPower2X será obtida a partir de projetos de geração renovável em Portugal, em particular através de comunidades de energia renovável com parques eólicos e solares que serão desenvolvidas em paralelo”, indicou o consórcio.

Este investimento irá assegurar “contribuições significativas para a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2) até 2030”, garantindo “25% da capacidade total de eletrólise prevista”, reforçaram. “Portugal está estruturalmente bem posicionado para desempenhar um papel de liderança no espaço emergente de transição energética na Europa”, destacou o presidente executivo da empresa portuguesa Madoqua, Rogaciano Rebelo, citado no comunicado.

Também o sócio fundador da Power2X, Occo Roelofsen, considerou que o desenvolvimento deste “projeto bandeira” vai permitir “acelerar a transição energética na Europa e contribuir significativamente para o objetivo ‘net-zero’ [compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera] de 2050”.

O projeto Madoquapower 2X é um dos mais relevantes já projetados para Sines. Há dias, no âmbito da discussão do Programa de Governo, o ministro da Economia, António Costa Silva, defendeu as virtudes de Sines. “Sines pode ser um dos grandes polos de desenvolvimento do país para o futuro, podemos ter em Sines não uma, mas duas ‘Autoreuropas’ no futuro“, afirmou o ministro.

Recentemente, o presidente da Aicep Global Parques, Filipe Costa, revelou em entrevista os projetos para Sines. “Neste momento, excluindo investimento público, os dados somados de projetos em curso, confirmados e potenciais — muitos em que ainda concorremos com outras geografias — ascendem a 17 mil milhões de euros. Temos, por exemplo, a duplicação do atual terminal de contentores e futuro segundo terminal, em que só na componente privada são 940 milhões. No vertical que referia de tecnologia — o Sines TechInnovationand Data Centre Hub –, a perspetiva no horizonte 2030, é de 3.555 milhões em projetos de estações de amarração de cabos marítimos de telecomunicações e centros de processamento, computação e armazenamento de dados. E no outro vertical, o que chamamos Energia Sul, que junta todo o hub energético de Sines com as indústrias intensivas do ponto de vista energético (…) um total perspetivado de 12.679 milhões de euros, dos quais cerca de 5 mil milhões são reinvestimento de empresas já presentes, como Galp, EDP Produção e Repsol Polímeros. Depois há mais 7.500 milhões de investimentos por novos players que estão a olhar para Sines para entrar”, afirmou em entrevista à TSF e Dinheiro Vivo.

(Noticia atualizada às 16h15 com informação de comunicado oficial do consórcio enviado à Agência Lusa).

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Bolsas dos EUA sem tendência definida, atentas à subida dos juros da dívida

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Abril 2022

Bolsas em Nova Iorque arrancaram a semana a negociar mistas. Bank of America vê ações a subir, apesar de queda nos lucros. Twitter em terreno negativo, após adotar plano para travar oferta de Musk.

Depois do fim de semana prolongado de Páscoa, as bolsas norte-americanas arrancaram mistas esta segunda-feira, dia marcado pela subida dos juros da dívida americana a 10 anos para 2,82%, um máximo de três anos.

Com as ações da Apple e do Twitter em queda, o setor tecnológico pesa em Wall Street face aos ganhos ligeiros do S&P 500 e do Dow Jones.

Enquanto o S&P 500 abriu a subir 0,24%, para 4.402,95 pontos, o industrial Dow Jones avança 0,03%, para 34.462,04 pontos. Abaixo da linha de água, o tecnológico Nasdaq recua 0,03%, para 13.346,43 pontos.

O Bank of America revelou que os lucros do primeiro trimestre caíram 12% em termos homólogos. Ainda assim, o banco vê as suas ações dispararem quase 3% após apresentar resultados em linha com os que foram divulgados anteriormente por outras grandes financeiras, como o JPMorgan, Wells Fargo ou o Citigroup.

Já o Twitter perde 1% no início da sessão desta segunda-feira. A empresa anunciou que o Conselho de Administração adotou um plano para se proteger da Oferta Pública de Aquisição (OPA) que Elon Musk lançou na semana passada.

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Draghi testa positivo à Covid e cancela viagem a Angola

  • Lusa
  • 18 Abril 2022

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, está infetado com Covid-19, pelo que cancelou a deslocação prevista a Angola e República do Congo para diversificar as importações de gás de Itália.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, está infetado com Covid-19, pelo que cancelou a deslocação prevista a Angola e República do Congo para diversificar as importações de gás de Itália e reduzir a dependência energética da Rússia.

Segundo anunciaram os seus serviços esta segunda-feira, Draghi, de 74 anos, está infetado com SARS-CoV-2, mas está assintomático.

Fontes do Governo italiano disseram, entretanto, à agência Efe que no lugar do primeiro-ministro viajam para Angola e República do Congo os ministros dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio, e da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, que tem a seu cargo a pasta da energia.

Draghi deveria chegar a Luanda na quarta-feira, onde se reuniria com o Presidente, João Lourenço, e no dia seguinte deslocar-se-ia à capital congolesa, Brazzaville, para se reunir também com o chefe de Estado do país, Denis Sassou N’Guesso.

A viagem faz parte dos esforços de Governo italiano para diversificar as importações de energia, especialmente após a invasão russa da Ucrânia, explicaram fontes do executivo italiano à agência de notícias espanhola Efe.

A Itália importa quase todo o gás que consome do exterior, cerca de 90%, e aproximadamente 40% vem do território russo.

Na última segunda-feira, Draghi viajou para a Argélia, o seu segundo fornecedor de gás, depois da Rússia, e conseguiu assinar um acordo para importar mais daquele país do norte de África.

A Itália, ligada ao exterior por cinco gasodutos, recebe gás da Argélia através do gasoduto Transmed, que parte do campo argelino de Hassi R’Mel, no extremo norte do Saara, atravessa a Tunísia e o mar e termina em Mazarra del Valley, Sicília.

Através deste canal transmediterrânico, a Itália recebeu um total de 22.584 milhões de metros cúbicos de gás em 2021 (em 1990 na Itália importava metade, 10.559 milhões de metros cúbicos).

No entanto, o gasoduto argelino tem uma capacidade ainda maior, de até 27 biliões de metros cúbicos, declarou o ministro da Transição Ecológica da Itália, Roberto Cingolani, com responsabilidades energéticas, no Parlamento, a 22 de março.

No âmbito desta estratégia de diversificação de abastecimento, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, passou nos últimos meses por outros países como o Azerbaijão, de onde Itália recebeu em 2021 7.214 milhões de metros cúbicos de gás, através de um tubo que atravessa o mar Adriático, ou o Catar, de onde importou 6.877 milhões.

No último mês e meio, Di Maio deslocou-se ainda à República do Congo, Angola e Moçambique, e assegurou que “todos estes países têm estado disponíveis para aumentar a oferta” de hidrocarbonetos.

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Raquel Galvão Silva promovida a counsel da Linklaters

Raquel Galvão Silva foi promovida a counsel do departamento de Dispute Resolution do escritório de Lisboa da Linklaters. A advogada integrou a equipa do escritório em 2007.

A sociedade de advogados Linklaters promoveu Raquel Galvão Silva a counsel do departamento de Dispute Resolution do escritório de Lisboa. A advogada integrou a equipa do escritório em 2007 e conta com uma vasta experiência em contencioso e arbitragem, com especial enfoque em litígios de direito societário, de contratos públicos e contratos comerciais.

Para Raquel Galvão Silva, a promoção “traduz o reconhecimento internacional do departamento de contencioso e arbitragem do escritório de Lisboa e a confiança que os nossos clientes têm na qualidade do trabalho que desenvolvemos. É um desafio que abraço com entusiasmo e confiança”.

Nos últimos 10 anos tem representado clientes nacionais e internacionais – nomeadamente do setor da saúde – em temas de regulatório e propriedade intelectual, incluindo a assessoria jurídica no âmbito da celebração, execução e rescisão de contratos de licenciamento e também em arbitragens por infração de patente. Raquel Galvão Silva tem ainda dinamizado diversos projetos relacionados com a liderança no feminino e também com a área de FinTech.

É membro da Associação Portuguesa de Arbitragem e integra o International Chamber of Commerce Young Arbitrators Forum e a Comissão de Propriedade Intelectual da mesma organização, tendo sido reconhecida como “Future Leader” em Arbitragem pela publicação Who’s Who Legal, e distinguida pela Chambers Europe e pela IAM Patent 1000 que, anualmente, reconhecem os profissionais que se destacam nas respetivas áreas.

Segundo Nuno Ferreira Lousa, Regional Deputy Managing Partner da Linklaters para a Europa e responsável pelo departamento de Dispute Resolution em Lisboa, “a promoção da Raquel enche-nos de orgulho e constitui um reconhecimento natural do trabalho que vem fazendo. Esta promoção reflete um percurso profissional de excelência que a Raquel iniciou na Linklaters e que assenta nas suas qualidades pessoais, capacidade técnica, curiosidade intelectual e um interesse invulgar em saber mais e em fazer melhor. Constitui também mais um reconhecimento de uma equipa de excelência que tenho o privilégio de ver crescer em cada dia que passa”.

“A nível global, a Linklaters elegeu um total de 45 novos counsel em 14 jurisdições, dos quais 42% são mulheres. Estas promoções refletem não só o compromisso da firma para com as suas pessoas, que consistentemente demonstram fortes capacidades técnicas e de liderança; mas também o merecido reconhecimento da sua excelência, talento e crescimento constantes”, explicou o escritório.

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UE pode acelerar redução da dependência de energia russa, acredita Draghi

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Abril 2022

Primeiro-ministro italiano acredita numa redução mais célere da dependência europeia de energia vinda da Rússia. "Diversificação" de fornecedores é "viável" mais cedo do que se antecipava há um mês.

A União Europeia (UE) pode reduzir a dependência energética da Rússia mais rapidamente do que o esperado, através de novos acordos de abastecimento e outras medidas, disse no domingo o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, em entrevista ao Corriere della Sera.

A diversificação é possível e viável num tempo relativamente curto — mais curto do que imaginávamos há apenas um mês“, afirmou o antigo presidente do Banco Central Europeu, após ter assinado um acordo para aumentar as importações de gás natural proveniente da Argélia para 9 mil milhões de metros cúbicos, reduzindo assim em cerca de um terço a sua dependência de Moscovo, que chega a 40%.

Segundo Draghi, a Itália está “bem posicionada” para enfrentar o inverno e qualquer abrandamento na produção industrial. “Temos gás em armazém e teremos gás novo de outros fornecedores. Mesmo que fossem tomadas medidas de contenção, estas seriam suaves“, explicou, acrescentando que, nesse caso, tratar-se-ia de “uma redução de um a dois graus nas temperaturas de aquecimento e variações semelhantes para os aparelhos de ar condicionado”.

Adicionalmente, o Governo italiano já aprovou regras para desbloquear o investimento em energias renováveis. “Faremos outras em breve”, garantiu Draghi. “O objetivo é assegurar a máxima velocidade nos investimentos em energias renováveis. Até agora, o obstáculo tem sido essencialmente de natureza burocrática e de autorização”, disse.

O governante apontou também que a proposta italiana de limitar os preços do gás natural utilizado para gerar eletricidade a fim de reduzir a dependência do gás russo está “a ganhar consenso entre outros países europeus”.

“A Europa continua a financiar a Rússia através da compra de petróleo e gás, entre outras coisas, a um preço que não tem qualquer relação com valores históricos e custos de produção”, frisou, reiterando que “impor um limite máximo ao preço do gás russo, como proposto pela Itália, é uma forma de reforçar as sanções e ao mesmo tempo minimizar os custos“.

O bloco comunitário, no seu todo, é bastante dependente do gás russo para satisfazer as suas necessidades energéticas. Em 2021, a UE importou 155 mil milhões de metros cúbicos de gás natural da Rússia, o que representou cerca de 45% das importações de gás da UE e perto de 40% do seu consumo total de gás, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).

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FMI alerta governos que consolidação orçamental deve ser calibrada

Estimativas do FMI apontam para desaceleração acumulada de 0,9% em três anos para economias desenvolvidas. Instituição deixa avisos para ritmo da consolidação orçamental.

Na recuperação da pandemia, e enquanto as economias enfrentam uma elevada inflação, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que os governos devem ter em conta as circunstâncias do país para determinar o ritmo da consolidação orçamental. A instituição prevê que o abrandamento provocado pela pandemia pode ser de 0,9% em três anos para economias desenvolvidas e 1,3% para mercados emergentes.

“À medida que as políticas monetárias estão a ser normalizadas, durante crescentes pressões inflacionárias, os governos devem calibrar o ritmo da consolidação orçamental de acordo com as circunstâncias do país para evitar grandes interrupções e possíveis cicatrizes”, lê-se no World Economic Outlook (WEO) do FMI, cujos capítulos analíticos foram divulgados esta segunda-feira.

A instituição calculou o impacto económico da pandemia, que terá atrasado o crescimento em 0,9% em três anos nas economias desenvolvidas e 1,3% nos mercados emergentes. Apesar destas estimativas agregadas, o FMI alerta que o “atraso pós-pandemia no crescimento pode ser muito maior em países onde o endividamento está mais concentrado entre famílias com restrições financeiras e empresas vulneráveis; o regime de insolvência é ineficiente; o espaço fiscal é limitado e a política precisa de ser reforçada rapidamente”.

Assim, o FMI defende que as políticas devem ser ajustadas à situação de cada país. No caso dos países onde a “recuperação está bem encaminhada e os balanços privados estão em boa forma – principalmente em economias avançadas que beneficiaram de um generoso apoio governamental durante a pandemia — o apoio orçamental pode ser reduzido mais rapidamente”.

Por outro lado, noutros locais onde a recuperação é mais fraca, “apoio orçamental direcionado poderia ajudar a diminuir os riscos de interrupções e cicatrizes dentro de quadros orçamentais de médio prazo credíveis”. Já quando é difícil direcionar e existe menos margem de manobra, o FMI admite que pode ser necessário considerar medidas de reforço da receita para financiar várias prioridades.

A retirada dos apoios poderá assim ser um momento decisivo. Em Portugal, Governo está a contar com que o défice orçamental beneficie da retirada gradual das medidas da Covid-19. Segundo as projeções feitas no Programa de Estabilidade, a retirada das medidas de emergência aplicadas no âmbito da pandemia permitirá gerar uma “poupança” equivalente a 1% do PIB, em 2023.

Dívida será um dos maiores desafios na recuperação

Para o FMI, um dos principais desafios à medida que os governos estão a deixar as políticas de emergência da pandemia será mesmo o peso da dívida, que aumentou não só na vertente pública mas também privada.

Durante os tempos da pandemia, as medidas aplicadas pelos governos levaram a um aumento rápido da dívida. Mas verificou-se também que “a dívida corporativa não financeira aumentou entre empresas vulneráveis nos setores mais atingidos (por exemplo, aqueles que são intensivos em contacto)”, salienta a instituição.

Stock da dívida global em percentagem do PIBFMI

Além disso, “a acumulação de dívida das famílias, embora mais modesta do que a das sociedades não financeiras em geral, foi em alguns casos fortemente concentrada nas famílias de baixos rendimentos”, destacam também. Neste cenário, existem diferenças significativas entre os países, que terão “implicações importantes para o crescimento futuro”.

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Catarina Costa assume direção da Ironhack Portugal

A profissional terá o desafio principal de alargar a presença física da academia e reforçar o formato remoto dos bootcamps, em linha com a recente mudança de Ironhack Lisboa para Ironhack Portugal.

Catarina Costa foi promovida a diretora da Ironhack Portugal. Na escola de formação tecnológica desde 2020, a profissional assume agora a liderança do campus em Portugal, com o objetivo de desenvolver a nova estratégia de expansão da educação tecnológica a novos pontos do país.

“Estou entusiasmada por liderar uma equipa cheia de vontade de continuar a crescer e revolucionar o ensino tecnológico em Portugal. Temos planos de expansão ambiciosos para este ano e o desafio que tenho em mãos visará qualificar o talento tecnológico dos portugueses, independentemente do seu lugar de residência, bem como continuar a criar condições de acessibilidade para democratizar o ensino numa área competitiva e em crescimento”, afirma a nova líder da Ironhack, citada em comunicado.

Formada em antropologia pela Universidade Nova de Lisboa, Catarina Costa conta com mais de cinco anos de experiência na área de talento e recursos humanos. Começou a sua experiência profissional como recrutadora de IT na Edge Portugal e, desde então, esteve sempre ligada ao setor tecnológico.

Antes de chegar à Ironhack, passou ainda por uma empresa de outsourcing como gestora de talento e pela Talkdesk como gestora do programa de formação Tech Dojo. Em 2020, integrou a equipa da escola tecnológica como gestora de talento e parcerias, onde esteve responsável por dar apoio aos alunos em todo o processo de carreira. Agora como diretora da Ironhack, Catarina Costa terá o desafio principal de alargar a presença física da academia e reforçar o formato remoto dos bootcamps, em linha com a recente mudança de posicionamento de Ironhack Lisboa para Ironhack Portugal.

Além disso, estará responsável pela gestão da equipa e da operação local, por estabelecer parcerias com novas empresas para apoiarem a criação de bolsas de estudo e continuará focada em estreitar relações com empresas que necessitam de recrutar talento tecnológico.

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Portugal é sétimo da União Europeia com mais novos casos diários de Covid-19

  • Lusa
  • 18 Abril 2022

Portugal teve uma média de 995 novos casos diários por milhão de habitantes, acima da média europeia de 819 e da mundial, que está em 110.

Portugal é o sétimo país da União Europeia (UE) com mais novos casos diários de Covid-19 por milhão de habitantes na última semana, mas as mortes diárias atribuídas à doença mantêm-se estáveis, segundo o site estatístico Our World in Data.

De acordo com os números atualizados à data desta segunda-feira, Portugal teve uma média de 995 novos casos diários por milhão de habitantes, acima da média europeia de 819 e da mundial, que está em 110.

Na UE, o Chipre apresenta a média maior, com 1.920 novos casos por milhão de habitantes, seguido de França (1.850), Alemanha (1.340), Luxemburgo (1.270) e Áustria (1.150).

A nível mundial, e considerando apenas países ou territórios com mais de um milhão de habitantes, a Coreia do Sul tem a média mais alta neste indicador (2.590), seguida de Chipre, França, Austrália (1.710) e Nova Zelândia (1.570).

Em relação às novas mortes por milhão de habitantes atribuídas à doença, Portugal apresenta uma média diária de 2,3, ligeiramente abaixo da média de 2,4 que o Our World in Data contabilizava há duas semanas. A média da União Europeia neste indicador está em 1,8 e a mundial em 0,3.

Dos países da UE, a Grécia apresenta a média maior (6,3), seguida da Finlândia (4,7), Eslováquia (4,5), Malta (4,4) e Áustria (3,5).

A nível mundial e considerando apenas países com mais de um milhão de habitantes, Hong Kong (região administrativa especial chinesa) apresenta a média maior (6,9), seguido da Grécia, Finlândia, Eslováquia e Coreia do Sul (4,3).

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A Croffee tem uma nova imagem e uma nova campanha

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Abril 2022

A Croffee, marca de barras energéticas da Delta, lançou um novo packaging e uma nova campanha com assinatura da By.

A By é a agência responsável pelo relançamento da marca Croffee. Um desafio que começou pela renovação do packaging e respetiva identidade, e estendeu-se à mais recente campanha de comunicação, que pretende posicionar a marca como o boost de energia que se precisa para enfrentar a rotina. Os 3 sabores (Aveia, Amêndoas e Canela; Amêndoas, Chocolate e Sal Marinho; e Caramelo Salgado) são altamente saciantes, contêm cafeína natural e, por isso, são a opção ideal para quem anda sempre de um lado para o outro.

E se a marca se quer assumir como a melhor opção para a azáfama do dia-a-dia, seja a caminho do trabalho ou de casa, entre o colégio do mais novo e a escola do mais velho, entre calls e reuniões, há uma verdade indesmentível: lá pelo meio, cabe sempre uma Croffee.

Foi esta premissa que levou ao conceito “Energia nos entretantos”, onde a barra de cereais assume uma posição no meio de palavras associadas a momentos tradicionalmente menos positivos na nossa vida.

A By é ainda responsável pela nova página de Instagram da marca, que se pretende também colocar como o entretanto perfeito entre scrolls, stories e publicações.

Além das redes sociais, a campanha está presente em ponto de venda, prevendo-se que se estenda a outros meios.

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FMI vai financiar reformas estruturais e resiliência para travar impacto das guerras e pandemias

Fundo Monetário Internacional (FMI) quer canalizar recursos para financiar medidas que promovam a resiliência dos países face a choques externos e reformas estruturais há muito necessárias.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem agora um novo instrumento para melhorar a resiliência dos países face a choques externos, como guerras e pandemias. A criação do Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, conhecida esta segunda-feira, foi aprovada pelo conselho executivo do FMI na semana passada.

Num comunicado, o FMI argumenta que os “desafios da pandemia, efeitos secundários dos choques geopolíticos e problemas estruturais de longa data são um enorme impedimento à estabilidade da balança de pagamentos e ao crescimento resiliente e sustentável”. Ora, como é habitual, os países de baixos e médios rendimentos acabam por ser os mais vulneráveis a este tipo de problemas.

“Neste contexto, o FMI aprovou o estabelecimento do Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, com efeito a partir de 1 de maio de 2022”, acrescenta o comunicado. Este fundo vai complementar o portefólio de ferramentas de apoio do FMI. Além disso, também se debruçará sobre desafios estruturais como as alterações climáticas e medidas de contingência para futuras pandemias.

Para tal, o FMI vai canalizar Direitos Especiais de Saque (SDR) — um ativo de reserva internacional quase equiparado a dinheiro — de países com “fortes posições externas” para “países onde as necessidades são maiores, providenciando apoio às políticas e financiamento de longo prazo acessível para reforçar a resiliência e sustentabilidade dos membros”, refere a nota.

O FMI explica que o novo fundo estará, por isso, assente em empréstimos, com “recursos mobilizados numa base voluntária”. “Cerca de três quartos dos membros do FMI serão elegíveis” para obterem financiamento neste novo instrumento, estima o fundo, que calcula que as necessidades de recursos rondem os 33 mil milhões de SDR.

Em linhas gerais, o acesso ao novo instrumento vai depender da “força das reforças” e “sustentabilidade da dívida” do país em causa e o financiamento será limitado a 150% da quota ou até mil milhões de SDR. Os empréstimos atingem a maturidade em 20 anos e beneficiam de um período de carência de dez anos e meio.

“O Fundo de Resiliência e Sustentabilidade vai estar preparado para começar as operações de financiamento assim que uma massa crítica de recursos de uma base alargada de contribuidores seja alcançada e assim que sistemas financeiros e processos robustos estejam em vigor”, refere o FMI. O conselho executivo reconheceu também que a criação deste fundo vai exigir um reforço ao nível dos recursos humanos.

Esta medida do FMI surge mais de dois anos depois do início da pandemia e cerca de mês e meio depois do início da invasão da Rússia à Ucrânia, cujas ondas de choque estão a causar estragos na economia mundial.

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Sonae Arauco levanta 184 milhões em primeiro financiamento verde

  • Lusa
  • 18 Abril 2022

Sonae Arauco financia-se em 184 milhões de euros ligados ao desempenho de sustentabilidade, e estabelece meta de redução de acidentes de trabalho com baixa médica.

A Sonae Arauco anunciou esta segunda-feira que subscreveu um financiamento de 184 milhões de euros ligado ao seu desempenho de sustentabilidade, comprometendo-se a aumentar em 19% o volume de madeira reciclada incorporada nos seus produtos até 2026.

De acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira pela empresa de soluções de madeira, a taxa de juro deste financiamento “pode variar em função de dois indicadores ESG [‘Environmental, Social e Governance’]: o incremento da compra de madeira reciclada e a diminuição de acidentes de trabalho com baixa médica”.

“Este financiamento está alinhado com a estratégia da Sonae Arauco e demonstra que estamos comprometidos com uma evolução sustentada da atividade, em que a saúde e a segurança dos nossos colaboradores são a nossa maior prioridade”, referiu o diretor financeiro da Sonae Arauco, António Castro, citado no documento.

O responsável acrescentou que o compromisso de ligar a sustentabilidade da empresa ao seu desempenho “é um passo natural” para criar soluções que desempenhem “um papel relevante no desafio das alterações climáticas”.

A Sonae Arauco compromete-se a aumentar em 19% o volume de madeira incorporada nos seus produtos e estabelecei ainda a meta de uma redução dos acidentes de trabalho com baixa médica.

Os indicadores de desempenho foram validados pela S&P e alinham-se com os princípios dos empréstimos ligados à sustentabilidade da Loan Market Association.

A operação foi liderada pelo CaixaBank e contou, também, com a participação do ABANCA, Caixa Geral de Depósitos, Export Development Canada e The Bank of Nova Scotia.

A Sonae Arauco estima ter colocado, ao longo do último ano, produtos no mercado que permitiram reter cerca de 3,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Com o portefólio extenso de soluções de madeira para o setor da construção, mobiliário e design de interiores, a empresa assume-se como uma das maiores a nível mundial nas soluções derivadas de madeira.

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CGD com problemas no funcionamento do serviço Caixadirecta

  • Lusa
  • 18 Abril 2022

A Caixa Geral de Depósitos confirmou esta segunda-feira que registou problemas no funcionamento do serviço Caixadirecta, mas não indicou o motivo. Dificuldades já foram ultrapassadas.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) confirmou esta segunda-feira que registou problemas no funcionamento do Caixadirecta.

“Registamos uma instabilidade no funcionamento do Caixadirecta. Estamos a trabalhar para recuperar o serviço. Contamos ter a funcionar o Caixadirecta ao início da tarde”, disse fonte oficial do banco público quando questionado pela Lusa sobre dificuldades no acesso ao serviço online do banco.

Entretanto, o banco deu conta de que as dificuldades no serviço já foram ultrapassadas.

A CGD não indicou o motivo dos problemas no serviço de homebanking Caixadirecta.

(Notícia atualizada às 14h46)

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