“Estarei cá quatro anos e seis meses”, garante Costa

Primeiro-ministro dirigiu-se a Rui Rio e afirmou que estará no Governo até ao final do mandato.

O primeiro-ministro assegura que se vai manter no Governo até ao fim do atual mandato. Durante o debate do Programa do Governo no Parlamento, esta quinta-feira, António Costa dirigiu-se a Rui Rio, afirmando ter a “sensação” de que o social-democrata “queria uma segunda volta das eleições”.

“Estarei cá mais quatro anos e seis meses”, afirmou António Costa, dirigindo-se diretamente a Rui Rio. “Fiquei com a sensação de que queria uma segunda volta das eleições. Mas a ver o bom exemplo da segunda volta que conseguiu no círculo da Europa, vamos a isso”, atirou o primeiro-ministro, entre risos, recebendo os aplausos da banca socialista.

António Costa continuou e acrescentou: “Começo, aliás, a perceber porque é que vai adiando as eleições internas do seu partido… é a ver se ainda a tempo de uma segunda volta comigo”. Foi aqui que o primeiro-ministro afirmou que estará no Governo “mais quatro anos e seis meses” à espera de Rui Rio. “Portanto, tem tempo de ir e voltar e eu ainda cá estarei”, atirou.

Estas declarações surgem depois de Marcelo Rebelo de Sousa, durante a tomada de posse do novo Governo, ter avisado o primeiro-ministro que será difícil a sua substituição a meio da legislatura. “Agora que ganhou, e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza de que vossa excelência sabe que não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições, possa ser substituída por outra a meio do caminho”.

“Já não era fácil no dia 30 de janeiro, tornou-se ainda mais difícil depois do dia 24 de fevereiro”, acrescentou o Presidente da República, dirigindo-se diretamente a António Costa, e referindo-se à invasão russa da Ucrânia.

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Governo dá desconto de 16 cêntimos nos combustíveis

O Governo vai avançar com uma redução do ISP “equivalente à redução do IVA para 13%”, que deverá dar um desconto de 15,7 cêntimos no preço do gasóleo e de 16,2 cêntimos no preço da gasolina.

Enquanto espera pela autorização de Bruxelas para baixar o IVA, o Governo vai avançar com uma redução do ISP “equivalente à redução do IVA para 13%”. São menos 16 cêntimos, por litro, no ISP.

António Costa pediu à Comissão Europeia autorização para baixar o IVA dos combustíveis: “É mais prático e traduz-se diretamente no bolso dos portugueses”, tinha dito o primeiro-ministro. Mas o Governo ainda não obteve o ‘ok’ de Bruxelas e, enquanto espera, vai tomar uma medida que não passa por baixar o IVA diretamente, mas que terá um efeito equivalente.

“Para os combustíveis, e enquanto não recebemos resposta ao nosso pedido pela Comissão Europeia”, explicou António Costa esta quinta-feira no debate sobre o Programa de Governo, avançando que a “redução do ISP é equivalente à redução do IVA para 13%”.

Segundo os cálculos do ECO, e tendo em conta dos preços médios praticados esta segunda-feira, uma descida do IVA para 13% representa um desconto de 15,7 cêntimos no preço do gasóleo e de 16,2 cêntimos no preço da gasolina. Só que esta descida será feita via redução do ISP em vez de descida no IVA.

Para avançar com esta alteração, o Governo provavelmente terá de esperar uma alteração da lei no Parlamento, já que a lei fixa um limite máximo à descida do ISP nos combustíveis.

Segundo as contas da Deloitte, sem uma alteração à lei, o Governo ainda tem margem para baixar o ISP associado à gasolina em 27,2 cêntimos por litro, e em 13,6 cêntimos por litro naquele associado ao gasóleo. Na gasolina a lei ainda dá margem ao Governo para baixar o valor pretendido, mas no gasóleo não.

Recorde-se que atualmente, o ISP já está reduzido em 4,7 cêntimos no caso do gasóleo, e de 3,7 cêntimos no caso da gasolina, por causa da promessa do Governo de devolver o excesso de ganho no IVA com a subida recente dos combustíveis.

O Governo vai manter os mecanismos de compensação dos aumentos de receita fiscal e alargar a suspensão do aumento da taxa de carbono até 31 de dezembro, para além desta nova redução do ISP. De acordo com os cálculos do Governo, “aos preços de hoje, estas medidas traduzem-se numa redução de 52% do acréscimo do preço do gasóleo e 74% do acréscimo do preço da gasolina que temos registado desde outubro do ano passado”, sinalizou Costa.

O primeiro-ministro não avançou o impacto económico desta redução adicional do ISP nos cofres no Estado. No entanto, segundo as contas que o ECO tinha já feito, a redução do IVA dos combustíveis para 13% custaria cerca de 65 milhões de euros por mês ao Estado.

(Notícia atualizada às 16h15)

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UEFA limita gastos com salários e transferências a 70% das receitas dos clubes

  • Lusa
  • 7 Abril 2022

A aplicação dos novos regulamentos será feita de forma progressiva, obrigando a que a limitação de despesas se situe em 90% na época 2023/24 e de 80% em 2024/25.

A UEFA aprovou os Regulamentos de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira, que limitam os gastos com salários, transferências e taxas de empresários a 70% das receitas dos clubes, informou esta quinta-feira o organismo regulador do futebol europeu.

O novo quadro regulamentar, que foi aprovado pelo Comité Executivo da UEFA e pretende contribuir para a estabilidade financeira das equipas, entra em vigor em 1 de junho de 2022, mas será aplicado de forma gradual, ao longo de três anos, para permitir que os clubes tenham tempo para se adaptarem.

A maior inovação no novo regulamento será a introdução de uma regra de custo do plantel para permitir melhor controlo de custos em relação aos salários dos jogadores e aos custos de transferência”, explicou o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

O objetivo do designado fair-play financeiro passa por limitar gastos com salários, transferências e taxas de empresários a 70% das receitas dos clubes, através de avaliações periódicas, com a UEFA a advertir que “as infrações resultarão em punições financeiras e desportivas predefinidas”.

A razão pela qual a aplicação dos novos regulamentos se fará de forma progressiva resulta do facto de os contratos em vigor apresentarem um prazo médio de cerca de três anos, obrigando a que a limitação de despesas se situe em 90% na época 2023/24 e de 80% em 2024/25.

Ceferin assinalou que, apesar de as primeiras formas de regulação financeira, introduzidas em 2010, tenham cumprido o propósito para que foram criadas, “a evolução da indústria do futebol e os efeitos financeiros da pandemia de covid-19 tornaram evidente a necessidade de uma reforma integral”, alicerçada em três pilares: solvabilidade, estabilidade e controlo de custos.

A nova regra que impõe a inexistência de dívidas a outros clubes, funcionários, autoridades e à própria UEFA será efetuada através de controlos trimestrais, com “menos tolerância relativamente a atrasos nos pagamentos”, a fim de proporcionar melhor proteção aos credores.

Não obstante os novos requisitos terem aumentado o “desvio aceitável” de 30 para 60 milhões de euros em três anos, os requisitos para garantir o valor justo das transações, melhorar o balanço financeiro dos clubes e reduzir dívidas foram significativamente reforçados.

“Estou muito satisfeito com o apoio de todas as partes, ligas, clubes e membros do Comité Executivo. Estes regulamentos vão ajudar-nos a proteger o futebol e prepará-lo para impactos futuros, enquanto fomentam o investimento racional e constroem um futuro sustentável”, observou Ceferin.

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Fundações Oceano Azul e Gulbenkian procuram startups para acelerar bioeconomia azul

Lançado em 2018, o programa Blue Bio Value já acelerou 59 empresas de 19 nacionalidades, sob a orientação de mais de 50 mentores.

As fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian estão à procura de startups e PME para acelerar a bioeconomia azul. As candidaturas para a 5.ª edição do Programa Blue Bio Value Aceleração decorrem até 30 de maio.

“O Blue Bio Value é um passo importante para o crescimento de uma bioeconomia azul. Só assim poderemos chegar a um novo modelo de desenvolvimento não destrutivo do capital natural, que contribua para a sustentabilidade do oceano e que, em simultâneo, seja economicamente viável”, defende José Soares dos Santos, presidente da Fundação Oceano Azul, citado em comunicado.

“O Programa Blue Bio Value tem apostado na valorização do capital natural azul no apoio a iniciativas dedicadas à descoberta de novas utilizações sustentáveis dos recursos marinhos, criando ainda condições para que o mercado absorva as soluções mais inovadoras na área da biotecnologia azul. É um programa que tem colocado Portugal não só num papel de destaque entre os impulsionadores do enorme potencial do oceano, mas também na liderança mundial da bioeconomia e biotecnologia azul”, diz, por seu turno, Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

O programa, realizado em parceria com a Bluebio Alliance e implementado pela MAZE, dirige-se a empresas que estejam a desenvolver negócios a “partir de aplicações que incorporem recursos biológicos marinhos, com destaque para a biotecnologia marinha, acelerando o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, que valorizem o Oceano e tenham um impacto positivo na descarbonização das indústrias.”

Lançado em 2018, o programa já acelerou 59 empresas de 19 nacionalidades, sob a orientação de mais de 50 mentores. Cerâmica feita a partir de escamas de peixe, plásticos biodegradáveis criados com espinhas e outros restos de processamento de pescado, têxtil obtido a partir de plantas halófitas encontradas em sapais ou cosméticos com compostos ativos extraídos de algas são alguns dos exemplos de soluções sustentáveis que já foram aceleradas no âmbito do Blue Bio Value.

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Costa anuncia baixa mais agressiva no ISP dos combustíveis

A queda no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, mais expressiva daquela que já tinha avançado, será equivalente à redução do IVA para 13%.

O Governo decidiu aprofundar a redução do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), novamente através de um mecanismo relacionado com o IVA aplicado aos combustíveis. A diminuição será equivalente à redução do IVA para 13%, medida para a qual o Executivo pediu aprovação a Bruxelas mas ainda não a obteve.

“Amanhã [8 de abril], mal o Governo entre em plenas funções, aprovaremos um novo pacote medidas direcionadas à contenção dos aumentos de preços de bens energéticos e agroalimentares“, anunciou António Costa, na apresentação do Programa de Governo no Parlamento, esta quinta-feira. Um dos eixos é a contenção dos preços da energia.

Enquanto o Governo não recebe resposta da Comissão Europeia ao pedido para baixar o IVA dos combustíveis, avança a “redução do ISP equivalente à redução do IVA para 13%“, aponta o primeiro-ministro. Além disso, o Governo vai manter os mecanismos de compensação dos aumentos de receita fiscal e alargar a suspensão do aumento da taxa de carbono até 31 de dezembro.

“Aos preços de hoje, estas medidas traduzem-se numa redução de 52% do acréscimo do preço do gasóleo e 74% do acréscimo do preço da gasolina que temos registado desde outubro do ano passado”, sinalizou Costa.

Perante os aumentos nos preços dos combustíveis, o Governo já tinha reduzido o ISP, avançando entretanto com uma fórmula que compensava a subida na receita de IVA com um corte de ISP. No entanto, em duas das últimas semanas, este imposto acabou por não mexer, já que os preços acabaram por cair.

Para estas alterações, o Governo tem determinado através de portaria, dentro do intervalo que foi já definido, a taxa a aplicar, medida para a qual não precisa de ir à Assembleia da República.

Segundo cálculos apresentados ontem por fiscalistas da Deloitte, o Governo ainda tinha margem para baixar o ISP associado à gasolina em 0,272 euros por litro, e em 0,136 euros por litro naquele associado ao gasóleo, face à taxa aplicada atualmente. Os preços na bomba já incorporam um desconto temporário do ISP de 4,7 cêntimos por litro de gasóleo e 3,7 cêntimos por litro de gasolina.

Tal como referido por Costa, o Executivo tinha também intenção de baixar o IVA aplicado aos combustíveis, tendo já avançado com um pedido à Comissão Europeia para o fazer, sendo que este imposto está também sujeito a diretivas europeias que determinam que deve ser aplicada a taxa máxima. No entanto, não recebeu ainda resposta.

Mesmo sem esta autorização, já há onde se tenham aplicado estas medidas: é o caso da Polónia, que decidiu começar já a aplicar taxa reduzida no IVA, embora tal seja contrário à diretiva europeia.

O primeiro-ministro anunciou também, no conjunto de medidas para os setores mais afetados pelo aumento de preços, que irá alargar até ao final deste ano a redução do ISP sobre gasóleo colorido e marcado agrícola.

(Notícia atualizada às 15h30)

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Governo entrega proposta de OE 2022 na próxima semana

O programa de Governo tem um “reajustamento” às consequências da guerra na Ucrânia, que introduzem um elevado grau de incerteza. Deputados vão questionar o primeiro-ministro.

Os deputados da Assembleia da República discutem, em plenário, o programa de Governo do novo Executivo de António Costa, que tomou posse na semana passada. A ministra dos Assuntos Parlamentares Ana Catarina Mendes explicou que o programa de Governo mantém as promessas eleitorais, mas tem um “reajustamento” às consequências da guerra na Ucrânia.

No discurso de tomada de posse, o primeiro-ministro, sublinhou que a guerra na Ucrânia “acrescenta um enormíssimo fator de incerteza”, “agrava a pressão inflacionista, que a rutura das cadeias de produção durante a pandemia e um mercado de energia disfuncional provocaram. Esta guerra, acima de tudo, é um teste à capacidade das democracias de garantirem a paz”, sustentou, sem no entanto especificar as políticas a adotar no curto prazo.

O primeiro-ministro vai responder às questões, sendo que são já conhecidas críticas por parte do segundo maior partido, o PSD, que critica a ausência de “espírito reformista” no programa. Além disso, vem aí uma moção de rejeição ao programa do Governo, avançada pelo Chega.

Acompanhe aqui em direto.

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Canadiana Jolera dá “pulo tecnológico” do Porto até Amarante

A multinacional de tecnologia, que já tem uma sucursal no Porto, vai montar uma operação em Amarante para prestar serviços de gestão, monitorização, segurança e suporte aos clientes.

A Jolera, que tem sede no Canadá e sucursais em Toronto e no Porto, vai instalar-se no Instituto Empresarial de Amarante. A operação arranca este ano com seis colaboradores e prevê dobrar o número de postos de trabalho até ao final de 2023, embora “a ideia [seja] continuar a crescer”.

A garantia é de Pedro Pereira, diretor de operações da Jolera Europa, que viu em Amarante “uma boa oportunidade, fruto das condições criadas pelo município e toda a envolvência, nomeadamente a formação que existe em redor”. E que aponta como “fatores que vão, com certeza, ajudar na expansão” do grupo.

Fundada há mais de duas décadas, a empresa canadiana fornece serviços e soluções de tecnologias de informação a cerca de 1.500 clientes em todo o mundo. Conta atualmente com uma equipa superior a 250 técnicos especializados e, a partir de Amarante, vai prestar serviços de gestão, monitorização, segurança e suporte aos clientes.

Durante a sessão de apresentação realizada esta quinta-feira no auditório do Instituto Empresarial do Tâmega, que é liderado por André Costa Magalhães, o presidente da Câmara, José Luís Gaspar, falou num “dia feliz” e sublinhou, citado num comunicado, que a escolha da Jolera “não acontece por acaso”.

José Luís Gaspar, presidente da Câmara de Amarante, e Pedro Pereira, diretor de Operações da Jolera Europa

“O facto de mais uma multinacional ter escolhido Amarante para se instalar resulta do trabalho que temos vindo a desenvolver, nomeadamente pela ação da InvestAmarante e que, nos últimos anos, se tem vindo a concretizar com a instalação de multinacionais do setor tecnológico no nosso território”, acrescentou o autarca, eleito pelo PSD.

Cluster tecnológico com três programas

A atração desta multinacional acontece no âmbito do Amarante Tech Hub, um cluster tecnológico para a criação de projetos específicos de atração de empresas e talento. É o caso do programa “Talent Move to Amarante”, que desafia profissionais do setor tecnológico a viverem durante um mês em Amarante; ou do “Talent Check-In”, que está a criar uma rede de profissionais do setor tecnológico que tenham interesse em receber oportunidades de emprego e informação eventos tecnológicos.

Já o “Move Your Business to Amarante” é dirigido a empresas tecnológicas que procuram profissionais qualificados e que estejam interessadas em abrir uma delegação em Amarante. O município nortenho promete “qualidade de vida, mas também quantidade de profissionais disponíveis para recrutamento”, calculando que todos os anos são formados 500 estudantes nas áreas de tecnologia nesta região.

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Wall Street cai pela terceira sessão com investidores a digerir Fed

Os três principais índices norte-americanos arrancaram a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, desvalorizando pela terceira sessão consecutiva.

Após duas sessões de fortes perdas, Wall Street mantém-se em terreno negativo no arranque de mais uma sessão. Esta quinta-feira, nos primeiros minutos de negociações, os três principais índices norte-americanos registam quedas, com os investidores a digerir os sinais dados pela Fed quanto ao futuro da política monetária. Os bons dados do mercado de trabalho divulgados contribuem para a ideia de que o aperto monetário veio para ficar.

O Dow Jones desvaloriza 0,41%, para 34.356,04 pontos; o Nasdaq cede 0,22%, para 13.920,75 pontos; e o S&P 500 desliza 0,06%, para 4.478,43 pontos.

Esta quinta-feira, os investidores ficaram a conhecer os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, com mais uma melhoria. Na semana passada, os novos pedidos de subsídio de desemprego caíram para o nível mais baixo em mais de 53 anos, de acordo com os números do Departamento do Trabalho norte-americano.

Os novos pedidos de desemprego baixaram para 166 mil, abaixo dos 200 mil previstos pela Dow Jones e 5.000 abaixo do valor da semana anterior, a qual foi revista em baixa significativamente. Este é o valor mais baixo desde novembro de 1968, o que reflete a força do mercado de trabalho numa altura em que há falta de trabalhadores em certos setores.

Segundo a CNBC, há mais cinco milhões de ofertas de emprego do que trabalhadores disponíveis, uma situação que está a pressionar os salários em alta e a contribuir para a aceleração da inflação nos EUA. Esse tem sido, aliás, o motor dos mercados financeiros nos últimos meses, a par dos impactos da invasão russa na Ucrânia, uma vez que a inflação têm registado valores historicamente elevados.

Essa evolução dos preços está a colocar dificuldades à condução da política monetária nas economias ocidentais, com o perigo de estagflação — um período de baixo crescimento e de elevada inflação — à porta. A Reserva Federal norte-americana deu esta semana mais um sinal de que poderá acelerar a normalização da política monetária, começando a reduzir os ativos (dívida pública principalmente) que comprou durante a última década, alem de subir os juros diretores.

Esta quarta-feira as minutas da reunião de março da Fed mostravam que a maioria dos governadores concorda com a redução do balanço para lutar contra a aceleração da inflação, tendo aumentado a preocupação com a generalização do aumento dos preços a toda a economia norte-americana. Estima-se que a posição “neutral” dos juros se situe em cerca de 2,4% (atualmente está nos 0,2%).

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Konecta e Comdata fundem-se para criar um gigante global do outsourcing

  • Servimedia
  • 7 Abril 2022

Esta operação permitirá ao novo grupo atingir uma faturação de cerca de dois mil milhões de euros, e será presidido por José María Pacheco, presidente da da Konecta.

Konecta, a multinacional espanhola de tecnologia especializada em fornecer soluções de Customer Experience, chegou a um acordo com a empresa italiana Comdata, fundada em 1987 e presente em 21 países, noticia a Servimedia.

A fusão permitir-lhes-á atingir um volume de negócios de cerca de 2.000 milhões de euros, um Ebitda que atingirá 300 milhões de euros uma vez concluída a integração, e a gestão de uma mão-de-obra de cerca de 130 mil colaboradores.

Esta operação, resultado da estratégia de crescimento, escala, diversificação e internacionalização concebida por José María Pacheco, foi apoiada pela Kronos, uma empresa através da qual o fundo britânico ICG (Intermediate Capital Group), liderado em Espanha por Jaime Chocrón, investiu, bem como pelos fundadores da Konecta e pelas equipas de gestão de ambos os grupos, avança a agência de notícias espanhola.

Esta transação é a mais importante desde a aquisição em março de 2019 de 100% da empresa pelo seu presidente e fundador José María Pacheco, juntamente com a equipa de gestão da Konecta, e com o fundo britânico ICG.

Para José María Pacheco, a operação significa “mais um passo em frente na execução dos planos estabelecidos para a empresa. Com esta união estamos a criar um grupo líder no fornecimento de soluções tecnológicas e serviços de Customer Experience. Demonstra a capacidade da Konecta de continuar a avançar nos seus planos de crescimento”, acrescentou, citado pela Servimedia.

O novo grupo será presidido por José María Pacheco, presidente da Konecta, e incluirá Jesús Vidal Barrio, CEO da Koneca, e Maxime Didier, CEO da Comdata.

Os objetivos são manter a taxa de crescimento orgânico da empresa, continuar a avançar nos serviços e modelos de negócio baseados em Big Data, Inteligência Artificial, Marketing Digital, Robotização e Automação, bem como analisar possíveis novas aquisições, visando principalmente o mercado dos EUA.

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Responsáveis do BCE divididos na resposta à guerra

Atas da última reunião do banco central mostram que alguns responsáveis entendem ser necessário subir os juros no terceiro trimestre, mas outros preferem esperar para ver como evolui a guerra.

Os responsáveis de política monetária do BCE estão divididos quanto àquela que deve ser a resposta do banco central aos efeitos da guerra na Europa. É o que mostram as atas da última reunião, que teve lugar em 9 e 10 de março, divulgadas esta quinta-feira.

Uns defenderam que o BCE deve definir uma data para o fim das compra de ativos e que é adequado começar a subir as taxas de juro no terceiro trimestre. Outros entendem que o banco central deve adotar uma postura de “esperar para ver”, por causa da incerteza que se gerou com a invasão da Rússia à Ucrânia.

O resumo das atas foi feito pela Bloomberg e é o reflexo de um contexto económico com traços inéditos, numa altura em que é necessário adotar medidas para travar uma inflação em máximos históricos, mas também ter em conta que um aperto das condições financeiras podem desencadear uma recessão.

O BCE surpreendeu os mercados no mês passado ao sinalizar que pretende acelerar o fim das compras de ativos. Assim, os investidores estão a medir cada declaração emanada do banco central, na esperança de entender quando é que o BCE tenciona subir os juros, depois do fim dos estímulos.

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Uber adiciona aviões e comboios para ser “super app” de transportes

Empresa reforça oferta de serviços no Reino Unido depois de ter conseguido estender licença para operar em Londres. Se a experiência correr bem, será replicada noutros países.

Dara Khosrowshahi, o CEO da Uber, há vários anos que traçou a ambição de construir “a Amazon dos transportes”. Esta semana, a empresa deu um passo decisivo nesse sentido, ao anunciar que a aplicação vai passar a permitir a compra de bilhetes de avião, comboio e autocarro. O serviço arranca no Reino Unido e, se correr bem, será estendido a outros países.

A estratégia de criar uma “super app”, lançada em 2018, foi travada pela pandemia, mas está agora a ganhar força. A empresa anunciou na quarta-feira que vai adicionar à sua aplicação a compra de viagens de avião, comboio e autocarro, bem como o aluguer de carros.

“Há vários anos que os clientes podem reservar viagens de carro, bicicletas, serviços de barco e scooters na aplicação Uber. Adicionar comboios e autocarros é uma progressão natural”, afirma Jamie Heywood, CEO da empresa no Reino Unido, num comunicado citado pela CNBC.

Até ao fim do ano, planeamos incorporar voos e, no futuro, hotéis, integrando parceiros líderes para criar uma experiência de viagem de porta em porta perfeita“, acrescenta o responsável. Um dos exemplos é o Eurostar, o comboio que liga Londres a algumas cidades europeias através do túnel do Canal da Mancha.

O anúncio marca a aposta estratégica da Uber em passar a integrar serviços de terceiros em vez de apenas a sua própria oferta. Para isso, a empresa de São Francisco vai integrar a ligação com os parceiros no seu software. Cobrará depois uma comissão pelas vendas.

Não é a primeira vez que a Uber o faz. Nos EUA, estabeleceu em 2019 uma parceria com a HeliFlite para lançar o Uber Copter, oferecendo ligações de helicóptero entre Manhattan e o aeroporto JFK. Em março, passou a integrar na app os táxis da cidade de Nova Iorque. No Reino Unido, juntou-se à Thames Clippers, em 2020, para oferecer viagens de barco no Tamisa.

A aposta no reforço de serviços no Reino Unido acontece depois de ter garantido uma licença de 30 meses para continuar a operar em Londres, após uma batalha legal com os reguladores locais.

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Prazo de entrega do Relatório Único adiado até 15 de maio

O Executivo decidiu dar mais um mês às empresas para apresentarem o Relatório Único, uma obrigação declarativa anual cujo prazo terminava a 15 de abril.

Foi adiado por um mês o prazo de entrega do Relatório Único, que exige às empresas a comunicação de várias informações sobre a respetiva atividade social, nomeadamente ao nível do emprego e das condições de trabalho. Este relatório, que é obrigatório entregar todos anos, deveria ser remetido até 15 de abril, mas o Executivo decidiu prolongar o prazo por mais um mês, de acordo com um comunicado do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho.

“O prazo de entrega do Relatório Único referente a 2021 foi adiado até 15 de maio de 2022”, pode ler-se o comunicado.

O GEP explica que o Relatório Único permite “conhecer melhor as empresas, o emprego e as condições de trabalho, constitui um instrumento chave para a definição e execução de políticas públicas, sociais e económicas” e avança que, o ano passado, “cerca de 300 mil empregadores entregaram o seu Relatório Único referente a 2020, com informação sobre as condições de trabalho de mais de três milhões de trabalhadores“.

“O Relatório Único é de entrega obrigatória para entidades empregadoras com trabalhadores por conta de outrem ao seu serviço no ano anterior (2021)”, lembra ainda o GEP, estando apenas dispensados os trabalhadores abrangidos pelo Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, porque têm legislação especial, não sendo abrangidos pelo Código do Trabalho.

Com as informações recolhidas neste relatório são elaborados os Quadros de Pessoal que traçam um raio-X do setor privado e são usados para definir e executar políticas públicas, sociais e económicas. O Quadros de Pessoal referente a 2020 foi publicado no passado dia 25 de março.

Este prorrogar de prazo vem assim responder aos pedidos dos empresários que estavam com dificuldades em cumprir o prazo de 15 de abril por causa do impacto da pandemia.

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