10 dicas para tentar fintar a inflação no supermercado
Faça uma lista de compras, defina o valor máximo que pode gastar, compare preços e quantidades e guarde os talões. O ECO sondou a Deco em busca de 10 dicas para aliviar a fatura do supermercado.
A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas e a seca, a atual conjuntura económica tem vindo a pesar na fatura das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o representa o valor mais elevado dos últimos 29 anos e um aumento de 1,9 pontos percentuais face a março, quando se fixou nos 5,3%. Esta tendência é, aliás, observada no aumento do preços produtos alimentares. Na última semana, o preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu mais 2,14 euros, o que representa um aumento de 1,07% face à semana anterior, superando já os 200 euros, segundo as últimas contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), com base na monitorização de 63 produtos.
Trata-se portanto, de um aumento pela sétima semana consecutiva, isto apesar de as percentagens semanais de aumento serem variáveis. A título de exemplo, na semana entre 9 e 16 de março, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, isto, é uma subida de 4,32% face à semana anterior. E se analisarmos a evolução de preços do cabaz de produtos alimentares desde o início da guerra, a diferença é ainda mais notória. Se a 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, o cabaz monitorizado pela Deco custava 183,63 euros, na quarta-feira já custava 202,94 euros, o que representa um aumento de 10,5% (mais 19,31 euros).
Para fazer face à escalada de preços, o Governo colocou em marcha um pacote de medidas que vão desde a devolução da receita adicional do IVA através do ISP dos combustíveis a um apoio de 60 euros para as famílias mais carenciadas, sendo que o mesmo já começou a ser pago às famílias com tarifa social de energia.
Certo é que a inflação está a ter consequências no poder de compra dos portugueses, com o custo dos bens essenciais a mais do que triplicar face ao aumento dos salários, segundo as contas do Jornal de Notícias. Mas afinal, que estratégias devem ser seguidas para poupar na fatura do supermercado? O ECO sondou a Deco em busca de 10 dicas para aliviar a fatura:
- Faça uma lista de compras e não saia de casa sem ela. Defina e estabeleça prioridades para fugir ao desperdício de dinheiro, comprando apenas o que realmente necessita;
- Faça uma análise prévia de mercado. Compare preços e quantidades, verifique diversas lojas e escolha o sítio certo onde comprar, o que pode levar a uma maior poupança e previdência financeira. A internet é uma boa ferramenta para este exercício;
- Defina o valor máximo do que pode gastar, tendo em conta o que necessita;
- Evite ir às compras de supermercado com o estômago vazio. A tentação é mais forte;
- Leia cuidadosamente os folhetos promocionais, cupões e cartões de descontos. Verifique se o preço compensa, se precisa do produto e o valor registado na caixa corresponde ao anunciado;
- Não vá com pressa, é bom ter tempo para analisar as melhores escolhas;
- Opte por embalagens maiores, dado que, em princípio, têm um preço por unidade de medida (por exemplo: quilo, litro) mais em conta. Assegure-se de que consegue gastá-las em tempo útil (em função da data de validade);
- Evite levar crianças. Em certas lojas, os produtos para os mais pequenos estão ao nível dos olhos, podem, por isso, tentar influenciar a compra de artigos mais atrativos que nem sempre são a melhor opção;
- Os produtos de “marca própria”, vulgarmente designados de “marca branca”, podem ser boas alternativas;
- Após a compra, lembre-se de ser precavido e responsável. Leve os seus sacos e guarde os talões da compra.
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