“Várias empresas disponíveis” para projeto-piloto da semana de 4 dias, diz Ana Mendes Godinho

A garantia de proteção dos trabalhadores será sempre a "prioridade total", garante a ministra do Trabalho. Ainda falta definir os parâmetros desse projeto-piloto.

A ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social adiantou esta quinta-feira que o Governo já recebeu indicação de “várias empresas” que se mostraram “disponíveis” para fazer parte do futuro projeto-piloto que irá testar a semana de trabalho de quatro dias. Contudo, ainda falta definir quais serão os parâmetros que esses projetos terão de respeitar.

Desde que esta matéria foi colocada na agenda e na ordem do dia, já tive várias empresas a manifestarem-se disponíveis para fazerem parte deste projeto-piloto, mas não queremos antecipar nem lançar o projeto-piloto sem antes definirmos os parâmetros que queremos garantir que estes projetos respeitem, nomeadamente a garantia de proteção dos trabalhadores, que será sempre a nossa prioridade total”, afirmou Ana Mendes Godinho na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que aprovou a proposta de lei que concretiza a agenda do trabalho digno.

Em causa está a proposta do Livre que foi aprovada na fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), além de que este objetivo de promover a discussão sobre a semana de quatro dias estar no programa eleitoral do PS e no programa do Governo.

A proposta de Rui Tavares sobre “novos modelos de organização do trabalho” tinha dois pontos, um sobre a discussão e outro sobre o projeto-piloto. “Em 2022, o Governo promove um amplo debate nacional e na concertação social sobre novos modelos de organização do trabalho, incluindo a semana de trabalho de quatro dias, como forma de promover uma maior conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar”, lia-se na proposta aprovada pelo PS.

Além disso, “em 2022, o Governo promove o estudo e a construção de um programa piloto que vise analisar e testar novos modelos de organização do trabalho, incluindo a semana de quatro dias em diferentes setores e o uso de modelos híbridos de trabalho presencial e teletrabalho“. A regulamentação desse projeto-piloto ficou a cargo do Governo, sendo da responsabilidade do Ministério do Trabalho.

Para já, a palavra de ordem é estudar. Ninguém quer fazer isto sem a devida reflexão. Isto é o Estado a fomentar a inovação nas formas de organização do trabalho mas tendo em conta a necessidade de acautelar os interesses dos trabalhadores“, justificou a ministra esta quinta-feira em declarações ao Diário de Notícias, referindo posteriormente em entrevista à RTP que quer que Portugal “seja um país líder nesta inovação”.

Na conferência de imprensa, a ministra do Trabalho explicou que o estudo sobre o projeto-piloto “será desenvolvido em sede de Concertação Social” de forma a se identificar os “requisitos e condições” que terão de ser cumpridos. Neste projeto-piloto, a adesão por parte das empresas será “voluntária” e, para já, apenas no setor privado.

Porém, o setor público não será esquecido. “Todas as formas de trabalho que estão a ser ponderadas para o regime privado também serão estudadas para a esfera da Administração Pública“, disse o Ministério de Mariana Vieira da Silva, o qual tutela a função pública, ao Público. Segundo o jornal, esta hipótese existiu no setor público entre 1999 e 2014, mas previa um corte de 20% no salário do funcionário público em causa.

(Notícia atualizada às 17h com mais informação)

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Empreendedorismo no feminino. Estados Unidos investem no talento português

Candidaturas para a nova edição do programa "Academy for Women Entrepreneurs" estão abertas até 22 de junho.

Estão abertas as candidaturas para uma nova edição do programa “Academy for Women Entrepreneurs” (AWE), que pretende apoiar as mulheres portuguesas no desenvolvimento das suas ideias empreendedoras. Depois de uma primeira edição com mais de 400 candidaturas, oriundas de 19 distritos de Portugal e com um financiamento total de 30.000 dólares, o objetivo desta edição — promovida pela Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Portugal, em parceria com a Drive Impact e o Impact Hub Lisbon — é reunir mais projetos, de diversas áreas, e aumentar o investimento em talento feminino nacional. A participação é gratuita e as inscrições estão abertas até 22 de junho.

“As mulheres têm uma natureza geradora e multiplicadora. Sabemos que quando são empoderadas economicamente, reinvestem nas suas famílias e nas comunidades onde estão. Os estudos dizem-nos que em Portugal foram gerados 25.000 empregos e registadas mais de 2.000 startups em 2021. É um mercado altamente aliciante, que atrairá mais atenção internacional”, começa por dizer Penny Rechkemmer, conselheira para a Diplomacia Pública na Embaixada dos EUA.

“Através da AWE, queremos apoiar ainda mais projetos de empreendedorismo feminino em Portugal, contribuindo para a geração e multiplicação de oportunidades”, continua, citada em comunicado.

Este ano, surge uma novidade no programa: um prémio de networking nos Estados Unidos. “A connect2global comparticipa com a oportunidade a alguns projetos selecionados de poderem viajar para os EUA para desenvolverem ações de networking com empreendedoras e parceiros locais”, explica Catarina Miguel Martins, diretora da Drive Impact, entidade implementadora do programa.

O programa prevê ainda formação online, em sessões síncronas com a plataforma Dreambuilder (disponibilizada pela Arizona State University, Thrunderbird School of Global Management), com construção do plano de negócios, mentorias especializadas e talks inspiracionais e técnicas.

O anúncio dos projetos vencedores apoiados com investimento financeiro da Embaixada dos EUA está marcado para dezembro de 2022, numa cerimónia que inclui a apresentação ao vivo das empreendedoras participantes.

Mais informações e inscrições aqui.

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Espanha deixa de exigir certificado Covid para viajantes da UE

Espanha decidiu terminar com as restrições de viagens para os cidadãos da União Europeia, pelo que deixou de exigir a apresentação de certificado digital Covid ou teste negativo à chegada ao país.

Espanha decidiu terminar com as restrições de viagens para os cidadãos da União Europeia (UE), pelo que deixou de exigir a apresentação de certificado digital Covid ou teste negativo à chegada ao país. Medida entra em vigor esta quinta-feira.

Em Espanha, devido às elevada taxa de cobertura vacinal, acima da média da União Europeia, e à situação favorável do sistema de saúde, considera-se adequado eliminar as restrições de viagem a pessoas provenientes de países pertencentes à União Europeia e dos países pertencentes ao espaço Schengen”, aponta a resolução da Direção-Geral de Saúde Pública espanhola publicada esta quinta-feira no Boletín Oficial del Estado, o equivalente ao Diário da República em Portugal.

Nesse contexto, e tendo em conta que “a resolução produz efeitos no mesmo dia da sua publicação”, a partir desta quinta-feira, os cidadãos provenientes da UE ou do Espaço Schengen já não precisam de apresentar certificado digital Covid à chegada a Espanha (incluindo de vacinação, testagem ou recuperação).

Não obstante, o governo espanhol sinaliza que as pessoas que cheguem a Espanha “por via área ou marítima” e que sejam provenientes de países terceiros “poderão ser submetidas a um controlo sanitário à entrada ao país, que inclui, pelo menos, o controlo da temperatura, um controlo documental e um controlo visual sobre o seu estado físico”.

Há cada vez mais países europeus a levantarem a exigência de apresentação de certificado Covid para os cidadãos da UE ou do espaço Schengen, como é o caso da Dinamarca, Eslovénia, Finlândia, Hungria, Irlanda, Islândia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Liechtenstein.

Quanto a Portugal, apesar de terem sido levantadas praticamente todas as restrições aplicadas no âmbito da pandemia, continua a ser exigido a apresentação de certificado Covid para entrar em Portugal, independentemente do país de origem.

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“Don’t count the Kilometres”. Neste livro, a caminhada tem como destino uma meta pessoal

O "Don't count the Kilometres", da autoria de João Perre Viana, proporciona uma reflexão mais abrangente sobre quem somos, para onde desejamos ir e, sobretudo, como podemos lá chegar.

João Perre Viana, fundador da Walking Mentorship, acaba de lançar um novo livro onde partilha o processo e metodologia da mentoria em caminhada. Ao longo de 400 páginas, divididas em sete capítulos e acompanhadas por fotografias dos programas feitos ao longo dos últimos sete ano, o livro “Don’t count the Kilometres” proporciona uma reflexão mais abrangente sobre quem somos, para onde desejamos ir e, sobretudo, como podemos lá chegar.

“Faça o que fizer, por favor, não pare. Aprendemos enquanto andamos, e se paramos de andar, paramos de aprender. Andar é muito mais do que exercício físico. É fundamental para a redução do stress, aumento do foco, concentração, motivação, memória e humor. Quando andamos, desenvolvemo-nos, ao nosso próprio ritmo”, começa por explicar João Perre Viana.

“Se fizermos isto com a natureza como pano de fundo, vamos conseguir prestar mais atenção, bem como pensar e refletir melhor. Ao promovermos a nossa autonomia e consciência, é mais fácil estabelecer objetivos e trabalhar para alcançar resultados”, acrescenta o autor, em comunicado.

O livro contém ainda um capítulo, “Dont try to do this at home”, onde se descreve detalhadamente como poderá efetuar um programa de Walking Mentorship em versão self-guided. Com o Caminho de Santiago como sugestão, são partilhados os locais onde poderá ficar, percursos pedestres e outras dicas para aproveitar ao máximo a experiência de mentoria, sozinho ou em equipa.

Com mais de 15 anos de experiência em mentoria a nível internacional, João Perre Viana, é membro do conselho consultivo em diferentes organizações e também professor convidado na EADA, em Barcelona e na Lviv Business School, na Ucrânia. Ao longo do seu percurso profissional, e pessoal, o profissional adquiriu uma vasta experiência como mentor de negócio em multinacionais, aceleradoras, incubadoras e programas corporate. Rapidamente percebeu que trabalhar as vertentes gestão de mudança e desenvolvimento pessoal dentro de quatro paredes não produzia os resultados pretendidos, e assim nascia o Walking Mentorship, a mentoria em caminhada, projeto que fundou juntamente com Nuno Santos Fernandes.

João Perre Viana colabora semanalmente com a Pessoas no projeto Walk Talks.

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Alcochete queixa-se de oferta insuficiente no arranque da Carris Metropolitana

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

No primeiro dia do novo serviço verificaram-se problemas diversos relacionados com os horários, insuficiente oferta face ao número de utilizadores e a inexistência de “postaletes”, aponta a autarquia.

A Câmara Municipal de Alcochete alertou esta quinta-feira para a insuficiente oferta de transporte no arranque da operação Carris Metropolitana no concelho, tendo já exigido uma “rápida e eficaz” resolução do problema.

Numa nota divulgada na sua página no Facebook, a autarquia de Alcochete (PS), no distrito de Setúbal, explica que no primeiro dia do novo serviço verificaram-se problemas diversos relacionados com os horários, insuficiente oferta face ao número de utilizadores e a inexistência de “postaletes” identificativos das carreiras nas paragens.

Face a estes constrangimentos detetados, a Câmara Municipal de Alcochete exigiu à Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) “uma resolução rápida e eficaz”. Os novos autocarros amarelos da Carris Metropolitana começaram a operar na quarta-feira em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, um primeiro passo para uniformizar os transportes rodoviários de passageiros em toda a Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Com a Carris Metropolitana, a oferta de transporte público no município de Alcochete aumenta em 10%, lê-se na nota divulgada esta quinta. No total, o concelho passa a contar com 19 linhas (carreiras), entre as quais duas linhas urbanas novas (Freeport-Fórum Cultural; São Francisco-Alcochete) e uma linha intermunicipal (Alcochete-Terminal Fluvial do Montijo, com passagem por Samouco e São Francisco).

Segundo a autarquia, toda a frota de autocarros é nova, existem 28 novas paragens e um Espaço Navegante para aquisição e carregamento do passe mensal. Anualmente, a câmara municipal investe cerca de 350 mil euros na nova rede de transportes públicos, verba que se destina ao financiamento do Passe Navegante.

Com a nova operadora metropolitana foram criadas quatro zonas de operação, duas envolvendo municípios da margem norte e outras duas na margem sul do Tejo. A ‘área 1’ inclui Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra, a ‘área 2’ Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira, a ‘área 3’ Almada, Seixal e Sesimbra e a ‘área 4’ Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.

A operação começou na quarta-feira pela ‘área 4’ e nas restantes áreas dentro de um mês, em 1 de julho.

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APESPE-RH acusa “Agenda do Trabalho Digno” de prejudicar setor privado do emprego

Apesar de concordar com algumas das medidas previstas, que estão em linha com o seu próprio documento M7, a APESPE-RH reprova sobretudo três pontos essenciais que considera impraticáveis.

A Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) crítica algumas das medidas chave da “Agenda do Trabalho Digno e Valorização dos Jovens no mercado de trabalho” considerando que prejudicam o setor privado de emprego. A proposta foi já aprovada pelo Governo e segue para o Parlamento.

“A medida mais grave é a que prevê ‘a introdução de um requisito de uma percentagem dos trabalhadores das empresas de Trabalho Temporário terem vínculos mais estáveis de modo a assegurar um reforço da estabilidade dos quadros destas empresas’, sobre a qual a APESPE-RH considera que contraria por completo a essência e a relevância do Trabalho Temporário e viola o princípio da iniciativa privada, criando na sua perspetiva uma clara inconstitucionalidade caso venha a ser aprovada”, afirma, em comunicado.

A associação não aceita que esta medida seja equacionada porque, em primeiro lugar, defende que “a possível colocação de qualquer trabalhador e respetivo motivo justificativo não é determinada pelas empresas de trabalho temporário, mas sim pelas empresas utilizadoras que requerem os serviços”.

“Em segundo lugar, passar o ónus de responsabilidade de contratação para empresas de trabalho temporário e criar vínculos permanentes faria com que os trabalhadores ficassem sujeitos a tarefas independentemente das suas competências e qualificações, pois as necessidades de contratação dependem das empresas utilizadoras.”

Por fim, a medida “teria um impacto negativo na competitividade das empresas utilizadoras ou nos seus níveis de serviço pois deixariam de ter a atual flexibilidade existente e que tão determinante é para a viabilidade de boa gestão de muitas empresas, com particular destaque para o setor primário e secundário”, acrescenta a APESPE-RH

Outra medida criticada pela associação é a que pretende “Tornar mais rigorosas as regras para renovação dos contratos de trabalho temporário, aproximando-as dos contratos a termo, estabelecendo como limite quatro renovações“. Neste ponto, a associação discorda totalmente pois considera que qualquer diminuição ou limitação ao número de renovações “prejudica gravemente esta forma de contratação”.

“Cada forma de contratação serve o seu propósito pelo que é um erro grave aproximar as regras do contrato de trabalho temporário às regras da contratação a termo. Adicionalmente, não fica claro que se trate de um limite de quatro ou seis renovações”, fundamental.

Finalmente, “consagrar obrigatoriedade de celebrar contrato por tempo indeterminado para cedência temporária entre ETT e o trabalhador sempre que este seja cedido ao abrigo de sucessivos contratos com diferentes utilizadores por mais do que quatro anos, duração máxima legalmente prevista para a contratação a termo” é outra medida com a qual a APESPE-RH não está de acordo. “A mesma terá um efeito nocivo na empregabilidade a longo prazo”, estima a associação. “Esta medida não prejudicará as empresas de trabalho temporário, mas sim os trabalhadores temporários. A necessidade prolongada por parte da empresa cedente é sempre determinada pelo utilizador.”

Ainda assim, a APESPE-RH concorda com algumas propostas da “Agenda do Trabalho Digno”, que também refletem o seu documento M7, com sete medidas para o mercado labora, apresentado em junho de 2020 ao secretário de Estado adjunto do Trabalho e da Formação Profissional. Essas medidas passam por definir as condições de acesso e abertura de empresas de trabalho temporário, recrutamento e seleção e outsourcing; refletir sobre as entidades de tutela e emissão de alvarás; ou ainda desenvolver um código de conduta em parceria com as entidades regulamentares e fiscalizadoras.

A APESPE-RH concorda ainda com medidas da “Agenda do Trabalho Digno” que preveem a integração dos trabalhadores temporários em caso de irregularidades no contrato estabelecido com a empresa de trabalho temporário; o combate ao recurso abusivo ao trabalho temporário e reforço da regulação e transparência das empresas do setor; ou a introdução de mais requisitos de atribuição e manutenção das licenças.

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EDP tem novo logótipo para a transição energética

“Our energy and heart drive a better tomorrow”. É este o purpose statement da EDP, que apresenta esta quinta-feira um novo logótipo, assinado pela britânica Pentagram

EDP apresenta rebranding da marca - 02JUN22

Our energy and heart drive a better tomorrow. É este o purpose statement da EDP, que apresenta esta quinta-feira um novo logótipo. O vermelho, cor que a energética adotou em 2004, é agora substituído por tons verdes, azuis e roxos. “Os verdes da natureza, os azuis que começam na natureza, no mar, na água, mas vão para a tecnologia, o azul é a cor da tecnologia. E vamos para os roxos, que têm tudo a ver com pessoas, com a diversidade cultural”, justifica ao ECO Vera Pinto Pereira, membro da comissão executiva da EDP e CEO da EDP Comercial.

O novo logótipo representa então a natureza, a tecnologia e as pessoas, três eixos centrais na nova imagem da marca, que pretende traduzir o compromisso com a descarbonização e as linhas apresentadas em 2021 no plano estratégico da empresa, atualmente presente em 28 geografias.

“É um logótipo feito em 2D, mas tem esta tridimensionalidade, este movimento constante. Diz muito sobre nós enquanto organização, sobre a nossa facilidade de adaptação e de reação. É delicado, mas ao mesmo tempo robusto. Num setor como o das utilities, a nossa tecnologia tem que ser robusta, tem que ser fiável. Tem a delicadeza de uma tecnologia complexa, mas a robustez de uma tecnologia fiável”, prossegue.

A espiral, por seu turno, pretende sugerir movimento e inovação constante. “É a circularidade da natureza. Reflete sobre a circularidade das economias, e pretendemos que sejam cada vez mais circulares nesta preocupação com a sustentabilidade, e acaba na circularidade das nossas próprias tecnologias de geração, as turbinas de água, as turbinas eólicas e o próprio sol. Para além do círculo ser a forma perfeita, a circularidade é também o que está na base de inspiração da imagem”, prossegue.

A espiral não tem princípio nem fim: “Temos uma história enorme. A marca não pretende passar a ideia de que ‘hoje começa algo’. Hoje não começa nada hoje, continua algo de extremamente impactante e importante. E que nos leva para o futuro, sem limite, sem fim”, diz Vera Pinto Pereira, garantindo que esta nova imagem não pretende traduzir um corte com o passado.

O novo logótipo é assinado pela britânica Pentagram, agência de design também presente em Nova Iorque, Berlim e Texas. E porque não por uma agência local? “Por duas razões principais, a primeira é que seria difícil escolher uma em detrimento dos outros, em Portugal. Acho que temos agências ótimas e seria difícil entregar este rebranding tão importante. Mas a segunda razão foi que encontramos na Pentagram uma equipa multidisciplinar e também multicultural. A Marina Wiler, que é a principal designer do escritório de Londres é brasileira. Na equipa havia também uma designer portuguesa e Hamlet Auyeung, chinês. São pessoas que conhecem as regiões nas quais estamos”, justifica ao ECO Vera Pinto Pereira.

O logótipo será aplicado para todas as unidades do grupo, sempre com as mesmas cores. É “one company, one culture, one brand”, sintetiza Vera Pinto Pereira.

E este é o melhor momento para apresentar uma mudança de imagem? “Qual é o bom momento? Desde que o nosso plano de negócios não seja posto em causa, tenhamos um orçamento adaptado à realidade, é sempre um bom momento para arrumar a casa. Porque ficaremos mais fortes e mais robustos para endereçar precisamente os desafios”, diz.

A nova imagem, e propósito da companhia, foi apresentada aos colaboradores na tarde desta quinta-feira, em Lisboa. O evento foi transmitido digitalmente para todo o grupo e, nas diferentes geografias, foram também organizados eventos físicos para acompanhar a transmissão. A campanha publicitária, assinada pela Havas, arranca no dia 8. “We Choose Earth – Nós Escolhemos a Terra”, é o claim.

Este logótipo implicou seis a oito meses de trabalho, mas é o culminar de todo um processo que começou com a apresentação do plano estratégico, em fevereiro de 2021. “Uma marca não é um logótipo. Não é uma identidade visual, não é um nome ou uma campanha criativa. Uma marca é um conjunto de valores com um posicionamento específico e é uma narrativa de um negócio”, enquadra a gestora que, em entrevista ao ECO, enquadra a mudança de imagem e aponta os desafios da marca EDP.

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Governo aprova agenda do trabalho digno. Medidas seguem para o Parlamento

A ministra do Trabalho aponta a entrada em vigor deste pacote de 70 medidas para o início do próximo ano. "Esta é uma agenda de que o país precisa", sublinha Ana Mendes Godinho.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a proposta de lei que concretiza a agenda do trabalho digno, documento que contempla 70 medidas que introduzem mudanças ao Código do Trabalho e que incluem passos como a limitar a renovação dos contratos de trabalho temporário e a proibição temporária do recurso a outsourcing após despedimento coletivo ou por extinção dos postos de trabalho.

Hoje é de facto um dia muito importante para o país. Depois de um longo processo de debate e auscultação, foi aprovada hoje uma proposta de lei que seguirá agora para o Parlamento. É um passo decisivo para a concretização da agenda do trabalho digno“, disse a ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, em conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros.

O Governo levou à Concertação algumas medidas negociadas com a esquerda que não tinham sido faladas com os parceiros, mas mesmo assim acabou por não conseguir gerar consenso. Uma das medidas, o aumento do valor das horas extra (a partir das 120 horas anuais), chegou mesmo a cair da agenda do trabalho digno, com o Governo a remetê-lo para o acordo de competitividade e rendimentos.

Com a aprovação em Conselho de Ministros, este pacote de medidas segue agora para a Assembleia da República para ser discutido entre os deputados, sendo de notar que várias medidas foram negociadas com a esquerda na anterior legislatura. A ministra do Trabalho aponta a sua entrada em vigor para o início do próximo ano, uma expectativa que foi reiterada nesta conferência de imprensa: a expectativa é que todas estas alterações entrem em vigor no início do ano de 2023” para que haja “capacidade de preparação”.

Esta é uma agenda de que o país precisa“, sublinhou Ana Mendes Godinho, argumentando que ter “trabalhadores motivados” também é positivo para a produtividade das empresas e da economia portuguesa. Apesar da discórdia com os sindicatos e confederações patronais, a ministra está confiante de que partilham deste objetivo, admitindo que “há algumas medidas com que concordam e outras que não”.

A ministra deu destaque a prioridades como equilíbrio entre géneros, o combate à precariedade e a promoção da contratação coletiva, colocando a ênfase na situação dos jovens para lhes dar uma “mensagem forte que o mercado de trabalho os valoriza”. E repetiu os números que tem vindo a dar: os contratos temporários correspondem a 21% do total em Portugal face a 15% na média europeia e, no caso dos jovens, a percentagem sobe para 62% face a 49% na União Europeia.

Para Ana Mendes Godinho esta é uma “agenda desenhada para dar força aos trabalhadores”, mas também à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) com mais meios informáticos para a fiscalização de situações que não estejam a cumprir a lei laboral, nomeadamente através do “cruzamento de dados” que permita identificar “situações precárias que duram há muitos anos”.

Remetendo a questão salarial para o futuro Acordo de Rendimentos – o qual incluirá o aumento do valor das horas extraordinárias que foi deixado cair nesta agenda do trabalho digno –, que também será discutido na Concertação Social, Mendes Godinho argumentou que as alterações agora aprovadas também vão beneficiar os trabalhadores nessa ótica uma vez que há uma diferença significativa entre os salários dos contratos temporários e dos contratos permanentes, na ordem dos 35 a 40%.

(Notícia atualizada às 16h51 com mais informação)

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Pessoas vacinadas que contraíram Covid têm maior proteção, diz OMS

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

A proteção destas pessoas perante possíveis formas graves de covid-19 é maior do que a daquelas que se vacinaram e não tiveram a doença ou dos que a tiveram sem se vacinarem.

As pessoas com “imunização híbrida”, ou seja, que se vacinaram contra a covid-19 e contraíram a doença, têm maior proteção do que as restantes, concluiu esta quinta-feira um grupo de peritos da Organização Mundial de Saúde.

A proteção destas pessoas perante possíveis formas graves de covid-19 é maior do que a daquelas que se vacinaram e não tiveram a doença ou dos que a tiveram sem se vacinarem, anunciou em comunicado o Grupo Consultivo Estratégico sobre Imunização (SAGE), em comunicado.

A conclusão baseia-se em infeções com variantes de covid-19 anteriores à agora dominante (Ómicron) e enfatiza que não se pode determinar a duração desta “imunização híbrida” ou se esta também seria eficaz perante possíveis variantes futuras do coronavírus SARS-CoV-2.

Os especialistas do SAGE sublinharam, no entanto, que a vacinação contra a covid-19 deve ser prioritária, independentemente de o paciente ter contraído anteriormente a doença, pelo que os Estados devem centrar-se em administrar a vacina à população adulta, especialmente a grupos de risco, como profissionais de saúde e idosos.

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Sindicatos da Função Pública iniciam negociações com Governo

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

FESAP, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública iniciam negociações da entrada nas carreiras de assistente técnico com Governo.

As três estruturas sindicais da função pública reúnem-se na quarta-feira com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, para iniciar a negociação da entrada nas carreiras de assistente técnico e técnico superior, foi hoje divulgado.

Da ordem de trabalhos da reunião de negociação consta também a “Valorização em função da habilitação”.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, após receber a convocatória do Governo, considerou que ainda falta agendar a revisão do sistema de avaliação e a semana de trabalho de quatro dias.

“O SIADAP tem de ser revisto rapidamente e é importante que também se discuta a possibilidade de instituir a semana de trabalho de quatro dias na administração pública, que só fará sentido desde que não haja perda de remuneração nem aumento do horário diário”, disse à agência Lusa.

Quanto à “valorização em função da habilitação”, o sindicalista defendeu que não devem ser apenas tidos em conta os doutoramentos, mas também os mestrados.

As três estruturas sindicais da administração pública reuniram-se, pela primeira vez, a 20 de abril com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e com a secretária de Estado Inês Ramires, para definirem as matérias prioritárias para a negociação.

Nessa altura, uma semana depois da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) no parlamento, os sindicatos ainda tinham esperança de que a atualização salarial de 0,9% fosse revista, mas tal não aconteceu.

O OE2022 foi aprovado na sexta-feira, sem previsão de quaisquer aumentos salariais para 2022, além dos 0,9% aplicados em janeiro, apesar da subida da inflação.

A FESAP, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública consideram prioritário a revisão da Tabela Remuneratória Única e aumentos salariais que garantam a recuperação do poder de compra, e a revisão dos sistema de avaliação e das carreiras.

Na reunião de abril, o Governo deu a garantia aos sindicatos de que as matérias não salariais começariam a ser negociadas assim que o Orçamento do Estado fosse aprovado.

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SRS assessora a EGEO na aquisição da empresa Under Pressure

A equipa da SRS envolvida nesta operação foi liderada pela sócia do departamento de Corporate M&A, Maria Paula Milheirão, e apoiada pela advogada Clara Andrade Coelho.

A SRS Advogados assessorou a EGEO na sua aquisição 100% do capital da Under Pressure – Technologies Lda., empresa especializada em limpezas industriais por tecnologias de alta pressão e químicas.

Esta aposta surge “numa fase em que EGEO aposta num novo rumo de desenvolvimento tecnológico, com diversos investimentos estratégicos em curso“, referiu a firma em comunicado.

O trabalho de assessoria compreendeu uma fase de due diligence que se seguiu de negociação e celebração de contrato de compra e venda de participações sociais. A equipa composta por vários profissionais de distintas áreas do direito foi liderada por Maria Paula Milheirão, sócia do departamento de Corporate M&A, apoiada por Clara Andrade Coelho advogada desse mesmo departamento.

“A junção dos negócios destas sociedades alarga o portfólio de competências, produtos e serviços oferecidos aos clientes da EGEO”, explicou a SRS.

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Wall Street abre mista penalizada por revisão em baixa dos resultados da Microsoft

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2022

As ações de tecnologia estão em baixa, sobretudo devido à Microsoft, que recua mais de 2% após anunciar uma revisão em baixa dos seus resultados para o quarto trimestre fiscal.

Wall Street está a negociar mista na abertura da sessão desta quinta-feira, penalizada sobretudo pelas ações tecnológicas, após a Microsoft rever em baixa as suas estimativas de lucros e receitas para o quarto trimestre fiscal. Ao mesmo tempo, um recuo nos preços do barril de petróleo aliviou as preocupações dos investidores com a escalada da inflação.

Neste contexto, apenas o industrial Dow Jones abriu em alta, com uma subida de 0,07%, para 32.835,74 pontos. O índice de referência S&P 500 desvaloriza 0,18%, para 4.094,05 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recua 0,49%, para 11.935,79 pontos.

A gigante informática Microsoft está a perder 2,50%, para 265,62 dólares por ação, depois de ter revisto em baixa as estimativas de lucros e receitas no seu quarto trimestre fiscal devido a “efeitos adversos no mercado cambial”. A empresa fundada por Bill Gates prevê agora lucros por ação no quarto trimestre fiscal de 2,24 a 2,32 dólares, abaixo dos anteriores 2,28 a 2,35 dólares.

A penalizar as ações tecnológicas estão também a Apple, que recua 0,40%, para 148,12 dólares, e a “casa-mãe” da Google, a Alphabet, com perdas de 0,50%, para 2.266,38 pontos. Um dia após Sheryl Sandberg anunciar que vai deixar a Meta, onde assumia o cargo de Chief Operating Officer (COO), a dona do Facebook está entre as cotadas que escapam à onda de perdas, ganhando 1,85%, tal como a Tesla, que sobe 1,54%.

Os mercados estão ainda a reagir aos mais recentes dados económicos dos Estados Unidos, divulgados na quarta-feira. Por um lado, as ofertas de emprego recuaram em abril, mas permanecem em níveis elevados, numa altura em que as empresas do país se deparam com falta de mão-de-obra e elevados custos de produção; por outro, dados relativos à atividade industrial revelaram uma aceleração acima do esperado em maio, aliviando as preocupações de uma recessão iminente.

Ainda na quarta-feira, a Reserva Federal dos EUA (Fed) indicou que o crescimento económico nos últimos meses foi “modesto”, numa altura em que faltam quase dois meses para ser conhecida a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

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