Administração do Caixabank em Lisboa para reforçar aposta no BPI: “É um exemplo para todo o grupo”
Conselho de administração do Caixabank reuniu-se em Lisboa pela segunda vez desde a aquisição do BPI, há cinco anos. Viagem serviu para reforçar aposta no crescimento do banco de Oliveira e Costa.
O conselho de administração do Caixabank voltou a reunir-se em Lisboa pela segunda vez desde a aquisição do BPI, em 2017, e, no final da visita à capital portuguesa, enviou uma mensagem de compromisso de apoio ao crescimento do banco português, com o líder dos espanhóis José Ignacio Goirigolzarri a considerar que se trata de “um ativo primordial” e de um “um exemplo para todo o grupo”.
O encontro dos mais altos quadros do grupo espanhol em Portugal surge uma altura em que crescem os rumores sobre uma possível venda do Novobanco pelos americanos Lone Star, embora o Caixabank já tenha afastado publicamente o interesse em voltar às aquisições, depois do recente meganegócio de fusão com o Bankia. “Não estamos a olhar. Queremos manter as coisas como estão”, disse recentemente o Caixabank.
O board do grupo espanhol aproveitou a viagem a Lisboa para uma reunião com a administração do BPI, que serviu para os espanhóis conhecerem em detalhe os planos que a equipa liderada por João Pedro Oliveira e Costa pretende desenvolver para manter o crescimento no mercado português.
"O BPI é um ativo primordial, não só desde o ponto de vista financeiro, mas também pelo profissionalismo e compromisso das suas equipas. É um exemplo para todo o grupo, ao contar com os melhores rácios de qualidade e a melhor reputação do mercado português.”
O BPI gere cerca de 41.400 milhões de euros em ativos e opera com quotas de mercado de 11,1% em crédito bruto e de 11,4% em depósitos de clientes, o que confere o estatuto de quarto maior banco em Portugal, diz o Caixabank que, recentemente, apresentou a estratégia até 2024 e na qual estabelece um objetivo de crescimento de 9% em receitas.
Em comunicado, Ignacio Goirigolzarri, presidente do grupo espanhol, sublinha a importância do BPI que considera “um ativo primordial, não só desde o ponto de vista financeiro, mas também pelo profissionalismo e compromisso das suas equipas”.
“É um exemplo para todo o grupo, ao contar com os melhores rácios de qualidade e a melhor reputação do mercado português”, acrescentou o presidente do grupo.
Também Gonzalo Gortázar, administrador-delegado do CaixaBank e também administrador do BPI, mostrou-se satisfeito com a evolução do banco português. “Está a beneficiar de um círculo virtuoso de crescimento do volume de negócios e das quotas de mercado, e de melhoria da eficiência ano após ano”, disse o gestor, convicto de que, com o apoio espanhol, o BPI “vai permanecer nesta senda nos próximos anos”.
O BPI registou lucros de 49 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, representando uma descida de 18% em relação ao mesmo período de 2021.
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