Secretário-geral adjunto do PS desvaloriza polémica do aeroporto
O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, desvalorizou a polémica relativa ao novo aeroporto da região de Lisboa, referindo que é uma questão "absolutamente ultrapassada".
O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, desvalorizou este sábado a polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre o novo aeroporto de Lisboa, afirmando que o partido está unido.
“O que é importante transmitir é que o PS está unido e mobilizado para fazer aquilo que é mais importante neste momento que é cumprir os compromissos eleitorais que foram assumidos durante a campanha eleitoral”, disse aos jornalistas João Torres, no final da reunião da Comissão Nacional do PS, que decorreu em Ílhavo, Aveiro.
Questionado sobre a polémica do aeroporto de Lisboa, envolvendo o ministro Pedro Nuno Santos, que segundo fontes do PS saiu da reunião antes do final dos trabalhos, João Torres insistiu que esta é uma questão “absolutamente ultrapassada”.
“Houve esta semana uma moção de censura que foi amplamente rejeitada pela Assembleia da República e que tinha esse como um dos seus fundamentos. O PS está focado no futuro e em cumprir os seus compromissos estabelecidos com os portugueses durante a campanha eleitoral”, vincou o número dois do PS.
À saída da reunião, Daniel Adrião, o único opositor de António Costa no último congresso do PS, lamentou o facto de o líder dos socialistas e Pedro Nuno Santos não terem prestado esclarecimentos adicionais à Comissão Nacional sobre o confronto que os envolveu no Governo.
“Acho que esta discussão tem de ser feita dentro do PS mais cedo ou mais tarde, porque está alicerçada numa divergência de fundo. Isto não foi um episódio pontual. Isto foi uma erupção provocada por um acumular de tensões que se vem arrastando há muito tempo dentro do Governo, e que tem a ver com visões diferentes de ambos sobre o posicionamento estratégico e político-ideológico do PS”, disse.
Daniel Adrião assinalou que esta conflitualidade se arrasta desde 2019, com a decisão de António Costa de não reeditar a “geringonça” contra a vontade de Pedro Nuno Santos, tendo já provocado “danos reputacionais” nos dois.
A Comissão Nacional do PS marcou para 7 e 08 de outubro as eleições para as estruturas de secção de residência e concelhias, e a eleição dos presidentes de federação por via direta terá lugar a 4 e 5 de novembro.
Durante a reunião do órgão máximo dos socialistas entre congressos foi também aprovado o relatório e contas de 2021. A reunião esteve marcada para o sábado passado, mas foi adiada porque coincidia com o Congresso Nacional do PSD, que decorreu nos dias 1, 2 e 3, no Porto, e consagrou Luís Montenegro como novo presidente dos sociais-democratas.
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