Gás natural afunda 8% na Europa. Devolução de equipamento à Rússia alivia receio de corte no abastecimento
Apesar do fecho do Nordstream para manutenção, o Canadá emitiu uma licença que vai permitir a entrega à Rússia de uma turbina do gasoduto, aliviando os receios de um corte no abastecimento de gás.
Os futuros de referência do gás natural na Europa afundavam mais de 8% esta segunda-feira de manhã, dia em que a Rússia vai travar o fluxo no gasoduto Nordstream 1, alegando uma manutenção programada. Os países europeus, principalmente a Alemanha, temem que não volte mais a reabrir.
Pelas 7h40 em Lisboa, o gás TTF para entrega em agosto seguia a cair 8,25%, para 160,75 euros por MWh (megawatt-hora), de acordo com dados da plataforma Barchart.
Apesar do fecho do gasoduto, os futuros do gás natural chegaram a cair 12% com a notícia de que o Canadá vai devolver à Rússia uma turbina que tinha sido enviada ao país para manutenção, mas que não foi devolvida por causa das sanções. O Kremlin tinha dito que a devolução deste equipamento ajudaria a aumentar o abastecimento de gás à Europa, segundo a Bloomberg.
O gasoduto Nordstream 1, que transporta 55 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano da Rússia para a Alemanha, encerra esta segunda-feira para uma manutenção de dez dias, até 21 de julho.
No entanto, no contexto da guerra na Europa, os países europeus temem que o fornecimento não volte a ser retomado. Isto depois de o Kremlin ter cortado os fluxos em 40% face à capacidade total do gasoduto no mês passado, alegando um atraso na entrega de equipamentos por parte da alemã Siemens.
“Com base no padrão que temos visto, não seria muito surpreendente agora que algum pequeno detalhe técnico seja encontrado e que eles digam ‘agora já não poderemos reabri-lo'”, disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, num evento no final de junho, citado pela Reuters.
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