Renováveis representaram 75% da eletricidade gerada pela EDP no primeiro semestre

As energias renováveis representaram 75% da eletricidade gerada pela EDP nos primeiros seis meses do ano. De acordo com a nota enviada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a geração eólica e solar aumentou 16% como resultado do recurso renovável. Este valor situa-se 2% acima da média de longo prazo quando comprado com a redução de 5% do período homólogo do ano anterior. Este aumento também foi resultado da maior capacidade instalada, explica o comunicado.

A nota dá conta que durante os últimos 12 meses, foram adicionados 2,5 gigawatts (GW/h) de capacidade ao portefólio eólica e solar, atingindo uma capacidade instalada de 14,0 GW, um aumento de 1,3 GW face ao período homólogo. No final de junho 2022, a EDP tinha 3,2 GW de capacidade em construção.

No negócio de comercialização, a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade informa que na Península Ibérica, o volume de eletricidade vendido aumentou 10% face ao período homólogo, tratando-se de um abrandamento face aos 16% registados no primeiro trimestre de 2022. Já a eletricidade distribuída em Portugal aumentou 3% no primeiro semestre.

Na mesma nota, a EDP Renováveis revela que aumentou em 6% a geração de energia a partir de fontes hídricas no primeiro semestre do ano, ficando aquém do valor previsto de de 2,8 terawatts/h (TWh). A geração total nos primeiros seis meses do ano foi “suportada pelo aumento global da geração renovável e pelo aumento da geração térmica na Península Ibérica”, isto na sequência da situação de seca em Portugal e Espanha e do aumento das exportações de energia para França.

A energética explica que, “como esperado, a fraca produção hídrica foi compensada por um aumento da geração térmica” tanto em Portugal como em Espanha, que aumentou 78% ou 3,2 TWh face ao período homólogo. Este aumento também foi motivado pela melhoria da performance da gestão de energia, pela otimização do mix de geração e sourcing de energia, “apesar do impacto negativo do mark-to-market com o aumento do preço do gás TTF durante o primeiro semestre, especialmente no final de junho”.