Universidade de Coimbra desenvolve modelo de carregamento inteligente para autocarros elétricos

  • Lusa
  • 25 Julho 2022

A principal novidade do modelo é incluir uma estrutura de envelhecimento da bateria para avaliar os custos de degradação, permitindo aumentar o ciclo de vida das baterias, que atualmente são caras.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um modelo inteligente que permite otimizar o carregamento de frotas de autocarros elétricos em 30 a 40% e diminuir os custos de operação.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a UC explicou que o estudo – com denominação “Electric Bus Coordinated Charging Strategy Considering V2G And Battery Degradation” – também mostra que o modelo contribui para aumentar o ciclo de vida das baterias.

O estudo já se encontra publicado na revista Energy e foi realizado no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESC Coimbra) da Universidade de Coimbra, sendo financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Citados na nota de imprensa, os autores do modelo (Jônatas Augusto Manzolli, João Pedro Trovão e Carlos Henggeler Antunes) explicaram que a descarbonização dos transportes públicos é essencial para o aumento da eficiência energética, mitigação das mudanças climáticas e redução da poluição urbana.

No entanto, “ainda há desafios a vencer para possibilitar a adoção em massa destes veículos nas cidades, nomeadamente limitações ao nível de infraestrutura e operacionais”.

“Atualmente, a rede elétrica não está preparada para uma eletrificação total dos transportes públicos. Por isso, é necessário encontrar soluções que ultrapassem estes obstáculos”, acrescentaram. De acordo com a informação, o modelo desenvolvido pelos três investigadores do INESC Coimbra propõe uma abordagem mista, considerando a venda de energia à rede através da tecnologia V2G (do inglês vehicle to grid) e a degradação das baterias.

O que distingue este modelo é justamente o facto de ter em conta a degradação das baterias, salientaram Carlos Henggeler Antunes e João Pedro Trovão, também docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC) e do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), respetivamente.

A principal novidade do modelo é incluir uma estrutura de envelhecimento da bateria para avaliar os custos de degradação, o que permite aumentar o ciclo de vida das baterias, que atualmente ainda são dispendiosas”, apontaram, acrescentando que “nem todos os veículos precisam estar totalmente carregados para operar diariamente”.

“Este aspeto é relevante, pois reduz o custo total de carregamento e desempenha um papel na melhoria do ciclo de vida das baterias”. Para avaliar a eficácia do modelo desenvolvido, os investigadores realizaram um estudo de caso, utilizando dados reais da frota de miniautocarros elétricos que circulam na cidade de Coimbra, conhecidos por “pantufinhas”. Também foram efetuadas várias análises para se compreender como é que o modelo operaria de forma ótima na gestão da frota.

Os resultados obtidos mostraram que, “comparando o pior cenário possível – por exemplo, carregando a frota no horário em que a energia é mais cara e carregando todos os autocarros ao mesmo tempo, sem nenhum tipo de coordenação – com o modelo desenvolvido conseguiu-se uma melhoria de entre 30 a 40%, uma percentagem muito elevada, evidenciando que, se o carregamento for coordenado, a redução de custos é muito significativa”, realçou Jônatas Augusto Manzolli, primeiro autor do artigo científico e estudante do programa de doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia na UC.

A equipa realizou também testes de análise de sensibilidade para avaliar as possibilidades de comercialização de energia com a rede elétrica, tendo verificado que atualmente não seria vantajoso, mas num futuro próximo poderá ser economicamente rentável.

Os investigadores explicaram que o sistema avalia as “possibilidades de transações de energia com a rede, considerando cenários de preço de substituição de bateria e variações de preço de energia elétrica”. “Observando a degradação da bateria e a venda de energia, o nosso estudo indica que, em 2030, os custos de operação podem ser 38% menores. Por isso, a abordagem apresentada neste trabalho fornece uma ferramenta que pode ser utilizada pelos operadores de transportes públicos para auxiliar na tomada de decisão relativa à eletrificação de frotas de autocarros”, apontaram.

A UC referiu ainda que a próxima fase da investigação vai centrar-se em desenvolver uma versão mais detalhada do modelo de otimização, permitindo uma previsão em minutos, para dar resposta, por exemplo, quando acontece um acidente e obriga a uma reorganização de toda a frota e do seu carregamento.

 

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Navigator abre portas a 110 jovens para programa de atração de talento

O Programa de Atração de Talento é, sobretudo, destinado a jovens das áreas de Engenharia, Data Science, Gestão e Economia.

A The Navigator Company vai abrir as portas a um total de 110 jovens talentos. Alguns já integraram a empresa ao longo do primeiro semestre, mas, entre programas de trainees — de longa ou curta de duração –, estágios para estudantes com frequência universitária ou filhos de colaboradores e estágios de verão, há ainda dezenas de oportunidades em aberto.

“O Programa de Atração de Talento é uma oportunidade única para proporcionar experiências enriquecedoras às novas gerações, contribuindo, ao mesmo tempo, para fortalecer os seus alicerces de conhecimento e para preparar a sua futura ligação ao mundo profissional”, refere a empresa, em comunicado.

“Este programa integra iniciativas para recém-licenciados ou mestres, nomeadamente o programa de trainees, e para jovens com frequência universitária, através de estágios de verão, estágios curriculares e oportunidades de desenvolvimento de dissertações em ambiente empresarial. O Programa de Atração de Talento é, sobretudo, destinado a jovens das áreas de Engenharia, Data Science, Gestão e Economia.”

Conheça as várias tipologias de programas de atração de talento oferecidas pela Navigator:

Programa de trainees de longa duração

Destinado a jovens com o mestrado concluído, a versão mais longa do programa de trainees tem a duração de 24 meses e é construída numa lógica de job rotation, colocando os participantes em contacto com diferentes áreas de atividade da empresa, como a florestal, industrial, marketing e vendas, logística, supply chain, informática e financeira. O programa engloba ainda uma componente de formação, concebida para desenvolver os conhecimentos dos participantes sobre o negócio. No final deste programa, os trainees integram uma função específica, tendo por base as oportunidades em aberto, o seu perfil e as suas motivações.

As candidaturas para esta versão do programa de trainees estão, neste momento, em aberto e podem ser realizadas neste website.

Programa de trainees de curta duração

A versão mais curta, com a duração de nove meses, destina-se a jovens licenciados ou mestres. Proporciona uma experiência imersiva numa área de atividade em concreto, e poderá permitir o acesso a outras oportunidades de integração na empresa, sejam funções de entry level ou a integração no programa de trainees de longa duração. Este programa decorre sob acompanhamento de um orientador experiente e inclui um plano de atividades diversificado.

As candidaturas poderão ser submetidas aqui.

Estágios para estudantes com frequência universitária

Este ano, através do seu programa de estágios de verão, a Navigator está a acolher 36 estudantes do ensino superior, a frequentar licenciatura ou mestrado, para um contacto direto com o mundo empresarial. Cada estagiário será acompanhado por um orientador e terá a oportunidade de aprender o funcionamento da área onde ficar inserido durante um a três meses, como forma de complementar o currículo académico.

Especialmente direcionados para filhos de colaboradores, estes estágios abrangem também escolas profissionais e universidades, com particular foco nos estabelecimentos de ensino mais próximos das suas fábricas (Aveiro, Figueira da Foz, Setúbal e Vila Velha de Ródão).

Além deste programa, a Navigator acolhe também estágios curriculares, que podem ocorrer ao longo do ano, e dissertações em ambiente empresarial.

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Só 3% das empresas vai reduzir número de carros aos trabalhadores

Teletrabalho começa a mudar políticas de mobilidade nas empresas portuguesas, mas as soluções alternativas ainda são encaradas como um complemento à frota automóvel, e não como um substituto.

A esmagadora maioria das empresas portuguesas (96%) prevê manter ou aumentar a frota automóvel nos próximos três anos, com apenas 3% a antecipar um decréscimo no número dos automóveis a disponibilizar aos colaboradores, apesar do surgimento de cada vez mais soluções alternativas de mobilidade nas cidades.

De acordo com um inquérito da Arval, na lista de motivos para manter ou reforçar a frota estão o crescimento da empresa e o desenvolvimento de uma nova atividade em que são necessárias viaturas (47%) e “necessidades ligadas aos recursos humanos, como recrutamento de talentos e/ou retenção de colaboradores” (30%). E quase uma em cada quatro pondera propor viaturas a colaboradores sem prévia elegibilidade para viaturas de empresa.

Já o trabalho remoto parece estar a motivar mudanças na política de mobilidade das empresas, com 25% a dizer que já o fez ou planeia fazer e, entre essas, mais de 40% diz já ter alterado a política de frota em termos de quilometragem utilizada ou nos modelos de viaturas. Por outro lado, assinala num comunicado de imprensa, 27% já se encontra a desenvolver soluções de mobilidade alternativa e 8% oferece-as a colaboradores não elegíveis para viaturas da empresa.

No entanto, essas soluções ainda são vistas como um complemento à frota automóvel, e não como um substituto. A maioria das inquiridas diz usar, pelo menos, uma destas alternativas ao carro da empresa: transportes públicos; viaturas partilhadas; serviço TVDE; aplicação de plafond de mobilidade; acesso a viatura com dedução no vencimento; utilização de motos, bicicletas normais ou elétricas; ou o aluguer de médio prazo.

Como é que atualmente são feitas as deslocações casa-trabalho em Portugal? De automóvel particular (56%), em transportes públicos (28%), ou através da partilha de viaturas (14%), conclui o Barómetro Automóvel de Mobilidade 2022, divulgado esta segunda-feira.

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Tem mais de 65 anos e vive em Lisboa? Já pode andar nos transportes sem pagar

  • Lusa
  • 25 Julho 2022

A partir desta segunda-feira, os residentes em Lisboa com idade igual ou superior a 65 anos passam a poder deslocar-se gratuitamente nos transportes públicos.

Os residentes em Lisboa com idade igual ou superior a 65 anos passam a partir desta segunda-feira a poder deslocar-se gratuitamente nos transportes públicos e os estudantes até aos 23 anos vão poder fazê-lo a partir de setembro, informou a câmara.

Numa nota divulgada na sua página na Internet, o município, liderado por Carlos Moedas (PSD), sublinha que o objetivo é incentivar o recurso ao transporte público. O autarca tinha referido já em maio que a gratuitidade aplicada aos idosos deveria aplicar-se no verão.

“Os transportes públicos gratuitos são uma das principais medidas a implementar em Lisboa, com o objetivo de incentivar o recurso ao transporte público a todos os residentes em Lisboa, com idade igual ou superior a 65 anos; jovens com idade compreendida entre os 13 e 23 anos; estudantes do ensino superior até aos 23 anos. No caso de estudantes do ensino superior inscritos nos cursos de Medicina e Arquitetura, até aos 24 anos, inclusive”, é referido na nota.

A autarquia lembra que esta medida se insere “nas metas da sustentabilidade ambiental, no combate às alterações climáticas e na melhoria da mobilidade das pessoas, através da promoção de uma mobilidade eficiente, económica e ambientalmente sustentável”.

Em 21 de abril, a Câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de transportes públicos gratuitos na cidade, que previa um acordo entre o município e a empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), válido até 31 de dezembro de 2025.

A proposta estabeleceu a gratuitidade para jovens entre os 13 e os 18 anos, estudantes do ensino superior até aos 23 anos, incluindo a exceção dos inscritos nos cursos de Medicina e Arquitetura (até aos 24 anos), e para maiores de 65 anos, em que o requisito comum para todos é terem residência fiscal no concelho.

Desde 2017, as crianças até aos 12 anos já beneficiam de transportes públicos gratuitos em Lisboa nas redes do Metropolitano e da rodoviária Carris.

A assinatura do protocolo entre a Câmara de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa, a nova empresa que gere os transportes na área metropolitana, foi assinado em 27 de maio no Museu da Carris, em Lisboa. A medida deve custar à cidade quase 15 milhões de euros.

Na altura, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, sublinhou que “Lisboa é a primeira grande capital da Europa a tomar esta medida” e que esta “será também uma maneira de influenciar outras cidades e outros países” a perceber que “este é o caminho”.

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A produtividade em tempos desafiantes: foco nas pessoas

  • PESSOAS + EY
  • 25 Julho 2022

Face aos tempos desafiantes que o mundo corporativo tem atravessado, a dinâmica de trabalho mudou e as empresas também devem mudar a forma como medem a produtividade das suas pessoas.

As organizações continuam a atravessar um período de revisão e atualização das suas estratégias de Recursos Humanos (RH) adequadas ao novo modelo de trabalho – o teletrabalho. Cabe às áreas de Gestão de Pessoas conduzirem as transformações e evoluções que permitam manter os colaboradores informados, alinhados e motivados para as constantes mudanças.

Durante este período, é essencial as organizações medirem a performance de cada pessoa na função que desempenha, dos objetivos e metas a serem alcançados. É necessário implementar ferramenta(s) que permitam às empresas identificar problemas de integração, supervisão, motivação e visibilidade do potencial das suas pessoas.

Uma das principais componentes da Gestão de Pessoas é a performance ou avaliação de desempenho. Uma ferramenta que permite acompanhar as necessidades de desenvolvimento de competências, o posicionamento e progressão de carreira, oportunidades de aumento salarial e prémios. Uma das formas de garantir que o sistema integrado de gestão de RH está corretamente desenhado com base na estratégia e a realidade da empresa, é através da funcionalidade e operacionalidade do sistema de avaliação de desempenho.

"É possível quantificar a produtividade das pessoas por intermédio da definição de novos KPIs, novas métricas que possibilitem o acompanhamento do desempenho individual e organizacional neste contexto.”

Maristela Abreu

Senior Consultant EY, People Advisory Services

Porém, o teletrabalho trouxe um grande desafio para as áreas de Recursos Humanos e os gestores de equipa: como medir a produtividade das pessoas em regime de teletrabalho? É possível quantificar a produtividade das pessoas por intermédio da definição de novos KPIs, novas métricas que possibilitem o acompanhamento do desempenho individual e organizacional neste contexto.

Como medir a produtividade das pessoas em teletrabalho?

Abaixo menciono algumas sugestões de fatores que considero essenciais a serem desenvolvidos pela organização e nos colaboradores:

1. Para as organizações:

  • Políticas claras sobre teletrabalho;
  • Comunicação eficaz perante toda a empresa;
  • Possibilidade de horários flexíveis – reforçando o work/life balance.

2. Para os colaboradores:

  • Capacidade de trabalhar com autonomia;
  • Qualidade dos entregáveis;
  • Trabalho em equipa (à distância);
  • Capacidade de comunicação clara e concisa (com colegas, clientes e/ou parceiros);
  • Pontualidade em reuniões remotas;
  • Prontidão de resposta, clareza e direção.

Adicionalmente, devemos considerar o fator “motivação” em tempos desafiantes ao medirmos a produtividade das nossas pessoas. Um colaborador motivado é capaz de ultrapassar barreiras utilizando o máximo do seu potencial e da sua capacidade para executar as tarefas e corresponder com as expectativas da sua função. Por outro lado, temos conhecimento sobre o aumento de casos de depressão e burnout, de colaboradores em teletrabalho à volta do mundo que tem causado o aumento dos índices de rotatividade nas empresas.

"O grande desafio para as organizações será rever as suas estratégias de forma transversal, para proporcionar uma experiência profissional saudável, sustentável e integrada, sabendo que as pessoas estão disconectadas com o físico.”

Maristela Abreu

Senior Consultant EY, People Advisory Services

Em regime de teletrabalho, é natural que as pessoas tenham a tendência para trabalhar “mais”, não significando que estejam a ser “mais produtivos”. A perceção do tempo e do espaço muda e, naturalmente, trabalha-se a qualquer hora e em qualquer lugar, consequentemente perdendo o controlo da vida pessoal e por vezes da própria produtividade. Para estes casos, o conceito “switch off” tem de ser implementado pelos gestores das equipas, com base nos níveis de produtividade, entrega e empenho de cada um. É fundamental que os gestores estejam atentos a esta necessidade.

Uma das formas que os gestores podem implementar o conceito “switch off” é através da elaboração de planos de trabalho periódicos para as suas equipas. Estes planos devem ser claros e concisos, com cronogramas realísticos que são partilhados antecipadamente às pessoas. O colaborador terá a oportunidade de se preparar para executar as suas tarefas de forma organizada dentro dos prazos definidos, tendo controlo sobre o tempo e forma de trabalhar.

O grande desafio para as organizações será rever as suas estratégias de forma transversal, para proporcionar uma experiência profissional saudável, sustentável e integrada, sabendo que as pessoas estão desconectadas com o físico. As ferramentas e modelos de avaliação e de monitoria da produtividade têm de ser ajustados de acordo com a nova dinâmica de trabalho. E neste sentido, ajuda a reter talento, e ao mesmo tempo, estabelecer processos e as políticas necessárias para auxiliar as evoluções.

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Lítio: Savannah diz que adquiriu “exatamente” terrenos registados na conservatória

  • Lusa
  • 25 Julho 2022

Face à ação judicial interposta pela Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barros, a Savannah garantiu ter adquirido "exatamente o que está registado na Conservatória do Registo Predial”.

A Savannah Resources disse esta segunda-feira que adquiriu “exatamente” o que está registado na Conservatória do Registo Predial, em reação à ação judicial interposta pelo conselho diretivo de baldios de Covas do Barroso, Boticas, por alegada usurpação de terrenos.

A Savannah referiu, em comunicado, que foi solicitada a apresentar a sua defesa à ação legal proposta antes do final de setembro de 2022 e que vai trabalhar com o seu advogado português neste assunto. A Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso anunciou na sexta-feira ter interposto uma ação judicial contra a Savannah Lithium, subsidiária da Savannah Resources, por alegada usurpação de área para exploração de lítio nesta freguesia do concelho de Boticas, no distrito de Vila Real.

A ação visa a empresa e alguns proprietários de terrenos e quer que “sejam declarados nulos ou anulados todos os negócios jurídicos (nomeadamente de compra e venda) das referidas parcelas de terreno, cancelando-se todos os registos efetuados”. A Savannah explicou que, como adquiriu algumas destas propriedades, o conselho diretivo dos baldios incluiu a empresa “nestas reivindicações, solicitando que a aquisição de tais propriedades fosse declarada nula e sem efeito”.

Tanto quanto é do conhecimento da Savannah, as propriedades adquiridas correspondem ao que foi declarado pelos proprietários privados no registo oficial do gabinete de informação cadastral, – Balcão Único do Prédio (BUPI) – tendo a Savannah adquirido exatamente o que está registado na Conservatória do Registo Predial”, afirmou a empresa. Referiu ainda que de “uma área total de 593 hectares dentro da concessão do projeto, as áreas que estão a ser reivindicadas pelo conselho diretivo dos baldios ocupam aproximadamente oito hectares, cerca de 1,4% da área total do projeto”.

De acordo com a ação judicial, parcelas do baldio terão sido “indevidamente apropriadas através de registos de terrenos, alargando indevidamente as suas áreas muito para além daquelas que lhes pertenciam por direito”. A ação corre termos no Juízo Local Cível de Chaves, pertencente à Comarca de Vila Real. Refira-se que, no início de julho, a Savannah Resources informou que foi notificada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para reformular o projeto, antes da emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

O EIA da mina do Barroso esteve em consulta pública entre abril e julho do ano passado. Um ano depois, a Savannah revelou em comunicado que tem, agora, seis meses para “trabalhar, em colaboração com a APA, no sentido de otimizar ainda mais certos aspetos físicos do projeto e considerações ambientais, ecológicas e socioeconómicas associadas, e reenviá-los para consideração”.

Após a apresentação e confirmação da aceitação das medidas de otimização, a APA tem um prazo até 50 dias úteis para proceder à sua avaliação e emitir uma DIA, prevendo-se, por isso, que a decisão seja tomada até março de 2023. A mina do Barroso situa-se em área das freguesias de Dornelas e Covas do Barroso e está prevista uma exploração de lítio e outros minerais a céu aberto. A área de concessão prevista é de 593 hectares.

 

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Euribor sobem a três meses para novo máximo e caem a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 25 Julho 2022

As taxas Euribor subiram a três meses para um novo máximo desde julho de 2014 e desceram a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 0,233%, mais 0,033 pontos e um novo máximo desde julho de 2014. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

Em sentido contrário, a taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, recuou para 0,633%, menos 0,073 pontos que na sexta-feira, contra o máximo desde agosto de 2012, de 0,706% verificado em 22 de julho.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor também baixou, ao ser fixada em 1,104%, menos 0,0160 pontos, contra o máximo desde agosto de 2012, de 1,200% registado em 22 de julho.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária na passada quinta-feira, 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Autarquia do Ano: CM de Viana do Castelo premiada em 2 subcategorias

  • Conteúdo Patrocinado
  • 25 Julho 2022

Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, explica os contornos dos projetos premiados na 3.ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

Um site para captação de talentos que auxilia quem procura mão-de-obra e quem procura trabalho na região, e um projeto que visa reabilitar e valorizar para beneficiar igrejas e capelas do concelho de Viana do Castelo. Foram estas iniciativas que permitiram que a Câmara Municipal de Viana do Castelo fosse premiada na 3.ª edição do Prémio Autarquia do Ano, nas subcategorias de “Conservação do Património” e “Atração de Talentos”.

Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, explica um pouco melhor os contornos destes projetos, a sua aplicação e o impacto que tiveram no município.

1. Qual foi a razão primordial que levou à seleção dos vossos projetos, que acabaram por se tornar vencedores nesta 3.ª Edição dos Prémios Autarquia do Ano?

Viana do Castelo conta com diversos projetos de elevado impacto para a comunidade, seja a nível cultural, económico, desportivo, entre outras áreas. No entanto, este ano, concorremos à 3.ª edição dos Prémios Autarquia do Ano com dois projetos diferenciadores, e vimos os dois vencerem nas respetivas categorias. Assim, o concelho vianense foi distinguido pelos projetos “Work in Viana”, na categoria Economia – Atração de Talentos, e pelo “Valorizar o Património”, no âmbito da categoria Cultura e Património.
A razão pela qual concorremos com estes dois projetos prende-se com o caráter inovador dos mesmos e com a imensa mais-valia que os mesmos têm representado para o concelho nas respetivas áreas.

2. Qual sente que tenha sido o impacto dos vossos projetos, a níveis práticos, no seu município e na sua comunidade?

O site Work in Viana foi lançado a 15 de fevereiro, e, em poucos meses, já mereceu mais de 120 mil visualizações. Foram mais de 78 mil os utilizadores que acederam à plataforma desde o lançamento, sendo que a maioria dos acessos vem do Brasil (58%), seguido de Portugal (36%), França (0,8%), Estados Unidos da América (0,65%) e Espanha (0,57%).
Este é considerado já um projeto ganhador, com os empresários a considerarem a plataforma uma mais-valia no que toca à captação de talentos. Estão registadas 91 empresas no site, sendo que 29,7% das empresas registadas são do setor Comércio e Serviços. A construção civil assegura 18,7% dos registos, a Indústria também 18,7%, o Turismo (hotelaria e restauração), 9,8%, e as Tecnologias de Informação e Comunicação assegura outros 9,8%.
Na plataforma, 33,5% dos utilizadores têm entre 25 e 34 anos, 27,5% entre os 18 e os 24 anos e 15,5% entre os 35 e 44 anos. Foram registados 4.449 candidatos, com claro destaque para 72% dos candidatos vindos do Brasil, 16% de Portugal e 12% de outros países (Angola, Colômbia, Equador, França, Itália, Venezuela, Paquistão, Chile, Congo, entre outros).
O recrutamento cresceu nos últimos anos de forma exponencial e todos os indicadores levam a acreditar que vai continuar a crescer. No sentido de apoiar e potenciar este crescimento, agregando todas as ofertas, nasceu o Work In Viana, disponível em https://www.workinviana.com.
Já no que toca ao projeto “Valorizar o Património”, o Município está a promover um investimento global de 1,2 milhões de euros na reabilitação e valorização para beneficiar igrejas e capelas do concelho.
O Município identificou como objetivos a promoção da identidade cultural, a conservação do património material e imaterial e a valorização cultural e turística de Viana do Castelo. Na tipologia do Património Cultural, a autarquia pretende apoiar projetos e iniciativas de inventariação, divulgação e animação do património; proteção, conservação, valorização e promoção do património histórico e cultural com elevado interesse cultural e turístico; musealização e dinamização de espaços interpretativos culturais, núcleos museológicos e museus; apoio a eventos associados à valorização do património, à cultura e a bens culturais; divulgação e integração na promoção institucional do Município de iniciativas e eventos culturais de ações e projetos no âmbito do património cultural.
Neste sentido, foram celebrados Protocolos de Desenvolvimento Cultural entre a Câmara Municipal e as instituições concelhias detentoras de bens ou património cultural, que, no âmbito desta parceria, se comprometam a desenvolver hábitos culturais e fruição artística dos cidadãos; estimular os públicos de infância e juventude para as artes, património material e imaterial; qualificar a oferta dos ativos culturais do concelho de Viana do Castelo; apoiar a organização e realização de eventos culturais associados aos bens culturais objeto de intervenção no âmbito destas parcerias.

Luis Nobre
Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, premiada nas categorias de “Conservação do Património” e “Atração de Talentos” da 3.ª edição do Prémio Autarquia do Ano
3. Quais os principais pontos fortes dos projetos submetidos ao Prémio Autarquia do Ano que, para si, foram fundamentais?

O projeto “Work in Viana” tem o objetivo de aproximar a comunidade empresarial, académica e o talento disponível. Pretende integrar num único portal toda a informação útil para empresas, candidatos, empreendedores e investidores. A plataforma visa auxiliar quem está desempregado ou quem procura mudar de emprego, tendo ainda como propósito apoiar as empresas que, neste momento, têm falta de mão-de-obra. O portal serve ainda de montra do que existe em Viana do Castelo, reunindo notícias, informações sobre escolas, cursos e formações. Assim, para os munícipes, é permanentemente atualizada a lista de ofertas de emprego disponível no portal, o que é o ponto mais forte de todos. Para as empresas, fica disponível a lista de candidatos inscritos no portal e cada empresa terá uma página em se apresenta e cria as suas ofertas de emprego. Está também disponível uma lista de empresas que procuram talentos ‘made in Viana’.
Já o “Valorizar o Património”, como o próprio nome indica, tem como ponto forte permitir a revitalização e valorização da nossa identidade cultural através da conservação do nosso património material. Este é um projeto vencedor por nos permitir requalificar e dar uma nova vida a espaços de beleza ímpar, que, através desta iniciativa, além de serem beneficiados, vão beneficiar a população através dos protocolos que estimulam o desenvolvimento de hábitos culturais e fruição artística.

4. Considerando que nos encontramos novamente num formato presencial, acredita que existe algum impacto positivo no trabalho realizado diariamente pelo município? De que maneira?

O “Work in Viana” é uma ferramenta de utilização online, mas que naturalmente tem um impacto positivo e presencial no dia a dia da nossa população. Como referi, as estatísticas desta plataforma são bem demonstrativas da atratividade de Viana do Castelo além-fronteiras, e acreditamos que este site é também uma oportunidade para nos darmos a conhecer não só a nível nacional, mas também internacional.
Já o projeto “Valorizar o Património” tem um impacto muito positivo na vivência dos nossos munícipes, pois é por eles e para eles que investimos recursos financeiros na requalificação das igrejas e capelas em causa. Serão eles, os vianenses, os verdadeiros beneficiários deste projeto.

5. Considerando os projetos em questão, como foi a implementação dos mesmos?

O “Work in Viana” foi um projeto pensado e concretizado em tempo recorde, até porque foi realizado durante a pandemia, e sentimos que esta foi uma fase de fragilidade para todos, incluindo para as nossas empresas. Por isso mesmo, sentimos a necessidade de concretizar rapidamente um projeto que nos dá a oportunidade de conciliar as necessidades dos empregadores com as necessidades dos potenciais empregados. Em poucos meses, podemos já garantir que este é um projeto vencedor.
Já o “Valorizar o Património” é um projeto que tem alguns anos, mas que continua a ser permanentemente renovado, por se assumir como uma iniciativa de valor para todos. As nossas igrejas e as nossas capelas são locais de enorme beleza e que merecem apresentar-se com toda a dignidade, até para oferecerem condições de segurança a todos os utilizadores. Tem sido um projeto pensado ano após ano, após uma análise sensata e rigorosa das necessidades existentes no que toca à requalificação do nosso património religioso.

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Novos pedidos de asilo para União Europeia caem 28% em abril

Depois do forte crescimento em março, novos pedidos de asilo diminuíram no segundo mês completo após invasão da Ucrânia pela Rússia. Seis Estados-membros registaram mais de dois terços dos pedidos.

Os novos pedidos de asilo junto dos 27 países da União Europeia (UE) diminuíram 28% em abril face ao mês anterior. Seis Estados-membros concentraram mais de dois terços dos requerimentos, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo instituto de estatísticas europeu Eurostat.

Em abril, deram entrada 54.145 novos pedidos de asilo, o que compara com as 74.950 solicitações de março, primeiro mês completo da invasão da Ucrânia pelo exército russo. Em fevereiro, o número de novos pedidos de asilo foi de 54.655.

Em abril, os afegãos foram os que mais pediram asilo, no total de 7.255 registos; seguiram-se os sírios (6.485), venezuelanos (3.655), colombianos (2.705) e turcos (2.600).

Evolução dos novos pedidos de asilo na União Europeia desde 2014.Fonte: Eurostat

A Alemanha registou quase um quarto (23%) dos novos pedidos de asilo, no total de 12.465. Seguiram-se França (9.540), Espanha (7.695), Itália (4.700), Áustria (4.690) e Países Baixos (2.230). Os seis países representaram 76% dos novos requerimentos de asilo em abril.

Portugal contabilizou 90 novos pedidos de asilo em abril, o que compara com os 135 de março e os 275 de fevereiro.

Também diminuíram os novos pedidos de asilo de menores não acompanhados: em abril, foram 2.260 registos menos 15% do que em março de 2022. Afeganistão (1.130), Síria (375) e Paquistão (115). Áustria, Alemanha e Bulgária foram os três Estados-membros que tiveram a maior parte destes pedidos.

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Portugal é um mercado “altamente desejável” para estabelecer centros de dados, revela estudo

Elaborado pela Akin Gump Strauss Hauer & Feld e pela PLMJ, o paper descreve Portugal como um hub acolhedor para grandes empresas internacionais de tecnologia e hyperscalers.

Portugal tem uma localização inigualável para data centres que se comprometem com as melhores práticas em regras de proteção de dados e é um dos países mais estáveis, abertos e favoráveis para negócios na União Europeia (UE) em termos de inovação, digitalização e conhecimento técnico. Esta são as principais conclusões de um estudo elaborado pela sociedade de advogados internacional baseada nos Estados Unidos Akin Gump Strauss Hauer & Feld e pela sociedade de advogados portuguesa PLMJ.

“Portugal adere às melhores práticas em proteção de dados e cibersegurança e alinha o seu quadro de cibersegurança com padrões e certificações internacionais líderes da indústria. Ao mesmo tempo, é consistentemente classificado como um dos países mais inovadores e favoráveis ​​aos negócios da UE. Por exemplo, ao contrário de outros países europeus, Portugal está comprometido com o conceito de ‘mobilidade de dados’, o que significa que não promulgou nenhuma lei adicional que proíba a transferência de dados para fora do seu território ou restrinja o seu tratamento (conhecido como ‘leis de soberania de dados’)”, lê-se em comunicado.

Do mesmo modo, Portugal não impõe quaisquer restrições adicionais à utilização de cookies e e-marketing para além das estabelecidas a nível da UE ao abrigo da Diretiva e-Privacy. Além disso, os reguladores portugueses de proteção de dados e segurança cibernética têm apoiado e colaborado com as partes interessadas privadas, incluindo hyperscalers, conclui o paper.

Portugal é um mercado altamente desejável para estabelecer e operar um data centre, e é provável que promova a sua posição como pioneiro em inovação, padrões de segurança cibernética e proteção de dados no futuro próximo.

O documento intitulado “Embracing the Challenges of Digital Transformation” defende, igualmente, que Portugal está bem posicionado não só para acompanhar a transformação digital, mas também para continuar a sua jornada como um dos pioneiros europeus em inovação tecnológica. “Portugal é um mercado altamente desejável para estabelecer e operar um data centre, e é provável que promova a sua posição como pioneiro em inovação, padrões de segurança cibernética e proteção de dados no futuro próximo.”

Portugal já beneficiava também de outras vantagens geográficas e tecnológicas, como uma rede cada vez maior de cabos de fibra ótica, que o posiciona como “porta de entrada europeia” para África, Américas e outros destinos.

O estudo “Embracing the Challenges of Digital Transformation”, que descreve Portugal como um hub acolhedor para grandes empresas internacionais de tecnologia e hyperscalers, explora como o país aborda os desafios de proteção de dados e segurança cibernética num momento de grande procura por serviços digitais.

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Confiança empresarial na Alemanha em julho cai para mínimo desde junho de 2020

  • Lusa
  • 25 Julho 2022

A confiança empresarial na Alemanha caiu em julho, para mínimos de 2020, porque a economia está no limiar de uma recessão devido ao aumento dos preços da energia e à ameaça de escassez de gás.

A confiança empresarial na Alemanha caiu “consideravelmente” em julho, para um mínimo desde junho de 2020, porque a economia alemã está no limiar de uma recessão devido ao aumento dos preços da energia e à ameaça de escassez de gás.

O índice de confiança empresarial alemão do Instituto Alemão de Investigação Económica (ifo) caiu para 88,6 pontos em julho, contra 92,2 pontos em junho.

As empresas esperam mais dificuldades nos próximos meses e estão também menos satisfeitas com a sua situação atual.

“Os preços mais altos da energia e a ameaça de falta de gás estão a pesar na economia”, disse o presidente do ifo, Clemens Fuest. “A Alemanha está no limiar de uma recessão”, acrescentou Fuest.

No setor industrial, a confiança empresarial desceu e o pessimismo em relação aos próximos seis meses atingiu o máximo desde abril de 2020.

Este pessimismo estende-se a quase todas as indústrias. As empresas também classificaram a sua situação atual como pior. Pela primeira vez em dois anos, novas encomendas caíram um pouco“, de acordo com o ifo.

No setor dos serviços, a confiança das empresas piorou acentuadamente. O colapso foi particularmente pronunciado nas expectativas das empresas.

O ambiente mudou mesmo no turismo e na indústria hoteleira e de restauração, apesar de um grande otimismo até há pouco tempo. “Os prestadores de serviços consideraram que a sua situação comercial atual era pior, mas o indicador permanece a um nível elevado”, acrescenta o ifo.

No comércio, o indicador desceu porque as empresas estão menos satisfeitas com a sua situação atual e cada vez mais preocupadas com os próximos meses. Neste momento, nenhum segmento retalhista está otimista quanto ao seu futuro.

Após uma breve recuperação no mês anterior, a confiança empresarial deteriorou-se acentuadamente no setor da construção e a avaliação da situação atual caiu para o nível mais baixo desde abril de 2016.

Além disso, as expectativas para os próximos seis meses são também marcadas pelo “pessimismo profundo” no setor da construção.

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O papel dos RH: a opinião do diretor nacional da Outsourcing

  • Pessoas + Adecco
  • 25 Julho 2022

Qual o valor acrescentado dos RH nas empresas? Sérgio Duarte, diretor nacional da Outsourcing, explica, em resposta a três questões, qual a importância desta área no mundo empresarial.

Sérgio Duarte, diretor nacional da Outsourcing, com mais de 25 anos de experiência, tendo passado por diversas empresas nacionais na área industrial e logística, conhece bem a importância dos recursos humanos (RH) no mundo empresarial, realçando que o papel desta área não termina apenas no processo de recrutamento. É preciso acompanhar para “garantir que o match funciona”, refere. Em três questões, o especialista, licenciado em Engenharia e Gestão pela Universidade de Aveiro, explica o papel dos recursos humanos para as empresas e porque devem elas apostar nos RH.

  1. Porque é que é tão importante o papel da empresa de Recursos Humanos (RH)?
    O talento é cada vez mais escasso e as empresas têm recursos e abrangência limitada, deixando para a Adecco aquilo que nós fazemos melhor: encontrar talento, formar, tratar de tudo o que seja contratual e de processamento salarial e, on top, ainda gerimos muitos dos seus processos não core, via outsourcing. É este valor acrescentado que deixa as equipas dos nossos clientes, focadas no que é mais importante para o seu negócio.
  2. O que torna um recrutamento eficaz e o que leva os candidatos a preferir uma consultora de RH?
    O que nos torna eficazes é a nossa experiência e cobertura nacional, a nossa base de candidatos e colaboradores que já trabalharam connosco em mais de 1000 clientes. É também pela quantidade e qualidade de oportunidades, pela nossa reputação e rigor nos direitos de cada colaborador que somos preferidos pelos candidatos.É de mencionar também o fator proximidade a candidatos e clientes: o nosso serviço não termina no momento em que colocamos a pessoa certa numa posição, o acompanhamento prolonga-se para garantir que o match funciona e está alinhado não só em desempenho, mas também em propósitos e valores.
  3. Quais os fatores de diferenciação da consultora no mercado?
    A Adecco é a empresa líder nas soluções 360º que apresenta (Outsourcing, Trabalho Temporário, Recrutamento Especializado e Formação) e também com a melhor reputação corporativa no mercado Português. Com uma proposta de valor baseado na flexibilidade, na otimização de custos e integração de tecnologia, apresenta soluções únicas. Isto é possível pela especialização que as nossas equipas têm e que estão ao serviço dos nossos clientes.

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