Bolsonaro afirma que o poder só emana do povo se ele escolher bem
O Presidente brasileiro, que se recandidata no dia 2 de outubro, pediu aos seus apoiantes que votem "com a razão e não com a emoção".
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em campanha pela reeleição, disse esta quinta-feira que “o poder só emana do povo quando ele escolhe corretamente” os seus representantes e insinuou que o seu rival Lula da Silva busca “um projeto vitalício de poder”.
“Sabemos o que está em jogo, tenho certeza de que no futuro olharemos para trás e nos orgulharemos diante dessas crianças do que fizemos em 2022”, disse Bolsonaro num comício de campanha no estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. O Presidente, que costuma colocar Venezuela e Cuba como exemplos de países onde o poder não emana do povo, considerando-os ditaduras, pediu aos seus apoiantes que votem no dia 2 de outubro “com a razão e não com a emoção”.
“Faça comparações, veja o que está acontecendo em outros países sul-americanos. Essas pessoas estão todas unidas, são membros do Fórum de São Paulo”, organização que reúne partidos progressistas latino-americanos, e “não estão lutando pelo bem do povo, mas por um projeto vitalício de poder“, afirmou o Presidente brasileiro.
Da mesma forma, Bolsonaro mais uma vez mencionou as eleições presidenciais como “uma luta do bem contra o mal”, sugerindo que os seus rivais simbolizariam o mal, associando-os à cor vermelha. “Sabemos do que precisamos para continuar a ser um país próspero e um país democrático e livre (…). Somos a favor da liberdade acima de tudo”, sublinhou Bolsonaro, reiterando, posteriormente, a sua defesa da família tradicional e o seu repúdio ao que classifica como “ideologia de género” e a “libertação das drogas”.
O chefe de Estado brasileiro também pediu o voto para o seu ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, que, assim como ele, também aparece em segundo lugar nas sondagens de intenções de voto.
Na corrida presidencial, Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, venceria as eleições de outubro com mais de 40% dos apoios, contra os 30% que Bolsonaro obteria, segundo todas as sondagens eleitorais. Para o cargo de governador de São Paulo, o estado mais rico e populoso do Brasil, o ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad, candidato de Lula da Silva, aparece na frente com cerca de 30% dos votos, contra os 12% que Gomes de Freitas alcançaria, segundo as últimas sondagens.
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