Franceses da Vivalto vão comprar Lusíadas Saúde e o grupo espanhol escolhido para PPP de Cascais
Franceses da Vivalto Santé estão a expandir o grupo, tendo em vista aquisições em Espanha e Portugal.
O grupo francês que quer comprar a Lusíadas Saúde, a Vivalto Santé, também andou a ver as “montras” espanholas, tendo avançado com a aquisição do grupo espanhol Ribera Salud. Estes espanhóis também já estiveram de olho em Portugal, sendo que este é o concorrente escolhido para a parceria público-privada (PPP) do Hospital de Cascais, segundo adiantou fonte oficial ao ECO esta quarta-feira.
A Vivalto Santé é a terceira maior empresa hospitalar privada de França, operando mais de 50 hospitais privados, e é controlada pela Vivalto Partners, uma empresa europeia de private equity dedicada ao setor de saúde.
O grupo Lusíadas atualmente é detido pela norte-americana United Healthcare, maior operadora de saúde privada nos EUA em termos de valor de mercado, que quer vender este braço do negócio. A United Health está também a tentar vender a brasileira Amil, mas tem encontrado alguns obstáculos, nomeadamente questões de concorrência.
Já a compra da Lusíadas ainda estará a ser fechada. A Lusíadas tem uma rede de 11 hospitais e clínicas no país, onde ainda se inclui uma PPP, no Hospital de Cascais.
O Governo lançou o concurso para uma nova PPP neste hospital, mas a Lusíadas acabou por desistir da corrida, reiterando que a proposta do Estado “não garante sustentabilidade financeira”. Entre os concorrentes ficaram apenas os espanhóis da Ribera Salud, precisamente os que foram comprados pelo mesmo grupo que vai comprar a Lusíadas, e que foram os escolhidos, segundo adiantou ao ECO fonte oficial dos Ministérios da Saúde e Finanças.
Questionados sobre os planos para o futuro no país, fonte oficial do grupo francês sinalizou ao ECO que “para já, o Grupo Vivalto Health não pretende comunicar detalhadamente as operações em curso em Portugal”.
Já o grupo Ribera indica ao ECO que sempre acreditaram e continuam a acreditar na “colaboração público-privada para garantir a sustentabilidade a longo prazo do sistema. E a pandemia de Covid destacou mais do que nunca a necessidade de reunir todos os recursos, públicos e privados, para enfrentar os desafios globais da saúde”. Isto “não mudou, independentemente das mudanças que, como qualquer outra empresa, o grupo Ribera sofreu em todos esses anos”, reitera fonte oficial do grupo.
Os espanhóis da Ribera apontam ainda que continuam, “como sempre, à disposição dos governos que queiram apostar em alianças público-privadas e valorizar a experiência e o conhecimento da Ribera para colaborar”. “A nossa aspiração é continuar a ser um aliado estratégico dos governos e continuar a agregar valor à sociedade atual e futura com o nosso modelo de saúde responsável”, concluem.
A transação da Vivalto com a Centene, dona do grupo Ribera, que inclui também a venda da Torrejón Salud (Torrejón), uma PPP na Comunidade de Madrid que é operada pela Ribera Salud; e do Pro Diagnostics Group, uma subsidiária da Ribera Salud, proprietária de clínicas de radiologia e outros serviços na Eslováquia e na República Checa, ainda está sujeita a aprovações regulatórias na Espanha e na Eslováquia e ao cumprimento de outras condições habituais de fecho, como indica a Centene em comunicado. A operação deve ser concluída até o final do ano.
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